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História Quem Você Será Amanhã? - Capítulo 17


Escrita por: Tayh-chan

Notas do Autor


Demorou um pouquinho, né?
Desculpem, eu preciso me acostumar com o horário agora que eu estou trabalhando ><
Boa leitura~

Capítulo 17 - Capítulo 17


Kyungsoo

“Obrigado pela melhor noite da minha vida. Nos vemos logo. Te amo.  —Jongin.”

É o que está escrito no bilhete deixado por Kim Jongin. Eu esperava acordar com ele ao meu lado, mas não estou triste por ele não estar. Ele tem muitas coisas para resolver, e eu ainda tenho aula.

Tomo um banho, e durante o processo fico relembrando tudo que aconteceu na noite passada. Foi a melhor noite na vida de Jongin, segundo o próprio, e o mesmo comigo. Os toques carinhosos, e toda a confiança que ele me fez ter, quando eu estava completamente receoso por causa da minha condição de soro positivo. Eu nunca vou me esquecer disso.

Tem algo de especial que Jongin faz comigo que nem uma outra pessoa foi capaz até hoje. Enquanto os outros me acham frágil, e tentam me proteger, Jongin faz de tudo para me fazer andar com minhas próprias pernas. Eu o sinto querendo colocar confiança em mim para que eu possa agir corajosamente. Não sei se um dia vou poder pagar por tudo isso que ele vem me fazendo, mas acredito que ele não esteja esperando nada em troca, então não é algo que eu precise me preocupar.

Na escola a mesa de Jongin está vazia mais uma vez. Não sei o quão sério ele estava falando sobre sair da escola, contudo, ele continua faltando. E hoje Sehun também não está presente.

Eu tento prestar bem atenção em todas as aulas e aproveitar o máximo possível delas para não precisar usar muito tempo em casa depois. Eles não passam muitas atividades para fazer fora da escola, quase sempre tudo é feito durante a aula.

Fico olhando para o meu celular a manhã inteira, esperando alguma mensagem de Jongin. Mas tudo que recebo é uma mensagem da minha mãe.

“Bom dia, meu filho. Espero que esteja tudo bem. Ligue para mim mais tarde, está bem?”

Respondo sua mensagem apenas no intervalo. Ela é ocupada com o trabalho, então desde que eu me mudei não conseguimos nos falar por muito tempo. Eu sinto falta dela, sinto falta dos seus conselhos e da sua comida. Eu sei que em menos de três meses eu estarei com ela novamente, mas não consigo deixar de ficar receoso sobre isso.

No entanto é como Jongin me disse, se pensar muito no futuro, você ficará maluco.

 

Antes mesmo de cruzar a porta para fora da escola, já consigo sentir o cheiro de chuva. O chão está molhado e o céu está cinza. Com certeza choveu muito, pude ouvir o barulho da chuva forte enquanto estava na sala de aula, mas agora o que resta é apenas uma garoa fina.

A figura magra que ontem estava vestido de superman, hoje veste preto, com se estivesse de luto. Há um sorriso em seus lábios, mas os olhos estão inchados e vermelhos. Ele segura um guarda-chuva e espera que eu vá até ele. Quero abraçá-lo, pois sinto que ele precisa disso, entretanto não posso fazer tal coisa na frente da escola. Na verdade, poder eu posso, só me falta coragem.

 — Oi... — cumprimento baixinho, sentindo meu rosto aquecer.

 — Oi... — responde no mesmo tom. E eu não sei se ele está triste, ou envergonhado como eu. — Estou com vontade de segurar sua mão — confessa, colocando o guarda-chuva sobre a minha cabeça.

 — Eu gostaria que isso fosse possível — respondo, e logo troco de assunto. — Não está mais chovendo.

 — Estava até agora pouco. Choveu muito.

Ele recolhe o guarda-chuva.

 — Por isso veio me buscar?

Ele move a cabeça positivamente.

 — Você está bem? — indago. Ele não me parece bem.

 — Ótimo — responde com um sorriso.

Fico receoso de fazer a próxima pergunta, mas depois de reunir um pouco de coragem eu consigo.

 — Seu corpo... está bem?

O sorriso dele aumenta, e parece verdadeiro dessa vez.

 — Dói quando eu sento, sabe...

