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História Quatro Estações - Uma razão para recomeçar


Escrita por: TaisWriterOQ

Notas do Autor


Boa noite ♥ bem, depois de tanta demora, voltei com mais um capítulo... gente ontem comecei a escrever o 27, e não consigo acreditar que a FANFIC ESTÁ ACABANDO! Só choros...
Mas, buenas, vamos focar aqui, eu gostaria de ter postado esse capítulo na Terça que era aniversário do Sean, porém, eu não consegui, mas dedico esse capítulo a ele (mesmo que ele não saiba kkkk) por ser uma pessoa incrível! Coincidentemente o capítulo todinho dedicado ao seu personagem, o nosso tão... amargado, digamos assim, para não escolher uma palavra pior, tenente. No entanto, ele vai surpreender vocês em algumas cenas por aí... Dedico também ao dia em que OUTLAWQUEEN, está de aniversário! Há três anos atrás foi ao ar a cena do primeiro beijo deles!!! Vamos tentar ignorar o que aconteceu depois...
Ah, e não menos importante, dedico o capítulo a uma leitora/escritora que se tornou uma grande amiga, Aline, essa guria é sensacional, e escreve tudo que a gente quer assistir na série em Inesperado ♥. Amiga, teu aniversário foi semana passada, mas te dedico o capítulo de hoje, obrigada por está frase maravilhosa que representa incrivelmente muitos dos sentimentos abordados nesse capítulo e ao longo da fic, tu é demais, logo vou me juntar contigo ao clubinho dos 20 anos... hehehe
Eu tive um bloqueio muito grande para produzir esse capítulo, a partir dai, eu percebi o motivo, enquanto aos poucos, eu notava que ele respondia todos os questionamentos da história, desde a sinopse, até todos os capítulos anteriores... ele responde tudo, só que assim como Robin, esperamos que ele não tenha encontrado as respostas tarde demais...
Escutem as musiquinhas, fica mais bonito :), links notas finais.
Boa leitura ♥

Capítulo 25 - Uma razão para recomeçar


Fanfic / Fanfiction Quatro Estações - Uma razão para recomeçar

                 

 

           

            

                 “ A vingança pode trazer paz para sua alma ou ser o início de seu caos. ”

 

 

                                                                                                                      -Aline Soares

 

 

 

 

                                                            

                                                                                 Robin

 

 

Não.

Fora o que respondi aos investigadores ontem, me repreendendo interiormente por ter cogitado essa hipótese. A cadeia jamais seria um lugar adequado para uma mulher como Regina. Ela não merecia isso.

O remorso por tê-la chamado de assassina me acometia, eu vislumbrei a decepção resplandecer em seu olhar, eu havia lhe machucado mais uma vez. Uma parte de mim desprezava minhas atitudes julgando ser desapropriadas. A outra apesar de arrependida tentava conviver com isso.

A cena se repetia em minha cabeça repetidas vezes, sua voz gritando em meu ouvido clamando para que eu pronunciasse aquela afirmação. Meus sentimentos conturbados se dividiam entre dizer ou não, a raiva contrastava com o amor em uma guerra emocional, a mesma, cujo o vencedor da batalha fora o ódio, meu lado obscuro venceu o purificado. Deixando que o amor desfalecesse.

No entanto, para desespero de ambos os lados, tudo que eu venho a sentir desde então chama-se arrependimento. E começava a conhecer esse sentimento que há muito não me permitia suportar.

Me sinto dividido em tantos aspectos, dúvidas cruéis. Encontro respostas para perguntas tão dolorosas, ao mesmo instante em que novos questionamentos começam a surgir.

É tão difícil não saber que caminho seguir, o que dizer para mim mesmo?

A indecisão me atormentava.

Eu sinto meu coração arder em ódio ao mesmo tempo em que ele é aquecido por amor. Completamente dividido em ser dois homens com sentimentos e emoções tão distintas. Estou perdido em mim mesmo.

 

 

 

                                                                     TRÊS DIAS DEPOIS

 

 

 

 -Eu sinto muito por você e Archie.

Declarava sinceramente, afinal, desde que a verdade fora descoberta ambos ainda não haviam retomado o relacionamento.

-Ele iria me pedir em casamento... –ela murmurou –Eu encontrei o anel de noivado dentro da caixa no dia seguinte –minha irmã divagava com um sorriso triste –Mas não aconteceu.

-Me desculpe, isso tudo é culpa minha.

