1. Spirit Fanfics >
  2. Queen of disaster >
  3. Capítulo 26

História Queen of disaster - Capítulo 26


Escrita por: Mellarkisses

Notas do Autor


Oie amores
Boa Leitura

Capítulo 26 - Capítulo 26


Fanfic / Fanfiction Queen of disaster - Capítulo 26


Uma semana havia se passado. E estar com Peeta estava cada vez mais distante de ter algo a ver com a aposta. Pra ser sincera, na maioria das vezes em que eu estava com ele eu não lembrava da aposta e quando lembrava era como se levasse um tapa da realidade, o que me fazia querer sair correndo de onde eu estava.
Clove havia me deixado em paz e isso me fazia pensar que ela só podia estar aprontando algo. Annie permanecia ao meu lado como a boa amiga que ela sempre se mostrou ser, mesmo eu não merecendo. Madge havia engatado um relacionamento com Gale e isso acabou fazendo com que ela se afastasse mais ainda de mim, enquanto isso Finnick havia voltado a falar comigo, afinal ele e Peeta haviam construído algum tipo de amizade, eles se davam bem como se já se conhecessem de outras vidas. 
Meus pais permaneciam viajando prometendo voltar em breve coisa que nunca acontecia. Antes eu focava a falta que eu sentia deles na dança, mas agora eu tinha outros motivos para não sentir tanto a falta deles e ainda me tornar uma pessoa melhor. 
A última parte estava acontecendo sem eu perceber. Peeta era um lutador, um bad boy, mas isso não o impedia de ter um enorme coração, coisa que eu nunca tive, ou pelo menos pensava não ter. 
- É aqui. - Peeta estacionou o meu carro em frente a um prédio antigo. - Antes de descermos eu quero que você saiba que você pode sair a hora que você quiser. 
- Eu não vou sair. - falei soltando o meu cinto e ele sorriu. 
Ele abriu a porta para que eu descesse e abriu o porta-malas em seguida, retirando de lá as duas caixas de papelão que ele havia colocado lá, e eu apenas o observava. Adentramos o orfanato e Peeta parecia já ser bem visto por todos, pois não havia uma única viva alma a qual não o cumprimentasse com um sorriso. 
- Bom dia, Peeta. - uma mulher com um jaleco azul cheio de bichinhos se aproximou. - Trouxe visitas? 
- Olá, Ellen. - ele apertou a mão da mulher me olhando em seguida. - Essa é a minha namorada, Katniss Everdeen. 
- Uma Everdeen? - a mulher sorriu me dando dois beijos. - Da Everdeen's? 
Assenti para ela enquanto retribuía o sorriso. Eu estava mais focada no "minha namorada" que havia sido dito por Peeta. 
- Aqui. - Peeta estendeu a caixa para Ellen. - A minha doação do mês. - ele sorriu. - As lutas me renderam um pouco a mais esse mês. 
- Fico feliz por isso. - ela sorriu apertando a caixa entre os braços. - É por pessoas de bom coração como o seu que o nosso orfanato ainda está de pé. 
- E como o seu também. - ele sorriu pra ela. - Se você não se importa quero levar Katniss para conhecer algumas das crianças. 
- Fique à vontade. - ela mostrou o corredor. - Você já conhece o caminho e obrigada mais uma vez. 
Peeta sorriu pegando minha mão e saiu me puxando pelos corredor estreitos cheios de desenhos e alguns brinquedos espalhados. O cheiro do lugar era forte, mas ainda assim o lugar era harmonioso e agradável. 
- Você sempre faz doações para esse orfanato? - eu perguntei depois de alguns segundos. 
- Sempre. - ele me olhou. - Às vezes maiores e as vezes menores, depende do quanto eu consigo com as lutas. 
- Eu... Eu não sabia. - falei sincera. 
Na verdade algo como culpa me atingiu em cheio. Peeta morava em um apartamento furreca, não tinha uma renda fixa, lutava para se sustentar e ainda fazia doações para um orfanato esquecido em Chicago. Eu tinha uma mansão, recebia uma mesada que talvez fosse mais do que o suficiente para sustentar uma família e ainda assim nunca fiz doação alguma. 
- Relaxa, Flor. - ele me parou e fez um carinho singelo no meu rosto. - Eu quero que você conheça alguém com quem eu já criei uma afinidade incrível. 
