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História Quatro Estações - Nosso último verão


Escrita por: TaisWriterOQ

Notas do Autor


Olá gente, que saudade ♥ atualização enfim saiu! Precisei me ausentar por uns dias, mas já estou de volta... com esse capítulo que eu nem consigo descrever como será, tipo uma montanha de russa de emoções mesmo.
Não vou falar muito, deixo isso para o próximo capítulo.
PS: Escutem as músicas nos momentos especificados, fica mais legal gente. ♥
Ah, não me matem pelas cenas finais... vocês pediram e a história a partir de hoje, adentra em seu grande momento.
Boa leitura, postei e sai correndo!

Capítulo 21 - Nosso último verão


Fanfic / Fanfiction Quatro Estações - Nosso último verão

 

 

“Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata. “

 

 

                                                                                                                                 -Mário Quintana

 

 

 

                                                                                          Robin

 

                                                                   ( She will be loved – Maroon 5)

 

 

   O céu límpido era carregado de um azul profundo, o sol áureo e quente trazia consigo as temperaturas escaldantes que a estação exigia.

Um caminhão de mudanças estava em frente a nossa casa, e Regina e eu carregávamos uma diversidade de caixas para dentro do recinto.

Passamos um mês curtindo nossa lua de mel em uma pousada na Carolina do Norte, rodeados pelas praias em um ambiente agradável, aproveitando cada momento ao lado de minha esposa. Diante disso, optamos por realizar a mudança quando retornássemos.

 Dois dias desde que voltamos haviam passado, Regina encaixotava seus pertences em sua antiga moradia, eu também fiz o mesmo. Neste instante, tudo era designado para seu novo lar.

Com exceção do quarto que já estava devidamente mobiliado, faltando apenas alguns pequenos detalhes, como roupas e acessórios, o restante da casa necessitava da chegada de móveis e enfeites decorativos, justamente o que carregamos nas caixas para dentro da casa.

Entre gargalhadas e finas camadas de suor cobrir nossas peles, por conta do peso dos objetos que trazíamos terminamos a primeira e árdua tarefa de atividades que viriam a seguir, nesta tarde absurdamente quente de junho.

  Após a partida do caminhão eu e Regina levamos até a sala o restante das caixas que havíamos deixado no quintal para ganhar mais tempo.

-Ótimo – ela comemorou contente pela etapa realizada. Eu permanecia hipnotizado pela beleza de minha mulher que vestia uma blusa branca de alças finas, um short jeans deixando seu par de pernas torneadas a mostra, o cabelo preso em um elástico e um chinelo confortável nos pés –Agora podemos desembrulhar e começar a decorar.

-Ah, não, Regina –reclamei sentando ao sofá recém-posto no cômodo, deslizei a mão pelo rosto sentindo o suor em minha testa –Nós acabamos de terminar de carregar todas essas caixas –olhei ao nosso redor, rodeados pelas mesmas –Além dos móveis, e você ainda quer continuar? Não podemos fazer isso amanhã?

-Deixe de reclamar, seu preguiçoso, e venha me ajudar...

-Mas é sábado, devíamos curtir fazendo algum programa de casal, algo a dois mais interessante...

Insinuei fitando-a com malícia, misturando-se ao riso frequente.

-Vamos nos divertir amanhã, hoje não.

-Mas amanhã Roland passará o dia conosco quando trouxer o Arquimedes –nome designado ao gato que presentei minha esposa no dia do nosso casamento. Chegamos a escolha desse nome ainda na lua de mel, enquanto conversávamos via Skype com meu filho que carregava o felino nos braços.

-Vamos, Robin, quanto mais rápido começarmos, mais cedo terminamos.

-Ok!

Exasperei me levantando do sofá e abrindo a caixa mais próxima.

  Regina depositava os retratos que retirava da caixa sob a parede de cor azul, o restante fora posto em cima da lareira. Eu colocava o abajur no topo da pequena mesa que ficava ao lado do sofá.

Uma hora depois, após minha esposa destinar o lugar do relógio que ficara ao lado oposto do aposento, próximo a janela, eu fui até a mesma, colocando meus braços ao redor de sua cintura.

-Robin... –selei nossos lábios rapidamente.

-Vamos nos divertir, só um pouquinho? –Pedi.

-Tudo bem... –ela cedeu.

  Fui até uma das caixas que eu avistara e peguei o rádio guardado nela, ligando-o na tomada em seguida, deixando na mesma estação que por sorte tocava uma música alegre. Segurando a mão de Regina comecei a rodopiar a própria sem parar fazendo-a rir gostosamente.

