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História Quem são os Winchesters? - HIATO - Caged


Escrita por: _missedalways

Notas do Autor


Boa leitura!!

Capítulo 22 - Caged


Fanfic / Fanfiction Quem são os Winchesters? - HIATO - Caged

Dean POV

Abri a porta do bar e a brisa fria da noite logo me atingiu em cheio. Saí para o lado de fora e olhei ao redor, procurando por Amylee. Andei até onde o Impala estava e não vi nenhum sinal dela. Uma espécie de van fazendo um “chiado” insistente virou na esquina ao lado do bar, tomando distância. 

- Amylee? - chamei-a, esperando por uma resposta. Abri a porta e olhei lá dentro, mas ela também não estava lá. Vi o diário em cima do capô e eu o peguei, olhando em volta mais uma vez, sentindo uma agonia insistente crescendo - Amylee! Apareça, vamos.

Mas não havia nada ali fora. Olhei para a câmera no poste, encarando-me com um silêncio quase culposo.

Abri a porta do quarto de hotel com um estrondo e Sam me olhou. Ele estava mexendo em seu notebook sobre a mesa e Jo folheava um livro sobre a cama.

- Que cara é essa? - Sam perguntou e eu olhei o quarto, na falsa esperança de que Amylee estivesse lá. 

- Amylee está aqui? - indaguei.

- Ela estava com você - Jo disse - o que aconteceu?

- Acho que a pegaram.

- Em que podemos ajudar, policial Washington? - a policial disse. Eu estava em uma delegacia enquanto Sam e Jo pesquisavam sobre o possível paradeiro de Amylee.

- Estou em um caso de desaparecimento - respondi.

- Não sabia que Jenkins era caso da estadual - ela respondeu, referindo-se ao desaparecimento que nos trouxe até a cidade.

- Não. Não. É outra pessoa. Na verdade, é… Minha prima - eu menti, sentindo-me levemente constrangido. Estávamos bebendo em um bar perto da estrada. Não a vejo desde então.

- Sua “prima” - a policial disse, analisando-me com um ar desconfiado - tem problema com bebida?

- Amylee? Não. Ela não estava bêbada. Estava legal.

- Certo - ela disse e andou até sua mesa. Eu a segui - qual é o nome completo dela?

Eu abri minha boca, sem saber a resposta.

- Amylee Colt? - eu respondi, sem jeito.

- Não sabe? - ela me olhou.

- Talvez tenha um segundo nome, não sei - menti - ela nunca comentou - a policial assentiu, digitando em seu computador.

- Nada nos registros - ela disse e olhando para o computador.

- Ah, já tenho uma pista - eu disse - vi uma câmera de vigilância na estrada.

- Câmera de trânsito?

- Sim. Acho que a câmera filmou o que a pegou. Ou quem.

- Bem - ela respondeu - tenho acesso aos vídeos no Departamento de Obras. Mas bem, enquanto isso, façamos do jeito certo - ela pegou um papel da gaveta e colocou na mesa em minha frente - por que não preenche um relatório de desaparecimento e fica por aqui?

- Policial - eu disse e me levantei, assim que ela ameaçou sair da sala - ouça, ela é importante pra mim. Eu meio que… Sinto que preciso tomar conta dela. Tem de me deixar ir junto. 

- Lamento. Eu não posso.

- Bem, diga uma coisa. Seu condado tem muitos desaparecimentos. Algum deles voltou? - a policial olhou para o chão e eu olhei aproveitei a deixa - eu preciso ajudá-la. Ela voltará. Eu a trarei de volta.

Eu estava sentado em um banco de praça, depois de me atualizar com Sam, esperando a policial voltar com as imagens das câmeras. Ele e Jo estavam levantando dados sobre os desaparecimentos anteriores e Jenkins, tentando juntar uma linha que ligasse os casos.

- Greg - ela disse e eu assenti (era meu nome falso) - acho que temos algo. Essas câmeras de segurança tiram fotos a cada três segundos. Parte do sistema de alerta. Essas imagens são de quando sua namorada desapareceu - ela me entregou a foto e eu vi um furgão nela.

- Não é bem o que eu procuro - respondi.

- Espere. A próxima - ela disse e eu mudei a página, vendo uma camionete velha com a carroceria fechada - veja a traseira dessa coisa. Agora veja a placa.

- Parece nova - percebi, lembrando do furgão que eu vi saindo da esquina do bar - provavelmente roubada.

- O motorista daquela lata velha deve estar envolvido - ela disse e eu me virei ao ver uma van passando, o mesmo barulho da van na noite passada, quando Amylee desapareceu.

- Ouviu esse motor? - falei - parece choroso, não? Ora, ora - murmurei.

