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História Que seja um novo dia - Ciúmes


Escrita por: NameIshikawa

Notas do Autor


Obrigada pela sua presença! Desejo um bom entretenimento!

Capítulo 2 - Ciúmes


Não quis entrar e acabar com tudo, mas já começava a ficar apreensiva com a falta de jeito de Vegeta. Tinha medo que ele arremessasse o próprio filho pela janela num momento de descontrole. Vegeta descontrolado não era nada seguro.

- Ah, está tudo bem por aqui? – Ela resolveu entrar, encenando algo que não assustasse Vegeta. O rosto estava um tanto quanto apreensivo. – Bom, vejo que Trunks aprontou, deve estar com as fraldas bem sujas. Me dá ele? – E sorriu para Vegeta, que imediatamente obedeceu. – Já que tá aqui me ajuda, anda, me passa aquela fralda, o lenço umedecido e a pomada! – Disse indicando o local onde as coisas estavam. Ele obedeceu. Ficou olhando ela trocar as fraldas e fazer tudo com cuidado e carinho, sempre brincando com Trunks, fazendo caretas para ele risse e dizendo algumas coisas que Vegeta julgaria ser insanidade se não a conhecesse pelo menos um pouco.

- Prontinho! Obrigada pela ajuda. – E devolveu o menino ao berço, lhe dando uma mamadeira nova. – E você, não está com fome? Minha mãe acabou de ajeitar uma bela mesa na cozinha.

- Não estou com fome. – Ele disse, enquanto se indagava mentalmente por que ainda estava ali.

- Bom, então... Onde esteve estes dois dias? – Ela ía arrumando as coisas no quarto, tentando disfarçar a curiosidade sobre o paradeiro de Vegeta.

- Estive treinando.

- Hum... Sabe, preciso fazer uns reparos no lado externo da sala de gravidade, será que poderia me ajudar?

- Eu preciso treinar... – Ele relutou.

- Bom, eu vou precisar de alguém forte para levantar alguns objetos pesados pra mim. Será rápido! Eu não queria ter que chamar Yamcha para isso...

- Ah, o que, por que chamaria ele? – Vegeta demonstrou um misto de raiva e ciúmes, tentando disfarçar ao perceber que ela notava sua atitude.

- Por isso precisa me ajudar, senão chamarei ele...

- Está bem, eu ajudo. Parece até que gosta da presença daquele verme...

- Ué, ele é meu amigo, esqueceu?

- Não tenho nada com isso. Vamos, o que quer que eu faça?- Esbravejou.

- Vem comigo. – E encostou sua mão no peito dele, depois apontando o caminho, do mesmo jeito que fez quando ele voltou a terra tempos atrás. Ele apenas a seguiu.

Seguiram até a sala de gravidade, onde Bulma levou Vegeta apenas com a intenção de que ele  visse os robôs novos que ela tinha feito para ele. Quando entraram, vegeta logo os notou.

- Mas, eles estavam quebrados... – Ele pensou alto, observando de perto os objetos.

- Isso mesmo, estavam! – Sorriu Bulma ao ver que ele logo notara a surpresa. - Arrumei eles pra você, agora pode treinar aqui o quanto quiser, eles estão mais fortes e suportam dez vezes a força que os destruiu da última vez.

Vegeta estava admirado. Ela havia feito aquilo, e para ele!

- Ah – Bulma prosseguiu - aqui está uma cápsula com algumas roupas novas de treino. Suportam também bem mais que as antigas. Não mudei o formato. – E jogou o pequeno objeto no chão, que se explodiu numa arara com vários uniformes de fibra especial, na cor azul, obedecendo a origem saiyajin dos antigos uniformes de Vegeta.

- Ehhrr, eu... – Ele não sabia nem como reagir àquilo. A cara expressava surpresa. Nunca ninguém havia lhe dado tantos presentes. Bulma literalmente o surpreendia.

- Sim, sei que gostou. E de nada, já que não sabe agradecer mesmo. – Ela cruzou os braços já um pouco nervosa, vendo que Vegeta não esboçaria expressão de gratidão.

- O que, mas nem falei nada, você não me deixa falar! – Ele pesou o semblante, a cara carrancuda.