-Tudo bem. Eu escolhi esconder a verdade e agora estou pagando pelas consequências.

O silêncio se instaurou entre nós, enquanto bebíamos café, sentados no sofá, cada um pensando em suas frustrações.

-Eu fui atrás de Regina –revelei mesmo sabendo que ela opinara o contrário –Você estava certa, eu não devia ter procurado por ela, nós discutimos, foi horrível... Uma parte de mim quer estar com ela mas a outra... não sei, é como se tivesse algo me impedindo de desculpá-la.

-Você fala como se Regina que devesse ser perdoada, quando na verdade é você quem lhe deve perdão.

O comentário de minha irmã me deixou sem palavras. Antes que as mesmas fossem encontradas, a porta é aberta bruscamente, logo a figura de Louisa chorando adentra o recinto, acompanhada de Benjamim. Atônita, Zelena levanta-se rapidamente.

-Mãe... –dissera minha sobrinha com a voz embargada.

Minha irmã se encaminhou até Louisa que por sua vez, jogou-se nos braços da mãe.

-Querida, o que houve?

Inquiriu Zelena preocupada afagando os cabelos ruivos da filha.

-Regina... –soluçava Lou, despertando uma curiosidade desesperadora em mim –Ela foi embora.

Até mesmo minha parte obscura sofreu.

 

 

                                                                                  X X X

 

 

Alguns dias após a partida de Regina se passaram, estes que eu tentei levar a diante. Seguir a minha vida. No entanto, ela parecia estagnar, deixando o passado interferir no presente. Orgulhoso, sequer pensava em me desculpar. Mesmo que isso significasse permanecer incompleto.

  Retomei ao meu trabalho no pentágono, General Gold bradava palavras das quais eu não prestava atenção, pois a figura de Regina vinha a minha mente a todo instante. Uma parte de mim sentia que era meu dever deixar ela ir. Libertar a mesma de um compromisso desleal.

Entretanto, a outra sentia saudade, o que acometia meu peito, eu queria sentir o calor dos seus beijos, o conforto do seu abraço, a suavidade de sua mão percorrendo minha pele, protegê-la do mundo cruel.

Regina estava em algum lugar, sozinha, desamparada. Era meu dever lhe cuidar, e se algo ruim lhe acontecesse? Eu não poderia perdê-la... Fora neste momento que uma voz soou em meus pensamentos, você já a perdeu.

-Nós precisamos estar preparados, atacamos eles há mais de um ano e os terroristas não revidaram, o que acha disto, tenente?

Questionou o general, me despertando do meu devaneio.

Os presentes me encaravam curiosos aguardando por uma resposta que eu não fui capaz de dar. Desatento.

-A reunião está suspensa, podem se retirar –ordenou meu superior, assim como todos, eu me preparava para sair –Você fica, Locksley.

Após a saída de todos, o mais velho prosseguiu:

-Você precisa resolver essa situação com Regina, isso está te destruindo e você nem está percebendo.

-Bobagem, estou bem –respondi ríspido.

-Não, você não está. Por que lutar contra seus próprios sentimentos, tenente? Está com medo de descobrir que foi uma própria vítima do seu desejo de vingança?

-O que?! Não...

-E, por que não foi atrás de sua esposa ainda?

-Porque ela está melhor sem mim. Eu deixei que Regina seguisse seu caminho, pois seria isso que eu lhe aconselharia fazer quando retornasse da guerra, terminar nosso noivado e deixar que ela partisse, reconstruísse sua vida. Mas o destino não permitiu que isso acontecesse.

-O que fez você mudar de ideia e não prosseguir mais com sua vingança?

-Com todo respeito, o senhor já sabe minha resposta –o mais velho me fitava com bravura, esperando que eu confirmasse mais uma vez o que sentia –Eu me apaixonei por Regina.

-Você ainda ama sua esposa?

Aquela inquisição me fez divagar... Ao mesmo tempo em que minha muralha interior é quebrada. Desfalecendo ao inevitável. Aprendendo pela primeira vez o que é o amor. O mesmo que eu desconhecia com exceção do que sinto pelo meu filho e pela minha família, e sim aquele amor, especial, o único que lhe faz suspirar a cada segundo, deixa seu coração parar. Este que reluzi a imagem de somente um rosto que vem a sua mente inesperadamente. Existe apenas um amor que lhe deixa marcas profundas. Regina fora o meu.