O sol poente despedia-se no horizonte lançando sombras pela sala. Enquanto eu e Regina dançávamos animados a canção. Um sorriso largo estampava meu rosto refletindo a suprema felicidade que sinto.

  Duas horas depois em meio a uma bagunça organizada nós jantávamos pizza acompanhada de suco de laranja. O alimento fora posto sob a mesa de centro, pois a da cozinha ainda não havia sido montada.

-Amanhã nós precisamos arrumar a cozinha, decorá-la, ir ao mercado, pintar o quarto do Roland... Robin? Você está me ouvindo?

-Sim –sorri –Só estava estático admirando sua beleza, percebendo que você é linda mesmo quando fala sem parar.

-Eu vou considerar isso um elogio... –sorriu –Ok, talvez eu esteja um pouco agitada.

-Um pouco? Parece que você engoliu um gravador, Regina.

-Robin... –riu- Eu só quero que tudo fique pronto logo, isso é errado? –inquiriu, após mordeu um pedaço de pizza.

-Não, não é. Vem aqui... -pedi com a voz suave, encarando-a com paixão, a mesma que fez morada em meu coração.

Regina que estava sentada sob o tapete ao lado oposto da mesa de centro, veio até mim, posicionando-se ao meu lado, recostando seu corpo no sofá.

Levei minha mão direita ao ouvido direito dela, enquanto no esquerdo eu sussurrei:

-Eu te amo –a mesma sorriu genuinamente –Tapei seu ouvido para que não saísse pelo outro lado –emoção e felicidade contrastavam em seus olhos –Lembre-se disso aqui- toquei seu peito, onde ficava seu coração –e aqui –levei a mão em sua cabeça, insinuando sua mente.

Em seguida depositei um beijo casto em sua bochecha.

-Essa foi a maneira mais criativa que alguém encontrou para dizer que me ama.

Proferiu encantada.

-Continuar a ser o amor da sua vida exige criatividade, devo alimentar minha imaginação.

-Você sempre será o amor da minha vida...

 Interrompeu suas palavras encarando minha mão que já estava depositada sob a mesa de centro.

-O que foi?

-Eu adoro a sua mão...

-Minha mão?! –perguntei com deboche, surpreso.

-Sim –respondeu com sinceridade, o amor reluzente em seu olhar diante das palavras que vieram a seguir –Eu adoro ver a aliança no seu dedo, enfeitando sua mão firme e forte, eu acho lindo –ela riu, a luz do recinto deixava sua pele dourada e acetinada, convidativa, eu ansiava em tocá-la. Sentir a maciez de seu rosto sob meus dedos, porém escutei as revelações de minha mulher –Muitos pensam que é apenas um simples anel, mas eu não acredito que seja dessa forma. Enquanto você usar a aliança, encontrará uma maneira de estar comigo, e quando você olhar para ela é de mim que vai lembrar –minha mulher encarou sua própria aliança –Elas serão capazes de fazer com que fiquemos juntos um com o outro, mesmo que estejamos separados.

-Regina... –proclamei comovido e assustado.

-Eu sei...  Apenas senti a necessidade de dizer isso.

 

 

                                                                        

                                                                                          X X X

 

                                                                   ( You’ll be in my heart –Phil Collins )

 

 

 

 

  O cheiro de tinta fresca exalava dentro de casa. Estamos em uma tarde de domingo, ensolarado que apesar do calor não nos impediu de seguir com os planos de Regina.

Neste momento, nós dois, acompanhados de Roland, pintamos o aposento que será o quarto do meu filho.

As paredes eram pintadas da cor amarela –como o mesmo escolhera –mas não somente elas em si. Nós três estávamos com nossas roupas cobertas por tinta, Regina com seu macacão jeans tinha diversos resquícios do líquido. Assim como eu em minha camiseta branca –, o que na prática, constatei ser uma péssima escolha de cor para vestir quando pintar um cômodo, acompanhado de sua esposa e de seu filho –Roland estava tão sujo de tinta quanto nós, até mesmo em seu rosto, este que mantinha um riso constante.

Em todos esses meses que passaram, nunca vi meu filho tão feliz quanto hoje. Ele e Regina eram tão amigos quanto ele com sua mãe, e isso não poderia me alegrar mais. Adoro admirar a relação que ambos mantém um com o outro, eu vejo amor quando eles se olham, a cada toque, gargalhada ou abraço.