- Mas você nunca quer falar nada.

Houve silêncio. Bulma queria uma reação que sabia que não podia esperar dele naquele momento. Respirou. Sabia que, lá no fundo, mesmo que nunca parecesse, ele havia gostado da surpresa.

Vegeta ainda assimilava aquela situação. Bulma fez aquilo tudo para ele. Era um belo sinal de que a mulher tinha sentimentos por ele, ou algo parecido.

- Se fez tudo isso esperando que eu pudesse agradecer...

- Fiz, Vegeta, fiz esperando muito isso. – Mais uma vez ela se antecipava a ele - Mas sabe de uma coisa, não sei se tenho toda a paciência que eu mesma esperava ter para tudo isso... – Ela deu as costas e saiu da sala de gravidade, não dando chance para que Vegeta continuasse a falar.

- Mas... Ora, não vou me rebaixar a isso, não irei fazer nada do que espera! Mulher orgulhosa! Não admito que me trate assim! – Ele bufou, trancando-se na sala. Se recusava a aturar Bulma e seu humor oscilante. Ele não entendia a reação dela. Se havia feito presentes para ele, por que o maltratara logo em seguida? Esperava que ele agradecesse, mas nem o deixou falar. Ele não tinha paciência, e julgava ter passado por muitas situações adversas ultimamente. Naquele resto do dia preferiu ficar por ali, sem treinar.  Para ele bastava estar em paz e refletir sobre sua vida.

***

No dia seguinte Bulma recebeu a visita surpresa de Yamcha, que chegou no café da manhã e resolveu passar o dia por lá. Gostava muito de Trunks e, querendo ou não, de Bulma, com quem sempre manteve a amizade sincera, mesmo depois de anos de namoro.  

Estavam no jardim da Sra. Briefs. Bulma ajudava a mãe a regar as plantas, envolvida no avental de jardineira e todos os apetrechos necessários para a manutenção do jardim, que era uma das paixões de sua mãe. Alí perto Yamcha cuidava de Trunks, com quem brincava.

- Hahaha!! Ah, moleque, como pode ser filho daquele saiyajin orgulhoso? Ele nem quer saber de nada. – Ele brincava de fazer o pequeno voar, deitado sobre a grama, erguendo-o alto. Trunks gargalhava e praticamente babava em Yamcha por causa da posição da brincadeira. A Sra. Briefs admirava de longe, com aquele típico sorrisinho simpático.

- Bulminha, juro que, se eu não soubesse o quanto gosta do Vegeta, acharia que o pai de verdade do Trunks é outro... – A Sra. Briefs sussurrou, observando por trás das plantas os dois se divertindo.

- Ah, mamãe... Não brinque assim! Yamcha e eu demos certo por um tempo como namorados, mas nos demos mais certo ainda como amigos. Ele gosta de crianças, por isso se dá bem com o bebê. – Bulma comentou ajeitando as plantas.

- Isso se vê de longe. Ah, olhe parece que agora resolveu ensinar o menino a lutar!

- O que? – Bulma voltou seus olhos para a cena. Yamcha fazia com que Trunks fizesse movimentos de artes marciais, o que fez o bebê sorrir e compenetrar-se naquilo. - Queria que Vegeta fizesse isso... – Balbuciou para si mesma.

- Ele ainda está na sala de gravidade? Não ouvi barulho algum vindo de lá.

- Não está mais. Passei lá de manhã para chamá-lo para o café e simplesmente havia sumido de novo. Eu não o entendo... Fiz um monte de robôs para ele destruir e ele nem tocou em nada.

- Ai, Bulminha, ele parece chateado. Dê tempo a ele.

- Ele é difícil, bem mais do que eu imaginava. – Bulma suspirou.

- Escuta, por que não convida a esposa do Goku para passar uns dias aqui com o filho dela? Você se distrai com ela e Trunks gostará do amiguinho para brincar.

- Boa ideia, mamãe! Desde que tudo aconteceu que não falo mais com Chichi. Vou ligar para ela agora mesmo. – Ela retirou o avental e limpou as mãos, pegando o celular que estava na mesa do jardim.

