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História Quatro Estações - Nossa história de amor


Escrita por: TaisWriterOQ

Notas do Autor


Boa tarde gente ♥ gostaria de agradecer MUITO pela receptividade que vocês tiveram com a história, já são 58 favoritos no spirit, eu nem sei o que dizer, só agradecer. :D Obrigada por confiarem em mim, e no meu trabalho. Espero de coração continuar agradando.
Dedico esse capítulo a Yasmim que fez aniversário recentemente, a Nat minha beta e uma querida amiga, e as amigas dela que estão de aniversário essa semana. :) Parabéns a todas, e muitas primaveras pela frente.
Boa leitura! ♥

Capítulo 2 - Nossa história de amor


Fanfic / Fanfiction Quatro Estações - Nossa história de amor

-Ontem eu passei a tarde com Roland. –comentou, esboçando um pequeno sorriso. –Pela primeira vez desde...–Suspirou –Você sabe.

-Por que você não parece muito bem com isso?

Emma perguntou.

-Toda vez que Roland sorria, mostrava suas covinhas, o que me lembrava Robin.

-Eu acho que você deve se afastar um pouco da família dele, talvez conviver com eles seja mais difícil...

-Não! Eles são a minha família agora, o pouco de conforto humano que eu tenho.

-Então, você terá que lidar com essa perda...

-Eu não consigo dizer adeus, Emma. –suspirou, seus olhos marejaram –Nunca imaginei que iria perdê-lo.

Confidenciou.

Se não estivessem na cantina do hospital, já teria se permitido chorar.

Fitou o prato de comida intocável. Sentiu a mão da amiga sob a dela.

-Você precisa ser...

-Forte. –Regina completou, com desgosto. –Eu já estou cansada de ouvir isso.

-Eu imagino, e sinto...

-Não, você não imagina o que é se sentir só, não querer voltar para casa. Você não tem ideia do quanto é doloroso saber que ninguém está te esperando. Eu perdi o amor, Emma.

-Regina...

-Tudo bem.

 Na tentativa de mudar de assunto, Emma questiona. –E o seu pai? Como está?

O semblante de Regina continuou o mesmo. Fazendo com que Emma lamentasse a si mesma por tal pergunta.

-De acordo com o médico, o Alzheimer já está cada vez mais avançado. –Suspirou -Toda semana, quando vou visita-lo, ele me pergunta sobre Robin...-após uma pausa, continua –No início, eu contava o que aconteceu de fato, mas, repetir essa história todas as vezes que eu o encontrava era doloroso. –Lamentou. –Passei a mentir, fingir um sorriso, dizer que Robin está bem e teve um imprevisto no trabalho. Assim eu evito sofrimento.

-Ele... Não esqueceu mais de você?

-Felizmente não. Eu não aguentaria passar por isso novamente. –confidenciou –Antes, Robin me ajudou, mas, agora... Eu não suportaria.

 

 

                                                                           X X X

 

   O inverno não deixara a desejar, o frio era intenso como sempre. A rua era tomada por camadas de gelo grossas e espessas. O sol tímido tentava surgir, mesmo que fosse apenas para emitir luz naquela tarde gélida.

Os galhos das árvores não eram habitados por folhas, sendo assim, as confidências trocadas não poderiam ser sussurradas  enquanto seriam atingidos pelas fortes rajadas de vento que a tempestade trazia consigo.

Ocasionando o mesmo com Regina. Estava fria, seca e sozinha. Não tinha a companhia de quem queria para dividir suas angústias e medos.

 Sua mente estava tão dispersa em suas próprias reflexões que se surpreendeu ao perceber que já se encontrava em frente a clínica que seu pai estava internado. O caminho que considerava longo, fora realizado com rapidez.

Cogitou a possibilidade do percurso ter sido efetuado em curto prazo, porque já havia o decorado. Contudo, sabia que aquela não era a explicação cabível, e sim o fato de executa-lo pensando em Robin. Afinal, encontrava características dele em qualquer lugar que fosse. O que se tornou natural ao longo desses três meses.

