História Querida Babá. - Olá Deus... Você pode me ouvir? (Season Finale)

Narradora*

Justin olhava atentamente para a estrada, a camada de neve que se formava nas estradas deixava a direção do carro sensível qualquer movimento errado poderia causar um desastre muito grande.

—Você não acha que está indo muito rápido? –Demi sussurrou. —Está nevando pode acabar derrapando na pista.

—É você não acha que deveria calar a boca? –Ele disse ríspido fazendo Demi se assustar.

—Você não tem direito de falar assim comigo Justin...

—SIM DEMETRIA EU TENHO TODO DIREITO. –Justin gritou a fazendo assustar, ele nunca a tinha chamado assim.

—Você nunca me chamou assim...

—E esta preocupada com isso? Serio? –Ele esbravejou dando socos no volante e acelerando mais o carro, o fazendo dar um solavanco bruto para frente.

Testemunha, diga-me. O que você acha da minha vida?

Julgue-me, júri. Se eu estou errado ou estou certo

Eu tenho segredos e mentiras que podem confundir sua mente

O carro caiu em um silencio sufocador, a estrada ficava mais lisa o carro ficava mais rápido e a mente de ambos borbulhava como uma panela de água quente. Os olhos de Demi expressavam apenas o vazio e Justin dirigia lançando olhares como se quisesse arrancar informações do seu silencio.

—Por quanto tempo mais vai ficar calada? –Ele esbravejou a fazendo assustar.

—Só estou pensativa Jay, para de paranoias...

—Pensativa... Está pensando nele? –O olhar perplexo de Demi encarou Justin por um tempo depois revirou os olhos.

—Você não tem nada de melhor para fazer do que me irritar?

—Não principalmente pelo fato dá minha mulher está pensando em outro cara?

—Sua mulher –Ela gargalhou irônica —Desde quando dou sua mulher?

—Dês do dia que comprei isso para você. –Ele disse irritado arrancando uma caixinha do compartimento do carro e jogando no colo de Demi que olhava sem entender o que seria aquilo, encarava a caixa e depois Justin.

—O que é isso?

—Só abrir que você vai saber. –Com as mãos trêmulas Demi abriu a caixinha de deparando com um anel grande e brilhante com detalhes delicados.

—Você iria me pedir em casamento? –Por um momento ela ficou perdida sem saber o que dizer.

—Sim, mas acho que estou fazendo papel de idiota. Eu sei que você ainda... Ainda o ama.

—Está se fazendo de idiota dizendo isso.

-—Admite. ADMITE DEMI. Pare de mentir eu sei que o ama. –Ele disse irritado socando o volante repetidas vezes.

—Jay indo rápido demais, por favor, toma cuidado.

—PARA DE FINGIR QUE NADA ESTÁ ACONTECENDO AQUI. –As lágrimas enchiam os seus olhos fazendo a sua visão ficar turva.

—Eu não estou fazendo nada... –Ela encarou o velocímetro e viu que a velocidade estava alta, olhou para a estrada e a neve começou a cair com mais força e o carro deslizava na pista.

—Jay nós vamos bater... –Ela tentava falar mais ele continuava gritando — Jay, por favor.

—Eu só queria que você me amasse como eu te amo Demi, eu te amo muito... –E as palavras de Justin foram cortadas com um súbito impacto...

15h30min

Os pneus do carro derraparam violentamente, as mãos de Justin tentavam de todo jeito retomar o controle, mas já não tinha mais jeito ele saiba o que iria acontecer e sabia que estava acontecendo. Com uma piscada de olhos o carro foi de encontro em uma pedra ele de relance a observou ser jogada contra o painel do carro a fazendo perder a consciência, os seus lábios lindos e rosados se encontravam agora com pequenos cortes o vidro que soltavam das janelas e ele bateu seu tórax conta o volante o fazendo perder o fôlego por um momento seus batimentos cardíacos diminuírem gradativamente e assim fechar os olhos antes de sussurrar um ultimo “eu te amo” a sua linda e amada Demi.

16h00min

Barulhos de sirenes invadiram a estrada por todos os cantos, um rapaz alto olhava para dentro do carro e passava a mão em seus cabelos compridos preocupado em como aquele casal poderia estar.