Já perto da sala de gravidade podia se ver Vegeta chegando pelos céus. Estava com a roupa nova de treinamento e logo percebeu a cena de Yamcha com Trunks, ali, em seu território – como julgava agora ser - brincando com seu filho e o fazendo gargalhar até não poder mais. Vegeta sentiu uma fúria invadir seu corpo. Focou bem a cena dos rostinhos felizes. Cerrou os punhos com força. Sentiu a testa enrugar-se toda, as sobrancelhas unirem-se no furor que o rosto resplandecia.

- Verme! Inseto maldito! – Rosnou com os dentes pressionados, a respiração forte.

Bulma mal terminou de digitar o número do telefone dos Son e notou a cena. Previu uma tragédia prestes a explodir. Gritou para distraí-lo.

- Vegeta, por onde andou? – Chamou a atenção do guerreiro.

Vegeta desfez totalmente o semblante, dirigindo o olhar para ela, que se aproximou dele com rapidez.

- O que ele está fazendo aqui?- Disse ainda nervoso.

- Ele está brincando com Trunks! Já que o menino não tem com quem se divertir...

Vegeta voltou a cerrar os punhos.

- Escuta, está com ciúmes? Yamcha só está brincando com ele, eu estava ocupada...

Ela foi interrompida pelo saiyajin.

- Eu não estou com ciúmes, só não quero que aquele verme toque em Trunks! – Ele parou de repente, notando a própria conduta. Ficou com raiva e foi até a sala de gravidade bufando. Bulma o seguiu.

- Vegeta, calma! – Fechou a porta, para que ninguém ouvisse os dois - Trunks é só um bebezinho e não vou deixar de receber meus amigos aqui por sua causa, sendo que você sai e volta a hora que quer, faz o que quer e não está nem aí para mim e seu filho. Você notou bem o que Yamcha está fazendo? Mesmo sem perceber, ele está fazendo o seu, o seu papel! – Ela ressaltou o final,  apontando para Vegeta, encostando o dedo no peito dele.

O guerreiro estava contra a parede, literalmente. Desfez a cara de raiva e pareceu mais pensativo. Bulma notou que havia pegado pesado com ele, mas ainda assim achava necessário. Chegou perto dele, suavizando a voz para acalmá-lo.

- Olha, se quer saber, sinto sua falta...

Vegeta voltou a encará-la, surpreso. Seus pensamentos bagunçados deixavam sua mente aos poucos, dando lugar a uma calma, uma sensação boa que Bulma, apesar de tudo, lhe proporcionava.

- Agora que está tudo em paz, tranquilo... Por que não ficamos em paz também? – Ela mantinha os olhos azuis fixos nos dele.

Se algo amansava o guerreiro era o jeitinho com o qual ela, às vezes, sabia como trata-lo . Ele gostava de sentir ela por perto. E ela estava ali, perto dele. Essa sensação gerava nele uma química rápida de bem estar, de certa posse e também de satisfação.  Milhares de pensamentos o inundaram, mas ele foi mais rápido que os mesmos. Puxou-a pela cintura, mantendo-a num abraço apertado. Os lábios tocaram levemente os dela, que não resistiu em nada àquela investida dele. Apenas retribuiu o beijo, envolvendo os braços no pescoço forte do saiyajin que, naquele raro momento, se entregava ao afago dela. O beijo foi ficando mais passional, o abraço mais apertado e...

- Bulminha, está aí dentro? – A Sra. Briefs bateu na porta à procura da filha.

Encerraram o beijo numa visível decepção. Vegeta afastou-se dela, olhando para qualquer outra direção, tentando disfarçar a fúria de ter sido interrompido justo naquela hora. Bulma mordeu os lábios, numa tentativa inútil de conter a dúvida imensa entre responder a mãe ou ficar ali com Vegeta.

- Bulminha? – Outra tentativa e toquinhos na porta, que irritavam aos poucos ainda mais o guerreiro do lado de dentro da sala.

- Sim, mamãe? – Ela decidiu e saiu da sala, fechando a porta atrás de si, evitando que a mãe pudesse ver que estava com Vegeta.

- Sabe, aquele menino filho do Goku está ligando aqui e querendo falar com você. Ligue para ele, me pareceu bem agoniado.

