Causava-me uma certa limerência toda aquela situação. Era lindo, emocionante e assustador ao mesmo tempo. Aquela noite era dele, eu estaria ali para ele e seria dele para o que quer que ele precisasse.
Aos meus olhos o verdadeiro Heitor crescia cada vez mais, conforme se revelava para mim, eu percebia o quão fascinado estava.
Queria abraçá-lo. Queria tanto vê-lo liberto daquelas amarras impostas por anos de pensamentos conflitantes, entre quem gostaria e quem deveria ser.
Eu o ouvi pelo que me pareceu ser minutos, mas que na verdade foram horas e quando finalmente tudo foi dito, eu não sabia ao certo o que falar.
Agiria, então.
Me levantei e o convidei para um banho de mar.
Sentia-o tão mais leve, não houve resistência alguma e logo o vi despir-se. O vi observar-me, vi seu olhar escurecer, senti que algo mudaria nos próximos minutos. Era hora do outro Heitor entrar em cena e eu realmente não sabia se meu coração descompassado fora causado pela visão daquele corpo magnífico, daqueles olhos que me reviravam do avesso, daqueles lábios que mais pareciam roubar toda minha atenção, ou se seria tudo aquilo, somados à distância que entre nós, se encurtava mais e mais.
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