1. Spirit Fanfics >
  2. Quem disse que precisa ser docete? >
  3. Capítulo onze- Hey, Jude...

História Quem disse que precisa ser docete? - Capítulo onze- Hey, Jude...


Escrita por: RikuAbsolem

Notas do Autor


Como prometido mais um capítulo esse mês. Espero que gostem. Era para postar no dia 25 mas eu estarei viajando a parti das 19:00 horas de hoje. Então resolvi postar agora.

O SANA É TÃO BOM, ENCONTREI TODAS MEUS AMIGOS LÁ!!! PENA QUE EU NÃO TENHO MUITO DINHEIRO.

Desculpe os erros, revisei durante a madrugada, por isto posso ter deixado alguns erros passar. Alexy, meu bebê, você é muito adorável e estranho.

Capítulo 12 - Capítulo onze- Hey, Jude...


Fanfic / Fanfiction Quem disse que precisa ser docete? - Capítulo onze- Hey, Jude...

De volta aos sonhos...

“Ei, Jude, não piore as coisas

Escolha uma música triste e melhore-a

Lembre-se de deixá-la entrar em seu coração

Então você pode começar a ficar melhor”

É normal as pessoas terem o mesmo sonho diversas vezes. Os locais podem parecer diferentes, os sons, cheiros e as pessoas podem mudar em certos aspectos, porém, sempre terá algo que nos fará recorda-lo. Pode ser um caminho que você pegou da última vez, ou uma sombra escura em um posto, quem sabe até uma mancha escura no chão, mas nos faz pensar: “Ei, eu já estive aqui antes? Esse lugar me é tão familiar.”

Algumas pessoas chamariam de Déjà vu, diriam que é apenas uma impressão de nossas conturbadas mentes juvenis. Explicaria que nossa memória ligou o local a uma recordação esquecida, por isto a semelhança.

Todavia, não creio que seja assim, minha cabeça pode andar confusa nos últimos meses, não saber mais diferenciar o certo do errado, mas não possui a capacidade de prever que algo acontecerá, muito menos conseguir criar fantasias e roteiros próprios sem que eu influencie isso, apenas para dar-me um aviso. Por mais perturbada que eu ande – devidos aos problemas pessoais e psicológicos que surgiram desde o começo do ano passado, quando a doce e metida Lynn chegou a nossa escola, essa garota desde o começo foi apenas um fardo, que irritante – meu nível de estresse e intelecto não chega a ser muito grande. Os remédios que tomo para dores de cabeça e insônia não influenciam em nada tenho certeza, muito menos, os que tomo por fazerem parte da rigorosa dieta que me foi imposta pela mamãe quando eu tinha apenas treze anos de idade, porque se eu não manter-me no peso adequado acabo sendo uma vergonha para família, exatamente como dizem que o Nath é.

Será que são realmente avisos... ?

O tocar do despertador da cabeceira tirou-me de meus devaneios, eram duas e quinze da manhã, mas o sol brilhava forte como da última vez.

Eu estava sentada sobre as cobertas de minha cama, estava a aproveitar o vento frio que o ar condicionado liderava, adorava a sensação que ele proporcionava ao tocar minha pele praticamente desnuda, arrepiava-me por completo, criava uma prazerosa sensação que se espalhava por todo o meu corpo.

“Ei, Jude, não tenha medo

Você foi feito para sair e conquistá-la

No minuto que você a deixar sob da sua pele

Então você começará a ficar melhor”

Encostei-me nos travesseiras e almofadas que ficavam diante da cabeceira, aproveitando aquele momento silencioso para relaxar, a camisola subindo um pouco por causa do movimento. Naquele momento algo pareceu-me familiar demais, mas eu não sabia o quê, eu sabia muito bem o que deveria esperar por ele, o horário estava quase batendo com o da última vez.

