Ele era atrevido, disso eu já sabia, mas não esperava ser eu, uma de suas vítimas. Embora merecesse, reconhecia.
Tentei me esquivar de todas as formas, mas sabia por nossa amiga em comum, que Allan era irredutível após decidir-se, ele não descansaria até ter o que queria e se tinha mesmo que encará-lo, preferia fazê-lo longe dos olhos alheio. Como se eu já não tivesse dado assunto suficientes para os fofoqueiros trabalharem ao beijá-lo em um lugar onde estaria cercado deles.
Mas que droga! Onde eu estava com a cabeça quando dei vazão a esses sentimentos e pensamentos desnecessários sobre Allan? Me amaldiçoava enquanto seguia para o estacionamento. Fui imprudente e agora ele estava ali em meu encalço, mesmo debaixo da fina chuva que caía, sua vontade parecia não esmorecer.
Allan me seguia como um aprico, pois assim ele era, parecia sempre estar sob o sol, nada o desanimava, nunca se viu uma expressão no mínimo sombria ou mais séria em sua face.
Irritante!
Como eu queria ser assim...
Como eu o detestava e o desejava, justamente por ser como era...
— Se quer conversar, entre, iremos a algum lugar — ordenei enquanto entrava no carro e o via fazer o mesmo.
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