-Eu não me vejo mais amando outra mulher que não seja ela.

-Pois então tenho convicção de afirmar que é mais fácil para você lutar em uma guerra, ao invés de lutar pela mulher que ama.

 

 

 

 

                                                                              Outono

 

                                                        ( James Blunt - Goodbye My Lover )

 

 

  Conforme os dias passavam a ausência de Regina me perturbava. Fora em uma noite solitária, sentado em um canto escuro da nossa casa que eu me permiti sentir.  Sendo tomado por uma sucessão de recordações que eu evitava, as mesmas que traziam consigo tantos sentimentos que sequer ousei conhecer, até este momento.

Em outrora Regina me esconderá o que realmente sentia em relação aos seus erros cometidos, me fazendo acreditar que não houvesse arrependimentos. No entanto, agora eu me permitia descobrir certas verdades.

O rosto de minha esposa chorando veio a minha mente, entristecida, naquela noite de inverno, me confidenciando seus tormentos.

Assim como ela depois de muito relutar, o mesmo comecei a reconhecer: arrependimento.

  A vingança havia sido consumada, para meu desespero ela não me trouxe a sensação de vitória -, que tanto almejei – E sim a dor da perda.

Um mártir de culpa instaurou-se em meus sentimentos. Eu aprendi da maneira mais difícil que o amor pode superar até mesmo um desejo mais tenebroso de vingança. O ódio ganha algumas batalhas, o amor vence guerras.

  Regina me destruiu em um momento de minha vida, no entanto, eu mesmo me corrompi, semeando os piores sentimentos, cultivando-os. Deixando que os mesmos me cegassem. Eu arruinei minha própria vida duas vezes.

A dor por ser o culpado pelo término de meu casamento me sobreveio com intensidade, me fazendo derramar tantas lágrimas das quais jamais fui capaz de imaginar. O vazio da presença dela me dominava. O remorso pelo que foi feito, a dor que eu lhe causei. As palavras que lhe proclamei, os bilhetes que enviei.

O coração machucado tentava compreender o motivo de tanto ódio, me repreendo por ter sentindo tanta repulsa. Perdido, sequer notei que minha esposa era um ser humano tão ferido quanto eu.

Esse sofrimento que sobressalta em meu peito é estarrecedor, pela primeira vez me permito notar que eu destruí a vida da única mulher que amei verdadeiramente. Consequentemente, devastando a mim mesmo.

Eu me redescobria através das cicatrizes de minhas próprias feridas. Até mesmo elas não encontravam justificativas plausíveis para os meus atos.

  Ao encarar a mesa, eu pude me vislumbrar, acompanhado por minha esposa e meu filho, sentados envolta desta, sorridentes, em uma prosa animada –como nos velhos tempos – No entanto, em um piscar de olhos, deixando que as lágrimas percorressem meu rosto, tudo desapareceu. A mesa estava vazia, meu coração a procurava.

Eu só queria ter a minha família de volta.

Antes de encontrar Regina, eu não conhecia nada além da dor, um coração desprovido de amor, vazio. Até a mesma chegar e fazer com que algo moribundo vivesse novamente, apreciando a sensação de senti-lo em alta velocidade, uma novidade a deleitar.

Eu errei com a mulher certa.

 Nos instantes que sucederam eu me libertava, encontrando, a saída de meu labirinto emocional que tanto me desassossegava. Em uma tentativa de recomeço, me redescobria em mim mesmo. Deixando que velhos e novos sentimentos que me serviram de aprendizado permanecessem. Vivenciando interiormente uma batalha sem vencedores, minha escolha havia sido feita, com um único propósito; me tornar um novo homem.

Afinal, as pessoas mudam como as estações.

 

 

 

 

                                                                                 X X X

 

                                                                ( Only you –Selena Gomez )

 

 

  Assombrado pelos meus erros, me redimia, purificando meu lado obscuro. Chocado, convivia constantemente com meus remorsos. Me permitindo renascer. Deixando para trás aquela sensação corriqueira de não saber quem deveria ser.

 O choro me acompanhava todas as noites antes de dormir, enquanto eu era inebriado pelo aroma de Regina, presente nos travesseiros em nosso quarto. Eu não aguento mais viver com os resquícios de sua presença.

Me acostumar com a ideia de tê-la machucado é devastador. Uma grande ironia, na verdade, a mulher que tanto jurei proteger fora ferida por mim, o único que jamais haveria de ter lhe causado uma dor irracional. Além de seu amor, fui seu inimigo.

