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História Quase Sem Querer - Vingança


Escrita por: princetri

Capítulo 9 - Vingança


Lauren POV


 

 Chegando em casa, encontrei Emma na cozinha, parei na porta e ela olhou pra mim, mas logo voltou sua atenção para as várias bolsas de sangue que tem sobre o balcão.


 


— Ainda bem que você conseguiu alimento, estou faminta. - Eu disse, mas sem sair de onde eu estou, acho que ela ainda está com raiva pelo que fiz hoje de manhã.


 


 Ela não falou nada, apenas abriu uma das  bolsas de sangue e bebeu todo o conteúdo. Resolvi então me aproximar pra pegar uma, mas antes que eu pudesse, uma força invisível passou a me puxar para trás até que eu encostei totalmente na parede, senti minhas mãos se erguendo e encostando cada uma na parede ao lado da minha cabeça, quando pensei em reagir para sair desse domínio, dois arcos pequenos vieram em toda velocidade e se prenderam na parede em torno dos meus pulsos.



— Que porra é essa, Emma? - Perguntei tentando puxar minhas mãos, mas não obtive sucesso, com certeza os arcos são de prata.


 


— Eu? Mas eu nem me mexi. - Ela disse abrindo outra bolsa de sangue, e bebeu com a cara mais cínica do mundo.


 


— Para de ser cínica e me solta logo, porra. - Falei irritada.


 


 Ela jogou a bolsa de sangue que estava nas mãos em cima do balcão e veio em minha direção, parou bem na minha frente, e fez uma tesoura que estava em cima da meda vur até suas mãos e passou a rasgar minha roupa.


 


— Que porra é essa, Emma? - Perguntei me debatendo pra tentar sair dali.


 


 Ela não respondeu nada, apenas continuou ate as roupas saírem com facilidade do meu corpo, me deixando assim só de roupa íntima. Dei uma risadinha nervosa e falei:


 


— Não acredito que você ficou com raiva por causa daquela brincadeirinha.


 


— Quem disse que estou? - Perguntou com o mesmo sorriso cínico no rosto, tirou seu celular do bolso e o apontou na minha direção, pude ouvir o barulho da câmera do celular.


 


 Rosnei irritada, tentando me soltar novamente, inferno de vulnerabilidade a prata.


 


— Se você não parar de forçar seu braço contra esse arco, vai ficar com uma mancha terrível, e eu não quero isso, então se acalma ai que daqui a pouco te solto.


 


 Ela disse e foi em direção a sala, uns três minutos depois ela voltou com o notebook nas mãos e o colocou sobre o balcão conectando o celular nele.


 


— Você não vai perguntar o que vou fazer? - Ela me perguntou sorrindo, como resposta apenas semicerrei os olhos em sua ddireção. — Mas vou dizer assim mesmo, vou mandar sua foto para a comunidade do nosso clã, quando formos a CAV, assunto não vai nos faltar.


 


 CAV é a Convenção Anual de Vampiros, nós somos devidos em 5 clãs ao todo, o nosso é o Hidden. Há séculos, nosso maior contato era através da CAV, mas com essas novas tecnologias um site secreto foi criado e estamos sempre em contato.


 


— EMMA, NÃO! - Gritei me debatendo ainda mais.


 


— Você deveria estar feliz por eu tá mandando apenas para o nosso clã. - Ela disse e desconectou o celular do notebook, logo depois virou a tela do mesmo pra mim. — Prontinho, olha como você ficou bonitinha. - Ela disse antes de pegar o notebook, indo novamente para a sala.


  


 Comecei a forçar ainda mais os arcos e finalmente tive uma ideia brilhante. Eu tenho o poder de metamorfo, posso copiar a aparência de qualquer pessoa ou animal. Escolhi o primeiro animal de porte pequeno que me veio à cabeça. Comecei pelos meus braços e quando eles finalmente saíram de dentro dos arcos, devido ao tamanho, parei a transformação pela metade e fiz meus braços voltarem ao normal. Quando fui pra sala Emma já estava voltando pra cozinha, ao me ver solta ela engoliu em seco, e deu alguns passos para trás. 


 


— Como… como que…  você se soltou? - Perguntou ainda andando pra trás, até finalmente suas costas colidirem com a parede de vidro.


 


— Você vai se arrepender de ter enviado aquela foto. - Eu disse parando a centímetros dela.


