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História Querido Diário - Capítulo Catorze


Escrita por: Padfoot__t

Notas do Autor


*As partes Sublinhadas são palavras que o Draquinho riscou, já que diário algum não possui esses erros basicos ;3

Capítulo 15 - Capítulo Catorze


26 de Dezembro de 1995

 

Querido Diário,

Mais um odioso Natal havia chegou... Esse ano eu queria ficar em Hogwarts, não pelo motivo no qual você pensa, diário. Nada a ver! Mas sim porque eu estava cansado da mesmice dessa data. Porém, esse ano foi um pouco diferente...

Minha família inteira sempre comparece nessas datas comemorativas, exceto o tio S¹, e a tia A². Meus pais dizem que é porque S se envolveu com um lobisomem e A porque se casou com um muggle². Nunca tive muito contato com eles, então nunca me importei com isso. Porém, choquei-me ao ver que o Tio S estava em minha casa.

S era incrivelmente bonito. Seus cabelos negros e ondulados estavam presos em um rabo de cavalo curto, seus olhos possuíam um brilho maroto em sua negritude, e seu rosto se iluminava a cada expressão de desgosto mostrada. Parecia que ele estava ali somente para irritar a todos. Fazia piadas tolas e desdenhava todos os familiares, e eu me deliciava de sua coragem.

Tio R² apareceu e tio S pôs uma expressão serena em seu rosto. Vi-os se cumprimentarem e se afastarem do restante da família, como se tivessem algo seriamente importante e privado para conversar. Sentei-me em um canto, bebendo um Red Currant Rum³. E na ausência do tio S, a mesmice voltou a dominar o ambiente, me intoxicando. Perguntas sobre garotas. Como estava na escola. Como iam meus amigos. Sobre ele... Sentia-me extremamente enjoado a cada questionamento e queria sair daquela sala para ver se esse calor que me dominava sumia. E assim o fiz...

Sentei-me em um dos bancos do jardim, com pequenos e suaves flocos de neve grudando em minha roupa e cabelos. Uma brisa gélida embalou meu corpo e deixei-me tremer, sentindo-me melhor de todo aquele sufoco no qual passava. Não aguentava mais ser interrogado ou presenciar toda aquela maledicência sobre outros bruxos e muggles. Fui criado a odiá-los, mas tudo o que eu observava me mostrava que eles não eram tão ruins assim. Conheço filhos de muggles que são brilhantes, porém, nunca admitiria isso a ninguém. Sou orgulhoso demais para admitir um mau julgamento meu... Quer dizer, eles não têm nada melhor para fazer além disso?

E foi nos meus devaneios que tio S e tio R sentaram ao meu lado. Eles sorriam e me fizeram companhia. Tio S me contou sobre as aventuras de sua época na escola e tio R me contou quão furiosa a mãe deles ficava com todo o caos que havia em Hogwarts. Eles me arrancaram gargalhadas e pareciam felizes por eu finalmente estar sorrindo naquela noite. E então eu percebi que todas as histórias contadas sobre tio S eram mentira, porque ele era tão parecido conosco que chegava a ser estranho o motivo de ele ser renegado.

O frio dominava nossos sentidos, porém, eu não me importei. Afinal, esse estava sendo o melhor Natal da minha vida. Tudo porque finalmente havia alguém que se importou comigo e me divertiu. Mas tio R estava reclamando demais sobre a neve e entramos. E gritos vieram. Tia B² havia chego. Tia B odeia tio S. Infelizmente, tio S partiu. Felizmente, tio S zombou de todos e saiu da casa com sua risada latida. Pena que tio S está comprometido...

De qualquer forma, a noite seguiu-se sem mais emoções. Voltou a morosidade junto com o ódio. Discursos vazios e eu obrigado a concordar. Estava fadigado, estava surtando.

Não sei quantos mais natais eu conseguirei atuar como o filho perfeito. Não sei por quanto tempo poderei agir como um cara superior. Todo meu interior clama por um pouco de cuidado, mas somente eu posso me curar. Minha família é falsa e eu não sei como ser diferente disso. Então, eu ponho o meu pior à vista e vejo todos orgulhosos com o pequeno monstro que eles criaram. O pequeno monstro mentiroso que eles sempre quiseram.

