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História Quem são os Winchesters? - HIATO - Dark Sun


Escrita por: _missedalways

Notas do Autor


Boa leitura!!!

Capítulo 20 - Dark Sun


Fanfic / Fanfiction Quem são os Winchesters? - HIATO - Dark Sun

Autora POV

Amylee estava com os olhos esbugalhados, ofegante, a beira de um colapso nervoso.

- Ainda está ouvindo-os? - Dean perguntou, colocando sal em todas as portas e janelas do quarto.

- Sim - Amylee assentiu, olhando para o relógio em seu braço.

“Dez minutos”, ela pensou. Só lhe restavam dez minutos na Terra e os cães infernais rosnando em torno da casa a deixavam em pânico.

- Tudo bem - Dean disse, carregando a espingarda - vai dar tudo certo.

- Dean…

- Nós vamos dar um jeito de sair daqui - ele disse, mas era claro que ele estava tentando convencer a si mesmo - vou achar um jeito de te manter viva e vai ficar tudo bem.

- Dean, pare! - Amylee esbravejou e Dean finalmente a olhou - acabou. O sal não vai segurar os cães por muito tempo. Você devia sair daqui antes que eu vire comida de cachorro.

- Eu não vou deixar você aqui.

- Vai - Amylee disse, tentando manter sua voz firme - você vai. Eu agradeço o que fez por mim, de verdade. Não era sua obrigação. Mas agora, acabou. Vá embora.

- Amy…

- Por favor - Amylee implorou com os olhos marejados - pule a janela, a queda não é alta. E corra. Corra o mais rápido que você puder. 

Dean suspirou, balançando a cabeça, sentindo-se imensamente impotente. Amylee forçou um sorriso, encorajando-o, o que fez Dean olhar em volta, desolado. O coração em seu peito batia dolorosamente, fazendo seus olhos encherem de lágrimas. Dean a abraçou de um jeito forte, prendendo Amylee entre seus braços.

- Eu nunca vou me perdoar por isso - Dean sussurrou, o que fez com que Amylee não conseguisse mais manter suas lágrimas escondidas.

- Eu amo você, Winchester - Amylee sussurrou, fazendo o coração de Dean bater ainda mais rápido.Dean segurou o rosto dela em suas mãos, tentando memorizar cada detalhe de sua face.

- Eu também amo você - Dean respondeu e Amylee deu um leve sorriso entre lágrimas. Dean colou seus lábios nos dela em um selinho demorado, separando-se dela segundos depois, contra vontade.

Dean pegou sua mochila do chão e a colocou nas costas, abrindo a janela, quebrando uma das linhas de sal feitas. Ele passou metade do corpo para o lado de fora, olhando para o chão lá embaixo. Dean olhou para Amylee uma última vez e ela já estava perto da porta, pronta para abri-la assim que Dean pulasse para o lado de fora.

Dean segurou no batente da janela com suas mãos e deixou o corpo deslizar para baixo, caindo para o lado de fora. Assim que seus pés tocaram o chão, ele correu e entrou no Impala, partindo.

Dean retornou até o hotel onde Sam estava hospedado durante o tempo em que Dean passou com Amylee. Sam olhou para o irmão assim que ele entrou e Dean soltou o ar de seus pulmões lentamente, balançando a cabeça negativamente.

- Sinto muito, cara - Sam disse e Dean jogou sua mochila no chão, saindo novamente do quarto.

 

Dean POV

Vou lhe dar três chances para acertar onde estou neste momento.

Se você disse “enchendo a cara em um bar”, acertou. E isso significa que você me conhece bem. Então, devo imaginar que você também sabe que eu não sou muito ligado a relacionamentos amorosos e que eu prefiro casos de uma noite só. Presumo que isso que aconteceu agora seja o glorioso karma atuando em minha vida. 

Amar outra pessoa sempre foi coisa de filme para mim. Esses clichês onde dois estranhos se olham e “puf!”, amor à primeira vista. Vida real não funciona assim. 

Ao menos, era o que eu achava, até o cupido me acertar com uma flechada violenta. E o destino levá-la de mim.

Botei mais uma dose de whisky para dentro e encarei o fundo do copo vazio, imaginando alternativas de manter aquela dor fechada a sete chaves em uma caixa, uma caixa que eu pudesse esquecer que existe. Uma dor que eu me recusava a sentir.

Mas era praticamente inevitável. 

