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História Queen of disaster - Capítulo 27


Escrita por: Mellarkisses

Notas do Autor


Oie amores
Primeiramente peço desculpas pela demora, como eu havia avisado a vida ta corrida. E por esse motivo pedi um Help a minha amiga Nah e por esse grande Help temos um capitulo novo. Te amo amiga!

Boa Leitura

Capítulo 27 - Capítulo 27


Fanfic / Fanfiction Queen of disaster - Capítulo 27


Lá estava ele, Peeta Mellark, a razão do meu completo desastre. Era impossível não suspirar ao observar aquele ser maravilhoso se aquecendo enquanto Cato fazia os anúncios sobre aquela luta que para Peeta parecia ser diferente de qualquer outra. Eu não sabia bem o porquê mas na semana que antecedia a luta Peeta parecia muito mais nervoso do que ele costumava transparecer para mim, quando eu o questionei veio a resposta. 
- O prêmio é maior dessa vez, flor. O suficiente para eu me mudar. - ele sorriu.
- Eu não sabia que você ganhava tanto assim com essas lutas. - falei sentando em seu sofá. - E eu não vejo nada de errado com esse lugar.
- São lutas clandestinas. - ele sentou em sua recém adquirida cama. - E você tem mudado muita coisa ultimamente. 
- Eu dormi muito bem nas duas vezes que eu dormi no seu colchão. - falei o observando deitar na cama. 
- Meu colchão não é um dos melhores. - ele coçou o pescoço. - E acontece, que eu quero fazer muitas coisas com você no meu colchão e dormir é apenas uma delas. - ele ergueu os olhos pra me encarar e eu gelei. 
- Meu Deus, tarado. - joguei a almofada em seu rosto. - Você é um sem vergonha. 
- Não vou me defender porque essa é uma verdade. - ele sorriu jogando a almofada pro lado. - Cadê meu beijo de boa sorte?
- A luta não é hoje. - argumentei e ele sorriu de lado. 
- Quanto mais beijos mais sorte. - ele acenou para o colchão. - Vem cá. 
E eu fui.

