1. Spirit Fanfics >
  2. Quebrando regras >
  3. II: Massacrado

História Quebrando regras - II: Massacrado


Escrita por: saavik

Capítulo 2 - II: Massacrado


,

Quebrando regras

__________ 

II: Massacrado

_______________________

Certamente algo lhe aconteceu durante a noite, ou então não acordaria no dia seguinte decidido a fazer algo que nunca pensaria na noite passada. Não tinha nada a perder, já havia perdido seu pai e único parente por perto em um acidente de carro, não poderia perder também Baekhyun, e fora pensando nisso que passara a responder as cartas do treinador com um redundante não.

Sua vida havia mudado agora, havia perdido parte de sua visão e não haveria a menor chance de voltar a ser um pugilista novamente.

Do Kyungsoo... O treinador era bom. Ele fizera história há alguns anos, quando o Kim ainda competia por toda Seul. Ele costumava dar entrevistas em todo e qualquer canal de esportes, e havia treinado somente os melhores; Kim Jongin, Zhang Yixing e Lu Han, estes que hoje batalhavam em campeonatos ao redor do mundo todo. Mas, ao que sabia, hoje o treinador estava afundado em dividas.

 

O tempo lá fora estava bom, ainda nublado e penumbroso, mas sem indícios de chuva. Depois de um longo banho, Minseok arrumou-se, agarrou sua jaqueta e entregou-se ao caminho para a faculdade. O turno da noite era cansativo, mas se conseguisse manter o foco e dedicar-se um pouco mais, talvez pudesse estar um pouco menos cansado.

Andando apressado e repetindo o mesmo trajeto da noite passada, ultrapassou os portões e, novamente, teve a atenção dos demais universitários para si, desta vez com um pouco mais de intensidade, com toda certeza por culpa de Yifan. Boatos se espalhavam com uma velocidade impressionante na AKJ, logo teria fama de corno, ou algo muito pior.  

Suspirando, pisando firme e mantendo o controle, ele caminhou até sua sala, onde pacientemente assistiu as três primeiras aulas. Quando o sinal finalmente soou alto, bastou alguns passos fora da sala para dar de cara com Baekhyun bem à sua frente, vestindo a jaqueta que ganhara em 2014 no campeonato The Kings e o presenteara na mesma noite.

— Eu te devo desculpas, grandão.

Ouvir o apelido o fizera sorrir. Baekhyun era um tanto maior que si, mas sua musculatura bem trabalhada fizera o Byun o apelidar assim logo que se conheceram.

Olhando ao redor, constatou que Yifan havia sumido de sua vista, e se tivesse sorte o bastante, para sempre.

— O que eu ainda não sei e se devo aceitar, Byun. — Avançou alguns passos pelo corredor, e mordendo despreocupado sua maçã, foi seguido pelo castanho.

— Olha, acho que nada do que tenho a dizer pode mudar algo, mas eu queria ter novamente o vínculo que costumávamos ter. Éramos mais que amigos, e era muito bom, você sabe — riu baixinho e sorriu largo com a atenção do outro voltada para si. — Vai ter uma festa nesse fim de semana e promete ser bem legal. Você quer ir? Seria como os velhos tempos.

Minseok respirou fundo, arqueou a sobrancelha e sorriu incrédulo, Baekhyun voltaria para si mais rápido do que imaginou.

— Te vejo lá. — Com calma agarrou o bilhete com o endereço e seguiu sozinho seu caminho pelos corredores.

Sentia-se mais forte, mais determinado e sem paciência alguma, se desse de cara com o Wu e suas piadas, certamente lhe quebraria o nariz, mas, para sua sorte, não havia rastros dele na AKJ, assim como também não havia rastros de Sehun em lugar algum. Seu nome havia desaparecido das listas e sua mãe recusava-se a lhe dar o novo endereço do filho.