Enxergava a figura de seu noivo em cada canto da casa, livro lido, ou até mesmo em suas caminhadas matutinas. E, de fato, ele estava, não fisicamente, mas sentimentalmente. Afinal, o coração de Regina não era capaz de esquecê-lo.

 Caminhava em direção ao banco em que seu pai se encontrava. O mais velho parecia estar distraído o suficiente, observando os pássaros. Regina considerava os mesmos corajosos, enfrentavam o frio para realizar aquela cantoria que ressoava uma verdadeira melodia, agraciando por minutos pessoas como seu pai, condenadas ao esquecimento.

-Pai. –proferiu, enquanto era atingida pelo ar cortante. Sentou-se ao lado de Henry. –Como você está?

Com atenção ainda voltada ao casal de pássaros, o senhor respondeu.

-Estou bem e você?

-Bem.

Respondeu, em meio a um suspiro.

-Você não aparenta o que diz.

Comentou.

Regina esboçou um breve sorriso. Apesar da perca de memórias, seu pai ainda a conhecia. Algumas vezes, desejou que ele não a esquecesse de novo.

-Alguns problemas do trabalho.

Mentiu.

-E o Robin? Por que não veio?

Embora aquela pergunta fosse constante em suas conversas com seu pai, ainda assim a machucava.

-Ele está bem.

Respondeu por fim.

 Um silêncio fora criado. Regina culpava-se, por ocultar a história verídica de seu pai. Por outro lado, convencia a si própria que aquela era uma maneira de poupá-lo. Robin e Henry haviam criado laços importantes antes de seu pai ser internado...

-Você nunca me contou como se conheceram. –comentou o senhor, dispersando-a de seu devaneio.

-Como?

Perguntou, espantada.

-Desculpe, eu não me lembro. Gostaria que você me contasse.

O mais velho confidenciou, sem graça.

-Tudo bem. –Regina respondeu, acariciando a mão do pai. –Eu vou contar como a nossa história começou...

 Acompanhada da melodia dos pássaros, Regina proferia as primeiras palavras. Um misto de emoções lhe sobreveio. Seu pai passou a ter atenção exclusivamente a ela.

 

 

                                                               Um ano antes...

 

                                                                Julho de 2015

 

 

 Robin caminhava pelos corredores do pentágono em passos largos. Encaminhava-se a enfermaria. Praguejava a si mesmo pelo seu breve momento de distração. Enquanto treinava um dos soldados, fora atingido em punho por um membro mais novo, o que não lhe agradava.

Tudo causado por uma mulher.

A mesma era dona de uma beleza estonteante, passava no local acompanhada pelo general. Aqueles segundos bastaram para que ele levasse um murro.

Abriu a porta bruscamente.

-Swan! Trate de fazer um curativo em mim, por favor. Aqueles imbecis se aproveitaram da minha distra...

Interrompeu suas palavras ao perceber que o motivo de sua distração estava a sua frente.

A mulher com aparência de trinta anos de idade, cabelos negros, pele alva, corpo escultural, e belos olhos castanhos, um tanto quanto assustados, o fitavam.

Por fim, ela manifestou-se. –Eu não sou a Emma, como você pode ver. Mas, vou te ajudar com isso.

Apontou para o ferimento de Robin, este ainda a encarava. Surpreso pela feliz coincidência. Admirou o tom de voz dela, suave e sedutora, na mesma proporção.

-Me desculpe, digo... Por entrar assim -sentou-se na maca –eu não sabia que a Emma havia partido.

-Ela não partiu, eu sou médica voluntária.

Respondeu. Sorrindo brevemente.

Robin percebeu que ela parecia um pouco perdida. Abria os armários com frequência, obviamente procurava por algo, descontente, a mulher proferiu:

–Eu te peço paciência... –suspirou -eu sou nova por aqui –dizia, enquanto levantava-se na ponta dos pés, tentando alcançar o armário mais alto. O que tornava-se impossível, devido a sua baixa estatura. Apesar do salto, não mudava muito.

Sentiu o calor do corpo do homem diante do seu.