Juntos nós somos uma família, família que eu pretendo aumentar. Por vezes antes de dormir eu imagino como serão meus filhos com minha esposa.

  Sou desperto de meu devaneio com as risadas contagiantes de meu pequeno garoto, Regina acabara de pingar tinta com o pincel na ponta do nariz de Roland, ambos trocavam sorrisos e olhares afetuosos.

Eu já havia acabado de terminar a pintura, portanto, mergulhei meu pincel na lata de tinta e em passos silenciosos me aproximei de minha mulher que estava de costas, meu filho me avistou, eu fiz um gesto para que o mesmo ficasse quieto. Em cumplicidade, ele apenas soltou um riso reprimido, o que a fez desconfiar, porém ao virar-se fora atingida por uma listra de tinta amarela em seu macacão, eu e Roland tivemos um surto de risos. Ela permanecia estagnada.

-Ok... você pediu!

Afirmou pintando meu rosto logo em seguida, Roland estava entre nós, uma guerra de cor havia iniciado. Entre gargalhadas e a tinta cobrindo traços de nossas peles e manchando nossas roupas seguimos os minutos seguintes. Em plena euforia. Eternizando uma tarde cheia de alegria.

Para minha surpresa, Regina não surtou com a sujeira de tinta que caia sob o chão, pelo contrário, a mesma se divertia tanto quanto nós; feliz.

 Nossa batalha de cores fora substituída por um ataque de cócegas. Ambos no chão, minha esposa executava movimentos constantes de seus dedos na barriga de meu filho enquanto o mesmo ria permanentemente. Envolvi os meus dedos na barriga dela fazendo com que a própria fosse a “vítima”, causando o riso nela também. As gargalhadas dela misturadas as de meu filho, formavam o som mais lindo que eu já escutei na vida.

-Agora é a nossa vez!

Minha mulher sugeriu, após fui tomado por um ataque súbito de cócegas, sentia as mãos pequenas de Roland, assim como as delicadas de Regina contra minha barriga fazendo com que o meu riso tornar-se presente junto com o deles.

-Dois contra um não é justo!

Bradei extremamente satisfeito.

Exaustos os dois recostaram as cabeças em meus ombros, protegidos pelos meus braços.

-Esse verão será incrível, o melhor de toda minha vida até agora!

Exasperei com convicção.

-O meu também –pontuou minha esposa, traçando seus dedos delicados pelo meu rosto. Com carinho os beijei. Selando a reciprocidade de nossos sentimentos.

-E o meu também!

Exclamou meu filho despertando nossa atenção, ambos sorrimos.

-Quem quer comer sorvete de chocolate?!

Minha mulher inquiriu animada levantando-se. Seguida pelo meu filho que correu entusiasmado atrás da mesma. Sorridente fui atrás de ambos.

 Sentados sob os degraus da escada que continha no quintal dos fundos nós três enfiávamos nossas colheres dentro do pote de sorvete saboreando o doce que gelado refrescava nossos corpos quentes por conta do calor excessivo.

Arquimedes entre nós, miava, por vezes levava as pequenas patas fofas até o braço de Regina lhe pedindo o alimento. O que nos fez sorrir e comentar o quanto o gato era dócil e amigo.

O redor da boca de Roland estava coberta de chocolate, o que também nos fez gargalhar. Uma pequena brisa nos atingiu, testemunhando nosso momento de cumplicidade.

 

 

 

 

                                                                                           X X X

 

 

 

    As semanas que sucederam, transcorriam tranquilamente enquanto eu e Regina nos adaptávamos com a vida de casados. Ela com os horários malucos que a profissão exigia, eu jamais dormia sem que ela estivesse comigo, não ficava tranquilo enquanto minha esposa não estava em meus braços. Na maioria das vezes eu lhe buscava durante a madrugada, mesmo que isso significasse uma noite mal dormida, afinal minha profissão, diferente da dela, necessitava de horários regrados.

Todavia, nos dias de folga de Regina não há sensação melhor do que chegar em casa e ser recebido com um abraço apertado de minha mulher, acompanhado de uma vasta quantidade de beijos.

Pequenas discussões como: “você deixou a toalha molhada em cima da cama, de novo “ ou “você não vai aparar a grama do quintal? Quantas vezes terei que pedir? ”, ou até mesmo de minha parte, “você não vai sair com esse vestido...”