Algo dentro de mim reagia diferente a presença de Peeta, eu sabia muito bem o porquê, mas como uma boa Everdeen não podia dar o meu braço a torcer, pelo menos não naquele momento. Ele estava incrível demais dentro daquele calção preto, e eu não entendia nada de luta, mas dessa vez ele havia envolvido as mãos em algo parecido com luvas pequenas. 
- Você viu a cara de mal encarado do oponente? - Annie perguntou parando ao meu lado enquanto revirava sua bolsa. 
Encarei minha amiga e pensei em mil e uma maneiras de dizer que eu só estava prestando atenção em Peeta.
- Ah, esquece! - ela sorriu colocando os óculos de grau. - Acredita que eu esqueci de colocar minhas lentes? - ela arrumou os óculos no rosto e sorriu. - Bem melhor. 
- Você fica bem de óculos. - falei sorrindo. 
- Você também fica. - ela falou fechando a bolsa. - Lentes são desconfortáveis, não sei como você aguenta. 
- Shii! - coloquei o dedo sobre os lábios dela e olhei para os lados. - Ninguém sabe disso a não ser você, Madge e Finn.
Ela sorriu e eu retirei a mão de seu rosto. Ela então gargalhou, gargalhou de maneira escandalosa. 
- Annie! - ralhei com ela. 
- Desculpa. - ela se recompôs. - Mas é que eu não vejo problema em você usar óculos ou lentes. 
- Cresta! - ralhei mais alto. 
- Ok, não está mais aqui quem falou. - ela olhou para os lados. - Cadê o Finn e a Madge?
Finnick ainda não tinha aparecido em minha vista, então apenas apontei o canto mais escuro do porão onde Madge e Gale trocavam beijos quase que indecentes.
- Nossa. - ela voltou a me olhar e soltou um espirro em seguida. - Desculpe.
- Saúde. - falei a olhando. - Por que você insiste em vir nesse porão se tem alergia a poeira? 
Ela me encarou sorrindo, mas logo fez uma careta e soltou outro espirro. 
- Você também era alérgica a pobreza. - ela falou e eu me encolhi. - Pelo Peeta. - ela respondeu minha pergunta. - Ele é um bom amigo.
Peeta havia conseguido ganhar facilmente meus amigos, e eu conseguia compreender o motivo. Ele era alguém completamente diferente do que aparentava. Seu enorme coração simplesmente calava sua cara de bad boy, e me deixava cada dia mais perdida com suas boas ações.
Eram nesses momentos de reflexão, que a culpa me atingia em cheio, pois até então, eu tentava esconder meus pensamentos acusatórios, concentrando-me apenas em Peeta.
Eu tinha certeza que eu estava agindo de maneira muito errada com ele, mas nós já havíamos chegado ao ponto em que se eu dissesse toda a verdade, talvez não existisse mais "nós".
Infelizmente eu não podia arriscar perdê-lo.
A luta começou logo, e de tanto observar Peeta, pude notar que algo estava errado. Ele não parecia concentrado, e já havia levado algumas pancadas, que faziam com que meu coração batesse dolorido no peito. Eu nunca me acostumaria com os resultados doloridos da luta em seu corpo, mas Peeta amava tanto aquilo, que eu jamais pensaria em contraria-lo.
- Acho que ele precisa de um tempo pra colocar a cabeça em ordem. - Annie comentou ao meu lado, chamando minha atenção pra ela. - Peeta está apanhando demais. - ela disse com os olhos nele, e acabou os fechando em seguida. - Ai.
Assim que Annie murmurou o “ai”, voltei minha atenção para a luta. O desespero tomou conta de mim, ao ver Peeta caído, com o oponente sobre ele, tentando acertar seu rosto, enquanto ele se protegia, sem muito sucesso, com os braços.
- Alguém precisa acabar com isso logo. - Annie voltou a falar.
Peeta tentava se mover, mas seu oponente não dava brecha. Em outras lutas, ele revertia aquela situação facilmente. Porém não nessa. Não dessa vez.
Assim que vi Cato dando por encerrada a luta, com Peeta largado no chão, eu tive a certeza de que algo estava, realmente, muito errado.
Antes que eu pudesse chegar até ele, Peeta já havia se levantado, e se arrastado pra fora do ringue. Comecei a segui-lo, enquanto ele esbarrava nas pessoas a sua frente com força exagerada.
- Peeta! - chamei, tentando alcança-lo.
Não obtive resposta, porém eu sabia que ele conseguia me ouvir. Já havíamos deixado pra trás o barulho do porão, e começávamos a nos aproximar da rua.
Apertei meus passos, mas parei no segundo seguinte, quando Peeta chutou a lata de lixo a sua frente, fazendo-a voar um certo espaço.
Ele grunhiu, me fazendo ter a certeza de que ele havia se machucado um pouco mais.
- Peeta. - tentei mais uma vez, e voltei a andar até ele, com passos cautelosos.
Ele não me respondeu. Apenas socou a caixa de correio com sua mão direita, soltando um som irritado de sua boca. 
Peeta sacudiu a mão, e fechou as duas ao lado do corpo, fazendo os músculos de suas costas se contraírem. 
Quando fiquei a poucos passos de distância, ele se afastou com pressa.
- Me deixa sozinho. - sua voz saiu rouca e grave.
- Não posso fazer isso. - segurei seu braço. - Olha pra mim.
- Não. - ele se desvencilhou. - Vai pra casa.
- Eu não vou embora, Peeta. - falei levemente alterada. Suspirei, tentando me acalmar. - Eu sei que você está chateado, mas não é o fim do mundo. - me movi, até estar a sua frente, e sem hesitar segurei seu rosto com as duas mãos. Ele não me repeliu, por isso decidi voltar a falar. - Agora olha pra mim. - insisti, e dessa vez Peeta acabou erguendo a cabeça devagar, até que eu pudesse vê-lo.
Seu nariz e boca eram os que mais sangravam. Seu olho direito estava roxo e inchado, com um corte próximo a maçã de seu rosto. Suas íris estavam escuras, e sua respiração estava pesada. Ele passou a me encarar nos olhos, fazendo-me perceber quanta raiva Peeta carregava neles.
- Eu quero que você respire comigo, tudo bem? - questionei, mas ele continuou imóvel. - Tudo bem, Peeta? - insisti.
Ele decidiu afirmar com a cabeça devagar. 
- Vamos lá. - falei, e respirei fundo, deixando o ar entrar devagar em meus pulmões, soltando-o em seguida. - Vamos. - repeti o ato, e dessa vez, Peeta me acompanhou.
Ele acabou fazendo uma careta assim que começou a inspirar devagar, e eu imaginava que seu corpo estivesse cheio de hematomas, mas não falaria sobre isso. Não, enquanto eu me esforçava para acalma-lo.
Foi necessário que eu repetisse o ato algumas vezes com ele, até que seus olhos começaram a mudar, e sua respiração finalmente normalizou.
- Eu sinto muito. - Peeta murmurou. - Eu... Eu precisava ganhar aquela luta. - ele balançou a cabeça devagar em negativa. - Desculpa agir assim com você, flor. - ele fechou os olhos. - Eu só... 
- Ei. - o interrompi, fazendo-o erguer as pálpebras para me olhar. - Não precisa pedir desculpas, e nem me explicar nada. - dei um pequeno sorriso. - Eu sei que você queria ganhar, mas nem sempre depende só da gente. - argumentei com a voz mansa. - Esqueça isso agora. Não precisamos falar sobre esse assunto. - falei baixo, e cuidadosamente passei a ponta do indicador abaixo de seu olho inchado. - Você precisa de cuidados. - me aproximei um pouco mais, e me coloquei nas pontas dos pés, beijando carinhosamente seu queixo. - E eu vou cuidar de você.
 


Notas Finais


Um beijo ♥


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