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História Quatro Estações - Amnesia


Escrita por: TaisWriterOQ

Notas do Autor


Boa tarde gente ♥ ;) quanto tempo eu não atualizo capítulos no Sábado hein?
Bom, como eu havia dito vou atualizar a fic hoje, porque não vou poder na Terça.
Tudo o que é dito sobre a Amnesia, foi pesquisado, não inventei nada...
Peço que escutem as músicas nos momentos especificados, vou deixar o link nas notas finais.
Gostaria de dedicar esse capítulo, a Melissa Alves, que me enviou um poema emocionante homenageando a fic. Obrigada! ♥ Aproveito para agradecer a todos comentários, e favoritos que a história tem ganhado. Vocês são demais!
Espero que gostem. Boa leitura! ♥

Capítulo 7 - Amnesia


Fanfic / Fanfiction Quatro Estações - Amnesia

-Você está me dizendo que aquele menino que está dormindo no andar de cima, é o meu filho? Meu pequeno Roland?

Proferiu Robin, tentando compreender tudo que Zelena o explicava. Ambos sentados em volta da mesa, bebendo uma caneca de café. David também estava presente.

-Eu não posso acreditar que traí Marian para ficar com outra mulher. Isso é contra os meus princípios.

-Era. –David o corrigiu, ríspido.

-Hey, vai com calma –Zelena repreendeu. Depositou sua mão sobre a de Robin.

-Você se arrependeu de ter mentido. Estava apaixonado por outra...

-A mulher do aeroporto?

-Não. A Regina você conheceu tempos depois...

-Não me diga que eu traí outra mulher também. –interrompeu mais uma vez, atônito.

-Não. Me deixe terminar de explicar, tudo bem?

O homem consentiu.

-Na verdade, a sua amante, que já era sua noiva na época, veio a falecer devido a um erro médico, pelo que você me disse. Sofreu muito pela morte dessa mulher, foi quando nós voltamos a nos aproximar, aos poucos... nossos laços se reestabeleceram de novo, você se dedicou ao Roland. Eu acreditava que você ainda amava aquela mulher, mas então, pouco mais de um ano depois, coincidentemente encontrei Regina no hospital, enquanto aguardava Louisa e descobri que vocês estavam juntos. Desde então, ela faz parte dessa família. Quando você foi para a guerra, faltava apenas algumas semanas para seu casamento.

-Você devia falar com ela –David sugeriu.

-Com a Marian?

-Não, com a Regina. –respondeu o irmão mais novo.

-Eu acho melhor você ir descansar, ter uma boa noite de sono. Amanhã bem cedo vamos no hospital procurar por um neurologista. –interfere Zelena.

-Está bem.

O mesmo diz, retirando-se.

-Ele está arrasado. –comenta Zelena.

-Deve ser difícil repudiar suas próprias ações, Robin parece não acreditar no que fez... O mais estranho é que Marian é uma lembrança presente em sua vida.

-Eu não tenho um bom pressentimento sobre isso.

 

                         

                                                                           X X X

 

  Do outro lado da cidade, Regina era amparada por Mary Margaret. A dor a corroía por dentro. Era inacreditável aceitar que Robin não lembrava dela. O que a fazia questionar-se qual o papel que realmente teve na vida dele?

Uma lágrima silenciosa escorreu em seu rosto. Enquanto divagava o quanto era significativa na vida de Robin. Certa vez, escutou determinada música que vociferava que “a medida de amor é amar sem medida”. Seria o “amor” de Robin capaz de se mensurar? Ou tudo não passou de uma terrível obra do destino, no qual ambos eram vítimas daquele ocorrido.

Acreditou não fosse por falta de amor e sim pelo que a vida havia reservado. Preferiu que fosse assim, caso contrário, não suportaria.

-Robin se esqueceu de mim... –disse com amargura –ele passou um ano querendo estar com ela, desejando a presença dela. Enquanto eu queria estar com ele. Acho que faz parte da minha vida que as pessoas que eu amo se esqueçam de mim.

Suspirou, frustrada.

-Não foi só de você que ele esqueceu, pense no Roland.

-Pelo menos, ele sabe que o filho existe. Já de mim, não há memória alguma. Sou um nada. Eu me pergunto qual a dimensão do amor dele por mim, se é que ele realmente me amou um dia...

-Regina, é claro que Robin te amava, era notável. Se ele não te amasse, não te pediria em casamento. Vocês estavam prestes a constituir uma vida juntos. Dê um tempo a ele, quem sabe a sua presença não seja o suficiente para Robin recobrar a memória.