-O que você procura exatamente?

Robin perguntou. O som másculo da voz dele não passou despercebido por Regina.

-Curativos. –respondeu, por fim. O homem ao seu lado pegou o que foi pedido com facilidade. –Obrigada.

-Merece.

Ele respondeu sorridente. Sentando-se na maca novamente.

O tenente sentia o contraste dos dedos macios da doutora em seu rosto. A mesma conduzia o algodão sutilmente no machucado de Robin, limpando o sangue que havia se formado.

O homem estava surpreso com a intensidade de sentimentos que aquela mulher havia lhe causado repentinamente. Fazia tanto tempo que não se sentia atraído por alguém, mais precisamente desde a morte de Victória.

Seus olhos se encontraram, fitavam um ao outro. Ambos surpresos pela mistura de sentimentos que apoderavam-se de si.

-Foi um grande golpe.

Regina comentou.

-Eu estava desprevenido.

Confessou.

-Ainda bem que não foi nada mais grave. Eu vou prescrever um medicamento, caso você sinta dor.

Disse, logo tratou de preencher o papel.

Robin não deixou de reparar mais uma vez o quanto a mulher a sua frente era bela. Em seguida, indagou: –Você pretende vir mais vezes?

-Sim. Todas as quartas.

Respondeu sorrindo.

-Acredito que deixarei alguém surrar meu rosto na próxima semana. –Ponderou. Deixando-a sem graça, em meio ao riso.

-Será um prazer cuidar de você... –encarou o emblema que o homem carregava em seu peito –Tenente Locksley.

-Foi ótimo conhece-la, doutora...

-Mills, Regina Mills.

Por um momento, Robin perdeu o ar de seus pulmões, seu coração acelerou, seu semblante mudou, o sorriso se desfez. Só havia espaço para o ódio que nutria por aquela mulher.

-Você está bem? -perguntou, preocupada.

Ele a encarou, apenas por um segundo. Conteve-se. Retirou-se, apressado.

Tinha medo do que poderia fazer a seguir.

A cada passo que se distanciava, a raiva se apossava. Não conseguia acreditar que sua vida e seu caminho haviam se cruzado com o de Regina, só podia ser ela. Regina Mills. Aquela mulher era a única responsável pela sua infelicidade. Vingança lhe sobreveio.

 Naquela noite, Robin já havia sorvido metade de sua garrafa de whisky. Seus olhos estavam fixos na tela de seu notebook. Procurou se certificar de que a nova médica do pentágono fosse a culpada pela morte de Victória. De fato, suas suspeitas eram verídicas.

Desde que chegara da base, dedicou seu tempo pesquisando sobre a vida de Regina. Conseguiu informações importantes da mulher, mas ele queria mais... Gostaria de saber quais eram seus medos e frustrações. Tornando-os reais.

Nem que para isso, fosse preciso realizar certos sacrifícios.

 

Uma semana depois...  

 

 Já era o terceiro táxi que passava por Regina, se não bastassem deixá-la para trás, ainda a encharcavam com a água que se acumulava na rua. Como se aquela tempestade de verão não fosse o suficiente para lhe molhar.

Encarou o relógio, já estava atrasada. Gesticulou negativamente com a cabeça. Recomeçar sua vida em Washington estava sendo mais complicado do que ela gostaria.

É dispersa por um carro que para em sua frente. O vidro do passageiro é abaixado, a possibilitando de vislumbrar aquele belo par de olhos azuis.

-Precisa de uma carona?

Robin perguntou, exalando uma simpatia forçada.

Regina sorriu de imediato. Não podia negar a si mesma que passara a semana anterior pensando naquele homem. Se o veria na quarta seguinte...

E agora o fato acabara de acontecer.

-Eu vou molhar seu carro.

Respondeu, por fim.

-Eu faço questão, entre. –o homem respondeu, abrindo a porta do veículo.

Ainda relutante, ela entrou.

-Você tem certeza?

-Claro!

Robin exclamou, sorridente. O que bastou para que Regina fechasse a porta.

-Onde devo levá-la?

-Para o George Washington University hospital.

