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História Quase sem querer- Sakura e Kakashi (kakasaku) - Mebuki e Kizashi


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo???

Chegou minha hora preferida! O momento de retribuir todo carinho de vocês, seus comentários e todas as pessoas que favoritaram essa história!
A hora de publicar mais um capítulo rsrsrs
Muito obrigada a todos que tem me mandado incentivos por mensagens privadas também, a força que todos vocês tem me dado é inestimável!

Espero que gostem!!!
Bjnn

Capítulo 27 - Mebuki e Kizashi


Sakura saiu de casa apavorada, mas fez de tudo para não passar isso para Kakashi, já que ele estava visivelmente perturbado. Ela sabia que não tinha muito o que se preocupar, já que era dona de seu próprio nariz, se sustentava e até morava sozinha, porém, estar com alguém sem a aprovação de seus pais seria triste demais, tanto para ela quanto para ele.

   A Kunoichi sabia que o ninja já não tinha pais, mas ficou imaginando como seria conhece-los, como seria conhecer o "Canino Branco de Konoha", Senhor Sakumo Hatake. Ria só de pensar na situação constrangedora em que ficaria, não era muito o seu forte mimar as pessoas e imaginava que era assim que se ganhava a confiança de um sogro, principalmente de uma sogra.

   Mas infelizmente Kakashi não tinha mais como apresenta-la a sua família, já que ele era sozinho na vida. “Sozinho não, ele tem a mim agora” pensava consigo mesma, tentando se colocar no lugar dele. Ela também não tinha irmãos e sabia que se algo acontecesse com seus pais passaria por muito sofrimento. Respirou fundo, com um sentimento de solidariedade.

   Se tudo corresse bem ele teria uma família de novo, e ela faria o possível para fazer com que ele sentisse isso. Mas ao chegar na rua da casa em que seus pais moravam se sentiu perdida, seu coração começa a acelerar. Não sabia como falaria uma coisa assim para sua mãe, ela com certeza ia pirar. Uma vez ela brigou com Sakura durante uma semana, só por ela ter esquecido de arrumar a cama antes de sair.

   Deu dois passos para trás, queria ir até lá, mas não conseguia. Estava com medo do que seus pais fariam, tinha receio de que eles rechaçassem Kakashi, e ela não suportaria a dor de vê-lo triste por conta disso. Apesar de ele sempre se mostrar forte e confiante, Kakashi como qualquer outra pessoa, também tinha sentimentos e não poderia deixar ninguém magoa-lo, mais do que já foi em toda vida.

   Começou a andar em direção à rua lateral, resolveu que pediria conselhos para Ino. Tudo bem que a amiga dela não era tão indicada para esse tipo de conselhos, mas já não sabia o que fazer. Sempre falou sobre tudo com seus pais e conhecia a maneira com que eles lhe davam com as coisas. Mas nunca havia namorado antes, isso seria diferente de qualquer outra conversa que teriam tido.

   Bateu na porta de Ino, mas ninguém atendia, resolveu seguir em direção à floricultura, ela provavelmente estaria lá, estava torcendo por isso e também para que não encontrasse a mãe de sua amiga, que não era bem o tipo que guardava segredo. De tudo de ruim que poderia acontecer agora, uma fofoca com certeza seria um item presente no top 10 dos desastres.

    Avistou Ino e quase se ajoelhou na rua por ver que ela estava sozinha na loja, entrou sorrateiramente espiando por todos os cantos para ter certeza de que teriam privacidade total. A loira ficou olhando com cara de boba para Sakura, que estava com o dedo indicador nos lábios, pedindo silencio com o sinal. Ino, sem aguentar mais a curiosidade, chegou por trás de Sakura e lhe perguntou sussurrando em seu ouvido:

   — O que foi testuda? — Sakura deu um pulo, se não tivesse reconhecido a voz de Ino teria dado um soco nela.

   — Ai Ino! Não falei para ficar quieta! Eu estou olhando para ter certeza que estamos sozinhas — falou emburrada e cruzando os braços.

   — Você deve estar ficando maluca. — Levantou um vaso de flores, o olhando por baixo. — Claro que não tem ninguém aqui, só se vivem duendes escondidos embaixo dos caqueiros — falou quase morrendo de rir, mas Sakura apenas a imitava com deboche.

   — Você tem que me ajudar! — falou puxando Ino para se sentarem.

   Sakura não estava certa do que falar, então começou contando sobre o fato de Tsunade quase ter matado Kakashi. A loira ria com os detalhes da história, adorava as coisas que aconteciam com Sakura, e gostava mais ainda quando sua amiga ficava brava. Com receio, Sakura resolveu não falar nada sobre Sasuke mais uma vez, até porque Ino era imprevisível quanto a ele.