  Mary, sempre tão doce e gentil, conseguirá despertar um ponto de esperança no coração de Regina. Seu olhar angustiante, fora substituído pelo famoso benefício da dúvida. Seria Robin capaz de lembrar-se dela? Havia alguma chance das belas recordações que viveram juntos virem à tona?

Como médica, Regina sabia que também deveriam haver probabilidades de que Robin jamais recuperasse tais memórias.

-Mas e se... –Regina não conseguiu finalizar a pergunta. Era dolorosa demais.

-Se ele não lembrar? –Mary a disse, coerente.

A mulher consentiu.

-Se isso acontecer... – a professora murmurou pensativa. Regina, por sua vez, encarava a mesa –Reconquiste-o –Mary proferiu, elevando o tom de voz que sempre fora ameno, o que chamou atenção de Regina imediatamente. Logo, fitou a mulher ao lado -Vocês já se apaixonaram uma vez, faça ele amá-la novamente.

-Será que é possível se apaixonar pela mesma pessoa duas vezes? -questionou Regina.

-Se ao menos tentar, encontrará a resposta que deseja.

 

                                                                         X X X

                                                   

                                                        Celine Dion – Breakaway

 

  Pouco mais da meia-noite, depois de horas tentando adormecer, Robin conseguiu. O mesmo mantinha um sono profundo, relaxado. O que fora impossível de acontecer no ano anterior. Porém, toda aquela calmaria logo foi substituída por um pesadelo. Semelhante aos que o assolavam por suas vastas noites em cativeiro.

  Não havia ar para preencher seus pulmões, a água inundava suas narinas, consequentemente evitando que fosse possível respirar. O desespero era seu companheiro, naquela tentativa frustrada de salvação. Não tinha forças para interromper o ato.

Afinal, um dos terroristas o mantinha com a cabeça debaixo daquela água, tornando impossível o retorno. Debatia seus braços na cama, assim como fazia no seu pesadelo. No entanto, sua destreza não fora suficiente por muito tempo. Ela se esvaia, assim como sua esperança de viver. Porém, como das vezes anteriores, sendo em sonhos, ou na realidade, pode sentir aquele aroma que considerava uma dádiva.

Afinal, seu olfato não deveria sentir nada, devido ao dilúvio de água que o atingia. O aroma era uma mistura tentadora e suave na mesma proporção. Causava medo, desejo, amor e dor. Independente do sentimento, o agradava. Dava-lhe forças para seguir e lutar. Vivacidade, era o que aquele aroma trazia consigo.

Cinco segundos, um curto período de tempo, que parece pequeno para tantos, mas que era capaz de definir sua morte ou vida. Luz. Esperança.

Um simples aroma que lhe remetia tantas sensações. Precisava voltar por alguém. Deveria agradecer a dona daquele aroma que tanto almejou enquanto esteve trancafiado naquele lugar. E, que agora era capaz de fazê-lo despertar daquele pesadelo tenebroso.

  Acordou sentindo o rosto banhado em água. Levou as mãos até a face, percebendo que não havia nada mais que suor. Infelizmente, aquelas torturas lhe deixaram marcas físicas e psicológicas.

Suspirou.

Levantou-se da cama, abriu a janela e permitiu-se sentir a brisa da noite. Mais tranquilo, agradeceu a si mesmo por recobrar daquele aroma que tantas vezes fora sua força, e que agora lhe despertou tranquilidade.

Uma grande dúvida lhe sobreveio; quem seria a dona de tal proeza? Seria ele capaz de encontrá-la? Poderia ser uma lembrança do tempo que não recordava? Ou, seria apenas algo criado pelos seus pensamentos, em momentos que considerava estar em precipício?

Duvidoso, ponderava seus questionamentos para si próprio.

 

 

                                                                                  X X X

 

                                                                         Dois dias depois

                                                            

                                                                         Anahi – Amnesia

 

 

-Tenente Locksley, você está diagnosticado com amnesia –proferia o doutor Graham Humbert. O mesmo era observado por dois pares de olhos atônitos. Zelena e Robin. Ambos se entreolharam, preocupados.

-Não há dúvidas. Todos os exames que você fez apontam isso. –dizia o neurologista, observando os papéis. –Claramente foi causado por um trauma físico que você sofreu durante a guerra. Acredito, que seja devido a uma pancada na cabeça.

