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História Queen Of Disaster - Transborde


Escrita por: Leabi

Notas do Autor


Olá, décimo capitulo.
Espero que gostem, se gostarem por favor deixar um comentário.
Se acharem algum erro, ou tiverem alguma critica construtiva, por favor deixar um comentário.

Capítulo 10 - Transborde


Fanfic / Fanfiction Queen Of Disaster - Transborde

“Não faça parte dessa geração que compete quem é mais desapegado. Não finja que não se importa. Não fique aí lutando contra você mesmo, você vai ser a única a perder. Não se sinta idiota por sentir muito, idiota é quem sente pouco. Transborde-se.”

 

24 de Março de 2018 – Sábado

– Não pode mais fazer o que? – senti meu coração palpitar desesperado.

– Não posso mais te esconder... – tocou meu rosto, seus dedos quentes e eletrizantes.

– Eu não estou te entendendo. – olhei em seus olhos, o mar calmo da noite anterior havia se agitado em uma tempestade.

Nathan me soltou e foi atrás de algo, procurava na jaqueta inquieto. Depois foi até uma calça e olhou os bolsos. Procurou dentro do guarda-roupa e por fim na bolsa.

– Nathan?! – tentava entender sua agitação.

– Vem aqui. – ele se sentou na cama e deu alguns tapinhas ao seu lado.

– O que foi? – fiz o que pediu.

– Quero que seja minha namorada de verdade, para mim e para o mundo. – ele abriu a mão com um pequeno anel em sua palma.

– Eu já sou sua namorada, de verdade Nathan. – falei pegando o anel. – Não é um anel que vai mudar isso.

– Eu sei, o que vai mudar é eu admitir para minha mãe. – ele suspirou.

– Você consegue. – sorri e fechei os punhos em torcida. – Eu confio em você. – dei um beijo em sua boca.

– Você é maravilhosa sabia? – sorriu de volta.

– Claro que eu sabia... – levantei da cama. – E é por isso que eu vou ficar com esse anel.

Coloquei no dedo e ele encaixou perfeitamente.

– Como eu fiquei? – fiz uma pose de lado.

– Linda, como sempre. – me olhou.

– Eu estou exausta. – declarei. – Odeio pegar aquele ônibus.

– Que tal tomarmos um banho? – arqueou as sobrancelhas.

– Eu iria amar... – sorri.

Nathan tirou o casaco, a blusa e a calça jeans. Segui ele até o banheiro.

Lembrei como fiquei emocionada e em relacionamento serio com a banheira do Hotel da viagem, e olhei a banheira do banheiro do Nathan, a banheira que eu não pude usar de manhã por causa da pressa. Ele andou até a banheira sem pudor apenas de cueca, não parecia se importar de estar seminu na minha frente.

Enquanto a agua escorria da torneira e enchia rapidamente a banheira, Nathan pegou alguns sais de banho sobre a pia jogou na água. Logo notei a camada de espuma se formando sobre a água, e também o cheiro maravilhoso.

– Vem. – pegou minha mão e deu um beijo nela.

Primeiro ele tirou meu moletom e o jogou dentro do cesto de roupa, depois que tirei meus sapatos, ele tirou minhas meias e minha calça.

Andei para ficar mais perto dele e senti quando suas mãos despiram-me da calcinha e meu sutiã, fiz o mesmo com a cueca dele. Nathan entrou na banheira e depois me puxou. Se sentou e me levou junto antes que eu dissesse algo.

– Tenho certeza que está vermelha de vergonha... – falou e me abraçou na banheira me cobrindo na espuma.

– O senhor que é muito desinibido. – reclamei.

Senti ele pegar meu cabelo e prender em um coque.

– Ontem não estava com tanta vergonha. – senti ele beijar meu pescoço.

– Nem me lembre. – disse sentindo meu rosto queimar.

– Adoro quando você se solta. – senti ele beijar minha nuca.

Senti meu corpo se arrepiar totalmente com a boca dele no meu pescoço, ainda mais depois dele dizer isso.

Senti a mão dele tocar meu braço e passar para minha barriga. Descer até o meio das minhas pernas. Passear minhas coxas. Senti os dedos dele ficarem perto da minha virilha e então me tocar levemente me fazendo estremecer com o tesão.

- O que está fazendo? – senti meu rosto arder de vergonha com as mãos dele me tocando.

- Parece que está gostando. – ele mordeu levemente minha orelha.

Arqueei minhas costas sobre o corpo dele quando ele colocou seus dedos e me tocou.

- Nathan... – fui exclamar surpresa, mas minha voz soou como um gemido.

- Vem aqui. – chamou.