Encarei seus olhos azuis brilhantes. Seja lá quem fosse a pessoa tinha o carinho de Peeta e isso me fez sorrir imaginando que os olhos dele brilhavam assim ao meu olhar também. Foi a minha vez de tocar seu rosto bonito, passei meu polegar sobre a sua falha na sobrancelha e o desci por seu rosto tocando sua bochecha onde a barba começava a aparecer. Em um impulso o abracei, abracei forte ficando na ponta dos pés e ele retribuiu meu abraço curvando-se enquanto apertava a minha cintura. 
- Nossa. - ele riu em meu ouvido. - Flor, você está me sufocando. 
- Desculpa. - o soltei e ele se aproximou. 
- Eu odoro esse tipo de surpresa. - ele beijou minha testa. - Pode me sufocar quantas vezes quiser. - ele sorriu.
- Idiota. - sorri o empurrando. - Vamos, quero conhecer essa pessoa especial para você. 
Peeta voltou a caminhar comigo pelos corredores enquanto prendia a minha mão na sua, com nossos dedos entrelaçados. Ele parou em frente a uma porta coberta por desenhos bem feitos e deu duas batidinhas. 
- Pode entrar. - a voz da criança ecoou e Peeta me encarou. 
- Preparada? - ele perguntou e eu assenti. - Então, vamos. 
Nem bem entramos no quarto e a figura de pouca estatura de cabelos dourados já pulava no pescoço de Peeta. 
- Achei que você não viria hoje. - a menina falou quando Peeta a colocou no chão. - Eu estava com saudades. 
- Eu também, Prim. - Preta sorriu para a garota. - Eu trouxe uma pessoa comigo. - ele me olhou e me chamou com um gesto. Prim, essa é a minha namorada, Katniss. 
- Oi. - falei quase que sem jeito me colocando ao lado de Peeta.  
- Oi. - ela respondeu olhando para os pés. - Eu sou Primrose. - ela ergueu o olhar para mim pela primeira vez. 
Seus olhos eram azuis, tão azuis quanto os olhos de Peeta. Seus cabelos eram de um loiro brilhoso que caia em cascatas onduladas por suas costas. Ela era encantadora e eu não precisava de mais nada para me apaixonar. 
- Como o Peeta já disse eu sou Katniss. - sorri para a pequena que permanecia atenta a mim. - Mas se você quiser pode me chamar de Kat, pessoas especiais me chamam de Kat. 
- O Peeta chama você de Kat? - ela perguntou e Peeta sorriu. 
- Não! - ele mesmo respondeu. - Eu chamo ela de Florzinha ou Flor. 
- Por que você acha ela bonita? - ela perguntou e foi a minha vez de sorrir. 
- Não só por isso. - ele piscou pra mim e voltou a olhar para a pequena.
Prim se soltou de Peeta e veio até mim seus olhos atentos analisaram meu rosto e ela por fim sorriu. 
- Você pode me chamar de Prim se quiser. - ela fez uma pausa e encarou Peeta. - Pessoas especiais me chamam de Prim.  
- Eu vou te chamar de Prim sim. - sorri para a pequena. - Quantos anos você tem? 
- Faço cinco, em três dias. - ela mostrou os cinco dedos. 
A realidade de Primrose era diferente da minha. Por muito tempo eu me vi fechada em meu próprio mundo, focada em minhas escolhas e sonhos e não enxerguei o que estava acontecendo a minha volta. 
Crianças abandonadas em um orfanato que se mantinha por caridade. Caridade feita as vezes por pessoas que eu nunca imaginei fazendo tal coisa. 
Peeta Mellark.
- Por que você resolveu ajudar essas crianças? - perguntei a Peeta.  
Estávamos sentados no jardim do orfanato observando Prim que corria feliz com seus colegas depois de ter dado um cansaço em mim e em Peeta. A garota tinha energia de sobra. 
Conheci o orfanato e as demais crianças, todas elas sem família e sem amor, que naquele momento me pareceu ser o maior. O amor. 
- Eu não preciso ter nada além do necessário, flor. - Peeta encarou a mim e logo voltou a observar Prim. - Eles sim precisam de ajuda, precisam de atenção e de alguém que se preocupe. Eu decidi ser esse alguém, de alguma forma. Eu sei que o que faço não é nada perto do que precisam, mas eu tenho esperança de que, de algum jeito, faça diferença.
E aquela foi a primeira vez que eu me senti culpada em estar mentindo para Peeta. Foi a primeira vez que eu senti vontade de contar tudo a ele e acabar com aquela farsa, mas eu não o fiz. E no fundo, no fundo eu sabia que se eu não acabasse com tudo, logo chegaria o momento em que seria tarde demais.


Notas Finais


Perdão pela demora
Um beijo ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...