 

Minseok passou a olhar o céu do lado de fora da universidade, fumando um cigarro enquanto o intervalo não acabava. Ao terminar seus horários, voltou para sua casa e para sua rotina copiosa.

x

 

Era sábado, enfim o dia da festa. O final de semana chegara rápido, para a diversão e euforia de Minseok. Seu dia fora longo, um treino duradouro durante a tarde, após limpar sua casa, e depois um longo banho e longos minutos escolhendo a roupa perfeita para, por fim, optar pela camisa listrada ganhada de Baekhyun há pouco tempo atrás e a conhecida jaqueta de couro.

O Kim tentou convencer a si mesmo de que toda a dificuldade em arrumar o cabelo se devia a sua vaidade, mas ele sabia perfeitamente que havia toda uma saudade reprimida o atormentando. A vontade de abraçar Baekhyun e o beijar novamente e fazer durar a noite toda como em tantas e tantas vezes no passado era sentida como um punhal perfurando sua carne. Se dissesse que não o amava estaria mentindo.

Depois de quase estapear sua própria face por conta de seus pensamentos, saiu de casa seguindo o endereço que, na verdade, ficava a duas quadras da faculdade.

Baekhyun havia mudado, e muito. Deu-se conta disso depois de chegar ao local indicado. A festa era gigante – ou bem mais do que isso – em uma casa enorme com carros esportivos do último ano estacionados até onde conseguia enxergar, ou até onde as esquinas longínquas o permitiam.

O local fervia de garotas com decotes enormes e saias minúsculas, bebidas livres e sacanagens em público. Quem quer que fosse o dono da festa, tinha dinheiro, e muito.

Avançando por entre as massas de festeiros, Minseok passou a procurar Baekhyun. Alguns universitários o cumprimentavam, mas a maioria acabava sem resposta. Depois de minutos vagando ali, sem sucesso, o enviou uma mensagem.   

— Que surpresa você aqui, Minseok — a voz já conhecia o deixou em alerta, pronto para uma resposta afiada ou um empurrão capaz de fazê-lo cessar com suas piadas idiotas. Mal conhecia Yifan, mas já o achava um verdadeiro otário. — Aproveitando a festa?

— Ela é sua? — Depois de olhar ao redor mais uma vez, perguntou, mais como um teste para si mesmo.

— É, é sim.

Uma pontada corroeu seu peito. Baekhyun não parecia estar ali e havia lhe encurralado, armado para ser arrancado de sua vida da forma mais cruel possível. Minseok riu seco.

— Eu entendi tu-

— Já que está aqui, quero te mostrar o melhor da festa.

— Cadê o Byun? — Perguntou frio, não por interesse pessoal.

Minseok precisava o corroer como ele o corroeu. Queria quebra-lo com simples palavras e gestos, exatamente como fizera consigo.   

— Relaxa, ele deve estar chegando, e enquanto isso, porque não me deixa te mostrar o melhor daqui? O novo joguinho da AKJ.

Minseok deu-lhe as costas, mas fora parado pela mão de dedos longos em seu ombro, o puxando para a direção oposta. Em um rompante virou-se, agarrou o pulso alheio e passou a torce-lo com seu típico semblante de nada, afogado em uma frieza desmedida e já muito bem conhecida. O Wu livrou-se rápido, sorrindo malicioso.

— Wow! Vai com calma, Min.

O Kim respirou fundo e deixou-se ser guiado, iria ver o que o outro tanto queria e depois iria embora de uma vez.

 

A medida em que ia transitando um pouco mais pelos cômodos, com a música inebriante invadindo seus ouvidos, dava-se conta de que aquele lugar estava a anos luz de seu alcance, com malditos riquinhos em todo lugar que conseguia enxergar. Yifan o levou até o vasto jardim onde diversas lutas aconteciam em simultâneo.

