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História Queen of disaster - Capítulo 41


Escrita por: Mellarkisses

Notas do Autor


Oie amores
Desculpa pela demora!
Agradecimento especial a minha amiga de sempre, Nah 😍❤

Boa Leitura

Capítulo 41 - Capítulo 41


Fanfic / Fanfiction Queen of disaster - Capítulo 41

- Eu não sei, Annie. - falei, sentando na poltrona azul que ficava no quarto de minha amiga. - Eu acho que isso não vai dar certo. 
- Se você não tentar nunca vai saber. - a ruiva falou, enquanto trilhava o quarto. - Não vai ser um grande sacrifício, Katniss. - ela me encarou por alguns segundos, antes de sorrir. - Ele é muito inteligente, sem contar com o detalhe de que é Peeta Mellark, o homem que você ama.
- O homem que eu amo. - confirmei sorrindo. - Eu sou grata por ter você ruivinha, de verdade. - levantei, abraçando minha amiga. 
- Todos são. - ela me soltou, sorrindo convencida. 
- Acho que você anda convivendo muito com Finnick Odair. - falei, pegando a minha bolsa. - E nem perca seu tempo corando. - sorri beijando a bochecha dela. - Obrigada Annie. 
- Boa sorte. - ouvi ela dizer, antes de eu mesma bater à porta. 

A noite chegou rapidamente. Minha mãe havia voltado de viagem, e eu jantei na companhia dela e do meu pai. Conversamos sobre inúmeras coisas, mas em momento nenhum eu comentei que Peeta havia voltado. Já era madrugada, quando eu desisti de dormir, e fui verificar as minhas redes sociais, e aproveitar para verificar as de Peeta. Ele pouco postava algo, mas o que ele postava, de uma maneira ou de outra, eu sempre achava que era pra mim.
- Eu não aguento mais, Haymitch. - a voz de minha mãe se elevou do nada. 
Larguei meu celular na cama, e levantei da cama indo até a porta. Abri a mesma, antes de andar com cuidado até as escadas. Meu pai estava sentado no sofá, com as mãos cruzadas abaixo do queixo, e minha mãe estava em pé, com uma de suas mãos no meio dos cabelos. 
- Eu não aguento há muito tempo, Evelyn. - o tom de meu pai era tranquilo. - As coisas não são as mesmas há mais de anos. 
- Há dezessete anos. - minha mãe completou. - Desde que Katniss nasceu, as coisas não são mais as mesmas. - ela cruzou os braços. - Você sempre soube que eu nunca quis ser mãe. 
Uma dor estranha atingiu meu peito, e foi a culpada por eu ter que escorar minhas costas na parede fria para que eu não perdesse o equilíbrio. 
Eu nunca fui a melhor filha do mundo, e minha mãe nunca foi a melhor mãe do mundo. Na verdade, ela nem se esforçava para isso. Mas confesso que ouvi-la dizendo aquilo, em alto e bom som, me causou uma dor enorme. 
- Você não vai culpar a nossa filha por você ter uma vida frustrada. - meu pai ficou em pé. - Eu sempre quis ser pai, e quis ser pai de um filho seu, porque eu te amava. 
- E eu te dei esse filho, porque eu também te amava. - minha mãe soltou os braços. - Mas ser mãe me desestruturou. - soltou ela. - Ser mãe, me fez perder grandes oportunidades no mercado. Eu troquei minha vida profissional para trocar fraldas.  
- O que você quer dizer com isso? - meu pai perguntou, e minha mãe riu sem humor. - Eu não estou entendendo onde você quer chegar com essa discussão. 
- Eu quero dizer que se eu pudesse voltar atrás, eu nunca teria engravidado. 
Meu pai ergueu a mão em sua direção, mas desistiu no caminho.
- Eu não sei como eu pude um dia amar você. - foi o que meu pai disse, antes de dar as costas a minha mãe. - Você decide se quer continuar morando aqui, ou se prefere ir pra outro lugar, mas independente da sua escolha, Katniss ficará comigo. 
Meu pai alcançou as escadas, e eu corri para o meu quarto, me jogando na cama, deixando que as minhas lágrimas molhassem meu travesseiro, e lavassem a minha alma. 
De repente, a minha saudade se Peeta aumentou. Eu sabia que ele seria capaz de me ajudar. Na verdade, ele não precisaria dizer nada, apenas o seu abraço protetor já curaria o meu coração. 

