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História Quem disse que precisa ser docete? - Capítulo oito - Cedo ou tarde


Escrita por: RikuAbsolem

Notas do Autor


Esse capítulo aconteceu a três meses antes do início da história, precedendo o primeiro sonho "peculiar" com os garotos que Ambre tivera.

Capítulo meio pequeno, desculpe.

Narrado por mim, ou seja narrado por outro personagem. : )

Enjoy!

Capítulo 9 - Capítulo oito - Cedo ou tarde


Fanfic / Fanfiction Quem disse que precisa ser docete? - Capítulo oito - Cedo ou tarde

Diante de todos, mas escondida.

"Quando perco a fé,

Fico sem controle

E me sinto mal, sem esperança

E ao meu redor,

A inveja vai,

Fazendo as pessoas se odiarem mais."

E lá estava Ambre, sentada ao lado de Armin na aula da Delaney como era obrigada. Eles formavam um bonito casal se vissem-os de longe, claramente. Só aqueles próximos sabiam da personalidade horrível que a garota tinha, só os que conviviam conseguiam notar o quão desinteressante por pessoas o moreno era.

Poderia até existir um por cento de chance deles se gostarem, porém era difícil provar isto. Afinal, eles mal se falaram durante todo o ano e, quando abriam as bocas um para o outro, aconteciam discussões. Causadas pelo modo áspero dela tratar os colegas ou pelas misturas que não combinavam nenhum pouco e precisavam se encontrar, assim como os dois.

- Ambre, a Delaney disse que era para colocar o frasco com o líquido azul dentro antes do vermelho! - Exclamou Armin, sua voz sendo alta ao bastante para que alguns alunos que estava nas mesas próximas, o que inclusivo os irmãos deles, conseguissem ouvi-la e virassem a cabeça em direção a eles.

A loira pareceu pensar sobre a fala dele, franzindo o lábio como se estivesse incomodada, as faces avermelhadas por ter sido repreendida diante de Castiel - que nem havia importado-se de olhar por estar entretido demais em sua discussão.

- Tanto faz. Armin, vamos receber a nota por qualquer resultado que dê. - Retrucou após alguns segundos em silêncio. A atenção de todos voltandoao seus próprios trabalhos.

A garota pegou um frasco fino com líquido arroxeada dentro, encarou a cor por alguns segundos, enquanto parecia estar levemente encantada com o odor estranho que exalava. Ela misturou-o junto ao que já havia feito antes que o moreno pudesse dizer qualquer coisa. 

Ambre sorriu vitoriosa com isso.

- Tu podias se esforçar para tirar a nota máxima ao menos... No lugar de fazer qualquer coisa. - Armin murmurou incrédulo com a ação dela. A loira apenas deu de ombros, pegando suas coisas sobre a cadeira e seguindo em direção à porta da sala, sem importar-se com o resultado de seu declineu.

O garoto apenas balançou a cabeça, sorrindo um pouco pelo modo dela de agir.

"Me sinto só,(me sinto só)

 Mas sei que não estou (Mas sei que não estou)

Pois levo você no pensamento

Meu medo se vai, (Meu medo se vai)

Recupero a fé, (Recupero a fé,

E sinto que algum dia

ainda vou te ver

Cedo ou Tarde (Cedo ou Tarde)"

Ambre seguiu pelo corredor, procurando um lugar para descansar. Queria ir lá fora, porém sabia que não podia naquele momento, a primeira aula do dia nem havia acabado ainda e se a diretora a visse, poderia pensar que estava a cabular aula, o que não seria nada agradável de se informar aos pais dela.

Decidiu então ir ao porão, provavelmente ninguém estaria lá naquele momento. Tinha plena certeza disso, todos os colegas haviam ficado em classe, cuidado de seus trabalhos.

A loira colocou a mão sobre a maçaneta e a girou, notando que não haviam trancado-a, o que foi uma surpresa para ela. Para falar a verdade, sua impressão era que estaria cerrada, mesmo sabendo que era incomum trancarem-a em horário de aula.

Sendo sincera, Ambre era a única que ousara brincar com aquela porta, talvez tenha sido por isso que ficou com tanto medo ao descer os degraus daquela escada. O receio dominando-a junto ao pensamento de que iam prende-la.

- Droga... - Murmurou estalando a língua assim que sentou- se em um banquinho atrás da escada, um canto que qualquer um que entrasse não a veria. Sua roupa sujando minimamente de poeira, porém o suficiente para fazer o seu nariz ficar coçando.

Ambre apoiou as mãos nas pernas, suspirando como se pudesse tranquilar-se. Ela escutou em silêncio a escada ranger como se pessoas estivessem descendo, então resolveu não se mexer, esperando que a pessoa fosse embora logo.

- Mas... Castiel! Você... Não pode. - A voz de Alexy soou triste em seu ouvido, ela olhou em direção ao fim da escada, percendo que Lysandre, Castiel e Alexy estavam ali, discutindo. Os olhos dela arregalando-se um pouco devido a surpresa. Aqueles três juntos era uma combinação tão estranha.

"Cedo ou tarde

A gente vai se encontrar,

Tenho certeza, numa bem melhor.

Sei que quando canto você pode me escutar."

O azulado estava com as faces vermelhas e com as roupas amarrotadas, parecia muito tê-las trajado as pressas, vestido-se e saido correndo. Seu rosto demonstrava completo terror, como se houvesse visto algo, ou outro alguém houvesse visto algo que não deveria.

Lysandre pôs a mão sobre o ombro do gêmeo, pedindo discretamente para que ele se calasse, enquanto que com a outra mão ajeitava ao colarinho da roupa vitoriana.

- Castiel, somos amigos, certo? - Perguntou desconfortável por metendo-se na vida dos olhos.

