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História Quatro Estações - Tempos Diferentes


Escrita por: TaisWriterOQ

Notas do Autor


Boa noite gente ♥ preparadas para o último capítulo do ano?
Primeiramente agradeço a melhor beta, Nat (Anne Bridge) ♥ por sempre betar o capítulo com rapidez, para que vocês não esperem. :) Obrigada por isso, e também por uma ajuda especial nesse capítulo, o tio dela teve amnesia. E, contou um pouco a ela sobre o assunto. O que facilitou e muito para mim descrever partes do capítulo, e narrações do nosso protagonista.
Espero que vocês entendam melhor os sentimentos dele.
Vou fazer umas observações, vou deixar nas notas finais, o link da foto da casa deles dois citada no capítulo. Neste, não consta indicação de música, fiquei em dúvida diante de tantas opções, deixo a critério de vocês escolherem, ou, não escutar algo.
Acho que é isso, me ignorem. Estou assistindo a minha novelinha. kkkkk
Shippem esse casal!

Boa leitura, espero que gostem. ♥

Capítulo 9 - Tempos Diferentes


Fanfic / Fanfiction Quatro Estações - Tempos Diferentes

                                                                “ Eu agora – que desfecho!

                                                                Já nem penso mais em ti...

                                                               Mas será que nunca deixo

                                                               De lembrar que te esqueci? “

 

                                                                                       -  Mário Quintana

 

 

 

                                                                              ROBIN

 

 

   Três semanas desde que fui diagnosticado com amnesia se passaram. Enquanto as pessoas normais estão se adaptando ao frio, pois o inverno já se prenuncia, eu estou tentando me adaptar a minha nova vida. Transcorreram-se cinco dias desde que estou nesse apartamento.

Conforme as horas passam descubro um eu que desconheço. É difícil aceitar que me tornei um homem tão diferente do que eu me lembro ser.

 Semana passada resolvi voltar ao pentágono para ocupar meus pensamentos. Alguns me temem por lá, principalmente os novatos. O que para mim é estranho, sempre me relacionei tão bem com todos. Pelo menos em um período de tempo.

Percebo que o para sempre ou nunca não devem ser ditos sem plenitude. Realizei ações que disse jamais fazer, prometi que viveria o para sempre para alguém que já não vive mais comigo.

As minhas palavras e atitudes não condizem com o homem que eu era, que eu sou. Me sinto um enigma, duas personalidades distintas habitaram em mim. A que sou agora, que conheço por completo. E a que me tornei seis anos atrás está um completo mistério. Um desconhecido vive em mim.

Desde que voltei vejo um mundo novo.

Viver sem as minhas memórias é como nascer novamente e morrer ao mesmo tempo. Morto pela falta de recordações e vivo pela chance de recomeçar.

Questiono o que um homem como eu fez para ter suas memórias apagadas? O que eu deveria esquecer?

Nos últimos dias, sou um homem cheio de perguntas que tem que conviver com miseras respostas. Algumas chego até mesmo a desconfiar, afinal não conheço, melhor, não me lembro de todos que me ajudam.

As pessoas que mais confio são os meus irmãos, e me entristeço ao vê-los desapontados comigo, por não conseguir corresponder a expectativa deles. Não conseguem aceitar o fato de que eu gostaria de retomar a minha antiga vida.

Não compreendo que mal tem nisso?

Almejo voltar a ter o que meu outro eu perdeu. Todavia, isso não agrada meus irmãos, e até mesmo Marian, que fora bem sincera e até mesmo indelicada quanto a isso. Ainda sou capaz de ouvi-la proferir tais palavras que ressoam em meus devaneios a todo minuto.

 Estávamos em um dos nossos restaurantes favoritos, o qual frequentávamos desde que começamos a namorar, ainda no colegial. Eu estava animado, já ela, nem tanto.

Meus olhos percorriam por vastas fotografias de Roland depositadas em um álbum. Agradecia mentalmente por Marian ter capturado esses momentos. Sorria enquanto percebia a evolução do meu pequeno garoto. Pouco o conhecia, mas já o amava com uma intensidade. Me sentia orgulhoso.

-Me diga qual foi a nossa reação quando ele começou a dar os primeiros passos? –Perguntei, sorridente, fitando as fotos.

-Você demonstra tanto interesse, sendo que nem estava presente na maioria destes momentos. –ela proferiu, ressentida.