Também haviam gestos de carinho: “fiz o seu café”, “comprei o livro que você queria”, “trouxe sua flor favorita...” Na verdade esses eram nossos hábitos constantes, na maior parte do tempo vivenciávamos momentos de cuidado de um para com o outro.

 Diante de tudo havia amor, este que aumentava a cada dia. Na maioria das vezes reverenciávamos esses sentimentos com nossos corpos em meio a desejos mútuos, enlouquecedores, com grande paixão.

  Entretanto, nossa felicidade como casal fora substituída pelo medo. Semana passada, Regina fora seguida por um homem encapuzado, deixando-a atônita. Na noite seguinte quando a mesma estava mais calma, ambos desfrutávamos de carícias prazerosas, prestes a nos entregarmos por completo, a mesma estagnou. Afirmou ter visto a figura do mesmo homem nos observando do outro lado da rua, fazendo-a chorar em desespero. Porém, quando sai na rua, não avistei ninguém.

O acontecimento lhe causou insônia, além de um nervosismo estarrecedor, preocupado não sabia o que fazer, fora terrível vê-la daquela maneira. Somente quando lhe fiz um chá e afaguei seus cabelos a mesma adormeceu em meus braços.

Eu não consegui dormir, fiquei cuidando dela, enquanto um pressentimento ruim se apossava de mim, algo que eu não encontrava uma forma de desvendar. Sentia medo. Medo de perder minha mulher, medo de que algo nos separasse, medo de perder a felicidade que tanto almejei e que enfim havia conquistado.

 Na manhã do dia seguinte ao abrir a porta me deparei com um bilhete igual aos anteriores lhe acusando: Assassina.

Guardei o papel rapidamente em meu bolso para que Regina não visse. Após deixar a mesma no hospital me encaminhei a delegacia exigindo que algo fosse feito em relação a segurança de minha mulher, caso contrário eu mesmo me encarregaria de fazer.

 

 

 

                                                                                         X X X

 

 

                                                                              Uma semana depois

 

 

 

    Pela primeira vez ao chegar do pentágono, Regina não me recebera com euforia me cobrindo de carinho, como sempre fazia. A mesma permanecia diante da pia, cortando alguns legumes para o jantar, é sexta feira e logo Roland chegará para passar o fim de semana conosco.

Me aproximei de minha esposa abraçando ela pela cintura, sentindo o tecido de malha do seu vestido azul com flores brancas.

-Por acaso continuará me ensinando a cozinhar, como fizemos sexta passada? –questionei com malícia, recordando da semana anterior, com um sorriso travesso no lábio.

Não obtive resposta. Algo estava errado.

-Regina... –escutei minha esposa fungar –Você está chorando?

Perguntei preocupado virando-a para mim, encarando seu olhar assustado enquanto algumas lágrimas eram derramadas.

-Querida, o que aconteceu? –Perguntei preocupado.

-Ele esteve aqui de novo... eu o vi, Robin, do outro lado da rua -Revelou com a voz embargada –E se ele fizer algum mal a você ou ao Roland, por minha culpa, eu nunca vou me perdoar, e se...

-Shiii –levei minha mão ao rosto molhado por conta do pranto –Não pense nisso, nada vai acontecer com ninguém, eu vou me encarregar de resolver isso, prometo.

-Não, por favor, me prometa que não vai se envolver, pode ser perigoso. Eu não suportaria perdê-lo outra vez.

-Eu que não suportaria perder você, Regina –rocei nossas testas, ambos fechamos os olhos, sentido as respirações aceleradas um do outro contra nossos rostos –Eu sempre vou te proteger, Regina, sempre.

Sequei as lágrimas dela com meus dedos, mas não desvencilhei nossas testas. Pousei a mão sobre o rosto de minha esposa em uma carícia demorada.

-Robin... –ela tentou contestar.

-Eu te amo –murmurei.

-Eu te amo tanto... sempre.

  Regina procurou pelo meu lábio, no qual depositou um beijo lento e apaixonado. Selado demoradamente, havia amor, porém, aquele terrível sentimento, tomou conta de mim.

Medo.

Interrompi o beijo subitamente. Assustado.

-O que aconteceu?

-Promete que nunca vai me deixar?

Perguntei esperando exteriormente que a resposta dela me acalmasse.

-Só a morte fará com que eu deixe você.

-Regina, por favor, prometa –pedi sentindo a minha voz embargar.

-Eu prometo –infelizmente a resposta dela não me trouxe calmaria -Por que você está assim?

