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História Quase sem querer- Sakura e Kakashi (kakasaku) - O preço da diplomacia


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo???

Quero agradecer a todos que tem acompanhado e participado dessa história, me enviando mensagens motivacionais e comentários adoráveis. Obrigada por alegrarem meus dias!!!

Bjs!

Capítulo 36 - O preço da diplomacia


Kakashi estava sem reação, aquela situação era totalmente constrangedora. Jamais poderia imaginar que veria a Hokage de uma forma tão vergonhosa em seu escritório com um homem. Sentiu suas bochechas arderem, mas tinha que se focar no real problema que havia lhe levado até ali e não daria tempo de pedir desculpas.


   — Kaaakaaaashiiiiiiii — gritou a Hokage, que mais parecia um bicho de tão assustadora que soou, e ele imediatamente se virou de costas para o casal.


   — A Sakura está com problemas, não temos tempo para coisas tão pequenas agora — ele falou sério, ainda de costas, enquanto Haru e a Quinta se vestiam rapidamente.


   — Como assim com problemas? — perguntou o primo da garota, que não parecia nem um pouco envergonhado.


   — Pedi para Pakkun vigiar os passos dela e parece que ela foi sequestrada pelos rebeldes — a voz dele agora estava mais grave e hesitante.


   — Como assim? — indagou Tsunade, já vestida, tentando ajeitar sua blusa e seus cabelos em seguida.


   — Pelo que parece, eles contrataram um espadachim renegado para fazer o serviço — ele falou, se virando um pouco apreensivo para o casal, mas se sentiu aliviado em ver os dois de roupas.


   — Não pode ser... não pode ser... — disse a Hokage, parecendo desesperada, andando de um lado para o outro, enquanto Haru parecia inerte.


   Depois de alguns segundos a mulher parou em frente ao vidro que dava a vista de Konoha, e Kakashi estava extremamente preocupado pois sabia que essa situação era muito mais séria do que poderia parecer. Estavam falando de entrar em outro país, um pais no qual existia uma tênue aliança, que era muito importante de ser mantida.


   Quando a Quinta se virou e ia começar a falar algo, uma ave pousou em cima da mesa da mesma, carregando uma mensagem amarrada em sua patinha. Kakashi ficou observando Haru abrindo o papel e entregando na mão de Tsunade. As expressões de espanto que a mulher fazia enquanto lia o bilhete só deixava Kakashi ficar ainda mais desesperado.


   Ele queria fazer alguma coisa, mas primeiro precisava relar o que sabia para a Quinta. Já não estava aguentando de ansiedade e medo, não sabia como Sakura estava, muito menos se ainda estaria viva. Seus olhos ardiam, sua vontade era de chorar de ódio e ir até aquele país e destruir tudo e todos que visse pela frente. Nunca quis tanto uma vingança como agora.


   A Hokage estendeu a mão que segurava o bilhete, estava trêmula e com o olhar choroso. Mas do que depressa Kakashi tomou o papel da mão dela, já temendo o pior. Não conseguia se imaginar em um mundo onde a mulher que amava não existisse mais, esse seria, sem sombra de dúvidas, o seu fim. O fim da sua vida. Olhou para o papel e a primeira coisa que viu foi o carimbo oficial do senhor feudal do País das Águas.

 


   Senhorita Tsunade.


   Recebemos a informação de que os insurgentes capturaram a médica ninja que fora enviada por Konoha para nos auxiliar. Sinto muito pelo ocorrido, mas no momento não existe nada que nós, ou vocês, possam fazer para recuperá-la. Teremos uma dívida para sempre com Konoha, porque graças a esse terrível acontecido conseguimos localizar o núcleo de operações dos insurgentes. Já estamos preparando uma equipe para aniquilar com todos eles e devo comunicar que sua ninja está sendo feita de refém. Porém, não existe nenhum meio de salvarmos ela sem prejudicar a operação. A situação é de extrema delicadeza, mas saibam que a vida da Kunoichi será tomada em prol a milhares de outras vidas.
Se pretendem manter a aliança formada a tantos anos, espero que compreendam nosso ato de desespero.


Daimyo do País da Água.

 


   Kakashi não podia acreditar no que havia acabado de ler. Ele não queria uma heroína, ele apenas queria a mulher que amava de volta. Olhou para a Quinta, tirando a bandana que cobria seu olho sharingan. Estava disposto a fazer qualquer coisa para salvar Sakura, inclusive desobedecer e passar por cima de qualquer tipo de ordem.