Eu não estava lá.

Toda vez que me lembro da expressão no rosto dela, me sinto péssimo. São esses erros que quero concertar, e apesar de certa relutância acredito que Marian poderá ceder, e quem sabe eu posso voltar a ser o homem que era quando nos conhecemos.

Quero ser um marido melhor, um pai presente.

 

                                                                                        X X X

 

   O vento era denso na rua, característica da estação. Eu estava na caminhonete de meu irmão, ele me levaria até a cafeteria para que eu encontrasse Jefferson.  Disse que poderia ir sozinho, mas ele insistiu em me levar. O que realmente não acho que seja necessário, afinal, o ambiente é próximo à casa de Zelena.

Percebo que ele optou por dobrar a esquerda. Antes que o questionasse, vislumbro uma casa belíssima. Uma sensação esquisita se sobrepõe no meu peito.

O recinto era uma construção de dois andares, uma varanda, duas árvores constavam no quintal cercado. A casa branca de aberturas verde musgo chamou minha atenção, mais do que deveria. O que para mim é irreconhecível; não me lembro de estar ali. Porém, aquele murmúrio de vozes que me atormentavam fez questão de me lembrar que me esqueci de alguns anos da minha vida.

Por um breve momento, o mundo parecia ter estagnado naquele instante enquanto eu encarava a casa, deslumbrado com o local. No entanto, percebi que David havia diminuído gradativamente a velocidade do veículo.

-Você sentiu algo não foi? –questionou o meu irmão, antes de prosseguir o percurso, enquanto eu, pelo retrovisor, ainda fitava o ambiente que parecia acolhedor.

-Eu... –não conseguia descrever o que estava sentindo. O que eu já deveria estar acostumado. Afinal, haviam momentos que tudo embaralhava em minha cabeça, como se eu fosse me lembrar. Porém, nada acontecia.

-Aquela casa é sua – o encarei, intrigado – e de Regina. Vocês se mudariam para lá após o casamento. –Completou.

Nós tínhamos uma casa. 

-Regina é uma mulher especial, Robin, não estrague tudo. –meu irmão comentou.

 Eu estava confuso demais para contestar. Regina era o motivo pelo qual eu não colocava meus planos em prática. Admirava a paciência dela comigo, a forma carinhosa que ela me fitava. Uma parte de mim sentia-se lisonjeada pela mesma ainda não ter desistido de mim, embora soubesse que todas tentativas de recuperar as minhas memórias eram falhas.

Ela me amava.

E isso meu consciente fazia questão de lembrar a todo momento, que eu a esqueci e que ela sofria. Eu me sentia mal por não retribuir os mesmos sentimentos por ela. Afinal, além de bela era uma pessoa maravilhosa para comigo. Me culpava por desejar ter minha esposa de volta. Afinal, quando tudo aconteceu, Regina era meu presente e eu havia decidido constituir uma vida ao lado dela.

Essa compaixão me impossibilitava de terminar o que eu não sabia que tínhamos. Minha família não permitia que eu o fizesse e a minha piedade também. Mas, começo a acreditar que isso começa a machucar nós dois. Sei que preciso tomar as devidas providências em relação a isso, no entanto, no último momento, não consigo.

  Perdido em meus devaneios sequer percebi que já estava em frente ao lugar que encontraria meu amigo.

-Me ligue quando quiser que eu lhe busque –disse David, apenas consenti. Não conseguia formular frases concretas desde que passamos pela casa branca no fim da rua.

  Ao adentrar o estabelecimento, vislumbrei Jefferson sentado, escolheu um lugar próximo a janela densa que o ambiente possuía.

  Presumo que fosse escolha de escritor, afinal, lembro de que ele citou certa vez enquanto estávamos em cativeiro de que observar as pessoas e o mundo a sua volta era inspirador. E, era o que ele fazia neste instante até me ver. Um breve sorriso surgiu em seu rosto que aparentava grande melhora.

Não nos vimos desde que pisamos em solo americano. Conversamos por e-mail apenas duas vezes, mas o suficiente para saber o que decorria na vida um do outro.

Ele acabara de mudar-se temporariamente para Washington, por causa do livro que começou a escrever enquanto éramos reféns. O conteúdo que continha em suas anotações, além de sua sábia escolha de palavras sobre os acontecimentos tenebrosos da guerra, chamaram a atenção de uma editora importante do país. Decidiram que publicariam a obra do meu amigo apenas pelos rabiscos que ele enviará, como me redigiu no e-mail.