 

-º-

 

Harry terminara de ler o diário curioso. Quem seria esse tio que conseguiu o fazer sorrir com tanta facilidade? Queria aprender com ele para então distrair o escritor de todas as merdas que havia passado. Suspirou, perguntando-se também sobre as pontas soltas deixadas no diário... Como o motivo de ele querer ficar na escola. Quer dizer, o escritor deixara subentendido que não era somente o problema de sua família... Havia algo a mais, e essa expectativa queimava sua alma!

Potter mordia a parte interna de sua bochecha, ansioso. Queria saber mais sobre ele, seja sobre sua família, seja sobre seu passado e, principalmente, sobre quem seria esse garoto! Gostaria de fazer seus natais felizes sempre! Desejava vê-lo sorrindo...

Quem sabe um dia Potter o levaria para a ceia com os Weasleys... Arthur com certeza o fascinaria com histórias sobre muggles! E Molly faria uma farta mesa com um sorriso e broncas nos lábios. Se ele ficou encantado com esse tal de Tio S, que nem deve ser grande coisa assim, ficaria mil vezes mais extasiado com Bill... talvez não seja uma boa apresentá-lo a ele” refletiu com uma expressão de desgosto. Charlie provavelmente contaria tudo o que sabia sobre dragões ao escritor, talvez seria chato, ou quiçá interessante, mas obviamente haveria amor em suas palavras.

Percy repreenderia a todos com os olhos tendo a leve aprovação de Hermione, porém, todos sabíamos que ela possuía um lado travesso que Percy não tem. Fred e George fariam suas usuais palhaçadas e, ou o escritor seria sua vítima, ou se juntaria a eles. Seria interessante ver os gêmeos empolgados com um companheiro, desde que suas traquinagens não fossem direcionadas a Harry, claro! Rony conversaria empolgado sobre Quidditch com o escritor, que estaria com sua cabeça repousada no colo de Harry enquanto enquanto ele acariciaria seus cabelos, “possivelmente loiros”, divagou.  Sorriu diante da imagem que obteve em sua mente. Era o natal perfeito!

Lembrou-se, porém, de Ginny. Ela era uma garota forte, mas não sabia como reagiria ao ver seu namorado acariciando um cara. Apesar de que Harry não seria sacana com a ruiva, explicaria tudo e terminaria devidamente com ela, caso essa cena fosse possível! Então fechou os olhos e imaginou sua namorada entrando no cômodo e se juntando a eles, para conversar sobre o esporte... Todos reunidos numa imensa bagunça vermelha, porém, havia um estranho verde no escritor...

Abriu os olhos eufóricos ao visualizá-lo com um uniforme da Slytherin. "Besteira," pensou Harry "não é possível um cara tão legal ser daquela casa" repetiu a si mesmo enquanto abraçava o diário e deixava-se sonhar sobre o futuro, tentando não se preocupar muito com o fato de estar amando Ginny cada vez menos...


Notas Finais


¹. Eu amo o Sirius demais para ele estar morto em minhas fics ♥. Mas ok, explicações: O terceiro livro de fato aconteceu na história, mas, quando Peter fugiu, ele não tinha Voldemort como refúgio, e, após a fuga de Sirius com o hipogrifo, o Peter conseguiu ser capturado por causa da grande quantidade de dementadores que havia em Hogwarts... Ele foi condenado a Prisão de Askaban e Sirius foi declarado inocente. E agora ele vai causar pra todos os lados, afinal, Sirius é um Marauders ♥

² Tia A. = Andrômeda
Tio R = Regulus
Tia B = Bellatrix
Muggle = trouxa
Slytherin = Sonserina

³. Uma bebida bruxa muito gostosa. O nome em português é Rum de Groselha Vermelha.


-º-

Eu demorei pra atualizar porque eu não parei em casa esses dias.. Sorry..
E pra quem ficou preocupado comigo. Eu estou melhorando, obrigada pelo apoio pessoal, de verdade ♥.
To com alguns capítulos escritos e betados e vou postando conforme eu vou tendo tempo.
E eu estou com problema com a minha beta, na verdade eu meio que to sem beta ;-;. Então estou procurando uma beta urgente, então se acabar os capítulos betados, vai demorar um pouco pra eu voltar a postar por conta disso ;-;. Mas tem tempo até isso acontecer ♥.


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