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História Que Bailes Conmigo Hoy - Inspiraçâo


Escrita por: shecamrenhot

Notas do Autor


enjoy :)

Capítulo 2 - Inspiraçâo


Lauren Jauregui Pov 

Dez minutos depois e a tela a minha frente ainda estava em branco, eu procurava em todos os cantos da minha mente alguma ideia mas não encontrava nada, era como um grande buraco vazio. Era frustrante, sim essa era a palavra que definia aquilo tudo. 

Meu nome é Lauren Jauregui tenho 23 anos e sou artista, o motivo da minha frustração?, a mais ou menos  6 meses eu passava por um grande bloqueio criativo, minha última criação tinha sido a fachada da "Dance Is Life" uma das melhores academias de dança de Miami, foi uma criação demorada, eu chegava cedo no lugar e saia tarde, mas eu não me importava nem um pouco, na verdade faria tudo de novo, pintar era um prazer pra mim, fora a boa quantia em dinheiro que eu havia recebido, graças a minha dedicação hoje eu conseguia viver do que eu amava. 

Porém fácil não tinha sido para chegar até aqui, fora a minha família não me apoiar em nada, essa era uma forma arriscada de viver, essa profissão era muito instável dependendo da área claro, eu escolhi a parte da criação, por um período até dei algumas aulas, porque precisava do dinheiro para me sustentar, parei após um tempo para me dedicar somente a criação era o que eu queria seguir. 

Hoje morava sozinha em um apartamento em Miami, era uma pessoa totalmente independente e havia lutado muito por isso, porque se fosse pelos meus pais eu estaria seguindo o caminho que eles haviam traçado desde que eu havia nascido, meu pai era dono de uma empresa, eu nunca tive nem que seja um pouco de vontade de atuar nessa área, parecia tudo um grande tédio, isso causou e ainda causa muitas discussões entre mim e meus pais, e eu odiava toda essa situação, mas eles eram tão cabeça dura, não conseguia entender porque era tão difícil eles aceitarem que eu fazia o que eu amava e estava feliz assim, por isso eu resolvi me afastar um pouco nesses últimos meses, reduzi a frequência com que ligava para eles, eu sentia falta confesso, deles e dos meus irmãos na verdade. 

Ouvi meu celular vibrar inúmeras vezes e só depois tive a consciência de que podia ser alguém importante, fitei o número do telefone sorrindo logo em seguida, um pressentimento bom me invadiu ao reconhecer o nome na tela. 

-Alô. -disse surpresa. 

-Lauren Jauregui?. -ouvi a voz conhecida da mulher no outro lado do telefone. 

-Ela mesma. -disse me levantando do banco desconfortável em que eu estava sentada. 

Me sentei em meu sofá me acomodando melhor. 

-É Candece lembra de mim?. 

-Como poderia esquecer, dona da Dance Is Life. -Disse com a felicidade nítida  em minha voz.

Candece era uma das donas da academia que eu havia pintado, a conheci através de minha melhor amiga, Veronica Iglesias ou só Vero como eu a chamava. Vero era amiga da filha da mulher, Candece comentou com a filha que gostaria de fazer alguma coisa na fachada da academia, e como ela amava arte logo pensou em uma pintura.

-Gostei muito do seu trabalho Senhorita Jauregui, e por isso te indiquei a uma pessoa. 

Meu pressentimento bom era verdadeiro, o único problema era esse bloqueio que eu estava tendo. 

-E seria para o que?. -perguntei. 

-Contratamos novos professores para a academia, uma em especial gostaria de fazer alguma coisa em sua sala. 

-Entendi, foi a ela que a senhora me indicou. 

-Exatamente, ela é uma amante da arte igual a mim. 

-Vou adorar trabalhar para ela, e você novamente, quando posso conhecê-la?. 

-Amanhã senhorita, na parte da tarde combinado?. 

-Com certeza, estarei lá. 

-Até segunda então. -ela disse e logo desligou o telefone.

Eu amava ter a oportunidade de mostrar meu trabalho para um considerável número de pessoas, e ainda sonhava com coisas maiores, tinha muita vontade de abrir um estúdio de arte, mas para isso tudo acontecer eu precisava trabalhar muito mais. 

