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História Quase Sem Querer - Mais algumas coisas


Escrita por: princetri

Capítulo 56 - Mais algumas coisas


Fanfic / Fanfiction Quase Sem Querer - Mais algumas coisas

Lauren POV


 

 Não sei como, mas realmente o remédio que Sofia me deu funcionou, e em tempo recorde, então como eu sou uma pessoa de palavra, agora devo uma volta com ela pelos arredores, com ela e com Camila.


— Se você quiser eu posso convencer ela a deixar isso pra lá, você já está se arriscando demais. - Camila disse passando a mão no meu rosto.


 Eu e ela estamos sentadas na porta de casa, enquanto esperamos Sofia trocar de roupa, o dia ainda está amanhecendo, não só eu não dormi, elas duas também passaram a noite em claro, é muita conversa pra colocar em dia.


— Não, tudo bem, a gente volta rápido, sabe o que realmente está me preocupando? - Perguntei e ela negou com a cabeça. — A pesquisa, ela não está avançando.


— Não vai acontecer nada com você, amor. - Ela disse segura e eu sorri fraco.


— Você não pode garantir isso. - Falei e ela abaixou a cabeça, o que me fez abraçá-la. — Mas não é só sobre mim, nós já não somos muitos, não podemos nos dar ao luxo de mortes em massa. - Suspirei. — Mas enfim, isso não vem ao caso agora, um dia de cada vez. - Me afastei um pouco dela e juntei nossos lábios em um beijo rápido. — Eu te amo.


— Será que vocês conseguem passar pelo menos um segundo sem se beijar? - Sofia perguntou aparecendo na porta, atrás da gente.


— Será que você consegue não atrapalhar? - Perguntei rindo. — Já basta quando era guria. - Falei e ela franziu o cenho.


— Como assim? Eu atrapalhei vocês alguma vez quando era pequena? - Perguntou confusa.


 Camila me deu um tapa no braço e negou com a cabeça.


— Cala a boca, Lauren, ela era uma criança, não sabia o que estava fazendo. - Camila disse me repreendendo com o olhar.


— Ai meu Deus, traumatizei aqui. - Sofia disse passando entre a gente. — Vamos logo, e perdoem a minha outro eu criança, juro que não era intencional.


 Camila foi atrás dela e as duas saíram de mãos dadas andando na minha frente, tive que apressar o passo pra acompanhá-las. Sofia entendeu as limitações que impus, e não insistiu em ir muito pra perto da casa dos outros, literalmente andamos pela floresta, ela viu o castelo de longe, e ficou encantada, ela parece uma criança conhecendo a Disney, lembro que quando era pequena ela demonstrava muito interesse no nosso mundo, mas eu não sabia que ele ainda continuava tão aflorado, acho que esse interesse todo é pra compensar o desinteresse de Camila, acredito que se fosse possível ela me tornaria totalmente humana só pra voltar a acreditar que tudo isso aqui não existe.


— Eu estou apaixonada, eu estou COMPLETAMENTE apaixonada. - Sofia disse em êxtase, o que me fez rir. — Não ri, eu estou falando sério, muito sério.


— Por isso mesmo que é engraçado, eu queria que sua irmã tivesse toda essa animação também, olha a cara de chata dela. - Falei apontando pra Camila, que semicerrou os olhos.


— Eu sempre fui a mais legal mesmo. - Sofia disse em um tom convencido, dando de ombros.


— Vão novamente virar um grude e ficar me atacando? - Camila perguntou cruzando os braços.


— Sim. - Eu e Sofia falamos ao mesmo tempo, o que nos fez rir e Camila bufar.


— Tá, então tchau. - Camila disse e saiu andando.


 Ainda rindo fui atrás dela.


— Espera. - Puxei seu braço. — Eu estava brincando. - Falei quando ela ficou de frente pra mim.


— Eu odeio você. - Disse irritada.


— Muito ou pouco? - Perguntei me aproximando mais.


— Muito, ao ponto de ter vontade de tirar sua cabeça fora.