— Esse é o verdadeiro agito de Seul. Você não sabe, é claro, ficou de fora por um tempinho — apontou com suas mãos para as diferentes lutas. — Força vezes massa igual a aceleração. Noite de luta! — O maior ficou satisfeito ao perceber o outro entregar um pouco mais de sua atenção as lutas, e então continuou. — Todo mundo quer lutar um pouco, e aqui é a chance. Garota contra garota, estrangeiro contra estrangeiro, homem contra homem e a minha favorita, a luta de ex-namorados, homens contra mulheres. O verdadeiro começo para o The Break Down, o que você acha?

— É um circo perfeito. — Estalou sua língua.

— Seja mais gentil, Kim.

— Quem é o responsável?

— Somos nós.

O Wu sorriu e lhe deu as costas, e foi então que Baekhyun surgiu a sua esquerda. Havia acabado de chegar, vestindo sua camisa favorita e a tão conhecida calça jeans apertada a qual sempre gostou. Minseok odiou-se por ter passado mais tempo do que gostaria o fitando e olhando seus cabelos agora um tanto mais claros, talvez dois ou três tons longes seu castanho médio. Ele estava lindo, realmente bonito.

— Tá’ pronto? — Yifan surgiu novamente, com luvas de luta nas mãos e um sorriso faceiro dançando sobre os lábios.

— Pronto pra’ quê’?

— Para a luta principal. Ou seja, eu e você.

— Sem essa, cara. Eu não vou lutar nesse circo.

— Ah... eu acho que vai sim.

Um garoto alto e loiro se intrometeu, apontando para eles uma câmera de modo divertido.

— É isso aí, fãs de luta. Wu o terror Yifan contra Kim bebedeira Minseok. — Agitou, atraindo gritos dos olheiros.

O mais velho mordeu os lábios, tomou coragem por dez segundos e acertou um soco no maldito narrador enquanto perguntava-se como todos haviam descoberto tanto sobre o acidente. O loiro, agora desacordado por causa de seu soco certeiro, fora segurado por algum amigo de Baekhyun que não sabia o nome. Ele estava a sua direita, havia chegado mais perto e agora olhava toda a cena com o mesmo semblante boquiaberto e incerto se deveria continuar ali.  

— Escuta, se você quer ser o melhor, tem que vencer o melhor.

Minseok permaneceu em silêncio, passando a encarar o maior de um modo que deixava evidente toda a sua fúria e todo o seu desejo de quebrar aquele nariz arrebitado e fazê-lo sangrar por cada ofensa, por cada toque e beijo oferecido a Baekhyun, ao seu Baekhyun.

— Qual o problema, pequeno Min? Não aguenta, não é? Sabe que não pode competir comigo.

As risadas que ecoaram fizeram Minseok cerrar os punhos, mas ao contrário de ceder, ele começou a rumar até a saída.

— Boa noite pra’ vocês. — Quando estava prestes a sair, fora barrado por um grupo pequeno de lutadores.

— Ei, eu fiquei sabendo das notícias, cara. Estava em uma manchete enorme. Hoje em dia tudo vai parar na internet. — E novamente foi cercado pelo Wu.

— Sabe o que dizem sobre a internet...

— Então nada daquilo é verdade? Nem a parte do seu pai ter batido naquela árvore por ter enchido a cara? Eu só não consigo entender uma coisa...  O que você estava fazendo no banco do passageiro? Porque não estava dirigindo? Isso é que é largar o jogo.

Minseok demorou alguns segundos para assimilar o que lhe foi dito. Yifan virou-se de costas para si, levando os olheiros a urrarem, mas isso não foi o bastante para fazer o menor abaixar seu punho e cessar seus passos, estava pronto para acertar um soco em sua nuca, mas fora parado pelos lutadores de prontidão.

— Acho que parte daquilo na internet é verdade... Tudo bem, quer as luvas, não quer?

— É, traz das luvas!

