1. Spirit Fanfics >
  2. Queen of disaster >
  3. Capítulo 4

História Queen of disaster - Capítulo 4


Escrita por: Mellarkisses

Notas do Autor


Oie amores

Boa Leitura

Capítulo 4 - Capítulo 4


Fanfic / Fanfiction Queen of disaster - Capítulo 4

Duas semanas se passaram, e não me pergunte porque eu continuava indo ver Peeta em cima do ringue. Ele não me olhou mais nenhuma vez, e sequer fez menção de trocar alguma palavra comigo.

– Johanna Mason é o ser humano mais repugnante que já foi visto na face da terra. – Madge chegou reclamando.

– O que ela fez dessa vez? – perguntei, revirando minha bolsa atrás do meu batom.

– Ela nasceu. – Madge disse, furiosa. – Ela simplesmente “estacionou” aquele jegue, que ela chama de carro, ao lado do meu, e arrancou o meu retrovisor.

– Você reclamou com ela? – perguntei, abrindo a tampa do batom.

– Reclamei, e ela disse que vai pagar o conserto. – minha amiga falou vermelha, e eu a encarei.

– Sério? – perguntei, sem entender, e ela revirou os olhos.

– Claro que não.

– E ela mandou Madge tomar naquele lugar feio. – Annie apareceu, segurando seus livros.

– No cu? – Finnick perguntou, parando ao lado da ruiva.

– Meu Deus, mal educado. – Annie reclamou, e eu me preparei para passar o batom na boca, quando alguém passou e esbarrou em mim, me fazendo errar. – Ta linda amiga.

– Mas que merda. – reclamei, virando o corpo para ver quem tinha sido o ser.

– Foi ele. – Finnick apontou Peeta, que já entrava no prédio da escola só com um caderno em mãos.

– Ridículo. – falei, procurando algo na bolsa com que eu pudesse me limpar. – Aposto que foi de propósito.

– Ou ele nem te notou. – Madge fez graça parando ao meu lado. – Sabe né? Você não é alguém que podemos chamar de alta.

– Eu não vou te responder, Undersee. – comentei, finalmente achando algo para limpar meu rosto. – Ele tem algo contra mim, só pode.

– Ele nunca te fez nada. – Finn falou, mexendo nos longos cabelos ruivos da minha amiga.

– Nunca me fez nada? – perguntei, incrédula. – Ele borrou o meu batom.

– Grande coisa. – Annie falou, dando um tapa na mão de Finnick. – Não mexa no meu cabelo.

– Ele e Johanna se dão bem. – Madge comentou, e eu segui o olhar dela, dando de cara com os dois sorrindo.

 – São da mesma laia. – falei com raiva, ao ver os dois juntos.

– Katniss e seu enorme preconceito. – Madge sorriu cutucando Annie.

– É pra combinar com o ego inflado dela. – Finnick brincou, recebendo meu olhar furioso.

Voltei a andar sentindo meus pés reclamarem. Cressida super me mataria se descobrisse que eu passei a noite em claro ensaiando.

Passei por Peeta e Johanna, e pude sentir o olhar de Peeta queimar em minhas costas, mas não dei importância.

– Oi, Florzinha. – Peeta falou, chegando ao meu lado.

– Katniss Everdeen. – estralei meus dedos em um ato impaciente. – Esse é o meu nome.

– Eu sei. – ele riu, colocando o caderno embaixo do braço. – Então, eu estava pensando já que hoje eu estou sem a minha moto, você poderia me dar uma carona depois da escola?

– Pede pra Johanna. – abri a porta do meu armário.

Ouvi a risada dele, e o olhei sem entender. Caralho, ele era sexy ao extremo. Devia ser pecado.

– Ciúmes? – ele perguntou, e eu revirei os olhos. – Você fica uma gracinha com ciúmes.

– Ciúmes de você? – fiz cara de desdém. – Se toca, garoto. Você não faz o meu tipo.

– Se eu não faço o seu tipo, porque você não para de ir no porão me ver lutar? – ele perguntou, mexendo nas fotos do meu armário. – E não venha me dizer que você sempre foi lá, porque eu sei que é mentira.

– Vai te catar. – dei um tapa na mão dele, e me virei em sua direção. – Eu não vou ver você lutar. Eu apenas descobri que gosto de ver você apanhar.

Ele sorriu, olhando para o lado, e em poucos segundos me prensou contra o meu armário, enquanto uma de suas mãos fechava a porta, e a outra segurava o seu caderno.