Devido a isso, resolveu se mudar, para que eu, como testemunha de tais tormentos, pudesse ajuda-lo.

-Como você está? –perguntei me sentando e lhe estendendo a mão. Logo, uma garçonete apareceu perguntando o que eu gostaria de comer ou beber.

-Um café bem forte –pedi.

-Estou bem. E você? –Jefferson me perguntou, percebi que ele estava preocupado.

-Perdido no tempo. –respondi suspirando.

-Eu sinto muito por isso –disse o escritor, pude ver sinceridade no seu olhar –mas, você sabe que eu sempre lhe disse que suspeitava de algo... Havia muitas lacunas em branco Locksley, respostas incertas.

-Eu sei. –suspirei –Só não sabia que havia perdido a memória de seis anos da minha vida. Cujo nesse tempo, tive uma amante, destruí uma união estável, não acompanhei o crescimento do meu filho.  A tal amante veio a falecer, e antes de partir, vivia um momento de vida próspero ao lado de Regina. Com quem estava de casamento marcado. –disse tudo de uma única vez, sequer havia respirado entre as palavras. Percebi que o meu café já estava a minha frente, o que fez eu me questionar: qual parte dos meus problemas a garçonete escutara?

-Você não me contou todos esses detalhes... –proferiu meu amigo, surpreso pelas minhas confissões.

-Eu resumi o que está acontecendo, não é conversa para se ter por e-mail. –disse, resolvi beber um gole do café quente, que escorreu pela minha garganta.

-Você está certo. Então... Você tem uma noiva? –perguntou curioso -Arrisco dizer que seja aquela bela mulher do aeroporto. – comentou.

-Sim. É ela mesmo. –confirmei. Recordando do abraço que recebi dela naquela manhã.

-Já sei, você vai me dizer que deseja continuar sua vida de onde parou? –inquiriu.

-Como você sabe? –perguntei surpreso.

-É natural que isso ocorra.

-Minha família não compreende isso. –ponderei, eu mesmo percebi a decepção em minha voz.

-Eles querem que eu fique com Regina e retome minha vida como fazia antes de ir para a guerra.

-E você não sente nada por ela? –Jefferson questionou.

-Não sinto nada além de admiração, pesar e culpa. Ela é uma boa mulher, mas não é quem eu quero neste momento entende? –suspirei- Ademais, tenho medo de estar criando esperanças demais de algo que poderá não ocorrer. Sou um homem sem memórias, sem sentimentos de um passado próximo, sem nada.

-Pelo menos você se preocupa com ela.

-Sim. Como eu disse ela é uma boa mulher, boa até demais pelo homem que eu era. –comentei frustrado. 

-E se ela for a mulher dos seus sonhos? –Jefferson perguntou, elevando o tom de sua voz.

-Não é ela. O aroma que sinto quando estamos próximos é diferente.

-Mas, e se ela estiver usando perfume?

-Eu seria capaz de distingui-lo através de qualquer fragrância. - respondi convicto.

-Se não é dela e nem de sua esposa, só poderia ter sido de sua...

-Amante. –Completei- Já havia pensado nisso.

-Então...Foi por ela que você quis voltar.

-Talvez... –concordei pensativo –mas, ela não está mais aqui. E, dentre as duas mulheres presentes, Marian é a minha opção. A mãe do meu filho. E quanto a Regina... –sussurrei –Preciso encontrar uma maneira de me livrar desse compromisso.

Finalizei.

-Tome cuidado com suas escolhas, Locksley, suas memórias podem retornar e você pode se arrepender.

-Você tem razão. Eu devo esperar mais um pouco. –concordei.

-Essa história não parece real. É como se fosse um livro. A mulher que não desiste de seu grande amor e o homem que está tomado por recordações passadas. –ele fabulou.

 No entanto, me perdi em suas últimas palavras, estagnado ainda diante de uma parte de sua narração: “a mulher que não desiste de seu grande amor...”

Minha mente divagou: seria eu o grande amor da vida dela?

-Por falar nisso, me diga como vai o seu projeto? –perguntei, afastando aquele pensamento repentino.