A massa de universitários berrou, entre eles ainda estava Baekhyun, imóvel e boquiaberto, temeroso por Minseok e decepcionado com o mesmo, embora mal tivesse esse direito.

Yifan se aqueceu, ainda sorrindo enquanto o outro colocava as luvas trazidas. Um cara novo se intrometeu, desta vez um moreno com aparência de estrangeiro.  

— A luta termina com nocaute ou desistência. Prontos? — Ambos aquiesceram.

Logo após sua saída, Minseok avançou raivoso, desferindo socos e mais socos em Yifan, mas apenas três o acertaram. O quarto golpe, um soco no nariz arrebitado, não surtiu o efeito que gostaria. O maior sorriu furioso, limpou o sangue que escorria de seu nariz com o antebraço, mirou Baekhyun agora chocado junto aos demais e voltou sua atenção a Minseok com o olhar faminto pela luta, pela vitória.

O Wu avançou contra o menor, o imobilizou, virando-o de costas para si e puxando seu braço para trás. Fora o bastante para quase deslocar seu ombro. Em seguida, grunhindo, o derrubou e acertou três socos em sua cabeça. A visão já turva de Minseok passou a lhe causar dor de cabeça, e enquanto tentava controlar sua respiração, focava-se mais na luta. O terceiro golpe em si fora um soco certeiro em seu olho esquerdo. Tentava proteger-se como podia, mas o maior era bom na luta.

O Kim se levantou quando o outro distanciou-se, e respirou fundo, atirou o copo de bebida que uma garota a sua direita segurava em Yifan e o acertou com quatro ganchos de direita seguidos. O maior desvencilhou-se devagar e se afastou cambaleante, mas ainda sorrindo.   

— Pequeno... Foi um golpe baixo, sabia? Mas você é bom — ele passou a andar, rodeando o menor e o encurralando ali. — Tem um bom centro de gravidade, mas... este estilo antigo de boxe, sei lá... não tem muito a ver com a gente. Precisa misturar as coisas — correndo rápido e pegando impulso, o atirou um chute forte na perna esquerda. — Dói, não é? Aposto que sim — e mais um, agora em sua perna direita. — Agora sua perna tá’ ferrada. Não pode mais colocar seu peso nela, não é? — O atingiu novamente, desta vez no joelho direito, o que o fizera cair grunhindo, gemendo baixo. — E agora a má notícia, eu tenho que acabar com você sendo humilhado na frente das câmeras e de todo mundo.

As zombarias e urros espalhados pela festa deixavam o Kim aéreo, pronto para entregar-se a tontura, mas o sangue em seus lábios e seu dente cravado em seu lábio inferior o mantinham em alerta. Tentou desferir um soco em Yifan, mas este o puxou pelo braço e o derrubou, fazendo suas costas doerem excessivamente pelo baque contra o chão frio. Tentou se esquivar dos socos, com sua cabeça latejando e seu ombro agora dolorido pela batida. Fora uma sequência de socos em seu maxilar até o maior se afastar novamente.

Quando Minseok se levantou, sangrando e segurando os gemidos de dor, querendo mais do que nunca urrar e grunhir, fora atingido por um chute em sua bochecha, o que o fez cair novamente.

Quando tomou impulso e levantou-se novamente, por sua maldita insistência, todos os que assistiam passaram a se manter em silêncio, chocados com sua atitude insistente.

O Kim fervia em ódio, mas quanto mais tentava ganhar tempo para acerta-lo com algum golpe, o Wu o surpreendia sendo mais rápido que si. Aquilo o estava deixando possesso, e mesmo sangrando, não poderia desistir. Era resistente, mais resistente do que todos os outros, revidaria a altura.

— Ele levantou... ele tá’ de pé — uma garota, também lutadora, chamou a atenção de Yifan, que já cantava vitória.

O maior ficou irado e tempestuoso, e Minseok só conseguiu o acertar com um único soco antes de ser bombardeado com chutes na cintura, joelhadas no abdômen e uma série curta de ganchos de direita que o fizeram grunhir de dor, seu abdômen ferido doía como os infernos.