   Tsunade, tensa, ajeitou seus ombros, ficando o mais ereta possível. Estava sofrendo tanto quanto Kakashi, Sakura era como uma filha para ela. Haru, com o semblante caído, acarinhava a mão da mulher, que parecia não ter nada para falar naquele momento. Mas ao ver o semblante desesperado de Kakashi, sabia que poderia contar com ele até o fim para ajudar sua discípula.


   — Kakahi... — ela começou a falar, mas sua voz falhava por conta da tristeza que sentia em seu coração. Limpou a garganta e continuou: — Eu não posso quebrar a aliança que temos com o País da Água. — Quando ouviu isso, Kakashi arregalou os olhos, sentindo lágrimas escorrerem pelos mesmos. Fechou as mãos em punho, pensando que enfrentaria até ela se fosse preciso. — E não posso enviar ninguém para resgatar a Sakura — ela disse com o tom de voz ainda mais baixo e quando viu que Kakashi ia se preparar para falar alguma coisa retornou a falar: — Mas eu não teria culpa se alguém descobrisse sobre o que está acontecendo com ela e tentasse um resgate — ela disse, se virando para o homem que estava enlouquecido. Haru deu um sorriso de canto como se sentisse aliviado pelo que ela disse.


   Kakashi abriu novamente as mãos e desfez de sua postura ofensiva. Entendeu perfeitamente o que a Quinta estava falando, e ficou satisfeito. Sabia que seria difícil chegar até a Sakura sozinho, mas ele era experiente e conseguiria.  Suspirou aliviado por conta da ordem indireta que recebeu da Hokage e apenas se virou de costas, indo para a casa de Sakura. Ainda estava exausto por ter voltado do País da Água a instantes atrás e não tinha chacra, nem tempo suficiente para se recuperar apropriadamente, então pensou em pegar umas pílulas de soldado que ela fazia, para conseguir seguir viagem e a resgatar.


   — Aguenta firme — ele sussurrou para si mesmo, enquanto chegava na rua da casa dela.


   Estava com seu coração apertado, ainda sentia algumas lágrimas escorrerem por seu rosto, molhando sua máscara. Era como se não tivesse mais controle sobre si mesmo. Entendia agora o ódio que muitos ninjas já haviam sentido ao ver um amor se perder em campo de batalha. Mas ele sentia que não seria forte o suficiente para aguentar a dor de perde-la.


   Pegou as chaves, mas suas mãos estavam tão trêmulas que não estava conseguindo encaixar a chave na fechadura. Já estava pensando em arrombar de vez a porta, quando uma mão tomou o molho de chaves das mãos dele e a abriu com facilidade. Ele virou lentamente seu rosto para ver quem era, mas mesmo antes de fazer isso já sabia. Ele conheceria seu aluno em qualquer lugar.


   — Sasuke? — ele soltou, com a voz arranhando sua garganta. Só esperava que o garoto não estivesse ali para lhe trazer ainda mais problemas.


   — É melhor se apressar. Ela está ficando sem tempo — Sasuke falou sério e com a feição preocupada.


   De todas as pessoas no mundo, quem Kakashi menos esperava apareceu para lhe ajudar, ao menos era o que estava parecendo, mas não tinha tempo de questionamentos, agora precisava se focar em salvá-la. E faria de tudo por isso, mesmo que tivesse que dar sua vida em troca da dela. Se esse fosse o preço, ele pagaria com prazer.


   Começou a revirar a casa, procurando o remédio caseiro da garota, mas não estava encontrando em lugar nenhum. Não podia acreditar que logo em um momento como esse ela não havia deixado nenhuma ali. Já que sempre estava querendo entupir ele com aquelas pílulas de gosto horrível. Quando já perdia as esperanças, Sasuke caminhou em sua frente e levantou a mão com duas das pílulas enormes entre os dedos.


   — Era isso que estava procurando? — ele perguntou, mas o ninja apenas as tomou das mãos do nukenin e colocou-as na boca e o gosto ruim já nem era mais perceptível, amargo mesmo era a dor que tinha em seu peito. — Deveria ter olhado na geladeira — concluiu o garoto, deixando Kakashi sem graça. 


