1. Spirit Fanfics >
  2. Quem disse que precisa ser docete? >
  3. Capítulo sete - Crazy in Love

História Quem disse que precisa ser docete? - Capítulo sete - Crazy in Love


Escrita por: RikuAbsolem

Notas do Autor


Hey!! Antes de começar a ler uma pequena informação: Pode até parece mais, as músicas não são escolhidas aleatoriamente, cada uma da um mínimo de sentido ao capítulo, principalmente agora que nosso drama começa a acontecer.

Esse capítulo pode causar ansiedade, medo, raiva ou confusão... Caso tenha algum problema envolvendo alguma dessas emoções recomendo que o pule... Mas se não lê-lo poderá acabar sem entender aos futuros capítulos.

Aproveite!

Capítulo 8 - Capítulo sete - Crazy in Love


Fanfic / Fanfiction Quem disse que precisa ser docete? - Capítulo sete - Crazy in Love

Seguindo cegamente.

"Eu olho profundamente nos seus olhos

Eu toco você cada vez mais

Quando você vai, eu imploro para que fique

Chamo seu nome duas, três vezes seguidas..."

- Ah, Ambre... Minha querida. Acho melhor você se comportar. Estou perto demais para que não consiga perceber. - Uma voz soou grave ao longe, olhei para a pessoa, notando um vulto negro parado próximo a porta  de meu quarto. Não dava para notar direito como era o seu corpo, porém parecia ser de um humano, homem para ser exata.

- Perceber o quê? - Perguntei com o tom baixo, sem conseguir sair do local em que eu estava naquele momento. Minha vista ficava ainda mais embaçada a cada passo que ele dava para aproximar-se de mim, meus olhos um pouco semicerrados por causa da luminosidade do local.

- Que eu... Não sou o seu amigo de verdade. Apenas preciso de uma distração para essa minha pacata vida. - Murmurou segurando em meu pulso, um largo e desumano sorriso aparecendo em seu rosto. A última coisa que eu veria antes de acordar, a única coisa visível naquele ser.

...

Há momentos na vida que não temos certeza sobre mais nada. Não conseguimos direito nem saber diferencia algo que queremos, do que devemos fazer. Como sei disso? Bem, acho que acabei de entrar nessa fase conturbada. E pior, acho que não será um passageiro rápido, que não irá interferir em meu cotidiano.

- Ambre! Você está prestando atenção no que estamos dizendo? - Alguém perguntou, virei meu rosto na direção da voz, notando que a aula já havia acabado e que, contando comigo, haviam apenas quatro pessoas presentes na sala. Armin com os pés apoiados na cadeira enquanto jogava em PSP e as minhas duas amigas, Li e Charlotte, que olhavam para o meu rosto totalmente desinteressadas. Provavelmente fora Charlotte que me chamara, ultimamente ela age como se eu fosse sua subordinada, obrigada o prestar atenção em todas as inutilidades que ela fala, coisa que eu não sou.

Revirei os olhos ignorando completamente meus pensamentos. Não faria a menor diferença ficar ali ou não, mas ficar sozinha nunca seria a melhor opção. Principalmente em uma escola em que quase todos - se não todos - me odeiam.

- Não, eu não estou prestando atenção. - Falei mal humorada, começando a guarda os meus livros dentro da bolsa para que, logo, eu pudesse ir para minha casa. Pena que só alguns cabem dentro. - Sobre o que estão dialogando?

- Sobre seu novo pretendente... Você percebeu que durante quase toda a aula o Alexy ficou observando-a? Parecia muito querer falar contigo, talvez fazer uma declaração de amor. - Li debochou rindo de forma desdenhosa, um sorriso maldoso formando-se em seus lábios, enquanto ela levantava-se da cadeira, ficando curvada sobre nossa mesa para que eu olhasse-a nos olhos. Observei-a juntamente com Charlotte, cada uma demonstrando seu próprio estado de espírito naquele momento.

- Que? - Perguntei fazendo esforço para não rir.

Meu primeiro pensamento ao ouvir isso foi: Que diabos elas estão dizendo?  Pode ser até que ele estava encarando-me, porém pensar que ele está  interessado em mim é uma grande burrice. Ok, sei que o Alexy não é assumidamente gay, mas ele sempre deixou bem claro quais são os seus gostos. Lembro-me muito bem de tê-lo ouvido dizer que prefere os mais másculos para a Lynn certa vez, não tenho certeza  se essas foram as palavras exatas que ele disse, mas provavelmente fora.