É surpreendente a sinceridade de Jongin. Às vezes eu acho que não há nenhuma coisa que ele não possa falar, ou fazer.

 — Sei como é... — murmuro, e é tão baixinho que ele não escuta, e pede para eu repetir, mas obviamente eu não repito. Começo a andar primeiro, sabendo que serei seguido. Desvio das poças para não molhar meus tênis, e escuto os passos de Jongin atrás de mim, ele ainda quer saber o que eu disse.

Quando percebo que alguém está parado no caminho, tudo que preciso fazer é desviar, mas não o faço. Não o faço, pois conheço aqueles tênis, e as canelas um pouco tortas são inconfundíveis. Levanto meu olhar ao poucos. As roupas dele estão encharcadas, e coladas ao corpo, assim como o cabelo.

 — C-Chanyeol...

Dou um passo para trás, e acabo esbarrando em Jongin, então dou mais um passo para lado. Não é difícil saber como ele me encontrou. Acho que por isso minha mãe pediu para eu ligar para ela mais tarde. Ela sabia que ele viria. Ela sempre dizia que eu não deveria manter assuntos inacabados.

 — Soo... — murmura com os lábios trêmulos, e levemente roxos.

 — O que você está fazendo aqui? — pergunto, a voz sai mais firme do que eu esperava.

Ele não consegue responder, não consegue ao menos olhar-me nos olhos. Seu corpo está trêmulo, mas pode ser o frio, afinal sua roupa está toda molhada. Aquele é o jeito de Chanyeol, um pouco tímido, e muito inseguro.

 — Ele é seu namorado? — pergunta Jongin. Não precisa ser muito esperto para deduzir, mas precisa de afoiteza para fazer uma pergunta daquela em voz alta. Digo, eu e Jongin dormimos juntos ontem à noite.

 — Mais ou menos... — respondo acuado.

 — Ah, então... Vocês precisam conversar, não é? — diz Jongin, em alto e bom som. Acho que ele percebeu que se ele não dissesse nada, aquela situação se desenrolaria por mais longos minutos.

Entretanto, eu me sinto confuso. Os dois parecem estar precisando de mim agora. Tiro os olhos de Chanyeol, e miro em Jongin. Eu estava admirando sua autoconfiança até agora, e o quanto ele parecia seguro em me entregar nas mãos do meu “namorado”, mas basta eu olhar em seus olhos para ver que não é bem assim.

Ele ainda parece estar precisando de um abraço. Ele ainda parece que vai chorar a qualquer momento. E aquele sorriso ainda parece falso. No entanto não me parece justo também deixar as coisas mal acabadas com Chanyeol, nem deixá-lo todo molhado numa cidade que ele não conhece e que fica a quilômetros da sua.

 — Eu vou indo na frente — avisa Jongin. Ele faz uma referência para Chanyeol, e sai andando. Tenho certeza que sua intenção é deixar a situação mais confortável para mim. Ele não quer que eu tenha que escolher.

 — Soo... Vo-

 — Só um momento. Eu já volto, está bem? — digo para Chanyeol, interrompendo-o. Ele move a cabeça positivamente, os lábios mais roxos que um minuto atrás. Tiro minha jaqueta que é grande e comprida, e coloco sobre os ombros dele. Fica pequena, pois Chanyeol é realmente grande, mas é melhor que nada. Saio correndo para alcançar Jongin, e o chamo.  — Hey!

Jongin para, e se vira para mim. Eu o olho com pesar.

 — Está tudo bem, Soo. Ele está precisando de você agora. Leve-o para a sua casa, e deixe-o tomar um banho e se aquecer, ou ele vai ficar doente.

 — Eu te ligo depois.

 — Tudo bem, leve o tempo que precisar.

Jongin volta a andar e eu ainda fico parado por um tempo, observando-o se afastar. Algo dentro de mim quer se certificar de que vai ficar tudo bem com ele. Acho que sim... Espero que sim.

Chanyeol ainda está parado no mesmo lugar. Nossos olhos se encontram, e ele desvia o olhar.

 — Parece que vai começar a chover de novo. Vem, vamos sair daqui.