—Boa tarde, você que alertou o resgate? –Um policial alto com olhos castanhos encarou o rapaz.

—Sim... Sim fui eu. –Ele andou de um lado para outro preocupado.

—Você é algo dos acidentados?

—Não, não eu só estava passando de carro em direção à escolinha da minha filha e vi o acidente.

—Jack? Venha tire o casal do carro, depois me diga se eles estão vivos. –Ele olhou para o rapaz que ainda olhava nervoso em direção ao carro. —Como é seu nome, por favor?

—Castiel Vega. –Ele olhou para Jack o enfermeiro de cabelos negros e direcionou o olhar para o policial. —Eles vão ficar bem?

—Não posso dizer, mas vamos cuidar de tudo. Obrigado pela ligação, você pode ter acabado de salvar uma vida. –Castiel sorriu triste e pegou o celular anotando o local onde eles seriam internados, assim ele poderia visitar eles depois de uma conversa rápida ele voltou para escola para pegar sua filha.

—Roger venha ver. –Roger o policial correu ate Jack e Anna que já tinham retirado dos às ferragens com ajuda dos bombeiros. —Não é aquele modelo famoso? Justin Bieber?

 —Sim, ele mesmo. –Ele olhou por um segundo o rosto de Justin que se encontrava ferido com cortes nos lábios no supercílio e em outros lugares de seu rosto. —Cadê a garota?

—Ana já levou para a ambulância, seu estado é mais grave. Já conseguimos estabilizar a respiração do rapaz, se tivéssemos chegado mais tarde o volante teria o sufocado.

–Tire ele logo antes que o estado dele piore e leve ao hospital eu vou contatar a família ou amigos.

Jack saiu e logo voltou com a maca para retirar Justin. Roger deu mais uma olhada pelo local e encontrou um celular jogado no chão junto com uma caixinha que julgou ser importante e guardou no bolso. Revirou o celular e logo encontrou seu contado de emergência. Jeremy Bieber.

Você é a pessoa que me ensinou a não amar

Eu sou aquele que te ensinou a dizer não

Longe eu vou, longe eu vou, longe sou um fantasma.

—Jay o que precisa filho eu estou meio ocupado. –Jack ficou em silencio por um segundo.

—Senhor Bieber aqui quem fala é o policial Rivers, Jack Rivers. Temo dizer, mas seu filho e o que presumo ser sua namorada sofreram um terrível acidente de carro. –O silencio foi trocado por uma respiração pesada.

—Ele... Eles estão... Estão vivos? –Jeremy gaguejava sem conseguir dizer temendo a resposta.

—Estão estáveis agora, temo em dizer que seu filho chegou à beira da morte, mas ambos estão estáveis agora.

—E onde Ana Laura esta?

—Desculpa? Só tinham eles no carro.

 —Oh Deus, graças a Deus. –Os passos de Jeremy ficavam pesados andando de um lado para o outro. —Por favor, me passe às informações de onde eles estão eu logo estarei ai.

—Sim senhor Bieber, pode me informar quem seria Ana Laura?

—A garotinha filha do meu filho, eu vou busca lá na escola, só me passe às informações.

18h00min.

Já anoitecia no Canadá, a neve caia violentamente pelas janelas do hospital, Demi tinha entrado na sala de cirurgia pequenos cacos de vidros atingiram partes de seu corpo que poderiam prejudicas a sua saúde e Justin estava ao lado desacordado sua respiração estava fraca e seu rosto estava com cortes profundos e os lábios roxos. Do lado de fora Jeremy abraçava Pattie que chorava desesperada pelo filho e pela nora.

Jesus, me salva. Estou apaixonado por este inferno

Assassinato, loucura, eu não posso escapar de mim mesmo.

Eu tenho segredo, e mentiras, isso mudaria sua vida.

—Senhor Jeremy? –Roger se aproximou de Pattie e Jeremy.

—Boa noite você e Roger Rivers certo?

—Sim, estou passando para perguntar se conseguiram pegar a garotinha que tinha me falado pelo telefone.

—Sim, a pequena Ana Laura já está em casa com a nossa empregada Rosa.