-Pensei que hoje fosse a sua folga.

-Como você sabe? –perguntou, intrigada.

-Eu andei pesquisando... –percebendo o olhar curioso de Regina, ele continua–digamos que, eu sou próximo do general.

-Na verdade é, mas recebi uma ligação enquanto saia do pentágono, surgiu uma emergência. Esse é o meu trabalho, salvar vidas.

“Ou, acabar com elas. ”

Ele pensou.

-Você é sempre tão ocupada assim? –fingiu frustração –Desse jeito vai ficar difícil te chamar para sair.

Regina que colocava o cinto, o encarou rapidamente.

-O que foi? –ele perguntou –Realmente achou que eu não fosse te chamar para sair? Ainda mais agora, que todos os soldados falam de você.

-De mim?

-Claro, doutora, sua beleza chamou a atenção de todos no pentágono.

Apesar de mexer em sua bolsa, Regina o escutava atentamente. Disfarçava seu nervosismo. Seus movimentos facilitaram para que Robin vislumbrasse o convite, “ 60º Baile de gala marítimo para militantes” realizado todos os anos pelo pentágono.

-Pelo visto, alguém se antecipou e te convidou antes que eu. –proferiu, fixando o olhar nela brevemente, antes de voltar sua atenção na rua.

-O general disse que a minha presença será importante. Não sei se vou, acredito que estarei trabalhando. –Respondeu. Percebendo o descontentamento que Robin emitia em seu rosto, continuou –Mas, se eu for, estarei sozinha.

Disse, colocando uma mexa de seu cabelo atrás da orelha.

-Vou te esperar para uma dança.

 

 

Atualmente

 

-Eu não me lembro se você foi nesse baile.

Proferiu Henry, o senhor havia escutado atentamente a história da filha. Regina estava prestes a responder, entretanto, foram interrompidos por uma enfermeira. A narração da história fora feita tão serenamente que, quando percebeu, o tempo já havia passado e a visita havia acabado. Relutante, Henry se despediu da filha. Em um abraço reconfortante para ambos.

Para Regina, ver seu pai se afastar e não poder ajuda-lo, não ter a presença dele consigo, e testemunhar a vida do mesmo se apagar, era doloroso. Extremamente doloroso.

Questionava se aquele sempre fora o destino dele, ou se o mesmo estava passando por aquele caos, devido aos erros dela? Estaria a vida a castigando?

 

 

                                                                                        X X X

 

Síria

 

 Robin era capaz de escutar os gritos dolorosos que vinham do corredor. Infelizmente, mais alguém estava sendo torturado. Gostaria de descansar, o que não passava de uma tentativa frustrada.

Os três meses que haviam passado foram os mais cruéis de sua vida. Estava mais magro, consequentemente mais fraco. Seu corpo cada vez mais esguio, tentava se aquecer. Entretanto, não era a fome, a sede, a dor, ou a insônia que o perturbava. E, sim o fato de Jefferson, agora seu amigo, estar machucado em um estado deplorável. Haviam amputado sua perna abaixo do joelho.

Temia pelo pior, afinal o escritor não aparentava estar sadio.

-Não se preocupe comigo... – proclamou, fraco –Vou ficar bem. Enquanto estiver minha mão para escrever, será suficiente.

Finalizou, em meio ao riso. O que tranquilizou o amigo, até a porta ser aberta bruscamente.

Um homem de vestes pretas e rosto coberto entrou rapidamente. Figura aquela, que ambos conheciam muito bem.

Se entreolharam.

-Agora é a sua vez, tenente!

 

 


Notas Finais


E aí o que acharam? Podemos ver como ambos se conheceram, e como Robin se sente em relação a ela, teremos mais flashbacks, embora no próximo capítulo seja mais retratado os tempos atuais, e apenas um remember.
Será que vai acontecer algo com o Robin?
Beijos, mais uma vez obrigada. ;) Nos vemos na semana que vem.
p.s: Vale ressaltar que nem sempre a estação citada no tempo atual,vai ser a mesma nos flashbacks certo? ;)


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