Levo Chanyeol para minha casa, pois é um lugar tranquilo para conversarmos e sei que meu pai não vai estar lá. Ele fica em silêncio durante o caminho, e continua em silêncio até entrar no meu quarto. Seus lábios estão roxos, e levemente trêmulos, enquanto sua pele parece mais branca que o normal.

 — Você precisa se trocar, ou vai ficar doente. Queres algumas roupas emprestadas?

 — Nada seu vai me servir, Soo. Mas eu trouxe roupas — Chanyeol retira a mochila das costas, e abre a mesma.

 — Será que não molharam também?

 — Não, elas estão secas.

 — Hm, entendi. O banheiro é ali — informo, apontando para a porta.

A expressão de Chanyeol entristece, mas logo ele se esforça para deixá-la mais agradável. Ele agradece e vai em direção ao banheiro com as mudas de roupas secas nas mãos.

Um minuto depois eu entendo a súbita tristeza no rosto de Chanyeol. Antigamente, nós apenas trocávamos de roupas um na frente do outro, mas agora eu estava lhe pedindo para ir até o banheiro.

 — Tem umas toalhas dobradas na segunda gaveta, caso queira — aviso com um tom de voz alto.

 — Obrigado — agradece em um tom alto também.

Sento-me na cadeira em frente a escrivaninha, e espero Chanyeol se trocar. Quando ele volta, está usando um moletom azul, e uma calça jeans.

 — O casaco que você me emprestou...  — ele me entrega o casaco.  — Acabou molhando um pouco. Desculpa.

 — Tudo bem. Pode se sentar na cama.

Ele vai até lá, e joga as roupas molhadas na mochila. Eu deveria ter oferecido uma bolsa, mas quando vi, ele já estava tacando-as lá dentro.

 — Eu tinha muitas coisas para dizer, e perguntar... mas agora... Eu... Eu não sei por onde começar — diz, beliscando a própria coxa. Às vezes ele faz isso quando está nervoso, essa coisa de beliscar alguma parte do corpo. — O Kris falou comigo, disse que você precisava de um tempo. Mas por que você não me avisou?

 — Eu estava irritado, Chanyeol. E triste.

 — Mas me deixou preocupado.

 — E você não me deu o apoio que eu precisava! Eu sei que você estava mal também, foi um choque pra nós dois. Mas quando você estava mal, eu fui e te ajudei. E quando eu precisava de você, quando a escola começou a espalhar boatos sobre mim, você fugiu. Fugiu como um covarde!

Chanyeol belisca a coxa com mais força agora.

 — Pare de se beliscar — eu peço.

Ele para.

 — E resolveu vir pra cá e abandonar tudo?

 Não preciso pensar muito.

 — Não resolveu tudo, Chanyeol. Mas eu estou melhor. Eu estou mudando, sabe? Eu sinto que eu estou muito melhor aqui.

Chanyeol respira fundo, e passa a mão pelo cabelo.

 — Vai ficar aqui por quanto tempo?

 — Não sei — menti.

Ficamos em silêncio durante um tempo, cada um preso em seus pensamentos. Não sei como a conversa vai continuar, mas me pego pensando em Jongin. Quero vê-lo logo. E isso é estranho. Chanyeol está bem na minha frente... Park Chanyeol, meu primeiro namorado, meu primeiro amor.

— Soo... Quem é aquele garoto que estava com você? — indaga com a voz suave, quebrando o silêncio.

Não sei o que responder. Jongin não é só um amigo, mas também não é meu namorado, e eu não gosto da palavra “ficante”. Não quero machucar Chanyeol, mas acho que preciso ser sincero, por mais que isso o machuque. Não posso continuar deixando as coisas como elas estão. Meus sentimentos não vão mudar, mesmo que eu minta.

 — Ele é a pessoa que eu gosto agora.

A mão de Chanyeol está se fechando no lençol, as pontas dos dedos ficam brancas.

 — Ele sabe?

É óbvio sobre o que Chanyeol está perguntando, mesmo que ele não especifique.

 — Sim — respondo.

 — Vocês já dormiram juntos?

Preciso ser sincero outra vez, mas estou receoso. Chanyeol está com a cabeça baixa, e não consigo ver sua expressão. Entretanto foi tão fácil dizer para ele que eu gostava de Jongin, foi mais fácil do que eu imaginei.