Pensei em todo o tempo que havia ficado naquela academia, Vero até reclamou porque não saíamos mais. Eu gostava de fazer o meu trabalho bem feito, amava ver o olhar de aprovação que os clientes faziam ao verem minhas criações, era uma das melhores sensações do mundo pra mim. Me levantei do sofá e fui em direção a cozinha, para tomar um copo d'água. 

Meu apartamento tinha um bom espaço, haviam dois quartos, um era meu e o outro eu usava como área de trabalho, a cozinha ficava ao lado da sala e era o cômodo mais pequeno do lugar, a sala era o maior cômodo, tinha um sofá atrás da porta mas dando espaço para ela ser aberta tranquilamente, havia uma mesinha em cima de um tapete azul, as paredes eram da mesma cor do tapete, nelas haviam alguns quadros pendurados, uns que eu tinha ganhado de alguns alunos meus, e outros que eu havia comprado. Olhar para os quadros dos meus antigos alunos me dava um pouco de saudade, confesso, saber que você fez a diferença na vida de alguém era no mínimo gratificante, porém era difícil conciliar tudo. 

Bom, eu tinha a noite livre e uma felicidade muito grande para desperdiçar em casa, talvez sair com minhas amigas seria uma ótima ideia, beber e jogar conversa fora. Liguei para Vero Lucy e Alexa, que por sorte estavam disponíveis para sair, fazia tempo que não nos reuníamos, Vero e eu vivíamos juntas mas Alexa e Lucy não, ao contrário de Vero as duas trabalhavam muito. Vero nunca precisou trabalhar, seus pais eram bem de vida e não ligavam em esbanjar seu dinheiro, principalmente com a filha. 

[..] 

Estava em meu quarto escolhendo a roupa que iria por aquela noite, fitava os cabides com várias peças penduradas a minha frente, meu estilo era bem eclético e o preto dominava boa parte de minhas roupas, eu amava aquela cor. 

Ouvi a campainha tocar me fazendo pular de susto, estava tão concentrada em minha roupa que havia me desligado do mundo. 

Fui até a porta de roupão temendo ser alguém importante e eu estar atendendo daquele jeito, não tinha uma hora melhor pra chegar?. Abri a porta e soltei um suspiro de alívio ao ver Veronica parada na minha frente. 

-Você sempre recebe as pessoas vestidas assim?, ousada Jauregui. -ela disse entrando em meu apartamento sem pedir licença como sempre. 

-Sempre chegando em horas inapropriadas. -falei fechando a porta e me virando para encarar seu sorriso debochado. 

A abracei forte logo em seguida,estava com saudade dela, fazia um tempinho que não nos víamos. A soltei e fui em direção ao meu quarto atrás de Vero que fez questão de ir na minha frente. 

-Já que está aqui me ajude a escolher uma roupa. -disse fechando a porta do meu quarto atrás de nós. 

Vero caminhou até os cabines e escolheu duas peças. 

-Calça e blusa, sua bunda vai ficar maravilhosa nela. -Ela disse entregando as peças pra mim em seguida. 

-Você repara na minha bunda?. -perguntei em um tom divertido pegando a calça e a blusa de suas mãos logo depois.

-A pergunta é quem não repara Jauregui. -ela disse se sentando em minha cama. 

-Chamei as meninas para irem com a gente, elas adoraram a ideia, principalmente Lucy quando disse que você iria também. -sorri maliciosa para Vero. 

-Você não começa somos amigas como eu e você. 

-Não seja cínica Vero, sei que aí não rola só amizade. 

-Falou a que entende do amor, expert, a que magoou vários corações. -ela disse de forma teatral.

-Você não presta. -disse jogando uma almofada nela. 

-Eu venho aqui te ver e você fica aí me agredindo. -ela disse em tom melancólico fingindo estar magoada. 

-Você vem aqui e me chama de sem coração, eu deveria te colocar pra fora. -disse tirando meu roupão. 

-Hmmmmmm lingerie preta, vai dar pra alguém hoje safada?. -corei com seu comentário, colocando minha calça em seguida.