   — Olha, vou te falar a verdade; não sei bem como eles vão lhe dar com isso. Seus pais costumam ser bem... intensos! — enquanto falou, Ino ficou se lembrando das situações estranhas que já passou perto de Mebuke e Kizashi.

   — Que droga, Ino porca! Você tem que me encorajar, não me amedrontar ainda mais — disse fazendo bico, enquanto Ino, sem graça, procurava uma forma de amenizar essa situação.

   — Ah, Sakura, eu não sei bem o que te falar, meus pais são bem tranquilos com relação a essas coisas — Estalou os dedos, como se procurasse uma palavra para pronunciar. — Faz o seguinte... vai até sua mãe e começa a falar sobre esse assunto, sem dizer realmente que você está com ele. Da uma sondada no território e vai amaciando ela primeiro, talvez assim as coisas funcionem melhor! — Sakura pensou na ideia da amiga, que não era tão inteligente, mas com certeza era melhor do que qualquer outra que ela tinha tido.

   — Tchau Ino! — Levantou rapidamente da cadeira, deixando sua amiga confusa. Teve a brilhante ideia de ir falar com Tsunade, apesar de tudo ela sempre lhe ensinou todas as coisas que sabia, inclusive a beber. Então com certeza não negaria ajuda agora.

   Sakura começou a caminhar a passos largos, não sabia exatamente o que diria, mas na hora ela pensaria em alguma coisa. Só estava torcendo para pegar sua mestra em um dia bom. Ainda longe pôde avistar a Quinta em cima da laje do prédio. Tsunade costumava ficar lá para fugir um pouco do trabalho e isso era um bom sinal, já que ela só fazia isso quando estava tranquila.

   Subiu as escadas apressadamente, para sua sorte era fim de semana e o local estava vazio. Ao chegar onde estava a Hokage, ela se agachou ofegante, com ambas as mãos no joelho. Tsunade a olhou sem entender nada, mas deu de ombros ao ver Sakura andando em sua direção com as bochechas vermelhas e ainda tentando recuperar o fôlego.

   — Sakura? O que aconteceu?

   — Eu vim te pedir um conselho! — Se posicionou ao lado da Quinta, olhando para a vista de Konoha. O lugar era lindo e a fez se lembrar do dia em que foram atrás do homem que havia implantado papeis bomba por toda vila.

   — Hum... Não vai me dizer que aquele idiota do Kakashi já aprontou com você. Porque se sim... — Ela estava com o cenho franzido, um dos pés apoiados na grade e o punho direito levantado. Se Sakura não a conhecesse pensaria que ela alçaria voo.

   — Não é bem isso... É que... — falou estalando os dedos, roubando o tique de Ino. — A gente não sabe bem como falar com meus pais sobre isso! — Sakura levou um susto ao sentir um abraço forte e entusiasmado da Quinta, a garota quase não conseguia respirar, ficava só ouvindo o que Tsunade falava sem parar:

   — Eu não acredito que você já está tão crescida! Já está até começando a namorar. Aí, eu estou tão animada com isso! — A Quinta soltou Sakura bem a tempo, se demorasse mais um pouco ela teria apagado por falta de ar. — Bom... — continuou a Hokage. — Você sabe que se for ter relações sexuais vai ter que se prevenir... — Sakura achou que morreria ouvindo aquilo, nem acreditava que sua mestra estava falando de sexo seguro com ela, que constrangedor! Suas bochechas pareciam que explodiriam a qualquer momento, de vergonha. Não dava para continuar a ouvir aquilo.

   — Chegaa!!! — falou impaciente. — Você vai ficar me envergonhando ainda mais, Tsunade? — falou com a voz dengosa e um biquinho na boca. — Esqueceu que já aprendi tudo isso com você durante o treinamento médico? — Sua vergonha era sem medidas, e a quinta apenas riu, como se tivesse ouvido uma piada.

   — É verdade! Mas é que a ficha parece não ter caído ainda. Minha discípula já está namorando! — Sakura riu sem graça, chutando uma pedrinha para longe. Tsunade olhou para frente e ficou séria e pensativa. — Vocês realmente precisam falar com seus pais, mas tem que deixar bem claro que isso não começou na sala de aula.

   — Eu sei! — Sakura falou baixo, vendo a Hokage a olhar diretamente agora.

   — Seja sincera com seus pais. Mesmo se eles não aceitarem, pelo menos sei que eles entenderão. Me lembro do dia em que comecei a namorar com o Dan. — Tsunade ficou tremendamente triste ao pronunciar o nome do falecido. — Também foi um pouco difícil no começo! — Sakura assentiu, deu um abraço em Tsunade e saiu do prédio.  