  Afastei aqueles sentimentos beijando-a com ternura, a mesma colocou seus braços ao redor do meu pescoço enquanto nossos lábios tentavam esquecer os problemas que nos atormentavam. Encontrando no nosso amor a solução para estes. Nos beijamos repetidamente diversas vezes com um único propósito; olvidar.

Logo eu a pressionei contra a parede, a mesma envolveu as pernas em minha cintura enquanto eu a segurava, minhas mãos deslizavam pelas coxas dela com esmero, sentindo a pele lisa que tanto idolatrava acariciar. No instante em que a mesma adentrava os dedos em meus cabelos. Nos beijávamos com voracidade, desvencilhando nossos lábios apenas quando o ar se tornava rarefeito.

Meu lábio traçava beijos pelo pescoço dela, no mesmo momento em que minhas mãos afagavam seus seios contra o tecido do vestido, lânguida, Regina se deleitava as minhas carícias, escutava a mesma proferir gemidos inaudíveis que me faziam sorrir, ela estava ficando excitada, por mim, como sempre, do modo que deveria ser, sempre.

-Robin... –se pronunciou com dificuldade –daqui a pouco Roland vai chegar, não temos tempo... –antes que minha esposa pudesse continuar eu toquei sua intimidade –Ah...

-O que você estava dizendo? –Perguntei provocando-a.

-Continue, por favor...

Minha mão acariciou demoradamente seu sexo, decorando a sensação de lhe tocar profundamente. Enquanto eu fitava as expressões que Regina exalava em seu rosto, maravilhada.

Deslizei a mão lentamente pela sua região íntima. Vislumbrando a mesma entreabrir o lábio, visivelmente estimulada. Adentrei seu lábio com o meu, beijando- a, nossas línguas quentes disputavam uma batalha excitante uma com a outra, pois assim como minha esposa, eu já sentia a queimação se manifestar. Afagando seu sexo, a fiz arfar dentre o beijo selado.

-Robin... faça algo –ela pediu em um sussurro.

Carreguei minha mulher em meus braços até a mesa, onde a sentei, enquanto nos beijávamos sem parar. Minhas mãos tocaram suas coxas, abrindo-as.

-Aqui...?

Ela inquiriu desprovida de ar.

-Por que não?

Nossos lábios se encontraram mais uma vez, o som da geladeira de Regina se fez presente entre nós e nosso momento de prazer.

-O zumbido dessa geladeira... –murmurei rindo, após finalizar o beijo, o que a fez rir também.

  Após disso, me agachei, adentrando as mãos nas coxas de Regina lhe causando espasmos pelo corpo a medida que a firmeza de minhas mãos, lhe tocavam a pele. Cheguei ao meu destino, o cós de sua calcinha a qual deixei deslizar pelas pernas modeladas, a veste intima pousou sob o calcanhar de minha esposa.

Excitado, introduzi minha cabeça por de baixo do vestido de minha mulher, logo aspirando o aroma de sua vagina, exoticamente agradável, meu membro endurecido contra a minha calça clamava para sair.

Meu lábio suculento chupou sua intimidade com voracidade, lambuzando seu sexo com minha boca úmida e quente tanto quanto sua vagina.

-Oh... –ela gemeu.

Minha língua invadia sua intimidade, explorando-a, sentindo o desejo que mantenho por minha mulher aumentar a cada chupada. Inquieto meu lábio continuava a lhe invadir, penetrando-a com a língua. Despertando cada vez mais um calor ascendente em ambos.

Apesar de não poder afrontar minha esposa, posso imaginar a mesma de olhos fechados, com o lábio aberto, suspirando pesadamente a cada investida, enquanto as mãos se mantém firmes segurando a mesa, à medida que o tesão cresce.

Seu sexo está completamente encharcado, o ápice aproxima-se. Logo sugo sua intimidade ferozmente, lhe proporcionando tamanho prazer...

-Ah!

Exasperou.

Em seguida chupei seu líquido quente, engolindo o próprio, após.

-Robin...

Minha esposa sussurrou, assim que seus olhos se encontraram com os meus, tombando a cabeça em meu ombro, com a respiração desregulada, levei meu dedo ao seu queixo, beijando-a, proporcionando a Regina seu próprio gosto mais uma vez.

Nossos lábios selavam um beijo terno e duradouro. Até a campainha e batidas na porta nos interromperem.

-Papai! Sou eu, abre a porta!

Eu e Regina rimos contra nossos lábios.