-Só se for pro vento não é. -coloquei minha blusa e me olhei no espelho arrumando minhas roupas em meu corpo. 

-Não tem porque não quer, esta muito caidinha ultimamente Lauren,você não é mais a mesma. 

-Talvez porque eu não seja mais uma adolescente, e tenha criado responsabilidade. 

-Isso não impede nada, esta com medo de se apegar é?. -Vero disse se levantando e arrumando minha blusa atrás que tinha alguns botões.

-Não, porque nunca vai acontecer. -disse a mulher que bufou atrás de mim. 

-É uma vadia mesmo. -ela se afastou e olhei pra ela incrédula.

-Agora eu que digo olha quem fala. -rimos juntas.

Olhei o espelho novamente agora olhando meus cabelos que optei por deixar soltos, ele estava um pouco abaixo de meus ombros havia cortado a pouco tempo, caiam em minhas costas em ondulações perfeitas. 

-E as novidades que você falou no telefone?. -Vero disse pegando meu estojo de maquiagem para retocar seu batom. 

-Bom, consegui outro trabalho na Dance Is Life, vou pintar a sala de uma nova professora. -disse animada. 

-Que ótimo Laur estou feliz por você é o que gosta de fazer, e te garante mais um bom tempo aqui. 

Se eu não me sustentasse sozinha, eu seria obrigada a pedir ajuda a meus pais, que era a mesma coisa que admitir o fracasso. 

-Não pretendo voltar para a casa dos meus pais nunca mais. -disse sentando em minha cama e pegando o estojo de maquiagem das mãos de Vero. 

-Eles não são tão ruins, eu não me importaria de trabalhar com meus pais, eu com certeza não faria nada. -ela disse me arrancando uma risada nasal. 

-Vero já é da sua natureza ser encostada desse jeito. -ela riu em aprovação. 

-Nasci pra viver assim fazer o que, mas um dia eu vou ter responsabilidade juro. 

-Nesse dia os animais vão falar.

Passei uma maquiagem leve apenas destacando meus lábios e meus olhos, optei por um batom vermelho sangue que contrastava muito bem com minha pele pálida. 

-Pronta?. -ela disse se levantando. 

Arrumei minha roupa e coloquei meu salto alto, pequei minha bolsa em seguida.

-Pronta. -Vero também se olhou no espelho e saímos porta fora logo em seguida. 

Cinco minutos depois e já estávamos em seu carro conversível preto, Vero tinha dinheiro, e fazia questão de mostrar isso em tudo que tinha, uma verdadeira esbanjadora. 

-Melhor boate de Miami vamos nós. -ela disse dando partida no carro. 

-Que boate é essa? -perguntei por  perceber o quanto animada ela estava para ir ao lugar.


-É uma nova que abriu, e é super bem frequentada se é que me entende. -ela disse sem me encarar por estar prestando atenção no trânsito a sua frente.

-E eu não me importo com isso se é que me entende.

-Não seja assim, se eu posso ter o melhor e te agregar a isso você só tem que aproveitar e me agradecer. -Vero virou o volante na curva o soltando logo depois. 

-Tudo bem mas as coisas simples também são ótimas, lembra quando éramos pequenas e nossas mães nos levavam para aquela casa de campo?. 

-Como esquecer, eu amava ir naquele lugar, lembra da casa na árvore?. -vero disse em tom divertido rindo logo em seguida, a acompanhei. 

-Nós fugíamos do quarto para dormir nela a noite. 

-A gente já não prestava desde pequena, ainda roubávamos besteiras na dispensa para comer. 

-A gente podia voltar lá qualquer dia. 

-Podia mesmo, se desligar de toda essa agitação por um tempo é sempre bom. 

-Vamos qualquer dia, aí eu chamo Lucy. -disse em pura implicação.

-Você nem pense em soltar essa piadinhas quando Lucy estiver perto, eu mato você Jauregui. -vero disse me fazendo gargalhar. 

Eu amava irritar Vero com esse assunto.  

-Eu?, eu nunca faria isso. -disse em tom inocente. 

-Que não te conheço que te compre Lauren Michelle Jauregui.

-Olha quem fala Veronica Iglesias.-disse fazendo Vero revirar os olhos.