A única claridade que havia na casa era a que entrava pela minha janela, o resto estava totalmente na escuridão, principalmente o corredor e as escadas para o primeiro andar, pela porta aberta notava-se que lá estava um completo breu. Era surpreendente pensar que eu nunca havia observado muito o meu lar, minha casa era tão sinistra quando vazia, talvez seja por isto que havia tantos segredos envolta do local, das pessoas que aqui moram.

Levantei o olhar para o teto, vendo as pequenas estrelas que um dos empregados havia prendido lá, porque eu pedi, quando eu era menor. Até hoje elas ainda não descolaram, nem é possível tira-las, já tentei algumas vezes em vão.

O som metálico dos ponteiros do relógio aborrecia-me um pouco, fazendo-me confundi-lo com o som de gotas de água caindo em uma panela de alumínio ou aço, esquecida em um canto mofado e velho. A enxaqueca tentando dominar-me, mas o comprimido que tomei começando a fazer efeito.

Meus pensamentos, motivados pelo calmo silêncio, levaram-me de volta para o apartamento de Armin e Alexy há alguns dias, as poucas palavras que trocamos fazendo pouco sentindo no momento. A voz fraca do gêmeo de cabelos azuis soando trêmula aos meus ouvidos enquanto o irmão o encarava receoso, cheio de desgosto na face e em seu coração.

E sempre que você sentir a dor

Ei, Jude, contenha-se

Não carregue o mundo

Em seus ombros”

“Então, como é a sensação de ser considerada a garota mais irritante da escola? Depois da Melody e da Bia? Com direito a duas acompanhantes.” Armin indagou enquanto sentava-se no sofá de sua sala, Alexy sentando-se ao seu lado e eu em uma poltrona próxima.

Eles pareciam pouco se importa com a minha presença ali , era como se fosse normal eu ficar esperando o meu motorista na casa deles. Talvez fosse melhor eu descer e esperar por ele no saguão. Não acho que os pais deles gostariam de chegar em casa e dar de cara comigo, a garota que vive ofendendo-os. Além disso, não possuo mais duas acompanhantes, Charlotte aparentemente mudará de escola nos próximos dias, diz que precisa de novos ares e nossa escola não é um bom lugar para pessoas maravilhosas como ela, seu tipo, o de Li e o meu não são tratados como deveriam naquela escola, tratados como as divinas perfeições que são. Ah, mesmo com esse jeito exagerado e egoísta dela sentirei a sua falta, foram anos que passamos andando apenas uma com a outra, quando a Li não havia voltado para nossa escola ainda.

Sorri amarga com sua pergunta, o Armin me tira do sério as vezes. Acho que ele faz isso de propósito apenas para me irritar, tão abusivo e calculista. Se ele não fosse alguém tão lerdo e desatento...

“Você deveria perguntar para quem está em primeiro lugar, não para mim, nerd.” Murmurei rude, vendo-o abrir um sorriso sacana que estranhamente me fez encarar seus delicados lábios, qual seria a sensação deles contra o meu?

Droga, o quê estou pensando? Esse é Armin! O garoto tapado que está sempre jogando vídeo game ao invés de prestar atenção nas aulas em que eu passo o tempo conversando... Talvez eu não seja um bom exemplo do que é o correto. Prestar atenção nas aulas também não é o meu forte, nunca foi, jamais será.

O olhar do azulado que estava no celular caiu em mim por alguns segundos em mim, analisando-me. O moreno calou a boca, também notando o jeito do irmão.

Alexy mordeu o lábio ao notar que eu olhava, parecendo tanto constrangido quanto perturbado. Naquele momento podia sentir certa tensão no ar, ele não ficara nenhum pouco contente ao ver-me falando normalmente com seu irmão, desde que jogamos paint ball percebo que está aflito com a ideia de Armin ser próximo a mim. Se ele não fosse aparentemente gay eu sugeria que está caidinho por mim, afinal sou linda, mas sei que não é isso.

“Por que você é assim, Am?” Indagou Alexy, ganhando totalmente nossa atenção. Não foi alto nem muito agudo, porém, eu senti que aquelas palavras perfuravam-me, a sensação insana de que mil agulhas eram enfiadas em meu corpo sem nenhum cuidado ou delicadeza.