- Katniss. - Madge fechou a porta doeu armário me fazendo encara-la. - A gente precisa conversar. 
- Eu não sei se agora é o melhor momento. - falei, apertando meus livros contra o peito. - Eu tenho que ficar no lugar de Annie em algumas aulas extras. Porém, eu confesso que esse não é o motivo pelo qual eu não ache o momento apropriado, mas sim, porque eu acho que não temos nenhum assunto pendente. - soltei tudo, sem respirar. 
- Você é a minha amiga de infância, e eu trai a sua confiança. - ela falou tranquilamente. - Eu acho que nós temos sim, muito o que conversar. 
- Eu não culpo você por eu ter perdido Peeta. - falei simplesmente. - Eu sou a única culpada, a gente pode conversar sim, mas não agora. 
Comecei a andar, me afastando de Madge. Eu sabia que ela não me seguiria, e eu a agradecia por isso. Eu precisava me concentrar na minha nova tarefa. 
Eu queria reconquistar Peeta, mas o primeiro passo era fazê-lo confiar em mim novamente, e se ele não conversasse comigo, isso jamais aconteceria. 
Abri a porta devagar, e pude ver Peeta sentado na primeira carteira. Ele matinha seus braços apoiados sobre a mesa, e seu tronco estava jogado para a frente de maneira desleixada, enquanto ele parecia concentrado em algo em seu caderno. Só de estar na presença dele, meu corpo já reagia de maneira agitada. A falta que eu sentia dele era tão grande, quanto a vontade de toca-lo novamente, de todas as maneiras possíveis. 
- Boa tarde. - falei, batendo a porta, e me aproximando de Peeta. - Por onde começamos, baby?
Eu pude ver todo o corpo de Peeta tencionar. Devagar, ele foi erguendo o olhar até focar seus olhos nos meus. Eu sentia tanta a falta dele, que eu quase sorri só ao ver seus olhos azuis tão de perto, mas a vontade sumiu, assim que eu notei o quão vermelho ele estava ao me encarar. Seus lábios finos estavam em uma linha reta e seu maxilar trincado. 
- E então, por onde começamos? - repeti a pergunta, e foi quando o inesperado, ou esperado, aconteceu. 
Peeta levantou com raiva, fazendo com que a cadeira na qual ele estava sentado, caísse. Em um ato rápido, ele começou a juntar todas as suas coisas de cima da mesa, jogando tudo dentro de uma mochila sport, que eu nem sabia que ele tinha. E então, ele simplesmente saiu da sala, sem nem ao menos olhar pra trás, batendo a porta com força, quase a rachando ao meio, deixando-me ali, sem ação alguma.
Eu simplesmente senti minha vontade de fazê-lo me ouvir minguar, quando meus olhos se encheram com lágrimas espessas, atrapalhando minha visão, e embaçando meus óculos. 
Segundos depois, finalmente desviando o olhar do lugar por onde ele havia saído, eu respirei fundo, e tirei os óculos, para tentar afastar as lágrimas com as pontas dos dedos.
Toda a minha determinação havia saído com Peeta pela porta. Eu já não queria mais tentar me explicar. Meu peito começou a se encher de um sentimento enérgico, levando-me a raiva. 
Sim. Eu estava com raiva. Raiva por ele nem ao menos ter pensado em me ouvir, em nenhuma das ocasiões em que tentei me aproximar, mesmo depois dele ter sumido por dois meses. 
Pigarreei, e coloquei os óculos de volta. Eu não ficaria me humilhando, implorando para que ele tentasse me ouvir. Meu coração já havia se machucado demais, nos últimos meses.
Decidida a ignora-lo por completo a partir daquele momento, eu mesma, com passos rápidos, coloquei-me pra fora daquela maldita sala de aula.

- A senhora gostaria de falar comigo? - perguntei, assim que entrei na sala de Effie.
- Ah, senhorita Everdeen! Obrigada por ter vindo. - respondeu ela. - Sente-se, por favor.
Levemente receosa, coloquei-me sentada na cadeira confortável a sua frente.
- Com certeza, a senhorita deve saber sobre o pequeno problema de saúde da senhorita Cresta, não é mesmo?
Assenti silenciosamente, e logo eu já soube do que se tratava.
- Então. Eu tenho um enorme número de alunos que estão em recuperação. Annie ficará em repouso por apenas uma semana, e nenhum dos meus alunos vai reprovar por isso. - ela ajeitou os óculos em seu rosto magro, e eu repeti o ato. - Entretanto, tem um dos meus casos que é de extrema urgência. 
- E no que exatamente eu posso ajudar? - perguntei, já sabendo a resposta. 
- Cobrir Annie. - ela respondeu de imediato. - Dar aulas de recuperação a Peeta Mellark durante uma semana inteira. 
Droga, Cresta! 
Suspirei pesadamente. A última coisa que eu precisava era ter que encarar Peeta, e a sua cara de “rei da perfeição”. Eu estava o evitando nos últimos dias, desde aquela cena na sala de aula. Não sei se ele chegou a notar, porque até então quem me evitava era ele mesmo. 
- Eu não acho que seja uma boa ideia. - me manifestei. - A senhora sabe que Peeta e eu tivemos um relacionamento que não acabou da melhor maneira, e...
- Não cabe a mim julgar o relacionamento amoroso de vocês. - ela me cortou, de maneira educada. - Aqui vocês são colegas, e tanto ele, quanto eu, precisamos da sua ajuda. 
Encarei o rosto bonito, porém envelhecido de Effie. Ela sempre foi uma ótima diretora. Eu não tinha como negar a um pedido dela. 
- Basta saber se ele quer ser ajudado por mim. - falei, dando o assunto por encerrado.

