Astrid segurava as lágrimas enquanto voava com Tempestade. As duas precisavam chegar em Berk logo para avisar o chefe. Soluço seria capaz de mata-lo mesmo? Não. O Soluço que conhecia nunca conseguiria realizar certa façanha, mas aquele que aparecera era totalmente possível.
Tempestade pousou no solo e Astrid pulou para o mesmo. Um pé sendo colocado na frente do outro com muita velocidade e ela chegou na casa do homem que procurava.
Astrid - STOICO! - puxou o ar que precisava e chamou novamente - STOICO!
Stoico - Estou aqui, Astrid.
O homem saiu de trás da casa. Sua aparência estava deplorável. As olheiras marcavam os olhos dele e o cansaço mais a desesperança eram claramente encontradas.
Stoico - Você também não o encontrou?
Astrid ficou preocupada. Se falasse o que ouvira, o que aconteceria? Temia só atrapalhar, mas se não contasse ele veria seu filho o matando a sangue frio, sem contar no tanto de pessoas inocentes que podiam morrer também. Ela suspirou e disse que era melhor eles entrarem e se sentarem.
<《 Após a conversa 》>
Stoico saiu de dentro da casa rugindo ordens para uma possível batalha. Por fora ele estava melhor, mas por dentro estava com o coração quebrado. Teria que lutar contra o próprio filho e isso destruía.
As defesas ficavam prontas uma a uma e os cidadãos que não lutariam estavam se locomovendo, junto com os mantimentos, para um local mais seguro, em que nenhum ataque irira para lá.
Stoico - Tem certeza? Meu filho pode ser inteligente, mas não forte.
Astrid - Você fala isso pois não sentiu o tamanho da indiferença na voz dele.
Astrid se arrepiava só de lembrar no tom e no olhar. Era como se ele matasse diariamente. Como se a morte fosse sua melhor amiga.
A vila estava assustada. As pessoas preferiam comparar esta situação com as situações de antigamente. Elas precisavam cuidar de Soluço para não correrem o risco de se machucarem mais do que já iriam e agora precisariam ataca-lo para não morrerem.
Não era a melhor comparação, mas os enchia de nostalgia. Era melhor do que o medo que tentava corroe-los.
<《 Pouco tempo depois 》>
Os amigos de Astrid voltaram de suas buscas e ouviram-na falar o que acontecera. Todos estavam atônitos. Mas por que não estariam? Para eles, Soluço não era apenas um garoto molenga super inteligente e criativo, ele era um grande amigo(autora: olha, rimou).
Todos tentavam cobrir a verdade com mentira como "ele estava brincando" ou até mesmo com o clichê "isto é apenas um sonho do qual iremos acordar a qualquer momento", mas não importava quantas mentiras inventassem. Absolutamente nenhuma conseguia alcançar o objetivo.
Melequento - Astrid, você tem mesmo certeza do que diz? Aquele imbecil nunca poderia ter dito algo assim!
Ele estava suado, mesmo a distância era possível ouvir o coração frenético e a respiração desregulada. Pânico. Entre todos, menos Stoico, ele era o que mais aparentava medo ou preocupação. O senimento que predominava era um mistério.
Enquanto que a garota segurava a vontade de gritar "é óbvio que foi isso! Acha que eu estou bem?" os olhos do garoto esbugalhavam dentro das órbitas. Eles ficaram assim até alguém gritar.
Figurante - ESTÃO VINDO! AO TODO TRÊS DRAGÕES!
Mas não eram três dragões. Era apenas um. Banguela voava sozinho na frente, tentando chegar mais rápido para a vila. Alguns metros atrás se localizavam Kaezede e Soluço. Os dois voavam sozinhos, afinal, eram os alfas mais poderosos.
Todos se paralisaram. Estavam na dúvida de qual sentimento seguir. Medo ou raiva? Pânico total ou dor?
Stoico - O QUE ESTÃO ESPERANDO? ESTÃO AQUI PARA LUTAR ENTÃO LUTEM!
Stoico gritou a ordem e todos saíram de seus pensamentos. Todos sabiam que para o líder isso era mais difícil, então não poderiam amarelar.
A luta não será boa. Esqueçam do "Soluço" que conheciam, pois ele não existe mais.
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