Eu sofro carregando o peso das minha escolhas, ambas mal feitas traziam graves consequências. Infelizmente, não podemos voltar no tempo para mudar o passado, caso contrário, o faria sem refletir.

Em outrora, eu jamais optaria por seguir o caminho obscuro do ódio, precisei viver a dor profundamente para somente então descobrir que embora o ódio te manipule, o amor é a única opção a seguir. Mesmo com o coração vazio, ele será capaz de preenchê-lo em miseros instantes, com beijos doces, olhares admiráveis, aromas inesquecíveis.

É o amor, sempre. Se aventure nele, sem medo de se machucar, ame. Escolha o amor todas as vezes necessárias, ame inteiramente. Não permita-se viver esse sentimento com limitações, ame verdadeiramente, se não, você ficara como eu, só. Um homem cuja repulsa o deteve de aproveitar o regalo que o amor pode proporcionar, não fique preso em si mesmo, liberte-se. Caia e levante. Ame.

Seja Romeu, seja Julieta na vida de alguém. Seja tudo, menos o que eu fui para a minha esposa.

 

 

 

 

                                                                 “Quero você perto de mim


 

                                            Tudo o que eu precisava era do amor que você deu

                                             Tudo o que eu precisava para suportar outro dia

                                                             E tudo o que sempre soube

                                                                             Só você


 

                                                    Às vezes quando eu penso no nome dela

                                                                  Quando é só um jogo

                                                                  E eu preciso de você

                                                         Escuto as palavras que você diz

                                                               Está sendo difícil ficar... “

 

 

 

 

 

 

                                                                               X X X

 

 

 

    A viagem de Roland com sua mãe chegara ao fim. Eu via meu filho pela primeira vez após ser preso. Durante essas semanas que passaram mantemos contato apenas pelo telefone. Toda vez que ele tocava no nome de Regina, eu evitava o assunto. Todavia, agora não há mais como esconder o irremediável.

Sentados na varanda -como costumávamos fazer, os três –meu filho narrava contente suas férias, frisando diversas vezes o quanto sentiu saudades, minhas, de Regina, Arquimedes, e dessa casa... Sua alegria contagiava meu coração solitário.

-É verdade que agora você se lembra de mim, papai?

Perguntou docemente me fazendo sorrir.

-Sim –consenti – lembro de tudo...

Confirmei colocando o mesmo em meu colo.

-E a Regina? Lembra dela também? Você tinha esquecido a gente...

-Sim. Como poderia esquecê-la...

Divaguei.

-Onde ela está?! Quero contar a ela sobre as minhas férias... –ressaltava animado.

-Filho, nós precisamos conversar –engoli em seco, hesitante pela revelação que viria a seguir –Regina e eu estamos separados, ela não mora mais aqui.

Suspirei fitando o olhar confuso de Roland.

-Por que? A Regina não vai voltar? –bradou entristecido – Ela jurou de mindinho que jamais iriamos nos separar.

Murmurava as palavras cabisbaixo. A tristeza visível a cada palavra proferida.

-Por que, papai? Isso que ela fez não é justo...

-Filho, não julgue Regina, culpe a mim.

-Por que?

-Porque eu cometi um grande erro, e feri os sentimentos dela. Regina está triste comigo e isso nos impede de ficar juntos.

-E você não pode resolver esse problema com um buquê de flores?

Sugeriu com tamanha inocência. O prelúdio de um sorriso floresceu de meu lábio, diante da ingenuidade de Roland.

-Nem todas flores do mundo, filho.

-Chocolates?

Neguei.

-Nossa, papai, você errou feio.

-Quando você crescer, eu lhe conto essa história. Espero que depois de descobrir tudo, você ainda me ame.

-Eu nunca vou deixar de te amar, papai –proclamou, me abraçando fortemente –Só queria que a Regina estivesse aqui.

-Eu também –concordei retribuindo o afeto que recebia, um amor puro que sequer sei se mereço –Nesses dias eu tenho pensado que Regina pode não estar aqui fisicamente, mas –levei a mão pequena de meu filho ao seu peito –ela está aqui sentimentalmente, no seu coração, assim como no meu –aconselhei, apesar de desejar que ela também estivesse ali, nos meus braços –Tudo isso servirá de lição para nós dois...

-Qual?