   — É, não tem jeito. Vou ter que resolver isso! — falou consigo mesma enquanto se direcionava a casa dos pais.

   Kakashi foi descontar toda sua frustração e preocupação em um campo de treinamento. Queria ter ido com Sakura, mas ela disse para ele que ia só marcar com seus pais um dia para que eles pudessem conversar. Estava com medo das coisas darem errado, não queria ter que ver Sakura sofrendo por não poder contar com o apoio dos pais.

   Quando foram na churrascaria juntos já pôde perceber como ela se sentia pressionada, não queria que as coisas dessem errado e ela desistisse dele. Já havia perdido tudo o que tinha na vida, não sabia como seu coração ficaria se levasse outro baque. Não tinha mais seus pais, seus melhores amigos e seu Sensei. E isso já era demais para ele.

   Sakura ainda tinha a chave da casa de seus pais, então entrou direto. Da escada já podia ouvir sua mãe falando com o pai, dizendo algo sobre ele ser sem noção. Balançou a cabeça, por não entender como eles podiam se amar tanto e brigar na mesma intensidade por besteiras.

   — Ei mãe, ei pai! — falou olhando para os dois que pareciam emburrados, sentados na cozinha.

   — Sakura, fala para sua mãe que ela tem que aproveitar a vida enquanto ainda pode! — disse Kizashi.

   — Não filha, fala para ele que eu não estou velha! — Cruzou os braços com raiva.

   — Ai gente, vamos parar com isso! Que coisa chata! Oh mãe, queria te perguntar uma coisa! — Sakura olhava para o pai dela, tentando dar sinal de que queria ficar sozinha com a mãe, mas o homem não pareceu entender nada.

   — Sai logo Kizashi, não está vendo que a menina quer conversar sobre assuntos de mulher! — O homem, com a bochecha vermelha, se levantou da cadeira que estava e saiu rapidamente, dando sorrisos e acenos de tchau para as duas. Sakura não sabia porque seu pai era tão disperso, mas ainda o achava melhor que sua mãe, que era uma pessoa um pouco difícil.

   — Mãe... o que você diria se eu te falasse que estou namorando? — questionou enquanto se sentava na cadeira do outro lado da mesa. Não queria se arriscar a ficar tão próximo dela durante essa conversa.

   — Não vai me dizer que você está grávida... Ai por Kaamiii... Kizaaaashiiii, volta aqui! — Sakura deu um tapa em sua testa com a reação estranha da mãe, nem falou nada sobre casamento, só queria saber no que ela pensava sobre ela começar a namorar. — A Saaakura está gráaavida! Eu falei que você sempre deu muito mimo para essa garota! — Mebuki continuou a falar brava, como um animal enlouquecido. Ela viu a cabeça do pai aparecendo na porta, com cara de medo pelo jeito que sua mulher gritava.

   — Ah pai não é nada! A mãe está com paranoia de novo! Só disse que estou namorando e ela já começou com essa história — Sakura, nervosa, gesticulava ao falar.

   Mebuki ficou falando sobre bebês durante uns dois meses com Sakura quando descobriu que a garota tinha uma quedinha por Sasuke. Falava que se fosse mãe naquela idade teria que procurar outro lugar para morar, que ela não cuidaria do bebê de ninguém, mas volta e meia Sakura pegava a mãe olhando revistas de roupa infantil. Era difícil compreendê-la.

   — Para com isso mulher! Vai deixar a menina assustada, aí ela vai parar de vir visitar a gente. E quando notarmos estaremos internados em um asilo! — falou se sentando com elas, enquanto Mebuki mostrava a língua para ele, como se fosse uma criança.

   Sakura nesse momento só conseguia se imaginar sendo adotada ainda bebê, pois era tão diferente de seus pais que parecia incabível o fato de ser filha deles. Respirou fundo tentando buscar forças e palavras em sua mente para não fazer mais confusão ainda.

   — Gente... Eu não estou grávida! Só estou em um relacionamento. E queria apresentar ele para vocês!

   — Ah, mas é claro... — disse Kizashi, mas foi interrompido pela sua mulher que apontava o dedo para Sakura.

   — Você sabe que existem métodos anticoncepcionais, e que uma mulher deve sempre estar prevenida... — Kizashi tampou os ouvidos, enquanto a garota apoiava o cotovelo na mesa, segurando seu queixo com a mão, já não prestava mais atenção no que sua mãe falava apenas queria parar logo com aquela loucura toda e sair dali.

   — Mãe? Mãaaee?

   — ...Só espero que ele não seja aquele tipo de homem pervertido. — Sua mãe enfim parou de falar, ao ser gritada pela segunda vez pela garota.