 — Sim.

Outra vez, não foi tão ruim. Parece que machucar Chanyeol não está doendo em mim. Não estou me sentindo triste. Parece que... eu só quero me livrar dele logo, e ir ver Jongin. E esse sentimento é horrível. Eu me sinto uma pessoa horrível.

 — Nessa cama?

 — Sim.

Caramba, Kyungsoo!

Parece que mesmo que Chanyeol comece a chorar, e se ajoelhe no chão pedindo para voltar, eu vou continuar sendo apático. E isso está errado, porque até hoje eu não estava o culpando pelo que aconteceu. E mesmo agora, eu sento que não é isso. É mais como se ele nunca tivesse sido nada na minha vida. E droga, ele foi! Ele foi meu primeiro em praticamente tudo, e agora é como se todas as lembranças na minha mente fosse de outra pessoa, porque eu não sinto mais nada.

Eu superei, é só o que eu consigo pensar. Superei. Estou seguindo em frente, mas não parece o mesmo aconteceu com Chanyeol.

 — Entendo... — murmura, pegando a mochila, e se levantando. — Está tudo acabado, então... Entendo. Eu vou indo, desculpe incomodar.

Olho para a janela, os pingos estão batendo no vidro.

 — Está chovendo muito, espere mais um pouco — peço, segurando seu pulso.

Ele para de andar, de costas para mim.

 — Sabe, Soo... Eu queria insistir, mas eu já imaginava que tudo estava acabado antes mesmo de vir aqui, pois você não me ligou nem uma vez. E quando eu vi o jeito que você olhou para aquele garoto, e o jeito que você olhou para mim. Ah, eu tive certeza. Mas mesmo assim eu quis ouvir da sua boca. Você o olha com um olhar parecido com o que olhava para mim no começo. Um olhar apaixonado, sabe. Mas quando está olhando para mim agora, não há nada disso em seu olhar. E é por isso que eu vacilei em te olhar nos olhos. E a sua voz... nem vacila. Você não sente mais nada por mim... E não é estranho? Uns meses atrás nós estávamos abraçados de baixo do cobertor, e você me amava.

É estranho. Sim, é estranho, e um pouco assustador.

As pessoas dizem que amor verdadeiro nunca acaba, dizem que para ser verdadeiro tem que ser eterno. Mas o que elas sabem sobre amor? Todos os “eu te amo” que eu disse para Chanyeol foram verdadeiros, do fundo do meu coração, eu realmente o amei. É estranho eu não sentir mais nada. Talvez daqui um tempo, eu sinta saudade, ou talvez não. Não consigo entender meus sentimentos agora.

Tenho medo de não amar mais Jongin algum dia.

 Chanyeol puxa seu braço com delicadeza, e minha mão desprende de seu pulso. Acho que fiquei tempo demais em silêncio.

 — Eu...

 — Não diga que sente muito — pede, premeditando minhas palavras.  — Eu que deveria dizer isso... Eu que... Eu...

Chanyeol esconde o rosto, ainda de costas para mim, e tenta prender os soluços. Toda minha apatia vai embora, e eu sinto meu coração apertar dentro do peito. Ele estava se segurando até agora, e achou que conseguiria ir embora sem chorar na minha frente.

 — Está tudo bem chorar — encorajo-o.

Os soluços de Chanyeol vêm fortes, mas não dura um minuto. Ele logo seca o rosto, e pede desculpas pelo comportamento. Eu passo a mão no seu ombro, querendo confortá-lo, contudo ele não se contenta e me puxa para um abraço. É diferente, mas ainda caloroso.

 — Se cuida, está bem?

 — Você também — eu digo, me afastando. — Quer que eu vá com você até a rodoviária?

 — Não precisa.

 — Espera, deixa pelo menos eu te dar um guarda-chuva.

Vou até embaixo da cama, onde deixo o meu, e entrego para Chanyeol.

 — Não vai fazer falta?

 — Eu compro outro, é só um guarda-chuva.

 — Obrigado. — Ele para, olha para o chão, e parece que tem mais alguma coisa a dizer. — Acho que saber que você não me ama mais, me dá um pouco de esperança. Quero dizer... Se você conseguiu, eu vou conseguir também, não é? Sabe, agora é doloroso te amar. Eu não quero mais... sentir essa dor.