-Espero ensinar você a ser um homem melhor que fui. Nunca destrua as pessoas que mais ama.

Sussurrei sincero. Refletindo minhas próprias palavras. O silêncio nos abateu.

-Você já pediu desculpas?

-Um pedido de desculpas é muito pouco, filho. Eu poderia passar a vida inteira me desculpando e, mesmo assim, jamais será suficiente.

-Mas, você já tentou?

-Não...

-Por que?

-Você acha que ela aceitaria?

-Eu não sei, papai, mas você poderia ver ela e dizer que sentimos saudades.

 

 

 

                            

                                                                                X X X

 

 

                                                            ( Everything i do –Bryan Adams )

 

 

 

     A conversa com Roland, despertou em mim a ideia de procurar por Regina onde ela estiver. Lutar pelo seu amor. Reconquistá-la, reescrever nossa história pela terceira vez. Eu haveria de encontrá-la.

No dia seguinte comecei minha busca pela mesma ainda em Washington. Fui até a clínica que o seu pai estava internado, afinal, ela não seguiria seu rumo deixando seu pai para trás, talvez estivesse ali com ele, ajudando os médicos a tratar os pacientes, uma hipótese a ser estudada. 

Entretanto, parti da clínica mais estarrecido quanto cheguei, após muita insistência acabei por descobrir que seu pai estava morrendo e que Regina realizaria seu último desejo. Compadecido, não acreditava que minha esposa estaria passando por tanto sofrimento de uma única vez. Eu só queria estar do seu lado e dizer-lhe que tudo ficaria bem. Mas eu não podia.

Necessitava encontrá-la, pedir perdão. Portanto, tornei esse meu principal objetivo. No hospital, procurei por Emma em busca de informações, a mesma nada me disse. Indignada pelo que eu havia feito ainda constatou que se soubesse não me revelaria.

 Fora durante a noite que eu tive a ideia de consultar o dossiê que eu tinha de minha esposa, para algo bom ele serviria. Chequei as anotações, porém, não me deparava com nada relevante. Frustrado, não sabia mais o que fazer. Passei o restante da semana procurando por notícias que não fui capaz de encontrar.

 Todavia, uma conversa com general Gold me fez pensar em procurar por ela, onde tudo havia começado, Nova York. Logo no dia seguinte, minha irmã, junto de Louisa e Roland, me acompanharam até o aeroporto para se despedir. Após beijos e abraços, afirmei que só retornaria depois de encontrar minha esposa. Embarquei no avião, iniciando uma longa jornada.

Assim que cheguei, logo segui o endereço em que Regina morava anteriormente. Não havia nenhum vestígio dela em seu antigo apartamento. O atual morador dissera que ela não esteve ali nas últimas semanas. Desesperado, não sabia mais o que fazer, onde recorrer.

Fora no fim de tarde, enquanto estava em uma cafeteria, percorrendo os olhos pelas nossas fotografias, que encontrei um retrato seu, sozinha, em uma praia. Ao fundo da foto, havia uma placa sinalizando: “Bem-vindo a Hampton. ”

Logo a lembrança de Regina me confessando que fora para a pequena cidade de veraneio fugindo do homem que lhe perturbava me veio a memória.

...tirei férias em Hampton, na casa de uma tia. ”

 Animado pela nova descoberta, já sabia que rumo seguir. Me repreendia por não ter lembrado disto antes.

  A cidade ficava nas proximidades de Nova York, portanto, cheguei na mesma com facilidade. Com exceção das temperaturas bruscas e tempestades que assolavam a região.

Ao mesmo tempo em que a alegria de talvez encontrar minha mulher me consumia, eu me preocupava. Divagava em como a mesma estaria enfrentando a morte do pai tão de perto, consigo imaginar o que ela estará pensando; considerando-se incapaz de salvar o próprio pai. Preciso lhe encontrar, confortar, necessito do seu perdão. Em busca de seu amor encontro uma razão para recomeçar.

 

 

 

                                                                                  X X X

 

 

Frustrado.

  A pequena cidade não me trouxera resultados satisfatórios, após três dias de busca, partia sem rumo algum para seguir. Aturdido. Procurei pela minha amada em alguns comércios, casas, percorri pequenos vilarejos carregando a fotografia de Regina em mãos, nada.

