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História Queen of disaster - Capítulo 46


Escrita por: Mellarkisses

Notas do Autor


Oie amores ❤

Boa Leitura 😚

Capítulo 46 - Capítulo 46


Fanfic / Fanfiction Queen of disaster - Capítulo 46

Já havia se passado duas semanas, desde que Peeta havia sido preso. 
Meu pai, Alec e Thomas estavam trabalhando para conseguirem liberta-lo da prisão, mas as coisas não pareciam ser tão fáceis assim. 
Eu só não havia enlouquecido, porque Johanna tinha feito a loucura de entregar o celular de Peeta a ele, em uma de suas visitas. 
Como eles fizeram isso, eu não sei, só sei que eu havia amado. 
Também fazia mais de um mês que minha mãe não dava notícias. Meu pai estava tranquilo, embora eu sentisse que ele queria me dizer algo. Mas eu não perguntava sobre o assunto. Na verdade, eu tinha medo que a resposta fosse, a que eu já sabia há tempos. Ela havia nos abandonado.  
Encarei a parede espelhada, enxergando várias Katniss nela. Eu ainda parecia ser a mesma garota, que acordou no primeiro dia de aula, querendo vencer na vida a qualquer preço. Mas eu sabia que aquela garota, havia ficado para trás, embora eu tenha demorado para deixa-la ir. 
Fiquei na ponta dos dedos, e deixei que meus braços fizessem o trabalho, dançando sozinhos de um lado para o outro, antes que meus próprios pés me fizessem girar repetidas vezes pela enorme sala. Entre uma volta e outra, os últimos meses da minha vida passaram como um filme em minha cabeça, e na maior parte do filme, Peeta aparecia. 
Parei em frente a um dos espelhos, e encarei minha costela, mais especificamente a tatuagem que eu havia feito para Peeta. Passei meus dedos sobre ela, e deixei que um sorriso desenhasse meu rosto, antes de retomar a minha coreografia. 
Apesar de fazer muito tempo que eu não dançava, os passos que eu dava eram precisos, e pareciam ser certos. A dança não havia me abandonado, ela ainda morava em mim, mas Peeta Mellark também morava.  
- Katniss. - a voz de Cressida chamou minha atenção. 
- Cressida. - desliguei o som, e corri para abraçar minha governanta. - Você voltou! 
- Você imaginava algo diferente? - ela questionou, sorrindo. 
- Não, de você não. - beijei seu rosto. 
- Você tem visitas, posso mandar subir? - franzi o cenho, mas acabei concordando. 
Prendi meus fios, que haviam caído do meu coque frouxo, novamente, e sequei meu rosto com a toalha de rosto, antes de tomar boa parte da água, que havia na minha garrafinha. 
- Nossa. - a voz conhecida por mim, me fez virar em direção a porta. - Eu não tinha visto a sua tatuagem. É linda. 
- Madge. - o nome da minha amiga saiu baixo da minha boca. 
- Agora é um bom momento para conversarmos? - ela questionou, entrando na sala. 
Suspirei, antes de sentar em uma das minhas almofadas jogadas no chão, e ela fez o mesmo em seguida. 
Madge havia quebrado a minha confiança, mas eu também havia quebrado a confiança de Peeta, e lutava por perdão. Era injusto eu não ouvi-la. 
- Você, Annie e Finn fazem parte da minha vida. - ela falou baixo. - Mas você é a que tem mais participação em todos os momentos dela. - ela me encarou. - O amor é uma droga, principalmente se você não é correspondido. Eu sei que você me avisou sobre o Gale, e não foram poucas vezes, mas o amor é cego, e eu acabei ficando cega também. - mordi a bochecha, para não cortar Madge. - Eu dei tudo de mim para ele, e eu não recebi nada em troca. Eu só quero dizer que eu sinto muito, e dizer que eu preciso de você. Me perdoa. 
Deixei que um sorriso nascesse em meu rosto. Eu não teria como não perdoar Madge. Ela também fazia parte da minha vida. 
- Eu também não ouvi você, quando você me aconselhou sobre a aposta. 
- Então, estamos quites? - ela questionou, quase sorrindo. 
- Sim. - sorri, ficando de joelhos para abraçar minha amiga. - Estamos quites, Undersee. 
Annie havia me perdoado, e eu sabia que o que eu havia feito com ela, era bem pior do que o que Madge havia feito. Eu traí a confiança de Peeta, e eu acreditava que ele também iria me perdoar. Quem era eu, para não perdoar? Relacionamentos precisam de perdão. 
- Annie e Finnick? - ela questionou, quando nos soltamos do abraço. 
- Eles estão se acertando. - respondi, sorrindo. 
- Peeta e você? 
Sorri ao lembrar do meu bad boy 
- Estamos no caminho certo. - ela quem sorriu dessa vez. 
Dinheiro não é tudo. Essa frase nunca carregou tanta verdade para mim, quanto naquele momento. Eu tinha uma boa casa, um bom carro, uma boa escola, boas roupas. Mas acima de tudo, eu tinha meu pai, meus amigos e Peeta. Eu tinha amor. 