Liguei o som aumentando no último volume. Cantávamos a música que tocava juntas, quase não ouvíamos nossas vozes pois o som era muito alto.Não tinha nada melhor que sair com Vero pra mim, ela sabia animar uma noite, o que seria de mim sem ela?, perguntei mentalmente claro,seu ego já era grande demais não queria aumenta-lo. 

[..] 

Alguns minutos depois chegamos a boate, Vero entregou seu carro ao manobrista, depois de dar recomendações ao rapaz que devia ter ficado com medo até de olhar para o corro, entramos minutos depois. O lugar era sofisticado, a parte debaixo era escura iluminada apenas pelas luzes coloridas que estavam no teto. Do lado esquerdo e do lado direito haviam dois bares com bancos a sua frente, barman animados serviam drinques coloridos as pessoas. Observei a parte de cima que parecia mais reservada, ótimo lugar para quem queria privacidade. 

-Olha as meninas ali. -Vero disse próxima para eu poder ouvi-lá, a música estava muito alta.

Logo andamos até elas que deram gritinhos ao nos ver, demos um abraços coletivo e subimos para a área reservada. Havia uma mesa com quatro lugares, em vez de cadeiras eram dois sofás bem macios, a mesa era encostada em um enorme vidro que dava vista para movimentada Miami. 

-Vero sempre bem humilde. -Lucy disse nos arrancando risadas. 

-Eu sempre dou o melhor Lucy. -Vero disse sorrindo maliciosamente pra Lucy que corou na hora. 

Era cômico ver Vero e Lucy interagindo, Vero era super liberal falava de tudo e mais um pouco, o que deixava Lucy com vergonha pois ela era mais reservada. 

-O casalzinho que não se assumi começou. -Alexa disse e soltou uma gargalhada que eu logo acompanhei. 

Lucy e Vero reviraram os olhos tornando o momento ainda mais divertido. O garçom logo veio nos atender e pedimos drinques que Vero recomendou, e conhecendo ela 90% deveria ser álcool. 

-Gente ele é muito lindo. -Alexa falava de como o garçom era atraente. 

-Tanto rapaz bonito por aqui e você querendo o garçom, seu nível não sobe mesmo Alexa. -Vero disse fazendo Alexa a olhar com um sorriso diabólico. 

-Lucy é garçonete e você fica babando nela. -Vero olhou pra Alexa incrédula. 

Eu não conseguia parar de rir eu amava aquela situação. 

-Tá rindo do que Jauregui não vi graça. -Vero disse irritada. 

Era difícil irritar Vero, na maioria das vezes ela levava as coisas na boa, mas quando se tratava de Lucy sua irritação era visível, por isso estava estampado na cara dela que elas se gostavam. 

-Ele é bonito mesmo. -Lucy disse, e ela e Alexa bateram as mãos no ar. 

-Tem coisa melhor. -Vero sussurrou pra mim me fazendo rir. 

-Vamos parar com esse papo de homem credo. -disse as fazendo rir.

-Você é tão lésbica. -Lucy disse em tom divertido. 

-A obrigada. -falei com um sorriso, fazendo todas rirem. 

O garçom logo trouxe os drinques, Alexa praticamente comeu o rapaz com os olhos, ele ficou super sem graça, coitado. 

-Você intimidou o rapaz. -disse fazendo elas rirem. 

-É bem dela mesmo. -Lucy disse implicando com Alexa. 

-Então mudando de assunto,  Lauren porque nos chamou todas juntas, alguma novidade?, finalmente se apaixonou?. -Alexa disse, rindo debochada logo em seguida, e as outras a acompanharam.

Eu revirei os olhos. 

-Você só pensam em se apaixonar, pois eu só penso que uma boa noite de sexo sem compromisso é a melhor coisa que se pode ter. 

-Eu não discordo. -Vero disse, e .notei Lucy a olhar com tristeza. 

-Ter alguém pra conversar, acordar ao lado da pessoa que você transou na noite anterior é ótimo também. -Lucy disse retrucando provavelmente a fala de Vero.

-Eu não nasci pra isso, e eu só queria sair com vocês estava com saudades. -disse cortando o assunto anterior. 