 

                                                                                      X X X

 

   Aquela era a quarta vez que saímos juntos. Apenas nós dois. Ela com a vantagem de possuir todas as nossas memórias. Eu, porém, descobria um pouco mais da mulher que seria minha esposa em outrora.

O lugar escolhido era o topo de um refúgio da cidade. Onde Washington poderia ser vista de soslaio, assim como o pôr do sol em tardes cálidas de verão. Percorremos a via expressa para chegarmos até ali, adentrando até mesmo uma estrada sem asfalto, o que é raro.

A quantidade de árvores trazia consigo rajadas de vento mais fortes. A grama que ali constava, possuía um brilho esverdeado estonteante. Acredito que seja pela quantidade de chuvas densas que o outono proporciona.

-É uma bela vista –comentei, percebendo que Regina parecia divagar.

-Fiquei encantada quando você me trouxe aqui –ela disse por fim. Um sorriso gentil aflorou de seu lábio rosado. Os cabelos que passavam dos ombros, eram desgrenhados com o vento, deixando-a atraente. Me senti traidor por apreciá-la daquele modo. Afinal, tinha uma quimera em meus pensamentos.

-Suponho que vivemos algum momento especial aqui –ponderei, voltando a encarar o céu.

-Sim. Foi aqui que você me pediu em casamento. –ela proferiu naturalmente.

Agora entendo o que ela pensava enquanto eu apreciava o local.

-Foi um dia de felicidade puritana. –ela comentou, vislumbrei um sorriso ainda mais genuíno comprovar o que ela proclamava.

Mais uma vez aquele murmúrio de vozes infinitas me culpava interiormente.

-Está tudo bem? –ela inquiriu. Percebi seu semblante apreensivo.

-Sim. Eu só gostaria de... –tentei responder sem fita-la nos olhos, então me perdi encarando as nuvens no céu. De longe, escutei o som de um avião que se aproximava.

Regina se aproximou de mim, apertando levemente o meu braço.

-Tudo bem... –ela disse –não se martirize por isso, você não tem culpa. –proferiu me confortando.

O que me causou uma sensação reconfortante. Por outro lado, me fez questionar: por que ela está me consolando? Se era eu que devia fazê-lo. Nem ao menos sei sua cor favorita...

-Qual cor você mais gosta? –perguntei simultaneamente.

-Vermelho. -Ela respondeu. Percebi a satisfação que emanava no olhar dela.

-Eu gosto de...

-Azul. –Regina me interrompeu. Acertando a resposta, ela me conhecia absurdamente. Eu comprovava isso a cada vez que nos encontrávamos.

-Assim fica difícil competir com você... –sorri–o que não sabe sobre mim? –inquiri curioso.  

-Bem... –ela aparentava formular uma pergunta –Ainda não me disse como se sente em relação a tudo isso... Digo, a ausência de suas memórias.

-É constrangedor. Me sinto um estranho no meu próprio apartamento... –disse surpreso com a naturalidade que desabafava com Regina –Existem experiências que estou vivendo novamente, pela segunda vez. Me tornar tenente, por exemplo. –suspirei –Tudo é muito novo para mim. São tantas responsabilidades, obrigações e descobertas. Como se eu fosse uma borboleta, saindo do casulo e se adaptando a um mundo novo. É assim que me sinto. E o pior de tudo, é perceber que eu me tornei um homem tão diferente do que eu era.

Após um breve silêncio, ela aperta mais o meu braço. Nossos olhos se encontram. Era notável a calmaria que o olhar dela emitia. Consolável.

-Você precisa viver, Robin, um dia de cada vez. Sem se culpar pelos seus erros ou acertos, nós não viemos ao mundo para ser perfeitos. De todo modo, está tendo a oportunidade de reaver algumas de suas ações. Aproveite a chance que a vida está lhe proporcionando... –a intensidade no olhar dela me hipnotizava –nem todos tem essa oportunidade.

Pelo modo que ela falava, percebi que ela desejava esquecer de algo. Mas, o que seria? Uma mulher digna de tão boas intenções poderia ter cometido erros tão graves dos quais almeja olvidar?

Ela devia estar equivocada. Viver sem recordações é lastimável. Uma vida em preto e branco.

-Nem todas as minhas escolhas agradam as pessoas que se importam comigo. –Confessei. Espantando aqueles pensamentos. A mulher ao meu lado me fazia me sentir acolhido pelos seus conselhos. Era fácil manter uma conversa agradável ao seu lado. 