Eu fiquei encarando-as boquiaberta e elas me encaravam de volta. Charlotte pareceu finalmente entender minha pergunta pois suas sobrancelhas castanhas franziram-se e ela levantou-se de imediato, ficando também diante da mesa, dando dois passos para trás para olhar-me. A outra fazendo o mesmo.

- Por que você está com essa expressão de quem acaba de ouvir uma piada? - Perguntou.

Abri a boca para responder, mas percebi que, na verdade, eu não precisava dizer nada. Eu sempre fui próxima a elas, então sempre consegui esconder minhas emoções secundárias, com exceção do humor, esse nunca consegui evitar que percebessem.

"É tão engraçado para mim tentar explicar

O que sinto, meu orgulho é o único culpado

Porque sei que não entendo

Como seu amor pode fazer o que ninguém mais pode."

- Sem ofensas, mas percebe que está sendo ridícula, né? - Indaguei soltando um suspiro cansado. Essa conversa está ficando cada vez mais estranha e sem eixo.

Li franziu o cenho.

- Mas... Ambre! Você é uma das garotas mais atraente  dessa escola. Não há como um dos garotos não apaixonar-se por ti. Principalmente o Alexy, aposto que está caindo de amores por você. Por isso fica observando-o diariamente com aquela linda expressão que ele costuma usar apenas quando está maliciando. - Charlotte declarou empinado o nariz, também curvando-se para a frente como a outra garota havia feito.

As garotas trocaram olhares perversos enquanto abriam desprezíveis sorrisos que, por mais que eu quisesse, não conseguiam causar arrepios como o sorriso daquele pensamento. Mais algumas para que eu elimine da minha lista. Não há como ser elas.

-  Ela pode ser até atraente como vocês dizem. - a voz de Armin se fez presente, corei um pouco ao escutar o que havia falado. Olhamos para ele percebendo que tinha levantado-se e estava parado, ao lado de um cadeira em uma das primeiras filas. O PSP dele estava ligado, porém ele estava segurando-o com a mão esquerda - ignorando-o totalmente - a mochila era segurada na outra.

Eu havia esquecido que ele estava presente na sala. Se eu lembrasse não teria deixado o assunto ser o seu gêmeo, provavelmente o Armin não gostara nenhum pouco de ter ficado ouvindo falarem sobre o seu melhor amigo. Nem o que jogava conseguiu chamar tanto sua atenção ao ponto de distraí-lo da conversa, imagino o quão irritado com isso ele deve estar.

Mordi o lábio inferior, constrangida com a situação.

- Mas o Alexy nunca possuiria o menor interesse por ela, nem por qualquer uma de vocês. Eu não deixaria que isso chegasse a acontecer. - Concluiu aborrecido, dando as costas para nós três e seguindo em direção ao corredor principal.

- Nossa, que garoto revoltado. - Li falou voltando a olhar para mim junto a Charlotte, ambas com os olhos um pouco arregalados e os rostos parcialmente ruborizados. - É por ser assim que as pessoas normalmente não gostam dele, garoto estressado.

- É por falar coisas como essas que a escola inteira não gosta da gente, isso sim. - Levantei-me aborrecida da cadeira pegando minha bolsa e os livros que não dera para guardar.

Comecei a marchar pisando duro para a saída da sala, no entanto, assim que segurei maçaneta parei, inclinando meu rosto para elas. Tentei deixar minha expressão a mais vaga possível, então forcei um sorriso.

- Nos vemos amanhã, até depois, garotas. - Murmurei indiferente, retirando-me antes que tirassem aquelas expressões chocadas de suas faces e falassem qualquer coisa.

"Você me deixa louco

E seus amores me deixam louco

Você me deixa feito louco

E seu toque me deixa louco."

...

Divagando. Era isso que eu fazia naquele momento. Rumava cabisbaixa em direção ao parque localizado próximo ao prédio da escola, eu estava tentando não perder-me em pensamentos e acabar errando o caminho, coisa que é muito difícil de acontecer- tenho certeza que o único capaz de perder-se enquanto vai ao parque é o Lysandre. Desde que fui aquele piquenique costumo ir para lá ao menos uma vez por semana, a vista é bela quando se está vazio e é um bom lugar para repensar, principalmente por ser tão silencioso durante aos horários prós aula.

Naquele momento apenas o Armin rodava minha mente, suas palavras e expressão ao declarar o quanto comanda o próprio irmão. É fofo o modo como parecem importar-se um com o outro, será que o Nathaniel defenderia-me dessa maneira? Protegeria-me e impediria que falassem mal de mim? Provavelmente ele não faria nada à meu favor, não posso considerar-me uma pessoa boa, que os outros considerem gentil e amável - duvido muito que qualquer coisa que falem que eu disse não seja verdade.