   Ele fechou a porta da casa, dando uma olhada lá dentro antes. Estava confiante que poderia ajudar a garota, mas ainda tinha que pensar em como fariam para chegar lá a tempo. Pois a viagem original durava três dias. Tentou se recordar do mapa do País da Água que Neji havia entregado para ele. Com sua memória fotográfica conseguiu formar uma rota mentalmente. Provavelmente duraria dois dias, mas ele iria correr o mais rápido que podia e com certeza conseguiria fazer o percurso com menos tempo. Olhou para Sasuke imaginando se o garoto conseguiria acompanhar ele, mas pensou positivo pois sabia que ele era primoroso.


   Estavam tão rápidos que o vento parecia chicotear o rosto dos dois, e por mais que Kakashi quisesse muito perguntar para Sasuke o porquê de ele estar fazendo tudo isso preferiu se conter. Entendia bem o motivo do garoto, ele disse qual era no dia em que Sakura desmaiou ao ver os dois à beira de um combate. Ele também a amava.


   A pílula já começava a fazer efeito, e ele sentia seu corpo transpirar por conta do esforço que fazia. A noite caia como um véu negro sobre eles e a mata serrada estava úmida por conta do sereno. Não conseguia prestar a tenção em nada, pensava apenas em como faria para entrar na instalação, se baseando no que Pakkun havia contado a ele.


   Calculava inúmeras possibilidades, mas sua real preocupação era o espadachim. Se ele estivesse lá as coisas ficaram muito mais complicadas. Não sabia qual eram suas habilidades e, consequentemente, não tinha como bolar um plano de ataque contra ele. A única coisa que sabia sobre Mangetsu, é que ele era um nukenin extremamente habilidoso e sem coração.


   Já estava começando a amanhecer, e sua boca estava seca de sede, mas não podia se dar ao luxo de se preocupar com isso agora. Olhou para Sasuke, que já aparentava estar cansado, porém determinado a continuar. Ele sabia que apesar de todos pesares não poderia ter escolhido um melhor parceiro.

 

—————————————***————————————


   Tsunade e Haru sequer dormiram. A Hokage ficou o tempo todo olhando os termos do documento que afirmava a aliança entre Konoha e o Pais da Água, procurando uma brecha para enviar ajuda para Kakashi, mas ela e seu novo namorado já haviam lido os registros e o documento várias vezes e nada encontraram.


   Não dormiram e sequer viram o amanhecer de tão concentrados no trabalho. A Quinta resolveu que manteria o que estava acontecendo em sigilo, com exceção apenas dos pais da Kunoichi e de Ino, já que teria que ter alguém preparado para fazer os socorros médicos, se necessário, em Sakura e Kakashi. Se levantou de sua cadeira, sentindo suas costas doerem por conta da posição que havia ficado durante todo esse tempo e pela tensão dos acontecimentos.


   — Haru, vamos alertar seus tios — ela falou com a voz baixa, emitindo todo seu pesar.


   — Você tem certeza disso? — ele perguntou, mas ela apenas acenou positivamente com lágrimas nos olhos.


   Queria ela mesma ter saído de lá para ajudar a Kunoichi, e sabia que Haru se sentia da mesma forma que ela, mas ele de forma alguma poderia se envolver isso, já que residia na capital do País do fogo e poderia trazer complicações seríssimas a todos. Isso poderia ser o estopim de uma guerra violenta, e não poderiam pôr em risco a vida de mais pessoas amadas.


   Amável, Haru pegou a mão de Tsunade, passando confiança para a mesma. Não tinha conversado muito com Kakashi, mas não precisava fazer isso para saber que ele era apaixonado por sua prima. Muito menos precisava de provas para afirmar que ele era um ninja inigualável, já que suas histórias viajavam além de fronteiras.


   Caminharam em direção ao hospital, estavam calados e pensativos. A Quinta estava confiando em Kakashi, entregou a ele uma das coisas mais preciosas que tinha. Sakura não havia saído dela, mas sem dúvidas era muito mais do que uma simples aluna para a mulher. Ela era esforçada, aprendia com facilidade e sempre surpreendia Tsunade, e a Hokage a enxergava como o futuro promissor de Konoha.


   Olhou ao redor do hospital, mas não foi difícil identificar Ino, que ria escandalosamente com uma enfermeira na recepção. Quando a garota olhou para ela, ficou toda sem graça e tentou se concertar.


   — Ino, preciso que venha com a gente — Tsunade falou ainda de longe, e a Kunoichi, sem entender muito, acenou positivamente com a cabeça e foi em direção a ela. — Sem perguntas agora. Vamos nos apressar — concluiu a quinta.