Logo a euforia que eu senti dias atrás, fora substituída por tormentos. Tão fortes quanto a tempestade que me acompanhava na estrada enquanto me encaminhava a saída da cidade, seguindo por outra rodovia que um dos moradores locais afirmou estar em “melhores condições”, atônito, sequer percebi o buraco na estrada, colidindo neste.

O que para meu azar fez o pneu do carro furar, estava empenhado, diante daquela chuva, sem ter onde ficar. Após minutos dentro do veículo sem saber o que fazer, resolvi seguir o caminho a pé, até encontrar alguém que pudesse me ajudar.

Carreguei comigo apenas minha mala de couro marrom, o som dos trovões da chuva me acompanhava diante de tanta solidão, aos poucos, a tempestade me encharcava, enquanto eu não sabia mais qual seria meu destino, desnorteado.

Cansado de trazer junto comigo tantos traumas, sequer dormia direito, acarretando em uma aparência deplorável, devido a culpa, pelo mal que causei a minha mulher, a dor de perder um filho, as marcas da guerra, imagens do tempo em que estive em cativeiro vieram à tona, o que era simbolizado pelo sinal que carrego em meu peito. Um misto de emoções me sobreveio, eu sei que esse é o preço que tenho a pagar diante de tantos erros cometidos.

  Perdido entre devaneios, seguia meus passos, até que por fim, avistei uma pousada a beira mar. Um lugar para me hospedar, felizmente. Algo a meu favor.

Apressei minha caminhada até chegar no recinto. Assim que bati na porta fui recebido pela figura de uma senhora simpática.

-Será que tem lugar para um novo hóspede? Acabei ficando empenhado na estrada e não tenho onde ficar...

Explicava enquanto a mais velha já fechava a porta.

-Claro. Você precisa se trocar, pegará um resfriado, senhor... –dissera ela gentilmente.

-Robin.

Estendi a mão qual ela, cumprimentou cordialmente. Ambos esboçamos pequenos sorrisos. Enquanto raios, trovões e fortes rajadas de vento se faziam presentes.

-Regina, venha receber nosso hóspede, ele ficou empenhado na estrada, está molhado, traga toalhas também!

Ouvir o nome de minha esposa fez meu coração saltitar, não... Eu não teria a sorte de ser presenteado desta maneira, o fio de esperança me acometeu, seguido por um pressentimento que eu não consigo descrever. Escuto passos apressados descendo a escada.

Logo vislumbro a figura de minha esposa que assustada ao me ver deixou que as toalhas caíssem ao chão. A fitei ainda incrédulo, eu a encontrava pela primeira vez, após ter descoberto como é amá-la por inteiro, sem a sensação do medo ou repulsa me abater. Reencontrando-a, iniciando a partir de agora, uma nova história.

Nervoso, não sabia o que dizer, enquanto encarava suas feições abatidas. A mesma parecia mais fria, seu olhar de doce havia se amargado. Ambos mudados pela vida que pode ser impiedosa e generosa na mesma medida.

Haviam tantas palavras para serem ditas, que o lábio não era capaz de proferir. Paralisado sequer sabia como agir, eu almejava abraçá-la, beijá-la, sentir seu perfume, como tanto desejei nas últimas semanas. Porém, me controlei, afinal, a dor ao me encarar era tão visível em seu olhar que eu senti medo, dessa vez, no entanto, não era o medo de amá-la e sim para meu desespero, medo de perdê-la, para sempre.

-Regina... É aqui que você esteve esse tempo todo? Como está seu pai? Estou procurando por você há semanas!

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


James Blunt - Goodbye My Lover :
https://www.youtube.com/watch?v=wVyggTKDcOE

Selena Gomez- Only you: https://www.youtube.com/watch?v=l3UiSJOcU44

Bryan Adams - Everything I Do:
https://www.youtube.com/watch?v=ZGoWtY_h4xo

E ai o que acharam desses novos sentimentos do nosso Robin? E sua visão sobre o amor, ou sobre sua conversa com Roland?
Preparem-se para o próximo capítulo... esse reencontro humm, algo me diz que a Regina vai estar mais seca que as folhas de outono.
Desculpem pela demora em responder os comentários, é que minha vida vai mudar muito a partir da semana que vem, por isso, decidi dar prioridade aos capítulos da fic, mas agora, já tenho bastante coisas adiantadas... entre amanhã e principalmente sábado, coloco todos em dia, promessa.
Me digam, o que vocês estão achando desse novo Robin, quais as suas visões para os próximos capítulos...
Beijoss, até a próxima! ♥


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