História Quase sem querer- Sakura e Kakashi (kakasaku) - Beijo

Sakura, em seu quarto, tomou seu banho e se arrumou, sentou em sua cama se perguntando se ter aceitado o convite para jantar com Neji era o certo a se fazer. Mas ele era seu amigo e jantar com os amigos é algo natural. “Mas ele tem parecido tão diferente. Tão amigável, mas do que o normal para ele.” Balançou a cabeça tentando afastar seus pensamentos, se achando uma péssima amiga por estar julgando ele tão mal. Ao ouvir alguém bater em sua porta se levantou para atender. Estava com muita fome, então torcia que fosse seu companheiro de viagem.

   — Podemos ir? — disse Neji com um sorriso um pouco suspeito no rosto.

   — Sim! — disse apagando a luz do quarto e fechando a porta.

Não andaram por muito tempo, já que tinha um bom restaurante próximo à casa do Senhor Feudal. Pararam por um instante na porta do restaurante, o analisando por dentro. Sakura achou o lugar bem bonito e o cheiro que vinha de lá de dentro estava fazendo ela ficar com água na boca.

Se assustou um pouco ao sentir Neji segurando sua mão e andando para dentro do lugar. Ficou morrendo de vergonha, mas não quis tirar sua mão da dele. E ao olhar para ele se espantou mais ainda ao perceber como ele estava à vontade com aquilo, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Se sentaram e não falaram nada um com o outro, até que a atendente chegou na mesa para anotar o pedido deles. Sakura achou a mulher muito inconveniente, ficava dando sorrisinhos de lado para Neji, demonstrando interesse total nele. E ao terminar de pedir ela ficou envergonhada ao ver que ele fez o pedido olhando fixamente nos olhos dela, sem ao menos olhar para a garçonete ao lado dele, como um perfeito cavalheiro.

   Era quase que impossível para ela, naquele momento, não fazer uma pequena comparação entre o rapaz e Kakashi, que diferente dele já tinha pegado várias mulheres e ainda por cima beijou Mey mesmo estando em um relacionamento com ela. “E o que foi aquilo? Ele pegou na minha mão como se fossemos namorados. Achei muito fofo, mas não está certo. Apesar de Kakashi ser um canalha que brincou com meus sentimentos ainda o amo.... É e eu amava o Sasuke e ele me magoou para uma vida inteira e só me livrei dos sentimentos que tinha por ele quando me interessei por outra pessoa” pensava relutante.

   — Sakura?

   — Hum? Desculpa, Neji! Eu estava pensando em umas coisas.

   — É, você tem estado aérea desde quando entrou na sala da Hokage. Está tudo bem com você?

   — Sim, acho que só estou um pouco cansada — disse se ajeitando na cadeira e sorrindo para ele.

   — Sinto muito por termos tido que vir sem fazer muitas pausas, mas era impossível evitar isso devido à natureza da missão — Neji parecia preocupado com ela e ainda assim coerente como sempre.

   — Está tudo bem. O importante é que já chegamos! — A mesma atendente chegou com os pratos, os colocando sobre a mesa. A mulher era insistente e em um momento tentou esbarrar de propósito em Neji, para ver se ele a olhava. Mas ao perceber isso ele afastou sua cadeira, sentando mais próximo de Sakura, que mais uma vez ficou admirada com a forma que ele se comportava. Não podia entender por que Kakashi não podia ser assim também. Estava sorrindo sozinha se sentindo lisonjeada pela cortesia do rapaz.

   — Adoro o seu sorriso. — Ele estava um pouco vermelho e com um sorriso tímido nos lábios.

   — Obrigada! — disse abrindo um pouco mais os lábios involuntariamente para ele.

Começaram a comer e conversavam sobre pequenas coisas. Ele pareceu se interessar pelo trabalho dela, a perguntando coisas sobre as quais sempre se imaginava respondendo para um fã. Isso a deixou bastante empolgada e ela fava demais. Já estava se sentindo mal por ele, por ter que ouvir tanta coisa.

   — Desculpa, eu estou falando demais não é! — falou sem graça. Mas ele tocou a mão dela, fazendo um carinho com seu polegar e dando um sorriso acolhedor.

   — Eu gosto de ouvir sua voz. — Sakura sentiu seu corpo arrepiar com aquilo. Era tão bom estar ali com ele, ao invés de estar se lamentando pelo que tinha acontecido. — Mas acho que está na hora de irmos embora, você deve estar bem cansada! — ele disse tirando sua mão de cima da dela e se ajeitando na cadeira.

   — Você também deve estar bem cansado, né!

   — Um pouco — disse acenando, chamando por algum garçom. A atendente que se aproximou dessa vez já não era a mesma. Sakura ao pôr a mão em seu coldre para tirar seu dinheiro, parou imediatamente ao ouvir a voz dele.

   — Não precisa, eu pago. Afinal, eu que te convidei — disse convicto e sério. Ela recuou aceitando a gentileza com um sorriso sem graça. Ao terminar de pagar, os dois se levantam da cadeira e começam a caminhar devagar até a casa do senhor Daimyou.

   — Você já pode ter uma ideia do que o Senhor feudal possa ter?

   — Eu acredito que seja só uma virose, mas cada pessoa reage de forma diferente quando adoece. Amanhã pela manhã os resultados dos exames que pedi já estarão prontos. Então poderei trata-lo. Acredito que ao terminar já poderemos ir embora. Ele tem bons médicos aqui, acredito que só pediu reforços por precaução.

   — Hum, entendo. Sakura, você teve notícias de Sasuke recentemente?

   — Na verdade só as coisas que todos já sabem. Por quê?

   — Por nada! — Foi nítido para Neji o quão displicente ela foi ao ouvir o nome de Sasuke e a responder à pergunta dele. O que fez com que ele ficasse feliz.

   — Bom, acho que é melhor eu entrar agora. Muito obrigada pelo jantar, adorei sua companhia! — disse Sakura, parada na porta do quarto dando um largo sorriso ao garoto. Neji estava encantado com ela e queria ter certeza se estava sendo tão bom para ela quanto para ele o tempo que estavam passando juntos e por isso não hesitou em agir.

Ela sentiu a mão dele em sua cintura, olhou em seus olhos e sentiu a boca dele na dela. Apenas um selinho, suave e delicado, como um carinho sem malícias. Ele passou a mão que estava livre em seus cabelos, afastando o rosto dos dois. Estava com um sorriso lindo no rosto, e ela ficou extremamente envergonhada por pensar isso.

   — Boa noite — sussurrou para ela, já se retirando e indo em direção ao quarto em que estava.

   — Boa noite! — disse a garota que sem perceber sussurrava também.