— Você realmente parece ser do tipo que gosta de dar as ordens não é? — questionou ele com um tom sugestivo, conjurando lembranças das quais tentei com todas as forças esquecer nas últimas semanas.
Como esquecer da noite em que o ouvi dizer-me aquelas mesmas palavras, acompanhadas de um pedido para que eu o ordenasse?
Forcei-me a dispensar tais pensamentos, não era hora de imaginar aquelas coisas, não com ele ali, tão ao meu alcance outra vez.
— Vá direto ao ponto, Allan.
— Como queira senhor — respondeu ele fazendo-me outra vez relembrar de coisas inapropriadas. "Maldito ele só podia estar fazendo de propósito!" — quero saber o que houve aquele dia.
— Creio que você saiba.
— Não eu não sei, e me parece que nem mesmo você sabe... senhor redamar...
— De tudo que poderia esperar de você, jamais imaginei que fosse usar algo dito em um momento de vulnerabilidade, contra mim.
— Não é o que estou fazendo, só quero entender por que esconde o Heitor que conheci aquela noite. Não apenas o que gosta de ordenar, mas o que só quer alguém para si. Por que se sabota dessa forma, Heitor? — perguntou ele, seguindo exatamente a ordem que recebera aumentando ainda mais meu desconforto.
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