Não digo nada, afinal, o que eu poderia dizer?

Levo Chanyeol até a porta, e depois que eu a fecho, as coisas ficam silenciosas. Sinto minha garganta doer, mas me esforço para não chorar. Estou me esforçando, me esforçando.

A porta da sala se abre de repente, e quem entra é meu pai, com seu guarda-chuva todo molhado.

 — Era seu amigo? — pergunta.

 — Sim... — respondo. — Preciso sair, me empresta seu guarda-chuva?

Meu pai apenas levanta o objeto em sua mão, e eu o pego apressado. Escuto algo como “tente não voltar tarde” antes de sair pelo portão. Pego meu celular no bolso, e ligo para Jongin. Ele atende quase que imediatamente.

 — Soo...

 — Onde você está? — pergunto.

 — Na colina.

 — Mas está chovendo!

 — Eu sei. É que acabou a água lá de casa, eu precisava de um banho.

 — Isso não foi engraçado.

 — É, eu sei... — resmunga.

 — Ok, não saia daí, eu estou indo.

 

 

Quando Jongin me vê chegando, ele começa a descer a colina rapidamente, e cai uma ou duas vezes no percurso, sujando as mãos, e sua calça de barro. Assim que me alcança, ele me abraça com força.

 — Jongin... Calma! Meus ossos vão se quebrar.

Ele afrouxa o abraço, mas não me solta.

 — Você está me molhando.

 — Desculpe-me — pede, mas não se afasta.

 — Por que você está aqui? Cadê seu guarda-chuva?

 — Eu dei para uma velhinha que eu vi na rua, ela estava sem.

É a cara dele fazer isso.

 — Eu estava tão nervoso... Eu ainda estou, mas agora que você veio, acho que não tanto — revela.

 — Nervoso por quê?

 — Não sei... Aconteceram tantas coisas hoje... Foi uma droga. Mas eu não consegui pensar em nada além de me preocupar com você conversando com seu namorado.

Fico surpreso. No fim, até Jongin sente ciúmes. Isso me deixa feliz, principalmente depois dele parecer tão tranquilo ao me deixar sozinho com Chanyeol.

 — Ex-namorado — corrijo-o.

Jongin se afasta um pouco e fica observando minha expressão. Há uma mudança em seu olhar, e seus lábios puxam sutilmente para os lados, até que, de repente, ele se ajoelha. Estou prestes a dizer para ele se levantar, pois vai se sujar (ainda mais), quando ele abre a boca para falar.

 — Do Kyungsoo... Eu esperei pacientemente por isso... — ele para um tempo para pensar, e depois desvia os olhos dos meus.  — Ok, não tão “pacientemente”. Mas vamos dizer que eu soube esperar.

 — Do que você está falando? — indago. Rindo, é claro, afinal aquela cena é engraçada. — Vai me pedir em casamento? Desculpe-me, mas eu preciso fazer faculdade antes.

 — Meu Deus, Soo. O que deu em você para falar tanto hoje?

Eu encolho os ombros, sorrindo. Com Jongin é fácil falar. Com ele eu sinto que posso dizer tudo que eu quero, mesmo que seja algo totalmente em noção.

 — Ok. Me dê um tempo — pede. Ele dá um longo suspiro, com se realmente estivesse se preparando para me pedir em casamento. — Do Kyungsoo... Você aceita se unir a mim, compartilhar novas experiências, ser fiel, e me chamar de namorado?

Um pedido incomum de namoro, vindo de uma pessoa incomum. Claro que eu não poderia esperar menos vindo de Jongin.

A chuva está caindo com força agora, e faz muito barulho. Se Jongin tivesse falado um pouco mais baixo, eu não teria ouvido, e...

 — Eu não ouvi — minto.  — Pode falar um pouco mais alto?

Jongin respira fundo outra vez, e grita a plenos pulmões: — QUER SER MEU NAMORADO, DO KYUNGSOO?

Eu me inclino, colocando o guarda-chuva sobre nossas cabeças e depois me inclino ainda mais para alcançar seus lábios, e então o beijo. É meu jeito de dizer que sim... eu aceito.

CONTINUA... 


Notas Finais


twitter @ficstaitian


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