-Eu também estava, fazia tempo que não saiamos junta. -Lucy disse. 

-Um brinde ao best group of girls de Miami. -Alexa disse levantando o copo

Eu Lucy e Vero fizemos o mesmo, e batemos os copos nos ar, paresiamos adolescentes naquele momento, sempre que nos reuníamos era daquele jeito e eu amava. 

Depois de horas de uma conversa animada regada a álcool resolvemos descer e dançar um pouco, estávamos em um grupo,mas logo fomos nos separando porque as meninas chamavam a atenção dos rapazes, eu também,mas dispensei todos, eles ficavam decepcionados quando descobriam que eu era lésbica era cômico. 

-Com licença. -uma linda mulher de corpo estrutural disse se aproximando de mim. 

-Toda. -disse aceitando a investiga.

-Esta sozinha?. -ela perguntou sugestiva. 

-Vim com minhas amigas elas estão espalhadas por aí. -disse a fazendo rir. 

Ela tinha um sorriso muito bonito por sinal. 

-Aceita tomar alguma coisa comigo?. -ela perguntou. 

-Porque não?. -disse a fazendo sorrir novamente. 

Ela me puxou pela mão em meio a multidão e sentamos em um lugar reservado, a mulher pediu dois drinques um para mim e um pra ela, alegou ser o melhor daquele lugar e tive que concordar com isso. 

-Então você é uma artista. -ela disse me fitando curiosa. 

Conversávamos a alguns minutos já, a mulher não só era bonita como era uma ótima companhia. 

-Sou eu amo tudo que envolve arte, e você?. 

-Sou dona de um estúdio de fotografia no centro, também é um tipo de arte não é?. 

-Claro, eu amo fotografia também. 
-Você poderia ir ao meu estúdio um dia desses, vou adorar te receber. -ela disse me fitando com um olhar intenso.

-Eu vou adorar ir. 

O clima era quente a música era alto e o lugar emanava desejo naquele momento. A moça logo percebeu a deixa e se aproximou para me beijar me dando total espaço para rejeitar, o que eu não fiz claro. Nossos lábios se tocaram e o beijo começou calmo, até eu pedir entrada pra minha língua que ela logo abriu, logo dominei o beijo massageando sua língua na minha, ela sabia beijar muito bem, nos separamos depois de alguns minutos porque o ar já nos faltava. 

-Te sujei de batom. -disse limpando o canto de sua boca. 

-Não tem problema, valeu a pena. -a mulher falou com um sorriso nos lábios. 

-Você também. 

-E boa com a língua em mais algum lugar?. -nossa ela era direta eu gostava daquilo. 

-Creio que sim, ninguém reclamou até hoje. -disse entrando em seu jogo. 

-Lauren. -ouvi Vero me chamar em meio a música. 

-Só um minuto. -disse me levantando da mesa e indo em direção a Vero. 

-Vamos embora. -Vero disse me puxando.  

Eu parei fazendo ela fazer o mesmo, a olhei sem entender nada da situação. 

-Se você não percebeu eu estava acompanhada. -disse apontando para a mesa. 

-Eu preciso sair daqui. -ela disse quase chorando. 

-O que aconteceu Vero?. -perguntei preocupada. 

-A Lucy, ela tá. -Vero fez uma pausa. -Não importa só vamos por favor? não quero mais ficar aqui. 

Olhei pra minha melhor amiga e depois para a linda mulher que me esperava, olhei pra Vero de novo e a xinguei mentalmente por empatar uma futura noite maravilhosa.

-Só vou me despedir. -disse a ela, que assentiu. 

-Te espero no meu carro. -ela disse saindo e se perdendo em meio a multidão. 

Sentei na mesa e a mulher me fitou confusa. 

-Era minha amiga, ela não está se sentindo bem, preciso leva-la para casa, sinto muito. -disse respirando fundo. 

-Tudo bem, podemos marcar outro dia?. -ela perguntou compreensiva. 

-Claro, vou te dar meu telefone. 

Tirei um pequeno cartão da bolsa e a entreguei. 

-Podemos marcar alguma coisa depois. -disse sorrindo pra bela moça. 