         Ponto de Vista Peeta Mellark 

- Peeta Mellark. - a voz do guarda tirou minha atenção dos meus pensamentos. - Você tem visitas. 
Meu pai e Thomas já haviam me visitado mais cedo. 
Foi uma surpresa rever o pai de Ethan, depois de tanto tempo, e ainda mais nessas circunstâncias. Ele sorriu ao me ver, mas seus olhos estavam tristes. Acredito que todos que puderam conviver, nem que fosse um pouco com Ethan, carregavam essa tristeza no olhar.
Thomas havia me explicado, que eu não conseguiria me livrar da prisão, mesmo que meu pai pagasse a fiança, afinal, eu já tinha passagens pela polícia, e ainda tinha o fato de eu não ter nenhuma prova ou pessoa, que fosse ao meu favor dizendo que eu havia agredido Gale, apenas para defender Katniss, de um quase abuso. Eram casos completamente diferentes, e levaria muito tempo, para que as coisas se acertassem. 
- Clove? - perguntei, em dúvida, assim que entrei na pequena sala. - O que você faz aqui? 
A morena sorriu ao me ver, e algo em seu olhar, me fez acreditar que ela realmente sentia algo por mim. 
- Além de ver você? - ela perguntou, levantando da cadeira, e mostrou o assento vazio a sua frente, para que eu ocupasse. 
Cocei a nuca, e tentei pensar em como Katniss reagiria, se soubesse que Clove Fuhrman, havia me visitado na cadeia. Querendo ou não, ver Clove me fez lembrar do dia que eu queria esquecer. 
- Eu te avisei sobre Katniss. - ela soltou, assim que eu ocupei a outra cadeira. - Você não quis me escutar, e só me restou te provar, o quão mau caráter a Everdeen é. 
- Se você veio aqui para falar sobre Katniss, já pode sair. - falei, ameaçando levantar, mas ela me parou, ao segurar meu pulso. 
- Eu te perguntei uma vez, e você não me respondeu. - ela falou tranquila. - O que ela tem, que eu não tenho? 
Eu não sabia. Eram tantas coisas. Talvez o “conjunto Katniss” todo. Os olhos, os cabelos, o sorriso, a mania de roer a ponta da unha, o revirar de olhos, o corpo, o beijo, tudo. Katniss parecia ter sido feita sobre medida para mim, e mesmo que nossos mundos fossem diferentes, eu ainda sentia a necessidade de tê-la ao meu lado. 
- O meu coração. - respondi, sem medo de soar idiota. - A gente não manda no coração, Clove. - ela soltou o meu pulso. - E mesmo que eu mandasse no meu, eu acredito, que eu teria escolhido ela. 
- Você, se quer, me deu uma chance de te provar, que o que eu sinto é verdadeiro. - o tom de voz de Clove era baixo. - Eu só queria que você deixasse eu te provar, que eu amo você. 
Minha boca secou, e eu senti o choque de suas palavras. Pisquei algumas vezes, tentando focar meu olhar nela. Eu nunca havia ouvido algo parecido com isso, e apesar da sensação ser boa, a pessoa que me dizia aquilo, não parecia ser a certa.
- Tudo que há em mim é dela, Clove. - falei, sem desviar meu olhar dela. - E eu ser um bad boy fajuto, e ela uma patricinha formada, não muda isso. - sorri, tentando não magoar a menina. - Na verdade, nada e nem ninguém, vai mudar o que eu sinto por Katniss. 
Os olhos de Clove estavam vermelhos, e eu sabia que ela queria chorar, mas segurava as lágrimas com firmeza. Em um ato rápido, ela levantou, pegando sua bolsa sobre a mesa, e a jogou sobre o ombro. 
- De qualquer maneira, mesmo sem você e ela merecerem, eu fiz a minha parte. - ela soltou, engolindo em seco. - Eu realmente espero que você saiba o que está fazendo, e a quem está entregando o seu coração, bad boy. - Clove secou a única lágrima que caiu. - Eu cuidaria melhor dele, caso você me deixasse te amar. 
E ela se foi. Me deixando ali sozinho e pensativo. A verdade, era que eu sabia, que boa parte do que ela falou, era verdade, mas o que eu havia dito também era. Ninguém manda no coração. E o meu, já tinha dona, e isso ninguém mudaria. 
- Peeta Mellark. - o policial me chamou atraindo a minha atenção. - O senhor está livre. - suspirei, aliviado. 
Por um lado, as coisas na minha vida pareciam estar se acertando, mas eu tinha uma pequena sensação, de que algo de muito errado, estava para acontecer. E eu queria estar errado, pelo menos dessa vez.


Notas Finais


Um beijo ❤


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