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História Quase sem querer- Sakura e Kakashi (kakasaku) - Atrasado


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo?

Vocês não sabem como fiquei feliz em ver como vocês tem se identificado com a história e os personagens, meus olhos brilhavam quando via alguém falando sobre quando passou por algo parecido. Obrigada por compartilhar um pouquinho de vocês comigo, e pelos comentários maravilhosos e inspiradores. Agradeço também a todos que favoritaram a história, a força que vocês me dão é inestimável!

Mas chega de nostalgia né gente!!! Vamos voltar pra vida real e ler esse capitulo que esta cheio de peripécias kkkk
Bjnn

Capítulo 28 - Atrasado


 Sakura já estava ficando nervosa, assim como sua mãe, que andava de um lado para outra na casa, mexendo nos móveis como se os arrumassem. Kizashi, por outro lado, parecia não se preocupar, estava dando gargalhadas com algo que via na televisão. Kakashi já estava quase quarenta minutos atrasado para o jantar, e apesar de estar ciente do defeito do namorado, a garota não se conformava com esta falta grave.


   Estava contando com ele mais do que em qualquer outro momento, e sua detença a estava magoando profundamente. Já não bastava a situação em que se encontravam e agora ainda teriam que lhe dar com isso. Começou a roer as unhas, sentada na cadeira da cozinha, e a movimentação da sua mãe estava fazendo ela enlouquecer ainda mais.

   Conhecia bem a velha e sabia que quando ela ficava agitada assim é porque estava com raiva de alguma coisa, e essa "coisa" era seu namorado. Se levantou olhando pela janela da cozinha, que dava para a rua, torcendo em vê-lo chegando. Mas a avenida estava vazia e silenciosa, a não ser pela casa da vizinha que emanava um som de flauta.

   Se escorou na parede com a cabeça erguida para o teto, praguejando o mundo inteiro por não ter tido a capacidade de advertir ele sobre isso. A verdade é que sua preocupação para que tudo nessa noite saísse o mais perfeito possível a fez esquecer de questões pequenas, porém tão importantes como esta.

   Sentiu um frio na barriga ao ouvir alguém bater na porta, andou apressadamente para a sala juntamente com sua mãe, que parou um instante na frente do espelho arrumando o vestido que estava um pouco amarrotado. Mebuki fez sinal com a mão para Kizashi sair da televisão e vir receber o namorado misterioso, mas ele não entendeu o ato e ficou com cara de bobo para as duas.

   Mebuki fechou os olhos e respirou fundo tentando não gritar com ele, só aí seu marido entendeu o que ela queria dizer. Desligou a televisão e foram os três, juntos para a porta. O coração de Sakura parecia que saltaria de seu peito, quase deu um pulo ao ouvir novamente as batidas. Respirou fundo ao ver sua mãe tocar a maçaneta, fechou os olhos tentando afastar todos os maus pensamentos que a rodeavam, afinal; ele chegou.

   — Kakashi? — Seus pais falam em um uníssono, enquanto o homem adentrava a casa com flores nas mãos e um jeito totalmente envergonhado.

   Enquanto Kizashi sorria, Mebuki media Kakashi de cima a baixo, como se fizesse uma inspeção. A mulher bufou e encarou Sakura, pondo as mãos na cintura. Sakura sentiu-se gelar com a expressão de ódio que sua mãe tinha, queria correr dali e enfiar a cara no travesseiro chorando sem parar. Mas ao invés disso tomou o pouco de coragem que tinha e a encarou firmemente.

   — Boa noite! — disse Kakashi coçando a cabeça, enquanto estendia o buquê para Mebuke, que vacilou em pegá-lo, mas em um ato de protesto logo resolveu tomar as flores da mão dele e andar pesadamente até uma lixeira pequena que havia na mesinha da sala e joga-las fora. Cruzou os braços com os olhos cerrados.

   — Não liga para ela! — falou Kizashi com as bochechas vermelhas. — Vem, senta! — Estendeu a mão apontando o sofá para ele.

   Sakura, a essa altura, já estava com os olhos cheios de lágrimas, segurou no braço esquerdo de Kakashi enquanto andavam em direção ao sofá de dois lugares. Olhou para ele, e via agora uma expressão vazia e séria tomando sua face, quando ia virar o rosto para encarar sua mãe sentiu a mão de Kakashi a segurar firmemente enquanto já se sentavam.

   Os três ficaram sentados em silêncio, o pai de Sakura sorria debilmente, como se tentasse se desculpar com ele. Sakura se sentia humilhada e pior; sabia que ele sentia o mesmo apesar de estar com uma expressão firme no olhar, que encarava seu pai sem vacilo, culpa ou medo. Sakura pensava em uma forma de amenizar tudo aquilo, mas nada vinha em sua mente.

  — Primeiro...