-O restante terá que ficar para depois.

Declarei enquanto minha esposa colocava uma mexa de seu cabelo atrás da orelha, vestindo sua calcinha novamente, levantando-se da mesa rapidamente, checando a si mesma se tudo estava em ordem, logo olhou para mim e consentiu para que eu abrisse a porta.

 Após a figura do meu filho adentrou a casa correndo carregando uma grande mochila nas costas, jogou-se em meus braços.

-Papai!

Em seguida correu até Regina e fez o mesmo depositando um beijo casto na bochecha desta.

-Gina, será que você pode me ajudar com o meu dever de matemática?

-Claro!

Com o coração transbordando de amor, desejei que esses momentos jamais acabassem.

 

 

 

 

 

 

                                                                                          Archie

 

 

   Acompanhado de Zelena, assistíamos um filme que minha ex-mulher, atual namorada e futura esposa novamente, já virá sete vezes, “Juntos pelo acaso”, uma comédia romântica famosa que tanto lhe agradava.

Uma bacia de pipoca estava entre nós dois que dividíamos uma cerveja. Abraçados no sofá trocávamos beijos e caricias. Meses desde que havíamos retomado nosso relacionamento se passaram e não poderíamos estar mais felizes.

O tempo em que ficamos separados fora bom para que adquiríssemos aprendizado, pois apesar de já estarmos na meia idade, ainda temos muito a aprender. E isso aconteceu, infelizmente tivemos que lidar com tudo da pior maneira possível. Mas vencemos esse obstáculo e se não tivéssemos o feito no tempo certo, talvez a nossa reconciliação jamais teria ocorrido.

A nossa separação acarretou em vastas experiências para ambos que pela terrível experiência passamos a compreender o modo do outro de agir e se impor.

Não haviam mais discussões fúteis, segredos ou omissões, agora somos apenas o casal de universitários de 20 anos atrás, apaixonados, com responsabilidades a mais para cumprir.

 Zelena não tem ideia, mas eu pretendo pedi-la em casamento ainda esta noite, não aguento mais ficar apenas algumas horas ao seu lado e depois ter que ir embora, pois a mesma havia sido clara que só voltaríamos a viver juntos sob o mesmo teto novamente quando tivéssemos convicção de que realmente era isso que desejávamos. Mas no fundo eu sei que ela quer se casar de novo, com tudo que tem direito, como uma segunda chance. E eu não negaria essa felicidade a ela, até mesmo porque também mantenho o mesmo desejo.

Em breve, seriamos marido e mulher, pela segunda vez.

Divagava sequer percebi que o filme havia terminado. Zelena estava com a cabeça recostada em meu ombro, sozinhos, desfrutávamos da companhia um do outro, pois Louisa sabendo de minhas intenções com sua mãe, saiu acompanhada de Benjamim.

Estou nervoso, esperando que ela não negue a minha proposta de casamento. Sou desperto pela voz da mesma ao dizer:

-Esse filme sempre me faz recordar do dia em que você me ensinou a andar de moto, lembra?

-Claro! Aquela tarde foi incrível!

Afirmei, sorrindo, devido a lembrança.

-Archie...?

-Sim.

-Eu amo você –murmurou.

-Eu também amo você, querida –acariciei o rosto da mesma, depositando um beijo terno em sua testa –Onde estão nossas fotografias antigas? Seria muita nostalgia querer relembrar nossos tempos de universitários?

-De forma alguma –ela sorriu –Estão dentro de uma caixa na prateleira mais alta do meu guarda-roupa.

-Vou buscar –declarei afagando seus cabelos ruivos –Já volto.

  Me retirei da sala, animado, logo subi as escadas adentrando meu antigo quarto que em breve seria atual. Enquanto relembrávamos o passado, tive a brilhante ideia de colocar o anel de noivado entre nossas fotos, seria encantador ver a expressão de Zelena ao encontrá-lo diante de nossas lembranças do passado que nunca deixaram de ser presentes.

Peguei a caixa remendada de figuras ilustrativas com flores, percebendo que um envelope havia colidido ao chão, após colocar o anel entre as fotos, me agachei pegando o que eu havia derrubado, era uma carta do Robin, destinada a Regina.

Franzi o cenho, afinal o que Zelena faria com uma carta que sequer pertencia a ela? Guardada em suas coisas, praticamente escondida... Uma curiosidade se apossou de mim que mesmo sabendo que o envelope não estava mais lacrado não devia ler, mas eu abri e o espanto fora inevitável.