Do mesmo modo repentino em que eu fui pego por essa paixão forte, intensa, doentia, seja lá como devo chamar, eu fui nocauteado. E o tempo continuou seguindo.

Já havia se passado um mês desde a morte de Amylee. Confesso que eu continuava me sentindo péssimo. Sam tentava me ajudar, mas era em vão. Eu lembrava dela a todo momento, desde quando eu acordava de manhã até a hora em que eu ia me deitar à noite. O fantasma da perda me assombrava constantemente.

Eu lembrava do brilho que havia em seus olhos quando ela me olhava; lembrava do jeito que ela se aconchegava em meus braços quando eu o abraçava; lembrava do jeito que ela me beijava suavemente. Eu sentia seu cheiro. Eu conseguia ouvir ela pronunciar meu nome no meio da madrugada. Sim, eu sei que me prender a estas lembranças não vai me ajudar a superar, mas eu confesso que superá-la já não estava mais na minha lista de tarefas.

Você não pode me julgar, eu já perdi muito.

 

Sam POV

Os dias se arrastaram depois da morte da Amylee. E eu tentei arrastar Dean para fora da cratera de dor que ele havia caído, mas eu não tinha força suficiente para isso. 

Havia se passado um ano, mas na verdade, parecia ter sido dez. Dean não era o mesmo. Ele estava tão obcecado em caçar e de vez em quando agia com tanta frieza que chegava a dar medo.

Ele não havia se envolvido com mais ninguém e, por incrível que pareça, dispensou todas as garotas que se jogavam nele. Dean estava solitário e eu tentava ajudar, mas nem sempre ele permitia. Ele não é o tipo de pessoa que demonstra fraqueza. 

Agora, estávamos indo para o Roadhouse, pois Ellen, uma antiga amiga da família, tinha um caso para nós. 

Chegamos lá e entramos no bar, avistando Ellen limpando o balcão.

- E aí? - Dean disse sentando-se no banco perto do balcão e eu me juntei à ele, acenando para Ellen.

- Como estão? - ela perguntou, servindo-nos whisky.

- Bem - Dean respondeu tomando o primeiro gole.

- Qual é o caso? - perguntei e Ellen pegou uma pasta, colocando-a na minha frente.

- Várias pessoas desapareceram em um curto período de tempo. Isso não acontecia desde 1997. Um garoto diz que viu alguém puxar seu vizinho, que está desaparecido, para debaixo do carro. Não se sabe bem o que está acontecendo, mas as autoridades dizem ser uma onda de sequestros. Nenhum dos que desapareceram foram encontrados.

- Não parece ser nada muito difícil. Jo não poderia resolver? - Dean falou e eu o olhei em desaprovação.

- Jo está ocupada - Ellen respondeu.

- Ocupada? - perguntei.

- Ela está caçando com aquela gostosa - Ash respondeu vindo do fundo do bar - e aí, rapazes? - eu e Dean acenamos - que mulherão hein.

- Quem? - Dean perguntou, desinteressado.

- Jo encontrou ela em uma de suas caçadas. Se tornaram parceiras de caça. Parece uma boa garota. Se Jo confia nela, acho que tá tudo bem - concluiu Ellen.

- E gostosa - Ash acrescentou - aquele olhar deixa qualquer um maluco.

- Não sabemos muito sobre ela. Não gosta de falar mais que o necessário. Ela é uma excelente caçadora - Ellen disse.

- Ela não é nenhuma criatura, não? - Dean perguntou.

- Testamos tudo o que podíamos - Ellen disse - ela é humana.

- E brava - Ash disse e Ellen o olhou em forma de repreensão - qual é? - ele disse baixinho.

- Estranho - eu disse.

A porta se abriu e eu vi Jo entrar dizendo:

- Da próxima vez eu dirijo.

- Preparem-se - Ash disse num sussurro - a beldade vai entrar.

- Olá, rapazes - Jo disse e nós assentimos - anda logo - ela disse em direção à porta.

Vi uma garota entrar, carregando uma mochila que ela logo deixou no chão, ao lado da porta. Por um instante achei que eu conhecia ela, mas eu devia estar enganado. Foi como um choque quando eu finalmente percebi quem era. Ela estava paralisada, olhando-nos e eu olhei para Dean, que não movia um músculo. Olhei-a de novo e engoli em seco.

- Não pode ser - sussurrei.



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