 

Amylee POV

Abri meus olhos ao mesmo tempo que o ar entrou em meus pulmões repentinamente, fazendo-me engasgar. Eu me sentei no chão frio e olhei em volta, percebendo grades de metal ao meu redor, como uma cela de cadeia. Haviam mais celas ao meu redor, parecendo uma espécie de prisão. Fiquei em pé e segurei as grades geladas em minhas mãos, balançando-as, sentindo o frio congelando-me aos poucos. 

- O que é isso? - eu murmurei, forçando a grade.

- Você está viva? - ouvi uma voz perguntar e eu me virei em um pulo, vendo um cara preso em outra cela, igual a minha.

- Você está bem? - perguntei, olhando-o.

- Pareço estar bem?

- Onde estamos? - perguntei, ignorando a resposta irônica.

- Eu não sei. No campo, eu acho. Tem cheiro de campo. 

- Você é Alvin Jenkins, não é?

- Sim.

- Eu estava procurando por você - lamentei.

- Ah, é?  

- É - eu disse e olhei em volta, procurando por um meio de sair dali.

- Bem, sem ofensas, mas que porcaria de resgate.

- Meus amigos estão lá fora - falei - procurando por nós. Então…

- Eles não nos acharão. Estamos no meio do nada esperando eles fazerem conosco só Deus sabe o quê.

- O que são eles? - perguntei, encarando-o - você os viu?

- Do que está falando?

- O que nos pegou. Como se parece?

Um barulho ecoou do fundo do “galpão” e Jenkins recuou, agachando-se no canto de sua cela.

- Veja por si mesmo - ele disse e eu me afastei da grade, sentindo-me vulnerável ali dentro.

Alguém usando uma capa escura com capuz entrou, colocando uma chave no que parecia ser o sistema de segurança e um barulho de trava abrindo ecoou.

- Deixe-me em paz - Jenkins disse quando a criatura abriu sua cela - não me toque. Deixe-me em paz!

A criatura veio até minha cela e depositou uma bandeja com comida.

- Ora, ora - falei ao ver ele se afastando, religando o sistema - são apenas pessoas.

- Sim - Jenkins disse da sua cela - o que esperava?

- Com que frequência o alimentam? - perguntei.

- Uma vez por dia. Usam aquela coisa ali para abrir a jaula - ele disse apontando para o sistema que eu havia visto.

- E você os vê nessa hora?

- Até agora. Mas estou esperando.

- Esperando o quê?

- Virar mocinha - ele respondeu e me olhou de cima a baixo - se bem que eu acho que você vai primeiro.

- Idiota - falei - isso é o menor dos seus problemas.

- É? O que acha que querem então?

- Depende de quem são - eu olhei para cima e vi o que parecia ser um cano de alimentação  ligado ao sistemas.

- São caipiras psicopatas e ignorantes. Procurando amor nos lugares errados.

Eu agarrei o cano e o puxei, forçando-o para baixo.

- Acha que vai conseguir arrebentar isso? - ele resmungou.

- Observe - eu disse e puxei com mais força.

 

Dean POV

- Certo - eu disse, remexendo em algumas folhas que estavam eu meu colo. Eu estava com a policial em seu carro, enquanto seguíamos o suposto caminho que a van fez - a próxima câmera de trânsito… Fica a 80 quilômetros e a camionete não passou por ela. 

- Então… - a policial disse e eu a olhei.

- Parou em algum lugar - respondi e olhei o mapa - mas não vejo outras estradas aqui.

- Muitas dessas propriedades no meio do mato possuem estradas particulares - a policial explicou.

- Ótimo - falei.

- Então - ela disse e mexeu na tela em seu carro - Gregory?

- É - assenti.

- Chequei seu distintivo - ela disse e eu senti um frio subir por minha espinha - é praxe no trabalho com a polícia estadual. Para fins contábeis e tal. E, eles acabaram de me responder. Dizem que seu distintivo é roubado. E há uma foto sua - ela virou a tela e eu vi a foto de um cara um pouco acima do peso e negro.

- Emagreci - menti - e tive aquela doença do Michael Jackson.

- Certo - ela disse e parou o carro - quer sair do carro? 

- Ouça, ouça, ouça - falei - quer me prender? Tudo bem. Vou cooperar, juro. Mas antes, por favor, deixe-me achar a Amylee. 

- Eu nem sei quem você é.

- Olhe nos meus olhos e diga se eu estou mentindo.

- Roubo de identidade? Finge ser policial?

- É o seguinte. Amylee não merece acabar desse jeito. Escute… Eu já a perdi uma vez, não posso deixar isso acontecer de novo. Por favor.

- Ela é sua prima - a policial disse, julgando-me.

- Menti sobre isso também - sorri sem graça.

- Sinto muito. Você não me dá escolha. Preciso prendê-lo - ela disse e suspirou - depois que acharmos Amylee.



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