Deixei a caixa chocar-se ao chão diante do seguinte trecho:

 

“Minhas intenções com você eram as mais terríveis... Transtornado pelo desejo de me vingar, te culpei pela morte de Victória, Rachel, como conhece. Como pode perceber, lhe omiti a verdade. Assim como tantas outras coisas. Você a operou naquela noite. Victória. Assim como o filho que ela gerava, meu caçula, ambos morreram na cirurgia. “

 

“Meu objetivo ao te encontrar, era fazer com que você pagasse por toda dor que me causou, a minha chance de vingança. “

 

Indignado com cada palavra que lia, aquelas revelações...eram devastadoras.  Espantado, levei a mão ao lábio, meus olhos arderam, meu coração acelerava em desaprovação.

Decepcionado.

 Aborrecido, desci as escadas correndo, com raiva. Esperando por uma confirmação negativa.

-ZELENA!

Esbravejei fazendo com que a mesma, levanta-se do sofá de súbito, assustando-a. Seu olhar encontrou-se com o meu, percebendo o desapontamento que eles retratavam.

-Archie... –ela sussurrou aflita, notando o que eu carregava em mãos.

-ME DIGA QUE VOCÊ NÃO SABIA DISSO! QUE NUNCA COLABOROU COM ESSA FARSA! Por favor, Zelena, diga que você nunca leu essa carta... –eu supliquei, atônito, diante do silêncio da mesma e de seu pranto, constatei que ela tinha conhecimento do que ocorria.

 

 

 

 

 

                                                                                       Robin

 

 

-Quanto é dois mais dois? –Regina ensinava matemática ao meu filho, eu escorado no marco da porta da cozinha observava ambos, com um sorriso no rosto.

-Quatro –ele respondeu, pensativo, sinalizando com os pequenos dedos.

-Acertou!

Comemorou minha esposa, logo os mesmos encontraram as mãos um no outro em sintonia.

Adentrei o recinto admirando os dois, dessa vez não passei despercebido por Roland.

-Papai, eu acertei meu dever de casa! O que eu vou ganhar de recompensa?!

Bradava animado. Eu e Regina nos entreolhamos, pisquei para minha mulher, que no mesmo instante compreendeu o que eu queria fazer.

-ATAQUE DE BEIJOS!!!

Exasperei com entusiasmo, logo eu e Regina começamos a depositar beijos pela face de meu filho que fazia de tudo para sair de nossos braços, enquanto gargalhava em nossos ouvidos.

Por um instante eu e minha esposa estagnamos encarando um ao outro, como se quiséssemos parar o tempo naquele momento, perdidos no olhar profundo um do outro, proferindo com olhares o que o lábio sequer precisava declarar. Despertos apenas pela voz de Roland que em nossa distração acabou passando por de baixo da mesa.

-VOCÊS NÃO ME PEGAM!

Afirmou correndo em direção ao quintal dos fundos, sendo seguido por mim e Regina. A noite estrelada presenciava nossa euforia no quintal enquanto corríamos em círculos tentando pegar Roland que não parava de rir, até que por fim, eu consegui.

Segurei o mesmo de cabeça para baixo deixando seus pés em meus ombros, causando no mesmo ainda mais risadas. Adentramos a casa novamente, dessa vez eu o carregava fingindo que o mesmo fosse um avião. Regina atrás de nós tinha os braços abertos, simbolizando as asas do veículo enquanto proclamava com o lábio o som do transporte. Arquimedes corria entre nós também, animado.

  Cansados e com fome, jantávamos. Roland narrava suas histórias no colégio, contando detalhes sobre seus colegas, amigos e “inimigos”. Diante de risos e piadas. Sem motivo aparente cobri a mão de Regina com minha fitando-a demoradamente, almejando que aquele instante perdurasse para sempre, “Eu te amo”, proclamei movendo o lábio, “Eu também te amo. ”

Batidas bruscas na porta interromperam nosso jantar em família. Regina me encarou assustada. Me levantei em seguida.

 

                                                                  (Tema musical de Quatro Estações)

 

 

-É a polícia, abram a porta!

Afrontei minha esposa mais tranquilo, assim como ela aparentava serenidade novamente.

-Senhor Robin Locksley? –dissera um dos policiais, assim que abri a porta.

-Sim.

-O senhor está preso. Acusado de ameaças constantes a sua esposa. Também responderá pelos crimes de perseguição e difamação...

-O que?! Do que você está falando? –perguntei atônito.