   — Primeiro eu gostaria de saber o que é que está acontecendo aqui! — falou uma Mebuki enfurecida, se pondo a frente do casal e interrompendo a frase que Kakashi iria pronunciar.

   A respiração de Sakura era ofegante e descompassada, afundou-se no sofá temendo as palavras de sua mãe e a vergonha que estava sentindo por ter que passar por isso. Se soubesse que seria tão horrível assim, nem teria ido até lá, teria deixado as coisas como estavam antes, talvez fosse muito melhor e mais fácil.

   Kakashi se inclinou para frente, apoiando os cotovelos nas pernas, ainda segurando a mão de Sakura. Olhou confiante para Kizashi que estava com uma face visivelmente perturbada e, ignorando Mebuke, começou a limpar a garganta se preparando para iniciar um diálogo com seu sogro.

   — Eu sei que essa situação é difícil, mas quero que o senhor entenda que a Sakura e eu começamos a nos relacionar a pouco tempo. E que nunca houve nenhum tipo de interesse amoroso entre nós enquanto éramos aluna/professor.

   Sakura olhava atentamente para Kakashi, sentindo orgulho dele e da forma na qual estava tentando contornar a situação. Seu pai já o olhava de forma diferente, como se sentisse a intensidade e sinceridade nas palavras de Kakashi. Evitava ao máximo olhar para sua mãe que permanecia de pé e mesmo sem se virar para fita-la podia perceber, através de sua visão periférica, a face rubra e enraivecida de Mebuki.

   — Bom... Eu conheço um pouco você e sua reputação, não só como ninja mas também como homem. E apesar dos pesares espero que você esteja sendo honesto quanto ao que está me dizendo — Kizashi ao terminar de falar sentiu sua mulher apertando seu ombro como se fosse quebra-lo, mas aguentou a dor se fazendo de desentendido.

   — O senhor tem a minha palavra. Eu amo sua filha e quero ser feliz ao lado dela. — Um pequeno sorriso se formou nos lábios de Sakura ao ouvir aquelas palavras, estava contente por ver o quanto ele se saia bem e ainda demonstrava seu sentimento sem vergonha alguma.

   — Se a Sakura está feliz com você, eu também estou! — falou o velho, se levantando com um sorriso no rosto e estendendo a mão direita para cumprimentar Kakashi, que também se levantava junto com a garota.

   — Kizashi! — gritou Mebuki, batendo o pé esquerdo firmemente no chão e cruzando seus braços, como uma criança fazendo birra. Kakashi a olhou nos olhos enquanto apertava a mão de seu sogro, e Sakura olhava para o chão, não teria coragem de olhar para sua mãe nesse momento.

   — É... é melhor nós irmos jantar então! — O pai da garota falou empurrando Mebuki, ainda emburrada para a cozinha.

  Sakura olhou para Kakashi, que sorriu por baixo de sua máscara para ela. Ele conseguia passar uma força inabalável para a garota, que achava que nunca entenderia o quão determinado ele era. Mas estava mais do que satisfeita por perceber que estavam afirmando seu relacionamento de forma correta e descente. Se sentaram na mesa, e seu pai logo começou a atacar a comida.

   — Não existe yakisoba mais gostoso na vila do que o que minha mulher faz, posso te garantir — falou Kizashi orgulhoso, mas Mebuki continuava com os braços cruzados e de nariz torto, se negando a servir o convidado e a si mesma.

   Sakura pegou um prato para ela e Kakashi, que afagou sua nuca carinhosamente como agradecimento. As mãos da garota ainda tremiam pelo estresse que passara, pedia em pensamentos para que não acontecesse mais nada de errado naquela noite, já não podia aguentar mais as pedradas que recebia a cada passo que dava.

   — Hum... Realmente é muito bom! — disse Kakashi enquanto experimentava a comida. Sakura viu sua mãe dar um pequeno sorriso de lado, mas logo fechou a cara novamente ao ver a garota a olhando.

   — Uma vez a Sakura comprou os ingredientes e disse: Mãe, hoje você está de folga da cozinha, quem vai fazer a comida sou eu! — o homem de cabelos róseos começou a falar.

   — Ah pai! Para! — disse a garota já com as bochechas totalmente coradas. Kakashi a olhou adorando aquilo, queria saber sobre tudo o que ela já tinha aprontado.

   — Nada disso começou, tem que terminar! — Kakashi falou animado.