Aquela era uma das poucas perguntas que eu não conseguia responder, muito menos queria.

Bem, você sabe que é um bobo

Que fica frio

Tornando seu mundo um pouquinho mais frio

Na na na na na na na na na”

Duas e meia marcou o relógio.

– Esperando-me, Ambre? – Escutei-o perguntar com malicia. Admitamos, ele fora bem pontual.

Castiel estava novamente parado diante da porta de meu quarto, a face sombria sendo banhada pela irradiante luz solar que o atingia proporcionando uma sombra quase inexistente atrás de si. Ele sorriu maldoso enquanto a água de seus cabelos ruivos escorria pelo seu tronco desnudo. Era como da última vez, porém, agora eu conseguia sentir o calor sendo liberado de seu corpo, chegando a mim de forma rompante, intoxicando-me.

Senti calafrios passarem por minha espinha a cada passo que ele dava em minha direção. O medo de que a toalha enrolada em sua cintura caísse virava vontade e perversão, que depravada horrenda eu estava virando. Sentei-me na cama, abrindo um frágil sorriso para ele, a mão automaticamente indo descer minha camisola. Meu corpo não ficaria a vista para ele novamente.

– Eu sabia que iria aparecer. Foi assim das últimas duas vezes. – Murmurei dando de ombros, a voz não parecia se a minha.

Castiel assentiu.

– Que infelicidade, gostaria de deixa-la assustada e confusa como da primeira vez, adoro quando tu fazes expressões preocupadas e amedrontadas. – Disse desapontado. – Se tu esperas é porque não tem medo de mim.

– Não mesmo. A única coisa que preocupa-me ultimamente é o fato de meu irmão ser um namorado muito possessivo quando se trata de ciúmes e a Lynn ser uma assanhada, ou as minhas roupas saírem de catálogo. – Sorri ao vê-lo ficar desgostoso por eu ter tocado no nome da garota, mas isso não pareceu abala-lo por muito tempo. Seria ele mais um dos que a inútil da Lynn seduziu? Quem sabe. No entanto, não acho que ela seja o tipo dele, a não ser que a Lynn consiga ser tão cínica quanto a Debrah, coisa que duvido muito.

– Não deverias pensar assim. Sabe, o Alexy anda bem, como posso dizer, aborrecido contigo e, ele pode ser alguém muito desagradável para se ter como inimigo, acredite em mim. – Falou calmo, entrando no quarto e sentando-se na ponta da cama, sua mãos quase tocando os meus pés.

Mordi a parte de dentro da bochecha, não compreendendo. Como o Alexy, aquele ser frágil e gentil demais, poderia ser um inimigo ruim? Ou melhor, um bom inimigo?

– Além disso, não entendo como pode gostar de ti, ele combina mais com o Lysandre, admito. E tu combinas mais comigo, quando não és tão petulante. – Completou desatento, fazendo meu coração desandar. A face dele ficara perturbadora aos meus olhos, embaçando e voltando ao jeito normal rapidamente, os olhos escurecendo-se em um tom anormal até para si. – Se bem que até tua petulância chega a ser bonita.

Não se o porquê mas quero acordar.

“Ei, Jude, não me decepcione

Você encontrou-a, agora vá e conquiste-a

Lembre-se de deixá-la entrar em seu coração

Então você pode começar a ficar melhor”

– Tu não deveria falar essas coisas... Nem em sonho, não desta maneira. – Falei, encostando-me na cabeceira. Talvez eu não devesse ter dormido, mas isso não era errado, o problema era ele. Esse não era ele.

Castiel olhou-me desdenhoso e riu.

– Quem disse que se trata de um sonho, minha querida? Essa pode ser a nossa realidade, não prefere ficar aqui? Podes me ter. Ter quem quiser aqui. Nesse lugar não precisam de tratar mal, ninguém tem nada contra você, apenas tem amor. Gostam de tê-la por perto, sua companhia nunca incomoda ninguém. Podes até ficar comigo, eu aceitaria usar esse rosto para sempre se fosse por você. – Falou mais sombrio, a voz engrossando estranhamente, causando arrepios. Soava tão familiar em meus ouvidos...