-Eu te ligo. -ela disse guardando o cartão em sua bolsa. 

Me aproximei e deixei um selinho em seus lábios como despedida, sai pela multidão encontrando Lucy e Alexa conversando perto do bar. 

-Gente. -disse tomando a tenção das duas. -Sabem o que aconteceu com Vero?. -perguntei confusa.

-Não, por quê?. -Lucy perguntou preocupada. 

-Nada ela só. -levantei as sobrancelhas. -Vocês estavam falando sobre o que?. 

-Sobre a nova namorada da Lucy. -ela falou sem entender. 

Depois daquelas palavras eu havia entendido, tratei de disfarçar Vero me mataria se eu contasse. 

-A, esqueci ela tinha se queixado de algumas cólicas quando viemos, deve ser isso, vou encontra-lá e levá-la pra ,casa tudo bem?. -perguntei as duas que concordaram tristes. 

-Claro, avisa pra ela que mandamos um abraço. -Lucy disse e logo nos despedimos. 

Sai da boate e procurei por Vero, vi seu carro no outro lado da rua. Me aproximei e entrei no mesmo onde Vero estava ao volante. 

-Você está bem?. -perguntei preocupada. 

-Sim já passou. -ela disse dando partida no carro. 

Não havia passado, eu conhecia Vero como a palma da minha mão, e sabia que Lucy significava muito pra ela, mesmo que ela não admitindo.

-Você quer dormir lá em casa hoje?. -perguntei não querendo deixar ela sozinha nesse momento. 

-Sim. -foi a última coisa que ela disse o caminho todo. 

Entramos em meu apartamento, e logo fui de encontro a cozinha para fazer um chocolate quente para nós duas, queria que Vero falasse sobre seus sentimentos, guardar tudo pra si mesmo muitas vezes sufocava. 

Terminei e fui até a sala, Vero observava os meus quadros na parede. Me aproximei e entreguei uma xícara a minha melhor amiga,que me agradeceu com um sorriso. 

-São lindos. -ela disse após levar a xícara aos lábios tomando um pouco do chocolate quente.

-São dos meus alunos, esse dia foi um dia bem conturbado. -ela me olhou confusa. 

-Conturbado?. -repetiu e depois encarou os quadros novamente.

-Disse para eles colocarem tudo que eles estivessem sentindo no quadro, fosse alegria magoa ou tristeza, foi um chororô você tinha que ver. -disse arrancando uma risada divertida de Vero.

-E eles gostaram?. 

-Na verdade no começo eles ficaram meio que envergonhados,mas depois saiu naturalmente, eles me agradeceram e me disseram que estavam mais leves, falar as vezes ajuda muito. -ela me olhou sabendo o que eu queria dizer com tudo aquilo. 

-A Lucy está namorando a dois meses, ela disse quando estávamos conversando, eu havia sentido ela estranha esse últimos tempos, e eu senti uma coisa diferente quando ela contou, não sei dizer o que, mas fiquei com muita raiva, queria matar ela e essa garota que ousou pedi-lá em namoro. -não resisti rir da situação. 

Era engraçado ver Vero daquele jeito, porque como eu havia dito ela não admitia que gostava de Lucy e isso não era de agora era desde o tempo do colégio, mas Lucy não a levava sério, também, Vero não demonstrava verdades nas palavras, e sempre estava rodeada de meninas, os namoros de Lucy nunca passavam de dias ela não conseguia ficar com uma pessoa só, não que Vero não se em comodasse com as "ficadas" de Lucy ela até participou de uma delas, mas no pensamento Vero Lucy não ficava com ninguém porque a amava.

-Isso se chama ciúmes Veronica, você gosta dela é normal. -me sentei em meu sofá e Vero fez o mesmo. 

Ela cruzou as pernas em cima do sofá, e eu me arrumei dos mesmo jeito, ficando assim de frente pra ela. 

-Não pode estar acontecendo, eu não me apaixono. 

-Pode sim, e está acontecendo a um bom tempo já, mesmo você não admitindo. -disse fazendo Vero revirar os olhos. -Não revire os olhos sabe que é verdade, e quem dera a gente pudesse escolher essas coisas. 