   Ino ficou com muito medo de ter feito alguma coisa de errado, nunca havia sido chamada pela Hokage antes, muito menos pessoalmente. Olhava para o casal que andava a passos largos de mãos dadas, e seu coração apertou em seu peito. Eles emitiam frustração, e inúmeras coisas se passaram pela cabeça da garota.


   Estava temendo que algo tivesse acontecido com seus pais. Se lembrou rapidamente que antes de sair de casa nessa manhã discutiu com sua mãe e se sentiu tremendamente triste agora por isso. Mas eles não estavam na rua de sua casa, e sim na rua da casa...


   — Sakura — ela sussurrou, chamando a atenção do casal, que estava a dois passos a sua frente. Seus olhos se encheram de lágrimas, e seu coração perecia que ia sair do peito. — E- ela não foi hoje. Ela não foi trabalhar hoje. Tinha uma missão! — Ela parou na rua e começou a gritar desesperadamente, repetindo as mesmas palavras sem parar.


   Não via nenhum outro motivo para a Hokage a chamar, muito menos por estar levando ela para aquela direção, a não ser se tivesse acontecido alguma coisa com sua amiga. E ela sabia que a garota estava em uma missão, só não sabia em qual, pensava que era ali por perto mesmo. Sentiu a mão de Haru em seu ombro, mas bateu na mão dele tirando ela de si. Não queria um consolo, queria saber o que estava acontecendo, e agora.


   — Me contem logo. O que foi que aconteceu? — ela falou aos prantos. Tsunade respirava fundo tentando conter as lágrimas de seus olhos. Não poderia demonstrar fraqueza agora. Haru, percebendo a situação, pegou Ino a força e a colocou sobre seu ombro, sentindo a garota se debater, o machucando um pouco.


   Entraram na casa de Mebuki e Kizashi, sem ao menos bater na porta. Não queriam chamar atenção de toda vizinhança. Os Haruno se levantaram do sofá assustados, vendo Haru por Ino, que estava em estado de choque, no chão. Até aí não ficaram tão surpresos, já que sabiam que a garota era exagerada mesmo, mas quando viram a expressão no rosto da Hokage, Mebuki se apoiou de Kizashi já sentindo um aperto em seu peito.


   — O que está acontecendo? — perguntou o pai de Sakura com os olhos arregalados.


   — É melhor vocês sentarem — Haru rebateu.


   Depois de todos em seus devidos lugares, ansiosos para ouvir o que a Quinta tinha a falar, ainda tinham que esperar Ino, que emitia soluços de choro. Ao ver que a garota não ia parar tão cedo, a Hokage começou com a conversa.


   — É sobre a Sakura — disse Tsunade, olhando Mebuki pôr suas mãos sobre a cabeça, e Ino soltar um sonoro gemido choroso.


   A mulher explicou com calma toda a situação. Tentou se manter o mais firme que podia, e apesar de ser algo complicado e um assunto delicado, sentiu que estava conseguindo se sair bem. Ordenou que todas as informações passadas a eles não fossem ditas a ninguém, ou eles poderiam prejudicar Kakashi e até mesmo Konoha.


   Mebuki, apesar de abalada, permaneceu firme, já Ino não parava de chorar, provavelmente nem ouviu um terço do que a Hokage tinha dito, e Kizashi parecia confiante que Kakashi traria sua garotinha de volta. Haru estava sentado ao lado dos tios com sua cabeça baixa, e Tsunade resolveu que passaria o resto do dia ali na casa deles, à espera de notícias.

 

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   O sol estava se pondo quando Kakashi e Sasuke chegaram ao local que Pakkun descreveu como sendo a casa na qual Sakura havia sido levada. Pararam, agachados no mato, ofegantes e muito cansados. Kakashi tirou de seu bolso a última pílula de soldado, e encarou o garoto ao seu lado. Não poderia ser egoísta. Dividiu a pílula no meio e entregou para o garoto, quem sem relutância alguma aceitou, com certeza estava acabado também.


   — Sasuke, vamos esperar o efeito das pílulas e então a gente... — Parou de falar sentindo seu corpo formigar por inteiro. Sasuke, ao perceber a reação de Kakashi, olhou na mesma direção que ele e ficou assustado com a visão que teve.


Notas Finais


qÉ isso ai pessoas!!!

Espero que tenham gostado, até o próximo!
Bjnn


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