- Ah, claro... – Ainda contrariada ela pegou o celular e retornou a ligação. – Oi, Gohan! É a Bulma, está tudo bem?... Ah, sim... O QUE? COMO É QUE É? – Ela ficou perplexa com o que escutara pelo telefone.

- O que foi? O que houve, Bulminha? 
- Chichi!! Chichi está grávida!!

***

Bulma aprontava-se em seu quarto para visitar Chichi na montanha Paozu. Yamcha, Trunks e Sra. Briefs estavam na sala, comendo alguns doces e assistindo televisão. Vegeta passou por eles, olhando de canto, chamando a atenção de Yamcha.

- Hei, Vegeta, como vai? – Yamcha lhe sorriu.

- Estaria melhor se sua presença inútil não me atrapalhasse tanto. – Grunhiu Vegeta.

- Anda muito estressado, Vegeta! Precisa relaxar... – Deixou escapar sem pensar muito.

- Vou relaxar assim que quebrar essa sua cara de demente, seu maldito! – Vegeta voara em direção ao homem, que agora tinha o pescoço nas mãos do príncipe. – Como, como se atreve a ser tão insolente comigo?

- Calma... Eu só tava quebrando o gelo... – Sorria sem jeito numa tentativa de disfarçar o medo.

- Claro! – Sorriu Vegeta com uma ironia típica – Eu estou fazendo o mesmo!

- Rapazes, acalmem-se! – A Sra. Briefs inutilmente tentava intervir do lugar onde estava, mordiscando um dos muitos docinhos.

Mas fora Bulma, já pronta, a surgir na sala para apartar os dois, num tom nada amistoso.

- Mas o que tá havendo aqui? VEGETA! – Ela repreendeu o sayiajin.

Vegeta soltou Yamcha, que deu de cara com o chão.

- Vocês não têm jeito! O que faço com vocês, hein? Eu vou indo ver a Chichi, e vou levar o Trunks comigo.

Dando-se conta de que precisava pegar o pequeno, o olhar de atenção de Bulma passou a uma preocupação ao notar que o filho não estava alí no mesmo recinto.

- Mamãe,  cadê o Trunks?

- Oh, mas ele estava aqui agora mesmo... – A Sra. Briefs acabara de se dar conta, soltando um dos doces que segurava.

- Mamãe!! Ah, mas se não posso contar com vocês três, com quem contarei? – Ela gritava furiosa. – Trunks!!! – E saiu gritando, a procurar o filho pela mansão.

Vegeta, preocupado mas não demonstrando muito aos alí presentes, começou a procurar pelo KI do filho, mas o filho quase não tinha presença de energia para tanto. O pequeno havia saído engatinhando pelo chão e já estava no jardim. Foi se distraindo pelo caminho com as inúmeras borboletas que faziam morada no jardim dos Briefs, e em pouco tempo alcançou a piscina. Parou em frente a mesma e começou a bater com uma das mãos sobra a água, divertindo-se com as gotas que o molhavam. Bulma olhou pela janela da sala e gritou estridentemente, notando o perigo.

- TRUNNNNNKKS, NÃAAO!!!

Sem muito pensar, Vegeta voou até lá fora e em tempo ergueu o filho, mantendo-o alto com uma das mãos. Deu um giro no pequeno para verificar qualquer machucado, mas o menino nada tinha, e ainda sorria , gostando daquilo que lhe parecia brincadeira.

- Você salvou ele!! – Bulma pegou Trunks nos braços, o abraçando, e abraçou Vegeta também, num impulso pelo alívio.

Vegeta ficou imóvel, num misto de alívio e susto. Não retribuiu o abraço, não houve tempo para tanto, pois Bulma rapidamente o soltou e voltou a atenção ao filho, apertando-o e o beijando também em alívio. Quando tudo pareceu finalmente bem, um clarão dos céus e um enorme barulho, como se de uma explosão, fez com que a atenção e tensão de todos se voltassem ao objeto estranho que parecia surgir do nada e mirar a Corporação Cápsula, levando, pelo impulso, o príncipe saiyajin a se colocar defensivamente em frente a Bulma e Trunks.

Continua...


Notas Finais


Obrigada pela leitura, e até o próximo!


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