O ruivo assentiu, cruzando os braços totalmente descrente. Não conseguia acreditar que Alexy havia envolvido o platinado nisto, que parte do "Esse é um segredo, não fale a mais ninguém, por favor. Senão eu te mato" o azulado não entendera? Castiel tinha certeza que tivera sido bem claro.

- Então, você não poderia pensar melhor? Olhe só o estado do Alexy, ele está sendo  totalmente honesto contigo. Não é brincadeira. - O platinado reafirmou.

Castiel suspirou, descruzando os braços e puxou Alexy com força, forçando-o a se aproximar de si.

Irritantes!

- Vocês são idiotas, mas... - começou olhando indiferente para eles, o braço passando ao redor da cintura do azulado, que ficou ao seu lado olhando malicioso para Lysandre, tentando-o a questionar essa ação. Finalmente seus planos começariam a dar certo. - Eu vou tentar, apenas por causa que a Linn está namorando com o bonachão do representante e-

- E você possui sentimentos relacionados a eles, nós sabemos. - Alexy disse atrapalhando ao outro. Sorrindo ainda mais ao ver o rosto de Castiel ficar rubro.

Lysandre permaneceu com a expressão indiferente, porém estava realmente incomodado como o modo em que os garotos estavam agindo. Para eles que haviam passado quase que a aula toda discutindo, estarem tão próximos assim apenas por poucas palavras trocadas, era um enorme avanço. Principalmente por nunca terem trocado mais que alguns gracejos durante todo o tempo que se conheciam.

Antes que pudessem continuar a conversa e o gêmeo dissesse qual o seu plano, uma pequena partícula de poeira caiu do telhado, voando para o nariz de Ambre - que ainda observava os garotos, as sobrancelhas franzidas e o lábio sendo mordido. Ela tampou o nariz com a mão, tentando evitar o espirro.

- Dá para se afastar do Castiel, Alexy? - Lysandre pediu baixo, fitando-os com os olhos semicerrados.

Alexy o olhou confuso quanto ao seu pedido, porém antes que pudesse responder qualquer coisa ou perguntar, o som baixo som de um espirro abafado, seguido pelo som de várias coisas caindo no chão, chegou ao ouvido dele e dos outros dois. Ele afastou-se assustado do ruivo, olhando para a ponta da escada como se procurasse algo.

Ah, que droga... Pensou Ambre destampando a boca e arqueando as sobrancelhas, arrependida por ter ido para ali - se bem que a culpa nem dela é, eles que entraram ali sem percebe-la - só faltava isso para estragar o seu dia, maldita poeira.

"Você me faz querer viver,

E o que é nosso,

Está guardado em mim e em você

E você apenas isso basta"

Ela mexeu-se inquieta, escostando-se um pouco mais na parede fria que estava atrás de si, decidido o que deveria fazer.

Castiel franziu o cenho irritado, percebendo que havia apenas sombras em formato quadrado e retangulares sob a escada, porém ainda assim perguntou.

- Quem está aí?

Nada, a garota apenas encolheu-se um pouco.

O platinado ficou ao lado gêmeo, fitando sem muito interesse a região em que o som surgira. Talvez aquilo não tenha sido um espirro, pode ter sido apenas impressão deles. Ou foi no primeiro andar. Porém ele não tinha certeza, sabia completamente que qualquer passo em falso poderia acabar com tudo que Alexy criou e, por Deus, ele não queria imaginar o estado do azulado caso fracasasse.

- Quem está aí? - Perguntou Castiel novamente quase desistindo de pensar que havia alguém ali, ele cruzou os braços.

Se houvesse alguém ali ele teria notado. Pensava o ruivo, algum deles teria percebido olhos encarando-os o tempo inteiro se fosse possível.

No entanto, dessa vez ouvidos passos em sua direção.

Ambre soltou uma risada baixa, saindo da sombra e aparecendo diante deles. Ela olhou para os garotos enquanto um sorriso maldoso aparecia em seu rosto, as mãos apoiadas na cintura, a bolsa presa em um dos braços.

- O que você faz aqui, garota? Veio incomodar ainda mais nossas vidas por acaso? - O ruivo indagou olhando-a inquisidor. Alexy sorriu fraco pela presença dela, colocando as mãos no bolso do casaco.

- Eu entrei primeiro que vocês. Então não há como eu ter vindo incomoda-los. - Falou olhando desafiadoramente para ele.

Um motivo para falar com ele sem estarmos brigando. Se bem que isso é uma discussão, mas pelo menos ele não está xingando-me. Ambre pensava, tentando disfarçar o incômodo que estava sentido em seu corpo por causava da grosseria alheia, nem por um segundo tirando sua atenção deles.

"Cedo ou tarde

A gente vai se encontrar,

Tenho certeza, numa bem melhor.

Sei que quando canto você pode me escutar."

O ruivo trocou olhares confusos com os outros dois homens, assentindo duas vezes para confirmar.

- Isso não te dá o direito de ouvir a conversa dos outros. - Disse rude, vendo Ambre dar de ombros. - Por que você não vai embora?

Ambre mordeu o lábio.

- Não quero. - Retrucou, andando até diante da escada e parando enquanto virava-se na direção deles. Ela olhou de maneira superior para ele, empinando o nariz ao vê-lo sorrir minimamente. Também sorriu, sarcástica, pensando em algo que pudesse aflingi-los. Mas eu devo ir agora, antes de me dar mal.  - Continuem, não quero atrapalhar uma ménage tão estranha.

Os garotos não tiveram tempo de falar mais nada, pois a loira apenas saiu correndo escada acima enquanto ria. Sem  notar a expressão rubra de um e chocada dos que sobravam no local ao ouvir suas palavras.




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