Nathan me levantou e me ajudou a virar na banheira, quando o vi me olhando, meu rosto queimou em brasa. Sem que ele falasse algo sobre minha cor, o beijei rapidamente e ele passou espuma no meu corpo. Sentei sobre o colo dele sobre o volume que se formou logo após nossa pequena brincadeira.

Gemi baixo contra os lábios dele e ele suspirou de tesão. Senti as mãos dele enrijecerem e apertarem meu quadril.

 

~ ◇ ~

 

Após o banho maravilhosamente demorado, eu e Nathan nos secamos e ele ficou de cueca pela casa, enquanto eu fiquei de calcinha e com uma blusa que eu roubei do guarda roupa dele.

- Aonde você deixou seu notebook? – perguntei enquanto fuçava na mesa de trabalhos dele.

- Na gaveta... – ele preparava um lanche na cozinha. – Segunda gaveta, querida.

Abri a gaveta com um largo sorriso no rosto, não por causa da gaveta, mas porque ele me chamou de querida e eu amava quando ele fazia isso. Peguei o aparelho e o abri, liguei e o coloquei do lado do meu sobre a cama.

- Prontinho, nosso escritório está montado... – sorri e dei uma tapinha do lado que o computador dele estava na cama.

Nathan se aproximou com uma bandeja com vários pães e dois copos de suco.

- Para reabastecer a nossa energia. – disse colocando a bandeja sobre a cama e me dando um beijo antes de se sentar do meu lado.

Ficamos comendo, conversando e escrevendo nossos trabalhos, as vezes ele me parava para perguntar sobre acentuações e eu o parava para perguntar sobre palavras diferenciadas.

- Você tem um ótimo vocabulário. – elogiei enquanto escrevia o que ele tinha me dito.

- E você tem uma boca deliciosa. – disse me dando um beijo.

- Obrigada. – sorri e voltei a olhar meu trabalho, agora estava praticamente pronto, faltavam alguns ajustes.

Senti a mão do meu namorado na minha perna e ele dar um leve aperto que fez meu sangue ferver de excitação. Dei um tapa na mão dele.

- Se concentra. – mandei e apontei para o notebook dele.

- Não sei mais o que escrever... – ele recolheu a mão e sorriu.

- Acho melhor pensar, não vai mais tirar nenhum pecadinho de mim até terminar isso aí. – disse satisfeita com o meu poder de namorada.

- Isso não é justo... – disse indignado. – É maldade!

- Você está perdendo tempo. – falei concentrada.

Ele voltou a se concentrar no trabalho dele e eu ajudei ele com alguns conteúdos que ele não tinha colocado. Terminei o meu antes dele então enviei para meu professor, guardei meu notebook e voltei para a cama, ajudei Nathan a dar os últimos toques e ele terminou.

Nathan levantou da cama só de cueca e eu assobiei “fiufiu” para ele que riu e deu uma reboladinha sexy enquanto guardava o computador na gaveta.

- Idiota. – falei gargalhando enquanto ele voltava para a cama desfilando.

- Eu sei que você ama... – sorriu e deitou me rolando na cama com ele...

Fiquei sobre o peito dele, os olhos dele eram os meus azuis serenos do mar. O sorriso dele era lindo, exuberante. Toquei seu rosto levemente acariciando sua bochecha e ele deixou de sorrir para me encarar sério, mas com ternura.

- Eu amo... – falei com um meio sorriso nos lábios.

- Eu também te amo. – disse retribuindo o toque na bochecha e me dando um beijo leve e simples nos lábios. – Quero tanto te fazer feliz. – mexeu na mecha do meu cabelo que sempre caia de trás da orelha.

- Você faz. – sussurrei quase como se fosse um segredo.

- Porque sussurra? – tocou a ponta do meu nariz.

- Não quero que ela se assuste e vá embora... – sorri e o beijei.

- Você é muito fofa. – disse apertando levemente minhas bochechas.

- Você é muito sexy. – ri. – Pode rebolar para mim de novo?

- Claro.

Nathan ficou em pé na cama e começou a fazer um strip com roupas invisíveis. Quando chegou na cueca ele ameaçou tirar e eu gritei desesperada em meio a vergonha e o puxei fazendo ele se deitar novamente.

- Melhor irmos dormir... – falei com certo cansaço.

- Também acho. – me abraçou e me acolheu nos braços.

Me ajeitei no peito dele com frio e ele nos cobriu

- Boa noite, amor. – ouvi hesitação em sua voz.

- Boa noite... amor. – respondi com um sorriso nos lábios.

 

25 de Março de 2018 – Domingo

Acordei com uma batida na porta e rolei na cama.

