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História Queda Livre - Quarto de Sangue


Escrita por: lh_carrillo

Capítulo 24 - Quarto de Sangue


Fanfic / Fanfiction Queda Livre - Quarto de Sangue

Com Gail desmaiada em seu quarto, Adele e Michaela decidiram encerrar a festa às três e meia da manhã, tentaram arrumar o máximo que puderam e então Michaela deixou Adele em seu apartamento e voltou para casa.

Adele pensou em Gail que estava jogada naquela cama. Tentou acordá-la junto à Michaela. "O que ela tinha?", pensou. Nunca a viu daquele jeito. Quando subiu novamente para vê-la, seus lençóis estavam jogados ao chão, mas ela continuava na mesma posição. Pensou que alguém pudesse ter entrado, mas desconsiderou, todos eram amigos de Gail, jamais fariam mal à ela.

"Gail estragou tudo novamente", pensou. "Qual é o meu problema? Por que não consigo resistir à ela?". Adele estava com raiva de Gail e também de Kiran. "Ele não pode exigir nada de mim, não temos nada". Tentava colocar em sua cabeça que apesar do sentimento forte por Kiran, eram só amigos. Ele a machucou emocional e sexualmente. Não entendia porque estava tão ligada aos dois. Sentiu medo de Kiran na festa e sentiu raiva de Gail por causa de Rachel. "Ela faz isso com todos". Ainda assim, sentia seu coração aquecer ao pensar nela, somente Gail a fazia se sentir assim: desejada, amada, raivosa, confusa. Adele não queria que isso mudasse por nada e riu-se.

*****

"Ele para na esquina e olha as placas: Coliseum St. com Olmsted Ave. Ele sabe que ela está sozinha, ela sempre está. Quebra o vidro da porta com um soco, só vejo suas luvas de couro, destranca a porta por dentro, a casa está vazia. Ele conhece o caminho, sobe as escadas, entra no primeiro quarto à direita, tem alguém dormindo, parece conhecido. Ele já fez isso antes, sabe como é. Mais uma vez senta-se sobre ela na cama e ela dorme tranquilamente. Ele está com raiva, ela tem que pagar. Pega sua faca e corta o pescoço dela com precisão, o sangue começa a escorrer, ela arregala os olhos e ele sente prazer nisso, sabe como degolar alguém, mas não está satisfeito, ele quer mais. Então enfia a faca em seu peito, ela tenta se levantar, está sem forças. Ele quer mais! Enfia faca em seu peito mais uma vez, e mais uma vez, e mais uma, e mais uma, até se cansar, já não sabe quantas facadas foram. Ele quer deixar uma mensagem, todos precisam saber quem ela é, ela suspira e parece olhar para mim e então sussurra: Del... Meu coração dispara, eu sei quem ela é, eu preciso ajudá-la, preciso acordar, preciso acordar, preciso acordar...".

- Não - Adele acordou desesperada, ela sabia quem era a próxima vítima e precisava correr contra o tempo para impedir que alguém que ela amava morresse de forma tão cruel.

Pegou o dinheiro, desceu as escadas de camisola, ela sabia o endereço, conhecia o lugar. Andou em linha reta pela rua à espera de alguma carona, avistou um táxi e gritou:

- Espere, por favor!

O taxista parou bruscamente do outro lado da rua.

- Menina, você sabe que horas são?

- Por favor, é uma emergência!

- Entre...

- Coliseum St. com Olmsted Ave., por favor, rápido! - Ela estava desesperada e o taxista evitou fazer perguntas, ela pegou seu celular, discou um número e aguardou - Alô! Por favor é uma emergência, tem algo errado... Ela precisa de mim... Mande alguém... Ela pode morrer... Coliseum... Coliseum St. com Olmsted Ave, por favor... vão matá-la!... Meu nome é Adele Roberts... Por favor ajudem... - Adele abaixou o celular - Por favor, dirija mais rápido! - Voltou para a ligação - Alô.. Por favor, ajudem! - e desligou chorando.

*****

O trajeto durou cerca de vinte minutos, Adele entregou todo o dinheiro que tinha em mãos ao taxista e saltou do veículo ainda em movimento. A porta estava encostada, "Cheguei a tempo, vou esperar a polícia, isso não vai acontecer de novo", pensou. Estava começando a tranquilizar-se até ver o vidro quebrado.

- Ah meu Deus, não, por favor não!

Empurrou a porta e subiu as escadas às pressas. O quarto estava aberto, acendeu a luz e não teve mais forças para caminhar, suas pernas fraquejaram, levou as mãos à boca para conter seu grito e suas lágrimas rolaram. Era tarde demais. O dormitório estava vermelho-sangue, parecia feito dele, quarto de sangue era o nome mais apropriado. Acima da cama estava escrito com o próprio sangue dela: "Vadia".

Adele caiu sentada ainda encostada na parede próxima à porta, quase perdendo os sentidos entre suas lágrimas e sussurrou:

- Não... Gail!


Notas Finais


Próximo Capítulo: Alma Aos Pedaços.


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