 


 Ela colocou as mãos nos meus ombros e tentou me empurrar, mas não me movi nem um centímetro sequer, segurei seus pulsos, e com uma das mãos os prendi acima da sua cabeça, na parede em que ela está encostada, pressionei meu corpo contra o dela, e desci com beijos pelo seu pescoço, estrategicamente parei minha coxa entre suas pernas, percebi quando sua respiração começou a se alterar, com a mão livre fiz com que ela colocasse suas pernas em volta da minha cintura, e enquanto descia mordidas pelo seu pescoço, fui em direção a porta de vidro que leva até o terraço próximo a piscina, atravessei todo o espaço com os lábios presos aos delas, duvido muito que ela tenha percebido a mudança de ambiente, encostei ela em uma das pilastras do terraço e fiz com que ela voltasse novamente ao chão, fui descendo meus beijos pelo seu pescoço enquanto tiro suas roupas, depois que me livrei totalmente das peças fiz com que ela voltasse a enlaçar minha cintura com suas pernas, coloquei uma das minhas mãos entre seus cabelos e os puxei para trás, comecei beijando sua mandíbula, desci pelo seu pescoço e só parei quando estava com um dos seus seios na boca, ouvi ela dizer algumas coisas desconexas entre gemidos, levei minha outra mão até seu sexo e penetrei dois dedos de uma vez, sem aviso prévio.

 


— Desgraçada! - Ela disse socando meu ombro, mas logo depois começou a rebolar sobre meus dedos.

 


 Aumentei o ritmo, e quando percebi que ela já estava perto do orgasmo caminhei até a beira da piscina, tirei meus dedos de dentro dela, e antes mesmo que ela pudesse reclamar, a soltei dentro d'água. Quando ela voltou a superfície, eu não me aguentei e cai na risada, vi seus olhos ficando amarelos e parei de rir imediatamente, engolindo em seco, uma das espreguiçadeiras veio com toda a velocidade em minha direção, corri o mais rápido que pude pra dentro de casa novamente, e consegui fechar a porta bem a tempo, fazendo com que a espreguiçadeira se chocasse contra o vidro, o fazendo trincar. Olhei pra Emma através do vidro e ela já está saindo de dentro da piscina, fiz a coisa mais inteligente que eu poderia fazer: Passei pela cozinha, peguei o máximo de bolsas de sangue que consegui e corri até meu quarto no terceiro andar. Quando entrei lá tranquei a porta, e arrastei minha cama até que ela encostasse na porta pra reforçar a segurança, logo depois me joguei em cima dela bebendo todas as bolsas de sangue que consegui pegar. Agradeci mentalmente a todos os santos e demônios que eu conhecia pelo milagre dela não ter vindo atrás de mim e como já fazia um longo tempo desde a última vez em que eu dormi resolvi aproveitar pra colocar o sono em dia.


 



*****


 


 Acordei no outro dia, e o relógio já marcava 11h. Coloquei minha cama de volta no lugar e abri a porta do meu quarto o mais devagar possível, fui descendo as escadas com cautela, quando cheguei na sala, vi que Emma está deitada no sofá com os olhos fechados.


 


— Bom dia, luz da minha vida! - Gritei me jogando em cima dela. Ela empurrou meu corpo no mesmo instante fazendo com que eu caísse no chão. — Também te amo. - Eu disse enquanto me levantava. 


 Peguei meu celular na mesinha de centro e me joguei no outro sofá. Me surpreendi com o tanto de mensagens que tinha, mais de 500, revirei os olhos quando vi que todas eram sobre a foto de ontem:


 


Vero: Tá mais gostosa do que nunca, manda mais!!


 


Brandom: Tenho chances, Jauregui delícia?


 


Dinah: Lembro do século em que você era mais pacata Gasparzinho. Tá gostosa, pena que não faz o meu tipo :/ ps: Saudades!


  


Alexa: Tão gostosa, uma pena ficar sempre atrás desses seres inferiores a nós…


 


 Parei imediatamente quando vi uma mensagem da Alexa, pelo fato dela não ser do nosso clã.


 


— Eu não acredito que você mandou para os outros clãs também, Emma!!


 


 Ela continua com os olhos fechados, mas um sorriso se abriu nos seus lábios.


 


— Você quem pediu, luz da minha vida. - Disse desdenhando do que eu falei há alguns minutos.


 


— Se até o dia da CAV isso não tiver sido esquecido, você vai sozinha. - Falei jogando o celular novamente na mesinha de centro.


 


— Como se você tivesse opções. - Ela disse, finalmente abrindo os olhos e olhando pra mim.


 


— Você não sabe brincar. - Eu disse irritada. 


 


— Claro que sei, o problema é que você não aceita que sempre sai perdendo nessas brincadeira. - Ela disse rindo.


