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História Quem me roubou de mim? - Andrômeda


Escrita por: Filipe_nasci

Capítulo 2 - Andrômeda


Quando soube que minha mãe estava grávida de uma garotinha, meu pai se sentiu a pessoa mais feliz do mundo. Ele sempre dizia que eu estava destinada a algo grande.
Segundo ele, eu seria uma astronauta famosa que descobriria novos planetas e novas galáxias.
Foram nove meses de muita alegrias, onde meus pais fizeram as compras de tudo aquilo que um bebê necessita quando nasce.
Ao sentir as primeiras contrações, minha mãe foi levada ao hospital por meu pai, que estava de férias em casa propositalmente para acompanhar a gravidez.
Minha mãe foi para o centro cirúrgico e papai estava sempre ao seu lado acariciando seus cabelos.
Tudo estava pronto pra que eu chegasse.
Papai deu um longo beijo na testa de minha mãe e foi surpreendido com estranhos sons que vinham dos equipamentos médicos ao lado.

– O senhor precisa sair AGORA! – disse a enfermeira entonando a última palavra.

– 1mg de adrenalina, depressa – gritou o Médico com as enfermeiras.

Minha mãe estava tendo uma parada cardiorrespiratória e todos estavam trabalhando arduamente para trazê-la de volta.
Meu pai estava do lado de fora, incrédulo no que estava acontecendo.

– 1mg de vasopressina – disse o médico iniciando a massagem cardíaca. – temos que tirar a criança agora.

Naquele momento, meu pai teria que fazer a escolha mais difícil da sua vida.

– Ou salvamos sua esposa ou salvamos a criança. Entendemos sua dor, mas precisamos agir logo ou perderemos as duas. – Disse o médico enxugando uma gota de suor que escorregava da testa.

O chão parecia tragá-lo.
Ele não estava mais ali.
Sua mente foi levada nos momentos felizes que passou ao lado de minha mãe.
Meu pai se lembrou do dia em que chegou do trabalho e recebera a grande notícia da gravidez.
Por incrível que pareça, os dois tiveram uma longa conversa a qual chamaram de “medidas a serem tomadas em caso de emergência”.
Mamãe o fizera prometer que se algo acontecesse, ele escolheria a minha vida à dela.

– salve a minha filha doutor. – Meu pai caiu de joelhos exausto psicologicamente.

Minutos depois ele fora chamado para me ver e me pegou nos braços.

– Andrômeda...  Você se chamará Andrômeda como a constelação. – ele disse acariciando as minhas bochechas rosadas.

A enfermeira me pegou novamente para que ele se despedisse da minha mãe.
Papai, assim como no início da cirurgia, acariciou os cabelos dela e em lágrimas,  beijava seu rosto.

– Eu cumpri com a minha promessa meu amor. Eu vou cuidar da nossa filha, eu prometo. 












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