– Isso não é real! – Exclamei agoniada, sem saber o que fazer.

Aquilo nunca havia acontecido antes, em nenhumas das outras vezes. As suas palavras quase encurralando-me contra um desfiladeiro imaginário, era o cara na rua. Eu tinha certeza que quem falava já não era o Castiel, e sim aquela pessoa que me perseguira certo dia, por culpa dele acabei perdendo minha identidade e o celular. Mas, como ele está aqui? Não pensei nele antes de cair no sono, não pensei nele nenhuma vez desde aquele dia.

– Certeza? – Perguntou. E eu pude sentir a frigidez em sua voz.

A mão do ex Castiel esticou-se para a frente antes que eu pudesse dizer qualquer coisa e segurou meu pulso esquerdo, apertando-o com força para que eu não pudesse fugir. Senti minha pele queimar horrendamente, ardendo e ficando dolorosa no local onde ele apertava. Encarei sua face, notando a escuridão que havia surgido atrás dele, ao nosso redor. O mundo parecia distorcido atrás dele, quase como se eu tivesse prestes a acordar, o sorriso cruel aparecendo em sua face.

– Tu não poderás fugir de mim por muito tempo. O ciclo está se fechando, Ambre. Você já fez muito mal em vida para aqueles ao seu, agora terá que pagar. – murmurou inclinando sua face para o lado.

Arregalei os olhos.

– Como assim? – Indaguei.

– Você vai descobrir no futuro. Isso se acordar, se eu não acha-la primeiro. –Sussurrou próximo ao meu ouvido, o hálito quente causando calafrio.

– O que-

.


.


.


.


.

Ambre acordou sentindo que não havia chão, nem apoiou a para si. Parecia presa em um buraco negro que apertava e a distorcia. Ela respirou pesadamente ao abrir os olhos e encarar o teto de seu quarto, o alarme do despertador tocava incessantemente pela primeira vez naquela manhã, trazendo-lhe uma deleitosa sensação de calmaria. A garota impulsionou o corpo sem cuidado para a frente, arfando dolorosamente ao sentar-se e notar que sua pele estava febril.

Droga!

Manteve a atenção pressa ao seu despertador, desligando o alarme para que não mais tocasse.

Deve ter sido por isto o pesadelo, estava doente, isto justificava tudo. No entanto, por que estava a sonhar com aquilo? Ambre já havia posto em mente que houvera na rua durante fatídica tarde foi sem importância, tinha sido apenas uma impressão da parte dela, nenhuma pessoa havia falado e a seguido por diversas ruas. A pessoa encapuzada apenas rumou algumas vezes na mesma direção perdida que ela seguia. Ambre só ficara com o incidente na cabeça porque não seria a primeira vez que um ser estranho aproximava-se dela ou a perseguia pelas ruas, além de ser bonita os pais tem bastante importância na cidade, pelo menos possuíam. Porém, algo na mente dela dizia para não acreditar que aquele ser a perseguia, obrigava a não pensar nele, berrava que até em pensamentos ele poderia ser perigoso.

E talvez fosse.

– Ambre, minha querida. É hora de levantar, não pode se atrasar. – Adélaide, a mãe da garota, chamou batendo na porta na porta do quarto, dando-lhe um pequeno susto que logo passou. A filha olhou para lá, notando que havia-a trancado durante a noite anterior, provavelmente para manter o mínimo de privacidade. Seus pensamentos estavam a mil quando foi até a porta e a abriu, uma frase permanecendo em sua cabeça.

“(...) se eu não acha-la primeiro.”

Então coloque para fora e deixe entrar

Ei, Jude, comece

Você está esperando alguém com quem se apresentar

E você não sabe que é somente você?”


Notas Finais


Sinto muito se tiverem estranhado, caso tenham dúvidas podem perguntar, responderei-as com prazer.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...