-Seus irmãos te amam. Tenho certeza que vão te compreender, independente da situação. Apenas seja o homem que você quer ser. –ela proferiu com tanta serenidade que me fez sorrir.

Ficamos em silêncio durante um tempo. Meus pensamentos ainda processavam tudo que acabei de escutar. Perguntei a mim mesmo por que não tivemos mais conversas como aquela no último mês. Observei Regina, que parecia estar tão perdida em suas próprias reflexões como eu.

 Me lembrei das palavras de Jefferson na tarde anterior; “a mulher que não desiste de seu grande amor...”

Aquelas palavras retumbavam em minha mente.

-O que eu representei na sua vida? –questionei, sem ao menos refletir se aquele era o momento apropriado para aquela dúvida. Ela que fitava o horizonte a nossa frente, me encarou surpresa. Pude ver no seu olhar. –Desculpe, não devia...

-Tudo bem. – ela entrelaçou nossas mãos, um toque macio e delicado. –Você foi o sol em meio a uma tempestade. Apareceu na minha vida para me confortar e ajudar nos meus piores momentos. A luz em um ambiente escuro. Deus me devolveu a esperança a partir do dia que colocou você no meu caminho. Eu estava passando por um momento complicado, eram tantos problemas –suspirou –resolvi mudar de cidade, procurando por um recomeço. Só não imaginava que encontraria o amor. Me salvasse de uma guerra interior, Robin. Mudou a minha vida. O meu herói. É isso que você significa para mim, uma salvação.

Aquela declaração fez eu me orgulhar de mim pela primeira vez, desde que voltei. Fiz algo bom para alguém que merecia. Embora, tenho certeza de que Regina está exagerando em sua declamação. Posso ter lhe ajudado, mas a verdadeira mudança floresceu de dentro dela.

Naquele instante, percebi que apesar de vivermos em tempos diferentes, estávamos na mesma dimensão um do outro. Ficamos parados ali, com as mãos enlaçadas até o dia findar.

 

 

                                                                                    X X X

 

 

    Após um longo banho, fui para o meu quarto. Me deitei, mas não queria dormir. Os pesadelos continuam, toda a noite algo inusitado acontece comigo. É um tormento. Receoso me levanto da cama confortável, e vou até a estante de livros em frente a ela. Dentre tantos, um me chamou a atenção intitulado: “Sniper Americano”.

Percebo que o mesmo estava marcado pela metade; seria aquela minha última leitura?

Sem resposta.

Recostei minha cabeça no travesseiro suave, e com o corpo relaxado, depois daquele fim de tarde surpreendente, abro o livro na página que estava frisada.

Uma fotografia minha e de Regina caiu, ela evidenciava onde eu interrompi minha leitura pela última vez, que não me lembro.

Encaro a foto, parecia um momento feliz. Ambos estávamos sorridentes.

Ela estava muito bonita com seus cabelos negros soltos e encaracolados nesse dia. Sentada atrás de mim, abraçada ao meu pescoço, seu braço percorria pelo meu peito, minhas mãos depositadas sob as suas. Eu, estava sentado sob uma cadeira, um relógio grande enfeitava meu pulso. Éramos acompanhados pela natureza a nossa volta. Era nítido a vasta quantidade de árvores que abrangiam no local.

Uma bela foto.

Instintivamente levei meus dedos sob a imagem, cujo os sentimentos resplandeciam paixão e contentamento. Após um suspiro em meio ao caos que se consolidava na minha vida. Acariciei o rosto dela.

Recordei de suas palavras: “seja o homem que você quer ser”.

Ansiei.

-O que você significou para mim?

 

 

 


Notas Finais


Link da foto da casa: https://www.facebook.com/Minhasfanfics/photos/a.1983242861901694.1073741828.1983220875237226/2177343345824977/?type=3&theater

E aí o que acharam? Gostaram? Estão shippando?
Peço desculpas se os sentimentos do Robin ficaram confusos, mas na verdade, é um pouco disso que quero retratar. No próximo capítulo, teremos a narração da nossa protegida, Regina. ♥

Deixo aqui meus sinceros desejos de que 2017 venha com muita luz para todas nós, amor, saúde, e esperança... o resto nós conseguimos com o tempo. Tenham um próspero ano novo! E, que ele nos traga muitas fics também. ♥ :)
Até o ano que vem, beijoss!


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