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História Quatro Estações - Memórias ao vento


Escrita por: TaisWriterOQ

Notas do Autor


Bom fim de tarde gente ♥ não tenho muito o que falar desse capítulo... espero que gostem, e que escutem a música no momento especificado, no grande finale, no tão aguardado reencontro.
p.s: vou deixar o link da música nas notas finais. ♥
Boa leitura, espero que gostem.

Capítulo 6 - Memórias ao vento


Fanfic / Fanfiction Quatro Estações - Memórias ao vento

                                                                  

                                                                 Dois dias depois...

 

  A primeira manhã de outono fora recebida com temperaturas amenas em Washington. A movimentação nos corredores do hospital estava tranquila, por sorte nada de grandes problemas. O que aliviou Regina, estava exausta dos plantões constantes que realizara durante três dias.

Terminava de assinar a última planilha, depois voltaria para casa. Um grupo de médicos estava próximo dela na recepção, alguns chegavam, outros partiam. Dentre eles, Emma, que se aproximou.

-Me diga que você vai para casa descansar, por favor.

Disse Emma, sorridente.

-Sim. –respondeu Regina, retribuindo o sorriso. –Vou descansar, e mais tarde visitar Zelena, ela convocou uma reunião. Daqui há três semanas a morte do Robin irá completar um ano... Parece que ela quer realizar uma missa.

-Já vai fazer um ano?

-Sim... –suspirou –Um longo ano.

Emma pode perceber o sofrimento nas palavras proferidas por Regina.

Terminada a atividade, pegou o celular que estava no bolso de seu jaleco. Estranhou ao visualizar cinco chamadas perdidas de Zelena e duas de David. Franziu o cenho.

Retornou a ligação para a cunhada, algo estava acontecendo. Enquanto aguardava ser atendida, tem sua atenção voltada para o noticiário, este que seus colegas assistiam atentamente.

-Uma última informação, nessa madrugada, o exército americano conseguiu se comunicar com as bases do pentágono, depois de dois dias avassalados por uma grande tempestade. A infantaria militar efetuou com êxito uma missão de resgate. Há três meses, enquanto realizavam uma tocaia, descobriram que havia americanos, dentre eles, alguns soldados, que eram torturados em uma prisão que se encontrava nas montanhas da Síria. Ordenados pelo general do exército, uma tropa de militantes foi enviada ao local para resgata-los do cativeiro.

Dentre os sobreviventes, estão soldados e alguns colegas jornalistas, vejam nas imagens a seguir.

 Retratos de alguns soldados que Regina conhecia apareceram na televisão, faziam parte do batalhão que Robin comandava no pentágono. Um sorriso brotou em seu rosto, eram boas pessoas. Mereciam a segunda chance que a vida os proporcionava.

-Dentre eles, o tenente coronel Robin Locksley. –a fotografia do mesmo fora mostrada.

-Regina?

Ouviu Zelena lhe chamar pela terceira vez consecutiva.

O sorriso em seu rosto, fora substituído por um mar de lágrimas. Seu peito subia e descia, arfava. Suas mãos tremiam, perdeu as forças, deixando sua planilha e seu celular colidirem no chão. Sentia o olhar de todos sobre ela, tão surpresos quanto.

O vazio que quatro estações haviam instaurado em seu peito, era substituído pela euforia do reencontro. Pela esperança de estar nos braços do homem que amava novamente.

Robin havia cumprido sua promessa, voltou para casa.

 

                                                  

                                                                       X X X

 

 

                                                               Um ano antes

                                                             Outono de 2016

 

-Ontem eu escolhi o meu vestido de noiva –Regina comentou animada, tentando ignorar a sensação alheia que lhe acometia desde à noite anterior. –Alguns convites já foram entregues também.

-Eu sei, –Emma respondeu –recebi o meu ontem.

Ambas conversavam em frente ao hospital no horário do almoço. Regina acompanhava a amiga que fumava, como de costume. Emma lhe ofereceu um cigarro, mas ela negou. Afinal, de vícios já havia bastado um em sua vida.

-Não vejo a hora de Robin voltar dessa guerra.

Suspirou.

-Está com saudade, não é?

-Sim, mas não é só isso. Eu sinto algo no meu peito –levou a mão ao coração –Tem alguma coisa errada, Robin está estranho.

Confessou.