Silenciosamente, acompanhei Effie para dentro da sala de aula, apertando meus livros de álgebra, química e física contra o peito, esse que parecia pequeno demais, pra conter meu coração acelerado, resultado do nervosismo. Se eu tivesse que encarar mais uma rejeição vinda de Peeta Mellark, eu não sabia do que seria capaz.
Quando ele notou nossa presença, ele ergueu a cabeça, deixando de lado seu caderno, assim como havia feito da última vez. Seus olhos pararam primeiro em Effie, que estava mais próxima dele, e depois me alcançaram.
Peeta simplesmente levantou da cadeira, e mais uma vez começou a juntar suas coisas, pronto para me deixar plantada feito uma idiota.
- Onde pensa que vai, senhor Mellark? - Effie questionou, observando-o curiosamente.
- Desculpa, mas se a senhora pensa que eu vou aceitar ficar na mesma sala, sozinho, com a Everdeen, a senhora se enganou, e muito - respondeu duramente, jogando tudo na sua mochila sport.
- A senhorita Cresta está de cama, e a senhorita Everdeen aceitou fazer esse favor pra mim - disse ela, calmamente, antes que ele nos desse as costas. - Então, se o senhor quiser sair, eu não tenho problemas com isso - Effie disse, fazendo Peeta franzir as sobrancelhas - Mas o senhor, provavelmente terá, pois eu o reprovarei, sem pensar duas vezes.
Ele pareceu ponderar por alguns instantes, antes de soltar um som irritado, e se jogar de volta na cadeira.
- Foi o que pensei. - disse Effie, antes de virar para me olhar. - Obrigada, senhorita Everdeen. Se ele lhe causar algum problema é só me procurar. 
Com um sorriso extremamente exagerado, Effie se retirou da sala, me deixando sozinha com Peeta Mellark.
Fechei os olhos, suspirando pesadamente em seguida, torcendo para que esse simples ato, eliminasse toda a tensão que aquela situação me proporcionava. Os abri novamente e em um ato impensado, joguei meus livros sobre a mesa que estava ao lado de Peeta. O barulho pareceu assusta-lo, pois ele deu um pequeno pulo na cadeira, antes de franzir as sobrancelhas em minha direção. 
- A minha vontade de estar aqui, é tão grande quanto a sua. - ele ergueu apenas uma de suas sobrancelhas, e tinha que ser aquela maldita sobrancelha falhada. - Então, vamos logo ao trabalho.
Me sentei ao seu lado, e abri um dos livros em uma página qualquer. Ergui meus cabelos, até que eles estivessem no alto da minha cabeça, e os prendi com uma de minhas canetas, arrumando meus óculos sobre o nariz em seguida. 
Quando olhei para o lado pude notar que Peeta estava, o tempo todo, atento em cada gesto meu. Encarei seus olhos por alguns segundos, antes de desviar a atenção para o livro. 
- Por onde começamos? - perguntei, encarando a folha cheia de cálculos. 
- Álgebra. - ele pigarreou, antes de voltar a atenção para o seu próprio caderno. - Quarta-feira é dia de álgebra.
- Tudo bem - respondi, e olhei suas anotações, tentando me encontrar no livro depois de abri-lo.
Passei várias páginas, tentando encontrar a matéria exata, mas Peeta parecia impaciente demais.
- 162 - disse ele, me fazendo revirar os olhos.
Em silêncio, fui para a página que ele indicou, e antes de começar a explicar alguma coisa, tirei os óculos, para limpa-lo na blusa. Coloquei a armação em frente os olhos, tentando enxergar alguma sujeira nas lentes, e precisei voltar a limpa-lo, até que por fim me senti satisfeita, e os coloquei no lugar, empurrando-o com o indicador pelo nariz, até ele estar confortável em meu rosto.
Quando virei a cabeça para olhar Peeta, notei um sorriso estranho em seus lábios, o que me fez franzir a testa.
- Está sorrindo por quê? - questionei, já com uma ponta de irritação.
Ele pareceu surpreso, e logo o sorriso havia sumido.
- Só estou pensando, que mesmo com esses óculos de nerd, você continua a mesma patricinha que eu conheci. - o esboço de um sorriso, começou a surgir em meus lábios. - Chata, e prepotente.
- E você pode até se esforçar pra parecer civilizado, mas continua sendo um animal. -rebati impinando o nariz em sua direção. 
Ele então sorriu. Um sorriso aberto que me desarmou, ele olhou para os lados como um lobo faz antes de atacar sua presa e se aproximou de mim devagar. Meu coração ameaçou sair pela boca quando eu senti seu hálito de menta tocar meu rosto, ele parecendo notar o que causava em mim aumentou o sorriso antes de morder o lábio inferior. Sexy pra caralho. 

-E eu continuo achando que você merece umas palmadas. -ele sussurrou próximo a mim. -Umas boas e bem dadas palmadas. 


Quente. Quente pra caralho. 


Notas Finais


Ai ai

Beijo ❤


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