   Sakura sentiu um nó se juntar em sua garganta, a última frase de sua mãe ecoou em sua mente. Sabia bem da reputação que Kakashi tinha, apesar de todos o considerarem um excelente ninja e um homem sério não era novidade ele ter um defeito. Mas agora esse defeito poderia se tornar um grande problema.

   — Bom... Eu acho que é o Neji. A mãe da Ino me disse que viu vocês juntos! — Ao ouvir seu pai, Sakura quase caiu da cadeira. — O que foi? — perguntou segurando o braço da garota.

   — Ah Kizashi, já te falei para parar de fazer fofoca com as pessoas da rua. Mulher fofoqueira é feio, mas homem é horrível — disse a mãe de Sakura, dando um tapa no braço do marido.

   — Credo gente, não é o Neji! Ele é só meu amigo — falou, tentando se desfazer daquilo. “Shannaro... a Ino tem mesmo razão... Eles são sempre intensos!”


   — Então fala logo quem é, menina, eu não tenho o dia todo — Mebuki pegou o pano de prato na mão, como se fosse enxugar louças, mas Sakura sabia que isso era só uma desculpa para matar logo a curiosidade dela.

   — Bom, acho melhor vocês verem por vocês mesmos! Tudo bem se eu trouxer ele para jantar hoje?

   — Por mim tudo bem! — O pai de Sakura sorriu para ela, tentando amenizar a situação.

   — Por Kami, Sakura! Agora vou ter que me virar para pensar em um jantar legal. Só você para me fazer quebrar a cabeça! — Mebuki  começou a abrir as portas do armário da cozinha, analisando o que tinha lá dentro.

   Depois de muita luta, Sakura conseguiu sair da casa dos pais, tinha que se apressar já estava atrasada para almoçar. Tinha combinado com Kakashi que o encontraria na casa dele. Estava preocupada com a noite que teriam, e se antes havia pensado na possibilidade louca dos pais dela o expulsarem da vila usando pás e enxadas, agora essa possibilidade se parecia ainda mais óbvia.

   Ao entrar na cozinha viu Kakashi enxugando o cabelo, parado na porta do quarto, apenas com uma calça, e o resto do corpo ainda molhado. Ele havia acabado de chegar do treino. Estava aflito pelo fato de Sakura estar mais atrasada do que ele, o que era bem incomum. Deu um beijo na testa da garota que estava com a cara toda vermelha.

   Sakura começou a disparar tudo  o que tinha acontecido pela manhã para ele, e quando falou sobre a conversa desastrosa que teve com os pais começou a chorar dengosamente. Por mais nervoso que estivesse ele não conseguiu ver ela tão manhosa, e começou a rir a abraçando.

   — O que foi? — perguntou enxugando as lágrimas.

   — Bom... É melhor a gente almoçar que eu estou morrendo de fome. E a gente vai assistir um filme depois! — falou com um sorriso, deixando Sakura sozinha no quarto. Ela ficou sem entender nada e apenas o seguiu até a cozinha. Não entendia como ele conseguia ficar tão calmo enquanto ela se descabelava.

   O que a garota não sabia é que Kakashi estava angustiado com aquilo tudo. Nunca tinha se visto nessa situação, nem se apresentando para os pais de alguém, muito menos alguém que fosse tão jovem. Mas tinha que se manter focado e passar o máximo possível de tranquilidade para Sakura. Afinal, os pais eram dela, então o problema maior também seria da garota.

   A tarde se arrastou lentamente, Sakura ficou inquieta o tempo todo e Kakashi teve que fazer o que pôde para não se mostrar amedrontado para ela. Eles estavam se despedindo quando ele resolveu que a levaria até a casa dela, mas a garota, insistente, falou que era melhor não. Não queria arriscar ser vista com ele justo horas antes de encontrarem seus pais.

   — Vai que alguém fala paro meu pai que viu a gente junto? Minha mãe ia ficar maluca e dizer que ela sempre é excluída da minha vida! — Ele sorriu imaginando que essa com certeza seria a menor das preocupações.

   Ao fechar a porta ele soltou um longo suspiro. A vontade que tinha era de socar alguma coisa, parecia que era criança de novo e estava indo para sua primeira missão. Mas isso ali, era muito mais sério do que ter que correr atrás de um gatinho, essa noite definiria muita coisa sobre o seu futuro. E ele deveria estar preparado para qualquer coisa. Por ele, e por ela.


Notas Finais


Eita que só quem tem uma família doidinha que sabe o que ela esta passando kkkkkk


É isso ai gente! Espero que tenham gostado!

Bjnn


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