-Você acha que ele não quer mais casar?

-Não, não é isso... É como se ele quisesse...

  Regina não finaliza suas palavras, sua atenção é voltada para o carro de condecorações especiais do exército. General Gold desceu dele, sua expressão não era nada agradável. Regina arriscaria dizer que o senhor estava emocionado.

Fitou Regina com um olhar piedoso. Naquele momento, ela teve certeza de que algo tenebroso havia acontecido.

Por instinto, caminhou em direção ao senhor, porém, sua mente já divagava. Seus olhos já estavam lacrimejados.

O general apesar de ser autoritário, compadeceu, diante da reação da mulher.

-O que aconteceu com Robin? Ele está ferido?  O estado é grave? Eu...

Questionava aturdida.

Gold fez um gesto de negação, deixando-a ainda mais atônita.

-Ele... Ele –respirou fundo – E tenente Locksley está morto, Regina.

A mesma levou a mão até a boca, incrédula. A vida não seria capaz de feri-la mais uma vez, seria?

 Por um breve momento, o choro não desceu, estagnou. Seu consciente ainda tentava decifrar o que acabara de descobrir. Os olhos entristecidos do general se encontraram com os seus. Naquele instante, teve certeza da autenticidade daquela notícia. Sua visão ficou turva.

Seu coração se desfalecia aos poucos, embora continuasse batendo, era capaz de senti-lo se partir, em pequenos pedaços. Destruindo-a por dentro.

As lágrimas que permeavam demasiadamente pelo seu rosto, provavam isso. As mãos trêmulas percorriam seus cabelos negros.

Sua dor não podia ser medida. Era imensurável. Um vazio, era tudo que sentia. Mais uma vez marcada pela vida, era difícil acreditar que seu amor não voltaria para ela. A angústia sobressaltou sobre os demais sentimentos. Como adaptar-se a uma vida na qual Robin não fizesse parte? Viver depois daquela notícia seria uma punição.

-Não... Não!

Negava.

-Regina, eu sinto muito... Robin era um bom homem – “era”, Regina não aceitava a forma com a qual o general se expressava. Robin não era um bom homem, ele é um bom homem. Ele não estava morto, pelo menos para ela não.

-O tenente morreu fazendo o que ele gostava, lutando pelos ideias que acreditava. Ele era um homem de honra.

-Ele é um homem de honra, general. –disse ríspida, o senhor consentiu.

-Você está certa, doutora. É uma perda lamentável, Robin também era importante para mim.

“Era.” Enfatizou em seus pensamentos.

-Ele não está... Morto, general. –proferiu, soluçando.

-Regina... Robin se foi. A tropa dele deveria ter recuado com o avião, mas eles permitiram que o batalhão ao norte evacuasse primeiro, estavam mais feridos. Mas... O grupo dele foi atacado na emboscada, eles lutaram... Até o fim. –lamentou –mas, não foi o suficiente. Os poucos que restaram, relataram que Robin levou um tiro no peito e... Logo depois seu corpo foi levado pelo rio.

Confessou. Arrependeu-se do ato. O corpo da mulher estava trêmulo, sua pele não aparentava ter vida. Seus olhos carregavam um sofrimento profundo. Nada semelhante ao seu olhar reluzente que levava consigo todas as quartas no pentágono.

Regina continuava a discordar.

-A vida foi perdida, mas o amor não. – Proferiu. Em um murmúrio continua –Ele está vivo... Ele vive em mim.

Consolidou aquelas palavras, a partir daquele momento usaria ambas, todas as vezes que alguém questionasse a vivacidade de Robin. Pois, ele ainda vivia nela.

Seria sua dadiva para sempre.

 

 

                                                                        X X X

 

                                                      Faith Hill - There You'll Be

 

  A euforia da notícia de que Robin estava vivo emanava com intensidade em seu peito. A expectativa de reencontra-lo ainda sobressaltava. A emoção era tanta que sequer lembrava-se dos fatos que sucederam após tal descoberta.

Recobrava apenas de ser guiada até o sofá, vislumbrar Emma falando com alguém no seu celular, certamente devia ser Zelena, que explicava o que estava acontecendo e onde deveriam ir para encontra-lo. Era somente isso que se apossava em seus pensamentos, reencontra-lo.