-Sim, alguns soldados disseram, que após levar um tiro, meu irmão caiu bruscamente contra o chão. –interrompeu Zelena – A Amnesia tem cura, doutor? – a mulher perguntou, nervosa.

-Bom, a Amnesia pode ser a perda de memória temporária ou permanente. Depende do caso.  Robin possui a Amnesia retrógada, sendo difícil recordar-se de fatos anteriores. A memória quase sempre volta -ambos esboçam um sorriso, porém, ao perceber a expressão no rosto médico, o desfazem de imediato. Certamente havia uma contradição. –Existem casos raros, em que algumas pessoas perdem a memória de trechos de sua vida. O que é semelhante ao seu caso. –encarou Robin, que aparentava descontentamento. –Estudos comprovam que em alguns casos; fotos, ilustrações, ou, reviver algumas situações pode ajudar o paciente a recordar de certas ações. Claro que, facilitaria se você não tivesse passado um ano... –engoliu em seco – Naquele lugar. Talvez estivesse apto a lembrar-se com mais facilidade.

-Quais são as probabilidades de ter as minhas memórias de volta, doutor? –perguntou Robin.

-Infelizmente, eu não posso distinguir. Digamos que as mesmas chances que você tem de recuperá-las, você tem a perde-las de fato. Já existiram tantos casos improváveis que a ciência não pode explicar.

  Robin estava aturdido o suficiente quando saiu do consultório de seu neurologista. O que se consolidou ainda mais ao esbarrar nela; a mulher do aeroporto. Sua noiva.

Seus corpos haviam colidido com força, porém ela não parecia se importar. Seus olhos se encontraram por instantes, pouco tempo, mas que para um homem sem memória, era uma eternidade. Não sabia decifra-la, era uma desconhecida.

Foi possível inalar o perfume forte que a mulher usava.

Não era ela.

-Me desculpe –disse, sem saber como agir diante da mulher a sua frente. –eu não sabia que você também viria. –completou.

-Eu trabalho aqui. –ela respondeu, gesticulando com as mãos. Estava nervosa. –Como você está?

-Confuso –Robin respondeu.

-Regina... –Zelena se aproximou abraçando a cunhada.

-Como foi a consulta? –Os irmãos fitaram um ao outro, angustia resplandecia em seus olhares.

-Eu acho que você pode falar com o doutor –sugeriu a mulher –talvez possa nos ajudar.

-Claro. –Regina respondeu, fitando Robin, tinha tanta vontade de cessar aquela distância que os separava e recobrar o gosto daquele beijo. Mas, não podia. 

-É melhor agente ir –ponderou o homem, percebendo o olhar de Regina.

Fugindo.

Robin estava fugindo de Regina. Era perceptível.

Sem graça, Zelena despediu-se, o homem fez um breve aceno com a cabeça, e partiram.

 Com a cabeça baixa, contendo as lágrimas que se formavam em seus olhos, Regina entrou na sala de Graham.

-Está tudo bem, doutora Mills?

-Dentro do possível... –respondeu, emanando um breve sorriso.

-É por causa do seu noivo, não é?

-Na verdade, eu nem sei mais distinguir o que somos...

O médico se aproxima.

–As coisas vão ficar mais claras entre vocês. Eu acho que você é a única pessoa que pode ajudá-lo nesse caso.

-Por que eu sou médica? – questionou, frustrada.

-Não. Porque você o ama e isso é o suficiente para fazer com que lute por ele. Há grandes chances de que Robin recupere a memória, você só precisa se empenhar.

 -Então... É possível que ele se lembre de mim? –perguntou, esperançosa.

-Sim.

-O que você sugere que eu faça?

-Dedique a ele alguns dias, passei com ele, leve-o a lugares que frequentavam. Mostre fotos, conte histórias. Pequenos detalhes fazem diferença. Faça o que for necessário, mas não desista. Esteja disposta a reconquistar o seu amor.

-Eu estou.

 

 


Notas Finais


Link da música Amnesia: https://www.youtube.com/watch?v=-3xvqV-gemE

Link da música Breakaway: https://www.youtube.com/watch?v=mS76fAFumtk

E aí o que acharam? O que será que Regina vai fazer?
Próximo capítulo repleto de momentos OutlawQueen. ♥
O capítulo de hoje foi pequeno, mas prometo que o próximo será maior. :)
p.s: vou responder os comentários do capítulo anterior ainda hoje.
Beijoss a todas, até o próximo!!! :D ♥


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