-Encontramos o homem que enviava os bilhetes a sua mulher, ele confessou tudo, sobre o seu desejo de vingança e todos os planos que pretendia executar assim que casa-se com a doutora Mills...

-O que está acontecendo? –a voz doce de Regina soou presente entre nós.

-Estamos prendendo seu marido pelos crimes que ele vem cometendo há mais de dois anos contra a senhora, diante do depoimento da testemunha...

-Não –recusei –Jamais seria capaz de fazer algum mal para minha esposa, nunca prejudicaria a mulher que eu amo! Vocês estão enganados...

Contestava enquanto os policiais me algemavam.

-Ah, é, então o que o senhor está planejando fazer há mais de três anos?! –questionou ríspido.

-Eu... eu... –gaguejava aflito –eu não me lembro –murmurei com os olhos marejados enquanto olhava minha esposa tão confusa quanto eu -ME SOLTEM! EU SOU INOCENTE!

-CALE-SE OU SERÁ PIOR, O SENHOR RESPONDERÁ POR MAIS CRIMES!

-Robin...

Minha mulher tocou meu rosto, incrédula, com o olhar lacrimejado. Recostei nossas testas. Lágrimas eram derramadas.

-Regina... eu seria incapaz de fazer isso, por favor, acredite em mim.

-Eu acredito.

Proclamou, abrindo os olhos, afrontando meu olhar, desesperado. Selou nossos lábios rapidamente. Antes que eu fosse puxado por um policial que me guiou até a viatura.

Os vizinhos testemunhavam a cena de pavor, meu coração disparava, ao mesmo tempo em que minha mente tentava entender tudo o que ocorrera nos últimos minutos. Todas essas acusações são falsas, elas devem ser, tudo não passa de uma mentira que acabara por se revelar na manhã seguinte... Os segundos pareciam ocorrer em câmera lenta, enquanto eu recebia diversos olhares de reprovação.

Antes de entrar no carro pude escutar as proclamações de Regina.

-Isso é um engano... vocês estão errados, é uma armação! Eu conheço alguém que pode ter pago esse homem para acusar o meu marido, ele seria incapaz de me machucar.

-Sinto muito, senhora, mas todas as pistas apontam para ele, que nunca desistiu de vingar a morte de sua noiva, eu sugiro que vá para a delegacia o mais rápido possível. 

-Tudo bem... –ela murmurou com a voz embargada por conta do pranto.

-Gina, o que está acontecendo? –inquiriu meu filho com ingenuidade –Por que meu papai está sendo preso?

Aquelas foram as últimas palavras que eu pude escutar antes de adentrar o veículo que logo deu partida. Me virei para trás encarando as figuras de minha mulher e meu filho, aturdidos aos prantos, ela o segurava em seu colo afagando a mão em seu cabelo, as sirenes azuis e vermelhas contrastavam em seus rostos.

O barulho perturbador ressoava em meus ouvidos. Eu fitei a ambos até a visão embaçar por conta do choro, logo dobramos a esquina, tornando impossível enxergá-los.

Eu só queria ter ambos em meus braços novamente.

 

 

 

 


Notas Finais


Link Maroon 5: https://www.youtube.com/watch?v=nIjVuRTm-dc

Link Phil Collins: https://www.youtube.com/watch?v=qZSwuz7BMgA

Link Tema musical QE: https://www.youtube.com/watch?v=1vUI4NqO7pI

E aí o que acharam? Pesado? É gente sinto informar Quatro Estações chegou no momento tão aguardado por muitas e temido por outras... Se preparem para o próximo capítulo, será forte, se deus quiser, e eu conseguir superar as expectativas...
Espero que apesar desse final, vocês tenham gostado do capítulo. ♥ As cenas em família foram fofas e super divertidas de escrever ♥
Então, me digam o que vocês acham que vai acontecer no próx. cap...
P.S: Comentários atrasados serão respondidos amanhã e segunda (ainda preciso me att no que está acontecendo kkkkk) desculpem pela demora, mas não deixem de me dizer o que estão achando.

SPOILERS, LINK CHAMADA PRÓXIMO CAPÍTULO! BOMBA:

https://www.youtube.com/watch?v=q2vVUREpK94&feature=youtu.be


PS: Tem surpresinha para vocês amanhã. Realmente acharam que eu ia ficar uma semana fora e não aprontaria nada? kkkkk ♥
Beijos, até breve. NÃO ME MATEM PLEASE!


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