Haviam tantos sentimentos para serem demonstrados, palavras não seriam o suficiente. Em questão de minutos o teria novamente, para não o perder nunca mais.

  O misto de sentimentos que sua expressão exalava era nítido. Carregava consigo a curva de um sorriso, variando com seus olhos marejados, que impregnavam lágrimas de comoção. Os dedos movimentavam o colar pendente no pescoço.

Não conseguia acreditar que Robin estivesse vivo.

O dilúvio de lágrimas que haviam sido derramadas, noites de insônia, a solidão... Nada disso importava mais, queria apenas sentir o calor do abraço dele, e o sabor de seu beijo casto. Queria sentir-se viva de novo. Sua vida já não seria mais monótona.

 O caminho interminável até o aeroporto chegou ao fim. Apenas alguns passos a separavam de sua felicidade.

 Entravam no local, ainda na entrada estagnou. Vislumbrava a figura de Robin que, apesar de estar de costas foi suficiente para reconhece-lo. Estava junto de alguns soldados, alguns deles já eram recebidos por suas famílias, ambas tão emocionadas quanto ela.

 Seu coração batia descomedido, saltitante, os passos tornaram-se largos, seu intuito era limitar a distância que os separava. Ouviu alguém chamá-la, mas não se deu o trabalho de responder, ficaria para depois...

Com os olhos lacrimejados e a voz embargada, fora capaz de chamá-lo.

-ROBIN!

Exclamou correndo em sua direção, o abraçando com veemência. Provava a saudade que sentia pelas lágrimas que banhavam seu rosto. Não conseguia descrever o quão maravilhoso, era a sensação de estar naqueles braços.

Robin permanecia estático, em meio aquele abraço, desconhecido.

 –Robin... Robin. Você voltou, para casa, para mim... – era o que conseguia dizer, enquanto percorria a mão pelo rosto dele que agora era áspero. Fora inevitável não perceber o quanto o homem estava esguiou, abatido, marcado pela guerra. Seus olhos se encontraram.

Aquele par de olhos azuis que Regina tanto apreciava, pareciam estar perdidos, hesitantes. Um olhar que ela não conhecia.

-Meu amor, o que fizeram com você? –perguntou preocupada, estava prestes a selar seus lábios, porém o homem se afastou.

-Quem é você? Eu acho que a senhorita está enganada – ele dizia confuso.

-Robin, do que você está falando? Sou eu, Regina, a sua noiva.

O homem franziu o cenho, sequer conhecia aquela mulher, como poderia ser sua noiva? Além do mais, era um homem casado, incapaz de trair sua esposa.

Naquele instante, seus irmãos e Roland chegaram.

 Regina já o encarava tão confusa quanto ele. Afinal, Robin parecia desconhece-la de fato.

-PAPAI! –Roland exclamou correndo até o mesmo, logo se jogou em seus braços.

O homem não poderia estar mais aturdido. Quem seria aquele menino que o abraçava com tanto afeto? E o pior por que o chamou de pai? O que de fato estava acontecendo? Quem seria aquela mulher cujo os olhos resplandeciam uma grande decepção.

 Perturbado, encarou os irmãos que aparentavam estar mais velhos. Fora desperto pela pergunta do menino.

-Você não vai dizer nada, papai?

Roland questionou.

Regina o afrontava sem acreditar no que estava acontecendo. Robin desconheceu até mesmo seu filho. A mulher segurou a mão do menino.

-Roland, seu pai precisa...

-Não, esse não é o Roland... –a fitou – Meu filho não é tão grande, é um recém-nascido.

-Regina, por que meu papai está estranho?

Zelena intervém:

 –Robin, o que está acontecendo?

-Onde está Marian?

O tenente perguntou.

Regina o encarou inerte.

Não fora por ela que ele voltou.

 

 

 


Notas Finais


LINK: https://www.youtube.com/watch?v=BwyWmqV_RJc

E aí o que acharam? Superou as expectativas? Peço desculpas se não ficou tão bom, digamos que, não estou no meu melhor momento... De qualquer forma, me digam o que acharam, se gostaram, ou não.
Sei que ele não foi muito grande, mas provavelmente terá mais uma atualização essa semana, porque as probabilidades de que seja postado capítulo na semana que vem são poucas, então até o fim dessa sai mais um capítulo, acredito que, no Sábado.
Beijoss :)


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