-Mas não importa muito tudo isso agora, ela está namorando com outra pessoa. -ela disse triste. 

-Ela está namorando porque não faz ideia de que você gosta dela, e ela também gosta de você a gente vê isso de longe, Alexa e eu não zoamos vocês duas atoa. 

-Vocês são duas pé no saco. -ela disse me fazendo rir, Vero não resistiu e caiu na risada também. 

-Na minha opinião Vero, você deveria se abrir pra ela. 

-Era o que eu queria. -Ela disse rindo maliciosa. 

Balancei a cabeça em negação, Vero não tinha jeito, a repreendi com o olhar estávamos falando sério ela não podia fugir da situação. 

-Eu não sei se consigo Laur, eu não sei lidar com essas coisas. 

-Essas coisas são seu sentimentos Vero. -disse soltando uma risada nasal. 

-Eu vou ver, se eu tiver coragem quem sabe. -ela fitou a caneca e olhou pra mim sorrindo. 

-O que foi?. -perguntei com as sobrancelhas arqueadas. 

-Obrigada por me aguentar. -ela disse rindo. 

-Você é minha melhor amiga, e minha obrigação te querer bem, e eu te amo chata. 

-Eu também te amo. -era raro ouvir aquelas palavras saindo de Vero, e quando saiam eu sabia que era sincero. 

-Agora temos que dormir amanhã tenho trabalho. 

-Vou tomar um banho antes. 

-Ok pode ir primeiro, sabe onde estão as coisas, vou arrumar uns negócios e vou depois. -nos levantamos juntas. 

Vero me abraçou forte suspirando cansada, depois foi para meu quarto. 

[...] 

O barulho do despertador entrou em minha mente fazendo minha cabeça latejar, sabia que beber tanto não seria uma boa ideia, abri os olhos e vi Vero estirada ao meu lado como se não houvesse nada tocando, eu sempre admirei sua capacidade de dormir, não importava se tinha um som ligado ou se o mundo estivesse acabando. 
Levantei e fui direto para o banheiro, tomei um analgésico e pedi aos céus para que aquela dor passasse,pois eu teria compromisso hoje.

Tomei um banho longo relaxando os músculos de meu corpo, sai com a toalha enrolada em meu corpo e os cabelos presos em um coque mal feito. Vesti um vestidinho solto na cor preta com detalhes de renda roxo, passei uma maquiagem leve e sai do quarto com cuidado, eu teria que acordar cedo Vero não. 

Fui para a cozinha e comecei a preparar o nosso café da manhã, fiz suco de laranja e panquecas fazia tempo que não comia. 

-Hmmmmmm. -ouvi a voz de Vero atrás de mim. 

-Como assim acordou tão cedo. -ela me deu um beijo na bochecha e encostou na bancada. 

-Esse cheiro bom me acordou, saudade do seu café da manhã. -ela disse pegando um pouco de suco. 

-Saudade do seu almoço, você prometeu que iria fazer um pra mim. 

-É só falar o dia meu bem, vai quando a academia?. 

-Daqui a meia hora, tenho que comer e ir. 

-Vou com você. 

-Então vai se arrumar. -Vero vestia uma camisola minha. 

-Ok ja volto. 

Vero voltou minutos depois e tomamos café juntas, falando de coisas aleatórias.

[..] 

Saímos juntas no carro de Vero, ela me deixou na academia e foi para casa logo depois. 

Entrei na academia observando o lugar que parecia mais novo do que da última vez, talvez tivessem feito uma reforma.  Fui em direção a sala de Candece, dei meu nome para a secretaria da mesma que liberou minha entrada logo em seguida. 

-Olá. -disse entrando na sala da mulher que se levantou de sua mesa para me cumprimentar. 

-Estou feliz em vela novamente. -ela disse com um sorriso nos lábios. 

-Posso dizer o mesmo. 

-Bom estou com problemas para resolver até o pescoço, vou te levar a sala de Camila ela já deve estar terminando sua aula. 

-Ok. -disse e depois saímos. 

Candece me mostrou a sala e fui em direção a ela, havia um enorme vidro transparente que dava vista para boa parte da sala. 

