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História Quase Sem Querer - Você fosse normal


Escrita por: princetri

Capítulo 40 - Você fosse normal


Lauren POV


De volta a Los Angeles. 


 Depois de longas horas de viagem, finalmente chegamos em casa. Tomei um banho rápido e desci pra sala.


— Eu vou na casa da Camila. - Avisei pegando a chave do meu carro.


— Quando você voltar eu vou querer falar com você. - Ela disse.


 Veio até mim, deu um beijo na minha bochecha e saiu em direção as escadas.


— É sobre o quê? - Perguntei, ela parou e virou pra mim.


— Se fosse pra falar agora eu não tinha dito que era quando você voltar. - Respondeu sorrindo.


 Revirei os olhos e fui em direção a porta, percebi que ela ainda estava me olhando, então antes de sair olhei pra ela novamente.


— Eu te amo. - Eu disse e ela sorriu.


 

*****


 Quando cheguei ao hall do prédio que Camila mora, pedi pra interfonar pra o apartamento dela, mas ao contrário das outras vezes, ela não me mandou subir, disse pra eu esperar aqui embaixo mesmo. Agradeci e fui esperar dentro do meu carro. Vi ela saindo, então baixei o vidro do carro, percebi que ela tentando conter um sorriso enquanto se aproxima do carro, o que me fez sorrir ainda mais, ela entrou e quando o vidro se fechou novamente, pulou para o meu colo e sem nem me deixar falar grudou os lábios aos meus com uma certa urgência, quando o ar nos faltou eu quem tive que separar o beijo, porque ela continuava me beijando.


— Acho que vou viajar mais vezes. - Eu disse.


— Você está proibida de ficar mais de um dia longe de mim, Michelle. - Ela disse e colocou as duas mãos na lateral do meu rosto, me fazendo manter o olhar nela. — Você já é a melhor parte da minha vida, você me faz sentir o que eu nunca senti antes, quando você abriu a janela desse carro e eu vi você aqui dentro, com esse sorriso que eu tanto amo, meu coração ficou a ponto de explodir, é uma sensação tão boa que chega a doer.


— O que aconteceu com a Camila que eu deixei aqui? - Perguntei erguendo uma sobrancelha.


 Ela ficou séria e seu rosto tomou uma coloração avermelhada.


— Meu Deus, hã… desculpa, eu não queria parecer muito grudenta ou… é qualquer coisa do tipo… que vergonha, me perd…


 Colei meus lábios aos dela para que ela se calasse.


— Não precisa se desculpar por isso, Camz. - Sorri de lado. — Eu fico feliz em saber que meus sentimentos por você são correspondidos, muito feliz, me sinto da mesma forma que você acabou de falar. - Falei sincera, ela prendeu o lábio inferior entre os dentes e acenou com a cabeça. — Agora a senhorita pode me dizer por que não posso entrar na sua casa? - Ergui uma sobrancelha.


 Ela deu uma risada alta, uma bela risada. Amo ser a responsável por seus sorrisos.


— A minha mãe ainda tá aqui com a Sofi, e mesmo que eu ame minha irmã com todo o meu ser, hoje não quero dividir você com ela. - Negou com a cabeça. — Não mesmo. 


 Acabei rindo com seu "ciúme" e a beijei mais uma vez.


— Então vamos dar uma volta? - Perguntei quando nos separamos. — Eu já vim na intenção de te chamar para uma volta na praia, olha. - Mostrei meu biquíni por debaixo da roupa. — O dia está lindo.


 Ela aceitou de imediato, subiu apenas para trocar de roupa e desceu novamente. Parei na praia mais próxima. 


— Você já comeu hoje? - Perguntei e ela negou com a cabeça pegando na minha mão.


— Não, mas não quero comer agora. - Olhou pra os lados. — Acho que praia foi uma péssima escolha, aqui tá muito movimentado. - Fez biquinho.


— Vem. - Segurei na mão dela e a puxei para um local mais afastado das pessoas.


 Com quase 20 minutos de caminhada finalmente conseguimos chegar a uma área parcialmente deserta da praia.


— Acho que aqui tá bom. - Eu disse e ela olhou para os lados, caminhou até uma sombra causada pelos coqueiros e se deitou. 


— Eu acho que sou sedentária. - Ela disse, ofegante pela simples caminhada.


— Você acha? Eu tenho certeza que é. - Eu disse e me sentei encostada no tronco do coqueiro.


 Ela semicerrou os olhos e se levantou pra sentar no meu colo, de frente pra mim.


— Não era pra concordar. - Ela disse enquanto roçava o nariz levemente pelo meu rosto. — Eu acho que seu cheiro é minha coisa favorita no mundo.


 Não consegui conter o sorriso que nasceu nos meus lábios. Tirei o chapéu que ela tinha na cabeça, o óculos, e os joguei para o lado, sobre seu olhar atento. Levei uma mão até a sua nuca e a puxei levemente, até que meus lábios pudessem encostar no dela, demos início a um beijo calmo, sua língua encostando na minha me provou o tanto da saudade que eu estava disso, vez ou outra ela prende meu lábio entre os dentes, desviei minha boca até o seu pescoço e mordi levemente. Ela levou as mãos até meus ombros e me afastou.


— O que foi? - Perguntei sem entender. 


— Se você morder meu pescoço, eu não vou… você sabe. - As bochechas dela estão levemente coradas.


— Não Camz, você não vai se transformar. - Sorri de lado. — Só se for com esses. - Coloquei as presas pra fora e ela arregalou os olhos.


— Lauren Jauregui. - Colocou a mão tampando minha boca. — Não faz isso na minha frente.