 


— Vai se… - Antes que eu pudesse terminar a frase, meu celular começou a tocar, peguei ele novamente e atendi.


 


 É uma empresa querendo marcar um evento pra Camila, o problema é que esse evento quer a presença dela por uma semana inteira, e segunda-feira ela já teria que estar lá. Eu pretendia recusar pelo fato que ela já tem compromissos marcados nessas mesmas datas, mas quando ele disse ser de Miami me lembrei do que ela havia me dito sobre saudades da sua família, e como ela nasceu em Miami provavelmente eles moram lá. Pedi pra ele aguardar a resposta até a noite. Quando a ligação foi finalizada, liguei pra agência e consegui o número de Camila, mas o número dela só fez chamar. 


 


— O que eu faço agora? - Perguntei pra mim mesma.


 


— Vai na casa dela né idiota. - Emma disse antes de se levantar e ir até as escadas.


 


— Você acha que devo ir até lá? - Perguntei a seguindo. 


 


— Vai se vestir, porque também vou sair agora, e como meu carro foi revisão, vou sair com o seu, deixo você lá e depois te busco.


 


— Pessoas normais pedem pra sair no carro dos outros, você comunica. - Eu disse revirando os olhos, parei na porta do meu quarto enquanto ela continua o caminho para o seu.


 


— Se reclamar muito, saio e deixo você ai. - Bateu a porta do quarto. 


 


 Entrei no meu e fui direto para o banho.


 


*****


 


— Quando você terminar ai, me liga que venho, tá? - Ela disse quando parou o carro em frente ao prédio de Camila.


 


— Certo. - Disse descendo do carro.


 


 Mal fechei a porta e ela já saiu arrancando, rolei os olhos e me dirigi até a portaria.


 


— Bom dia. - Eu disse para o porteiro.


 


— Bom dia moça, é pra interfonar pra qual apartamento? - Ele perguntou já tirando o interfone do gancho.


 


 Só então eu me lembrei que não sei o número do apartamento em que Camila mora.


 


— Na verdade eu não sei, mas o nome dela é Camila Cabello, conhece?


 


— Ahh sim, a menina Cabello, como não conhecer a única supermodelo que mora no prédio? - Ele perguntou rindo enquanto disca um número no interfone.


 


 Enquanto ele falava olhei ao redor, e se o hall de entrada já é tão luxuoso assim imagine os apartamentos.


 


— Moça qual é o seu nome? - Ele perguntou ainda com o interfone no ouvido.


 


— Lauren Jauregui, sou assessora dela.


 


 Ele apenas afirmou com a cabeça e repetiu o que eu disse pra pessoa que está do outro lado da linha. Quando colocou o interfone de novo no gancho saiu de trás da bancada que estava e pediu pra que eu seguisse ele, chegamos no elevador e ele apertou um botão dourado que está no topo de todos os outros, com a outra mão segura a porta do elevador pra que ela não se fechasse.


 


— Pronto moça, como ela mora na cobertura só vai ter uma porta no andar, então é só você bater lá.


 


 Assenti com a cabeça e ele soltou a porta do elevador, deixando assim que ela se fechasse. Quando o elevador abriu novamente eu já estava em um andar com uma única porta, bati e esperei. Depois de mais ou menos um minuto a porta foi aberta por uma senhora baixinha.


 


— Pode entrar, meu anjo. - Ela disse abrindo mais a porta.


 


— Licença. - Eu disse entrando.


 


— A vontade. - Respondeu e fechou a porta. — Meu nome é Maria. - Ela disse estendendo a mão em minha direção.


 


— Lauren. - Apertei sua mão. 


 


— Lá fora tá tão frio assim? - Ela perguntou, estranhando a temperatura da minha mão. 


 


— O ar condicionado do meu carro estava muito alto. - Falei simples. 


 


— Desse jeito fica doente, menina, senta aqui no sofá que vou preparar um café pra você. - Ela disse me puxando até lá. — Camila já vem.


 


 Apenas assenti com a cabeça vendo ela ir em direção a outro cômodo, provavelmente a cozinha pelo cheiro de comida que veio de lá. Ouvi uma das portas do corredor se abrindo e quando olhei era ela, o cabelo está amarrado em um coque mal feito, veste um short preto bem curto, uma regata branca e os pés estão descalços. 

 


— Oi. - Ela disse se aproximando.


 


— Oi. - Respondi e me levantei.


 


 Já na minha frente, ela me deu um abraço rápido e se sentou no sofá, me indicando para fazer o mesmo.



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