Seus olhos eram incrivelmente azuis, e faziam um belo contraste com seus cabelos castanhos. A covinha no queixo dele, ficava ainda mais sexy assim de perto.

– Confessa logo que me quer. – ele raspou o nariz na minha bochecha, me fazendo arrepiar. – É só você pedir, e eu te dou o seu tão sonhado beijo. – ele se afastou minimamente.

Ele era muito do abusado. Abri a minha boca para responder, mas fui interrompida.

– Oi, Peeta. – Clove chegou ao nosso lado, sorrindo largamente. – Katniss. – ela sorriu de maneira falsa para mim.

– Oi. – foi o que Peeta disse, e pela primeira vez eu vi ele ficar sem jeito.

– Fiquei sabendo que você está sem a sua moto. – ela mordeu o lábio. – Se quiser eu te dou carona mais tarde.

Não só a carona né? Ridícula!

– Então... – Peeta começou a falar.

A ideia dele aceitar a ideia de Clove não me agradou em nada, e algo dentro de mim, fez com que eu me metesse.

– Ele vai comigo. – falei, sorrindo para a baixinha. – Não se preocupe.

– É, era o que eu ia dizer. – Peeta me olhou surpreso, enquanto falava. – A florzinha vai me levar em casa.

– Florzinha? – Clove perguntou, e eu sorri. – Tudo bem. – ela logo se recuperou, e se despediu de nós dois.

– O que foi isso? – Peeta perguntou, e eu franzi o cenho. – Duas demonstrações de ciúmes, em um único dia. É o meu recorde.

Revirei os olhos, me arrependendo de ter me metido na conversa.

– Obrigado. – ele falou, me fazendo erguer uma sobrancelha. – Era dela que eu estava fugindo, quando te encontrei no auditório. – ele passou a sussurrar. – Ela se ofereceu para me mostrar a escola, e tentou me agarrar em uma das salas.

– E porque você não deixou? – perguntei, também sussurrando. – Por um acaso você é gay? – ele sorriu.

– Isso é um pedido pra que eu te mostre a minha masculinidade? – seu sorriso se tornou safado, e eu revirei os olhos.

– Você é muito chato. – falei, começando a andar com ele ao meu lado. – Essa coisa na sua sobrancelha...

– É uma falha. – ele ergueu a sobrancelha, e sorriu. – Consegui em uma briga, mas é incrível como as garotas amam ela. Não é surpresa você também gostar.

– Então, uma novidade. – sorri. – Eu não gosto. – menti. – É estranha.

– Vou fingir que acredito. – ele olhou para os lados. – Estou ansioso por mais tarde, florzinha. – ele sorriu, e logo desapareceu da minha visão.

Revirei os olhos, antes de voltar a andar. Cruzei com Clove no corredor, e recebi um olhar nada amistoso de sua parte. Já na porta da sala de inglês, fui barrada por Finnick.

– Bombonzinho. – ele beijou a minha bochecha, me fazendo sorrir. – Topa um cineminha depois da escola?

– Hoje? – perguntei, lembrando da carona que eu daria a Peeta.

– É. Chamei Mad e a ruivinha também. – ele encostou o ombro na parede, e cruzou os pés. – Quero assistir aquela gostosa da Arlequina na telona.

– Não vai rolar, capitão. – o olhei, e puxei as mangas do meu casaco mais para baixo. – Eu fiquei de levar o Peeta em casa. – falei rápido, e meu amigo soltou uma risada alta demais.

– Sério? – ele perguntou, e eu assenti. – Vocês dois estão...?

– Não. É só uma carona. – me expliquei, e Finnick sorriu.

– Somos amigos. Não se preocupe comigo. – ele segurou minha mão. – Minha cabeça não vai coçar. Boa carona.

Ele beijou a minha testa demoradamente, e logo sumiu de minha visão. Entrei na sala, e tentei prestar atenção na aula, mas as tatuagens e a prepotência de Peeta Mellark não deixaram.

A maioria das mulheres gostam mesmo de um malfeito. A própria Clarice Lispector disse que “o que obviamente não presta sempre me interessou muito”. Esse pensamento me deixou confusa e agitada, mas no final do dia, quando encontrei Peeta escorado no meu carro, todo molhado por culpa da chuva que veio sem avisar, eu pude chegar a minha conclusão final.

Peeta Mellark me interessa. Ele me interessa e muito.


Notas Finais


Um beijo ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...