   — Bom, depois de insistir muito com minha mulher, a gente ficou aqui na sala assistindo televisão enquanto a pequena estava na cozinha "preparando o jantar". — Fez aspas com os dedos e uma gargalhada gostosa saia de sua boca, Kakashi achou inevitável não sorrir também com a expressão que seu sogro fazia. — Depois de um tempo ela gritou a gente dizendo que já estava pronto. Nós saímos do sofá e Mebuki estava toda orgulhosa, porque não tinha sentido cheiro nenhum de queimado. — A mulher já tampava a boca com uma das mãos tentando esconder o riso tinha por se lembrar da história. — Quando chegamos na cozinha, ficamos admirados com a mesa muito bem-posta, e o yakisoba bonito que estava na tigela de porcelana que ganhamos de presente de casamento. Nos sentamos felizes, e Sakura estava com um sorriso de orelha a orelha. Mas quando começamos a comer foi o fim da picada! — O homem, e Kakashi já não se aguentavam de tanto rir, enquanto Sakura dava tapinhas no braço do seu namorado, o pedindo para parar. — Eu juro para você que estava tudo cru, e sem sal nenhum. E como se não bastasse o macarrão estava colando no céu da boca! — Se engasgou com a última frase, sentindo sua mulher lhe dar três tapinhas nas costas, do mesmo jeito que Sakura fazia com Kakashi a segundos, e apesar de estar rindo ela ainda tentava esconder o ato.

   O resto da noite se passou de forma agradável com Kizashi contando algumas piadas e histórias sobre a garotinha crescida dele. Mebuki prestava atenção em tudo e até ria as vezes, mas sempre que Kakashi ou Sakura a olhavam ela desviava o olhar e ficava séria. Se não fosse pela sua mãe possessiva a noite teria sido perfeita.

   Kakashi estava tão nervoso que tinha passado no túmulo de Óbito antes de ir na casa dos pais de Sakura, estava meio que "pedindo um conselho" antes de conversar com eles, e quando foi ver, o tempo já havia corrido. Sentiu medo pela rejeição da mãe dela, porém já tinha ido longe demais para desistir sem lutar.

   Já havia prometido a si mesmo várias vezes que não se permitiria perder a mulher que o salvou da vida que levava e honraria sua promessa até o fim de sua existência. Para sua sorte viu Kizashi um apoio, onde pôde se recuperar, sabia que não seria fácil olhar para a senhora Haruno sabendo o quanto ela o desprezava, mas tinha esperança de que uma hora ela o aceitaria.

   Ficou satisfeito por ter tido forças suficientes para passar por cima daquela situação complicada e enquanto ria com seu sogro pedia mentalmente para que de agora em diante só tivesse momento felizes, pois seu peito já estava sobrecarregado de sofrimento e tristeza. Só queria ser feliz, e fazer a mulher que amava mais feliz ainda.

   Após terminarem o jantar, Mebuki se retirou da mesa e ficou sentada no sofá da sala. Os dois, ainda na cozinha, se despediram de Kizashi, que foi a salvação da noite. E ao chegarem na porta Kakashi deu um "Boa noite" para Mebuki que o ignorou, mas Sakura abriu um sorriso ao ver que as flores que ele havia trazido já não estavam mais na lixeirinha da sala, ao invés disso estavam em um vaso azul em cima da estante da TV.   

   — Ah, Sakura? Já ia me esquecendo! Seu primo Haru vem para a festa da vila. — Deu um sorriso assentindo para seu pai, que fechava a porta após terminar de falar.

   Haru era um médico ninja, alguns anos mais velho do que Sakura. Ela ainda se lembrava com clareza das vezes que eles se encontravam nas reuniões de família, era uma festa! Haru nunca gostou muito de se misturar com as pessoas de sua idade, por isso estava sempre com as crianças, inventando brincadeiras e coisas do tipo. Todos o adoravam, apesar de sua frieza, principalmente porque ele sempre pagava sorvete para todos. Mas já havia muito que Sakura não o via, nem mesmo sabia o motivo do afastamento dele, mas só de saber que ele estaria para chegar já se sentiu contente.

   Kakashi pegou sua mão e ela sentiu um cala frio passando pelo meu corpo. Agora que meus pais já estavam cientes do nosso relacionamento não havia mais o porquê de se esconderem, fingindo que são apenas amigos. Sakura caminhava o tempo todo de cabeça baixa, não haviam falado nada ainda um para o outro. Ela só estava com vergonha, torcendo para que ninguém na rua os visse.

   Uma hora ou outra as pessoas saberiam, mas o medo da reação que elas teriam ainda lhe deixava desconcertada. Não queria prejudicar Kakashi com nada disso, nem mesmo ser um peso para ele carregar. Olhou para o lado, percebendo que já estavam passando da casa dele, ergueu sua cabeça olhando semblante calmo e preguiçoso de seu namorado.

   — Não precisa me levar! — falou tentando poupar ele de andar mais.

   — Precisa sim! Vou ficar com você essa noite.


Notas Finais


Aaaaaaiiii que medo!!!! Genteee quem tem uma mãe carrasca em casa sabe o que esses dois passaram kkkkkkkkk

É isso ai gente! Espero que tenham gostado!
Bjnn


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