Observei os casais que dançavam alegres ao som da música de Thinking Out Loud Do Ed Sheeran. 

E então a vi, a famosa Camila que Candece havia falado com tanto carinho ao telefone, a mulher era linda seu corpo era perfeito aos meus olhos, e não pude deixar de reparar no belo volume que ela tinha na parte de trás, seus cabelos eram castanhos e estavam presos em um coque mal feito, várias mechas caiam em seu rosto delicado. 

Ela andava entre os casais falando algumas coisas que não era possível serem ouvidas por mim por causa da música alta, ela fazia tudo com um sorriso enorme nos lábios, que ela amava tudo aquilo estava na cara dela literalmente.  Ela andou no meio deles e dançou a música de forma sensual, era como se meus olhos estivessem presos a ela não consegui parar de observa-lá. Minutos depois a música parou e os alunos explodiram em gritos e palmas, Camila falou algumas coisas e em seguida todos se despediram dela para sair logo depois da sala deixando a mulher sozinha. 

Entrei quando o último casal saiu, ela não notou minha presença,limpava um pouco de suor que caia em seu rosto, com uma toalha branca. Nossos olhares se encontraram quando ela me notou no lugar, me fitava com um ponto de interrogação no rosto. 

-Oi. -ela disse sorrindo. 

-Camila?. -perguntei confirmando se era mesmo a moça. 

-Camila Cabello. -ela se aproximou para me cumprimentar. 

Senti o aroma do seu perfume delicado invadir minhas narinaz. 

-Lauren Jauregui. -me apresentei fazendo ela mudar o olhar curioso. 

-A artista. -ela falou com um sorriso. 

-Dizem que sou. -disse fazendo a mulher rir. 

-Gostei muito do que fez na fachada da academia. -ela disse guardando a toalha branca em sua bolsa. 

-Fico feliz com isso, pelo jeito você aprecia arte.

-Não imagina o quanto, mas só domino a arte da dança mesmo, o resto eu deixo pra quem entende. -ela disse me arrancando uma risada nasal. 

-Quem sabe não é?, talvez você só precise descobrir seus outros dons. 

-É quem sabe. -ela fechou a bolsa e me encarou por longos segundos, não sabia descrever que olhar era aquele. 

-Você quer que eu volte outra hora?. -perguntei a ela que logo me respondeu. 

-Não, eu só preciso me trocar pra conversamos um pouco, tem algum problema em me esperar um minuto?. 

-Problema algum. -assim que falei ela se retirou rápido para o banheiro da sala. 

Andei pelo local observando o quanto era bonito, quando pintei a fachada fiquei com curiosidade para conhecer o interior do lugar o que não foi possível, porque eu só trabalhava fora ou falava com Candece em sua sala.  Alguns minutos depois Camila saiu do banheiro e não pude deixar de admirar suas belas pernas, agora amostra por causa do pequeno short branco que ela usava. 

-Pronto, bom o espaço é esse. -ela disse andando até uma parede no fundo da sala. 

-É um ótimo lugar. -aquela parede era ótima para pintar. 

-Eu não faço ideia do que fazer. -ela disse frustrada. 

-Podemos pensar em alguma coisa, não faz ideia nem do que irá ser?, algo ou alguém?. -perguntei dando algumas opções, ela parecia mesmo confusa. 

-Eu não faço ideia. -ela disse novamente soltando uma gargalhada gostosa. 

-Tudo bem isso não é fácil de decidir mesmo, você poderia me falar um pouco dos seus gostos não sei. 

-Você já almoçou?. -ela me perguntou. 

-Não por quê?. -perguntei confusa. 

-Aceita almoçar comigo?, assim conversamos melhor. 

-Claro será um prazer. -ela sorriu novamente pra mim. 

-Conheço um restaurante muito bom aqui perto. -Camila disse enquanto saímos para a fora de sua sala. 

Algo nela havia me inspirado às,ideias sobre sua pintura se misturavam em minha mente me deixando confusa, eu não sabia o que estava acontecendo, mas sentia um pressentimento bom sobre aquilo tudo. Camila tinha algo especial que me inspirou no instante em que a vi.


Notas Finais


:)


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