—Certo, espero que eles se recuperem tenham uma boa noite. –Jeremy gentilmente o cumprimentou com um aceno de cabeça e saiu logo depois Jack em direção a eles.

—Boa noite, eu presumo que sejam pais de um dos acidentados.

—Sim, sim meu filho, nosso filho Justin Bieber, e a namorada dele Demi. –Pattie disse nervosa com toda aquela situação. –Eles estão bem?

—O seu filho está bem e já acordou está um pouco confuso, mas insiste em se levantar para ver a garota... Demi, ela ainda esta desacordada acabou de sair de cirurgia, mas pode receber visitas, e acho que pelo desespero dele... –Ele não precisou terminar de responder Jeremy já tinha entendido e começou a acompanhar Jack até a sala em que Justin estava.

—Meu Deus meu filho eu estava tão preocupado. –Jeremy correu até a cama de Justin acompanhado de Pattie.

—Pai vai com calma eu ainda não consigo respirar direito. –Justin disse com a voz baixa, mas com um breve sorriso no rosto.

—Estava tão preocupado com você meu amor. –Pattie disse com lagrimas nos olhos. —O que aconteceu me conte tudo.

—Mãe eu sei que está preocupada, mas eu preciso ver a Demi. –Ela assentiu ainda contrariada e o ajudou a sentar na cadeira de rodas e o levou para o quarto dela.

Justin*

Cheguei ao quarto de Demi e quando a vi meu corpo congelou seu rosto estava com alguns curativos e seus lábios rosados estavam roxos como o meu, as lagrimas vieram aos montes em meus olhos e não pude controlar.

— Deus? Oi, você pode me ouvir? Sei que não faço isso há muito tempo, mas espero que receba essa minha oração. –Pousei minhas mãos sob as de Demi que estavam geladas. —Eu sou culpado desse acidente, e queria tanto me desculpar meu amor, eu não sei onde estava minha cabeça de correr daquele jeito na neve, eu não ia saber o que fazer sem você para me ajudar com a Ana Laura.

Eu adorava acordar todos os dias ao lado dela, ver como dormia tranquilamente como o seu rosto estava tranquilo enquanto ela dormia. Adorava sua risada escandalosa e de como ela ficava vermelha depois de eu dizer o como eu a amava. Como ela ficava ofegante depois de uma noite de amor, e de como ela se aninhava aos meus braços antes de dormir esperando um carinho em seus lindos cabelos curto. Conseguia amar até as nossas brigas, e de como ela gritava coisas sem sentido que me fazia rir e perder toda a pose de machão.

Você é quem ensinou a não amar

Eu sou aquele que te ensinou a dizer não

Retarde, abrande, abrande

Não deixe ir

Longe, eu vou.

Longe, eu vou embora, eu sou um fantasma.

—Por favor, não vá e me deixe aqui, eu não sei o que fazer sem você. Eu não quero ser o cara que vai colocar flores em caixão, eu quero que seja você que esteja segurando flores no dia do nosso casamento quando você estiver vindo toda sorridente em minha direção para dizer um “Sim” que eu quero ouvir tanto. –Os bipes das maquinas ficavam cada vez mais rápido isso me trazia uma sensação boa que ela poderia estar acordando. — Deus? Se você puder me ouvir, aceite essa minha oração, a traga de volta. Eu faço de tudo para vê-la sorrir outra vez. Deus? Se você estiver me ouvindo receba essa minha oração, pois estou fazendo ela de todo coração.

—O-Oi pode-me dizer onde estou? –Olhei rápido para cima e encontrei os olhos de Demi me encarando assustada procurando onde estava.

—Meu amor, você acordou. –Tentei levantar da cadeira, mas uma dor percorreu meu corpo e fiz uma careta de reprovação, meu corpo ainda doía dos machucados do acidente o que me limitava a levantar daquela maldita cadeira e tomar pelos braços a mulher que eu tanto amava.

—Amor? Desculpa moço, mas quem é você? –Meus olhos encontraram logo os dela e por um momento achei que estivesse brincando o que seria uma brincadeira de muito mau gosto dela, mas logo reparei a confusão em seu olhar e percebi, logo cai em mim. Minha linda namorada não se lembrava de mim.