— Nossa. - Fiz uma careta. — Você sabe que isso me mataria, né!? Sem chances de recuperação. - Falei sendo o mais dramática possível, ela apenas deu de ombros.


— Pelo menos eu teria paz.


 Foi impossível não rir.


— Que nada, você iria era morrer de saudades.


— Não iria não. 


— Sim, iria. - Selei nossos lábios antes que ela rebatesse, ela não correspondeu, o que me fez rir com nossos lábios ainda grudados. — Tá, você está certa, sou uma chata que fica irritando você, agora me perdoa por eu ser assim e me beija. - Ela mordeu meu lábio inferior e então me beijou.


 Fiquei esperando um grito, um pulo em cima da gente, qualquer coisa que nos obrigasse a se separar, mas nada veio, estávamos nos beijando e nada nos interrompeu, ou melhor, ninguém.


— Também tá achando estranho ou é só eu? - Perguntei fazendo Camila se separar um pouco de mim.


— O que? - Perguntou confusa.


— Sua irmã não nos interrompeu. - Falei e olhei pra trás.


 No mesmo instante eu e Camila nos afastamos e olhamos em volta.


— Sofia? - Chamei.


— Sofi? - Dessa vez foi a Camila que chamou, em um tom de voz mais alto. — Cadê ela, Lauren? - Perguntou já nervosa.


— Calma Camz, ela deve tá olhando em volta. - Falei tentando acalmá-la, e me acalmar também.


 Puxei o ar para os pulmões, e franzi o cenho, só então me dando conta de uma coisa.


— Que cara é essa? - Perguntou analisando meu rosto.


— A sua irmã. - Inalei o ar com mais força, eu só posso estar ficando velha e louca.


— O que tem ela, Lauren? Fala logo.


— A presença dela não está perceptível, mas isso é impossível.


— Eu preciso que você fale tudo de uma vez, eu não estou entendo.


— Eu não sei como não notei antes, talvez seja por causa do seu cheiro, mas a sua irmã está sem essa característica de vocês humanos, ela está sem cheiro, como se fosse uma de nós.


— Você deve está se confundindo. - Falou negando com a cabeça. — Vamos procurar ela. - Saiu andando, e chamando pelo nome da irmã.


 Eu espero que esteja mesmo, sacudi a cabeça e segui Camila. Depois de alguns minutos andando e chamando por Sofia, finalmente pude soltar um suspiro de alívio ao ouvir ela respondendo, fomos em direção a voz dela, ela está perto do tronco de uma árvore, analisando algumas marcas que tem nele, que ao julgar pela minha experiência são marcas feitas pela nossa espécie no intuito de deixar os caninos mais afiados, procedimento esse que eu descarto, não tem coisa mais animalesca.


— NUNCA mais se afaste da gente dessa forma Sofia, aqui não é o nosso ambiente, e pode acreditar, tem pessoas aqui capaz de nos matar só por ser o que somos. - Camila falou abraçando a irmã.


 Não consegui prestar atenção no resto do sermão da Camila, porque o fato de Sofia está sem cheiro está me intrigando o suficiente, inalei ar para os pulmões, e novamente nada, a não ser o cheiro característico de Camila, andei em volta de Sofia, olhando ela da cabeça aos pés, o que fez ela rir, e fazer o mesmo comigo, andando ao meu redor e me cheirando. 


— O que foi? - Perguntou com graça e o cenho franzido.


 Levei uma mão até o pescoço dela, quente, certo, coloquei uma mão no rosto dela e com a ajuda dos dedos olhei a parte inferior dos olhos dela, sangue, certo, desci dois dedos até até a parte de trás da mandíbula dela, pressionei o local por alguns segundos, pulsação rápida, confere.


— Por que diabos sua presença não é perceptível? - Perguntei intrigada. — É como se você fosse uma de nós, mas sem ser.


 Ela pareceu ter sido pega de surpresa, mordeu o lábio inferior e alternou o olhar entre eu e Camila.


— Tem algumas coisas que ainda não contei. - Disse e comprimiu os lábios.


Notas Finais


amanhã tô aqui


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