- Nathaaaaan. – murmurei com sono. – Atende a porta... – pedi dando um beijo em algum lugar do rosto dele, provavelmente o queixo.

- Folgada. – falou me deu um beijo na testa.

Senti ele se levantando e me deixando na cama e novamente a batida na porta.

- Já vai... – respondeu e entrou no pequeno hall.

- Até que enfim... Achei que não iria me atender. – reconheci a voz da mãe dele.

- Mãe! – ouvi a voz dele sobressaltar.

Me sentei na cama desesperada e pronta para saltar dela e correr para o banheiro.

- Porque está atendendo a porta só de cueca? – ela invadiu o quarto e parou ao me ver na cama enrolada na coberta.

Congelei sem nenhuma reação e Nathan atrás também pareceu congelar com a situação.

- Então é com essa vagabunda que você anda saindo? – quase cuspiu as palavras com ódio.

- Mãe, não começa. – falou e andou até mim.

- Não começa o que? Porra Nathan! – parecia realmente furiosa. – Coloca essa vadia para fora desse apartamento, agora! – eu engolia em seco a cada vez que ela aumentava o tom de voz.

- Você não vai falar assim dela... – falou agora ele irritado. – Fora do meu apartamento. – apontou para a porta.

- Eu paguei esse apartamento para você! – jogou na cara.

- Na verdade o meu pai pagou, e disse que não era para deixar você jogar isso na minha cara quando fosse conveniente. – retrucou. – Então sai do apartamento.

- Então quer dizer que seu pai sabia dessa puta? – me ofendi com as palavras dela.

- Chega, sai! – Nathan pareceu estourar. – Não quero mais saber de você hoje, sai daqui! – gritou.

A mãe dele assustou com a reação do Nathan.

- Quem você acha que é para falar assim comigo? – abaixou a voz pela primeira vez.

- Quem você acha que é para chamar minha namorada dessas coisas? – retrucou.

- Namorada? Isso é algum tipo de piada? – perguntava incrédula.

- Não é piada, e se quiser participar da minha vida de hoje em diante me escuta bem. Acho melhor você aceitar que eu não vou casar com a Raven, eu não quero a Raven e nunca quis. A mulher que eu amo é a Samantha, e se quiser que ainda seja seu filho, vai ter que aceitar que ela é a mulher da minha vida! – falou tudo com convicção, com a voz calma e ao mesmo tempo rouca pelo esforço.

A mãe dele estava com a cara surpresa. Negou com a cabeça.

- Essa conversa ainda não acabou. – falou e saiu pela porta batendo ela depois que passou.

Me levantei às pressas e fui até o Nathan, preocupada e ele me olhou.

- Tudo bem? – perguntei.

- Sim, nunca me senti tão bem, mas não queria que tivesse chegado a esse ponto. – falou com os olhos agitados.

- Desculpa ter te colocado nessa situação. – me sentia culpada.

- Não tem que se desculpar, está tudo bem... – sorriu.

- Parece preocupado. – notei.

- Bom, posso perder minha mãe... – falou agora meio melancólico.

- Claro que não. – o abracei. – Sua mãe te ama, Nathan.

O apertei forte e ele me abraçou de volta cheirando meu cabelo.

- É incrível esse seu poder de me trazer paz. – sussurrou.

- Tenho que agradecer de algum jeito toda a sua sensualidade de ontem. – brinquei tentando aliviar o clima.

- É muito besta... – se afastou e bagunçou meu cabelo.

- Olha quem fala... – sorri para ele.

Nathan me puxou dançando comigo e eu notei que uma música leve tocava de fundo, uma música romântica, no estilo bela e a fera.

- Estamos em um baile? – perguntei encostada em seu peito seguindo o gingado.

- Sim... Minha dama. – brincou e me rodou no ar.

- Será que vamos ser felizes? – perguntei.

- Claro... – respondeu. – Vamos ter dificuldades iguais essas e até piores, mas se eu tiver você eu juro que posso superar tudo.

- Quem diria, Nathan sexy, galanteador, brincalhão e fofo? – olhei para ele. – Ganhei na loteria?

- Se você ganhou na loteria, eu ganhei uma viagem para um planeta longe e distante de belezas extraordinárias... O planeta chama minha namorada Samanta é muito mais que uma deusa. – ele me empurrou na cama e rolou comigo nela.

Rimos. Beijamos entre o riso. E rimos mais um pouco.

Eu jurava que podia ficar o resto da minha vida daquele jeito. Com um pouco de neve começando a cair fora da janela, o vento frio no quarto e nos dois embolados na coberta.



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