— Por que não?


— Porque eu prefiro fingir que você é normal.


— Se eu fosse normal, nós nunca teríamos nos conhecido, porque eu já estaria morta há séculos. - Eu disse, e sem querer acho que meu tom saiu  pouco grosso, ela fixou o olhar no meu e deu um sorriso fraco.


— E eu nunca iria saber o que é gostar tanto de uma pessoa. - Encostou a testa na minha. — Desculpa, eu acho que me expressei mal, é que eu ainda não me adaptei a essa realidade, eu confesso que quando você me disse a verdade eu fiquei com medo de ficar com você, eu sinceramente estava disposta a não investir nessa relação, mas ai você viajou e eu percebi que já não consigo ficar bem sem você, e quando eu te liguei eu realmente estava chorando, porque enquanto eu ouvia sua voz eu percebi que não importa o que aconteça, eu não consigo e nem quero mais me afastar de você, então, por favor, se eu falar alguma besteira, me perdoa, eu sou meio idiota as vezes.


 Percebi os olhos dela cheios de lágrimas, passei a mão pelos mesmos evitando que elas descessem. Ela sorriu fraco e colocou o rosto na curva do meu pescoço.


— Eu te amo, Camz. - Eu disse acariciando suas costas. — E você não é idiota, nunca, só não está acostumada ainda.


 Não sei o porquê, mas quando eu disse isso ela começou a chorar ainda mais.


— Eu também… te… te… - Fez uma pausa e respirou fundo. — Te amo… Lauren.


— É tão difícil assim dizer que me ama? - Perguntei e ela soltou uma risadinha fraca em meio aos soluços.


 Tirou o rosto da curva do meu pescoço e olhou pra mim, secando o rosto.


— Não é isso… é que essa é a primeira vez que eu digo isso de verdade, sabe? Não sei explicar, mas com todos os outros parecia fácil, mas com você, parece ter subindo rasgando diretamente do meu coração. 


— Então diz de novo.


— Eu te amo, Lauren, eu te amo demais, mais do eu queria até.


 Puxei ela pra um beijo, sua boca que eu já tanto conheço, correspondendo com urgência, como eu senti falta disso, desci as mãos até os botões da camisa que ela veste, abrindo um por um, quando ela estava completamente aberta, coloquei o biquíni pra o lado e comecei a massagear seus seios com a mão, deslizei a língua por toda a extensão do seu maxilar, ela soltou um gemido baixo, desci uma das mãos em direção ao seu sexo, quando eu ia afastar o biquíni para o lado ela segurou minha mão e se afastou um pouco pra olhar pra mim.


— Quero te pedir uma coisa. - Disse com o lábio inferior entre os dentes. — Deixa eu… eu fazer?


 Demorei um pouco pra entender, mas quando entendi, acabei sorrindo. 


— Você deveria pedir de um jeito que eu conseguisse dizer não. - Falei. — Vamos trocar de posição então. 


 Ela riu e saiu do meu colo, tirei o short, ficando só de biquíni e camiseta e depois me sentei no colo dela da mesma forma que ela estava. O rosto dela ruborizou um pouco quando me viu à sua frente e eu tive que me segurar pra não rir, pelo fato dela sempre ficar com vergonha de me tocar, sinto uma inocência sexual extrema nela, quero quebrar essa barreira que ela tem, mas tudo no seu tempo.


— Tinha esquecido que a gente tá na praia. - Ela disse olhando para os lados.


 Segurei seu rosto entre as mãos e fiz ela olhar pra mim.


— Ninguém vai ver, e se ver. - Dei de ombros. — Fodam-se eles.


 Segurei a mão dela e levei até o meio das minhas pernas e só foi preciso isso pra ela deixar a vergonha de lado. Colou a boca na minha, ao mesmo tempo que massageia meus seios, ela afastou meu biquíni para o lado e introduziu levemente um dedo em mim, fazendo movimentos devagar e cuidados. 


  Levei a boca até a sua orelha e dei leves mordidas.


— Coloca mais um, Camila. - Sussurrei em seu ouvido.


 Ela fez o que eu pedi e aumentou a velocidade, usei os ombros dela como apoio para as minhas mãos e comecei a movimentar meu quadril, fazendo com que o atrito dos seus dedos no meu sexo fosse ainda mais rápido e prazeroso, deixei um gemido escapar quando ela começou a fazer movimentos circulares com o polegar sobre meu clitóris, me deixando ainda mais excitada. Segurei o orgasmo o máximo que pude, mas quando não aguentei mais deixei ele vir, ela tirou os dedos de dentro de mim e os levou até a boca, observar aquela cena fez meu sexo latejar mais.


— Sabe o que eu queria? - Ela perguntou, quando tirou os dedos da boca.


  Apenas neguei com a cabeça, incapaz de falar antes de desacelerar a respiração.


— Chupar você. - Ela disse e pra minha surpresa ela não corou, manteve o olhar firme no meu.


 Ajeitei meu biquíni e me levantei, estendendo uma mão pra ajudar ela a se levantar também, tirei minha camiseta e depois a blusa dela.


— Então vamos sair daqui, mas antes…


 Segurei em sua cintura, e a fiz enlaçar as pernas em mim. Corri em direção ao mar e ela não conseguiu esconder a cara de surpresa por termos chegado tão rápido dentro da água.


— Antes você vai tomar um banho frio, pra apagar esse fogo de ativa, quem sabe assim eu tenho minha chance com você hoje. - Eu disse e ela deu um tapa no meu ombro.


— Nem o frio da Antártica seria capaz disso.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. <3


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