"Eu vou até você, Ambre. Te encontrar para fazê-la... Feliz." Escutei alguém falar próximo ao meu ouvido. Virei-me assustada, olhando para todos os lados em busca de qualquer pessoa que fosse, porém a rua estava completamente vazia, sem contar com minha presença. Meu coração acelerado pelo susto, apertado pela apreensão que senti, aquela voz chegava a ser demasiadamente familiar, porém eu não sabia a que pertencia. Não conseguia relaciona-la a ninguém. "Vou até você."

Suspirei desinteressada, voltando a andar após passar alguns segundos tranquilizando-me.

Os únicos sons que podiam ser ouvidos por mim eram o de meus próprios passos e o do conturbado vento frio que corria vagaroso pelas escuras ruas. No entanto, eu possuía a breve impressão de que estava sendo seguida.

Admito que era uma situação quase familiar, mas provavelmente era apenas uma impressão pois eu nunca havia passado por nada assim. Afinal, eu nunca moraria por aquelas bandas, então poderia ficar facilmente com medo do desconhecido ou melhor de desconhecidos durante aquele horário.

Provavelmente aquele aperto fora apenas causado por uma ilusão... Apenas uma amarga ilusão. Foi o que pensei, pelo menos até começar a ouvir passos, que não pertenciam ao meu ser, indo na mesma direção em que eu ia, cada vez mais próximos de mim.

"Você me deixou esperando você me salvar

E seu beijo

Você me faz querer que você me salve

Loucamente apaixonado

Você me deixa,

Me deixa loucamente apaixonado."

Olhei de relance para trás ao passar por um sinal de trânsito vermelho. Havia um ser peculiar parado a poucos metros de distância de mim, ele trajada - aparentemente - um longo casaco preto e com o capuz da mesma  cor cobrindo-lhe a cabeça, porém, não tenho certeza quanto a essa roupa e era a única pessoa à vista na rua.

Estava na penumbra do dia, ficava difícil de enxergar, mas eu podia afirmar que, aquele ser, sorriu ao parecer que eu havia notado-a...

"Você está começando a perceber." Escutei alguém murmurar, tive certeza absoluta que era a voz do sonho, mas não se era a da pessoa, nem olhei para confirmar mas... Aquele sorriso que ele mostrou, tão similar ao da manhã, largo e incomum.

Sei que eu estava apenas sendo um pouco paranóica ao pensar que estava sendo seguida, por isso comecei a andar com mais velocidade. Ignorando completando a presença dele.

Após seguir longas trilhas que eu nem sabia para onde iam, cruzar por diferentes rotas confusas, confirmei minhas suspeitas. Aquela pessoa estava realmente seguindo-me. Não havia como ele está seguindo na mesma direção que se eu nem sabia para onde ia agora.

- Droga... - Murmurei estalando a língua.

Era só o que faltava para melhorar a minha vida, aposto que é um ladrão... Por favor, que não seja isso, nem nada pior. Eu pedia agonizando mentalmente, assustada demais com as hipóteses que surgiam a mim.

"Se você não está lá...

Não há mais ninguém para impressionar."

Dobrei uma esquina chegando a entrada de um conjunto de apartamentos, então comecei a correr, de verdade dessa vez. O meu maior problema no momento era estar completamente perdida, fiquei ignorando totalmente a dor que eu teria depois por correr com uma bolsa na mão e sem preparar-me fisicamente.

"Ambre..." Chamaram-me novamente, olhei para trás notando que finalmente estava sozinha, que provavelmente a pessoa ficara a algumas quadras de distância desistindo de qualquer que fosse a sua intenção comigo, então parei de mover-me, olhando ainda desconfiada em todos os sentidos horários. No entanto, as únicas pessoas visíveis eram um idoso, sentado atrás de um balcão dentro de uma pequena loja de conveniências e uma dupla, homem e mulher, sentados em um pequeno banco do parque, localizado bem no centro, conversando animados.

Suspiros cansados saiam por meus lábios naquele momento, inclinei meu corpo para frente, apoiando as mãos nos joelhos, uma tentar de fazer meu coração e respiração descompassados voltassem ao normal, forma de minimizar a dor enorme que eu sentia.

Aquilo tudo para chegar apenas ali tinha sido tão cansativo. Eu ia voltando a respirar normalmente quando alguém tocou meu ombro, murmurando uma simples palavra que fez todo meu corpo gelar.

- Ambre?

"É meu coração que pula quando estou com você.

Mas eu ainda não entendo

Como seu amor pode fazer o que ninguém mais pode..."


Continua...




Notas Finais


Desculpe por postar tão cedo, mas eu não sabia se possuiria tempo depois.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...