Com as mãos no joelho e sangrando mais do que imaginava, agora com um novo corte no olho direito, respirou fundo e olhou Yifan, sorrindo em um misto de ódio e raiva.

— Ei, Yifan. Você é mesmo um lutador? — Riu sem som. — Não é de nada. — Antes que conseguisse avançar contra ele, em passos cambaleantes e curtos, fora atingido por um chute alto que o fez cuspir um dente traseiro e ficar semi-desacordado sobre o chão, ouvindo os universitários ao longe e vendo, entre piscadas e lufadas de ar, reflexos de câmeras que tiravam fotos de si e gravavam seu estado.

Alguém o pegou, o carregou e o colocou no banco traseiro de um carro, dizendo baixinho que iria cuidar de seus ferimentos, mas sequer poderia assimilar quem antes de apagar por completo.   

x

 

Quando acordou, com dores fortes em cada canto de seu corpo, as três e meia da tarde do dia seguinte, Baekhyun estava ali para lhe ajudar.

— Foi uma luta feia.

— Eu sei, eu estava lá. — Se levantou com dificuldade, gemendo baixinho e rumando até o banheiro.

Baekhyun se levantou juntamente, colocou o braço de Minseok sobre seu ombro e o ajudou, primeiro a escovar os dentes e a lavar o rosto, depois a arrumar o cabelo despenteado e tratar de seus ferimentos, e quando fez menção de tirar sua roupa para dar-lhe um banho, foi barrado.

— O que tá’ fazendo comigo, Baekhyun? — O Kim apoiou-se a parede, colocou sua destra sobre o quadril do mais alto e o puxou para perto, passando assim a fitar os lábios róseos perto dos seus.

— Estou querendo te ajudar.

— Depois de me ferrar?

O Byun calou-se, mordeu os lábios e se deixou ser aproximado, para então ter os lábios selados enquanto tentava pensar em uma resposta. Por fim, se manteve quieto e abaixou sua cabeça, queria desculpar-se, mas sequer conseguia.

— Nós acabamos, Minseok, e eu sinto muito, mas não quero mudar isso. — Ditou sincero.

O Kim levou um choque, e demorou algum tempo até mudar seu semblante para um totalmente quebrado e afastar o outro totalmente.

— Vá embora, Byun.

 

Ele demorou alguns segundos, mas acabou por sair ainda de cabeça baixa, murmurando um “tudo bem” e deixando um curto baque ao fechar a porta.

Minseok cerrou os punhos e mancou até a sala de estar, durante sua caminhada, derrubou incontáveis objetos em busca de liberar sua raiva crescente. Um dos objetos fora os papeis em cima da mesa. Ele lembrou-se então das cartas de Kyungsoo, e então a raiva voltou a crescer ainda mais dentro de si.

Procurou uma das cartas que não havia jogado no lixo e procurou o endereço do treinador. Não havia um número para contato, eram apenas cartas formais com pedidos e esclarecimentos, e necessitavam de uma resposta positiva para dar continuidade, e Minseok pediu silenciosamente para que sua resposta negativa ainda estivesse nos correios.

Sem pensar muito, tomou comprimidos para dor, arrumou suas malas e usou seu cartão de crédito para comprar uma passagem de ônibus até Busan, onde ficava o treinador, segundo o endereço na carta.

A viagem fora marcada para a quarta-feira seguinte. Minseok tivera tempo o bastante para trancar novamente sua matricula e fugir das zombarias dos alunos.

Seria treinado novamente, ficaria mais forte, mais ágil e derrotaria Yifan em seu jogo pessoal, em seu maldito The Break Down. Conquistaria novamente seus títulos, daria orgulho ao seu pai, no céu, e, por deus, nunca mais olharia no rosto de Baekhyun.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...