22/11/2016
Olá, meu nome é Zaya Manchol. Estou aqui para lhes contar o que aconteceu comigo em 22/11/2015.
Não escrevo sobre isso há um bom tempo, mas como hoje faz um ano desde que estou aqui, achei que devia isso a mim mesma.
Tudo aconteceu no dia que um homem, se achou no direito de sequestrar uma criança e a violentar física e moralmente.
Com meu inseparável diário em mãos, desci ao porão. Quando acordei, já estava em mãos infernais. Não escrevo nesse diário á muito tempo. E essa falta de comunicação está me matando aos poucos mais dolorosamente do que o homem. Todos os dias sou violentada sexualmente, hoje faz exatamente um ano no qual estou sem ver a luz do dia. Acho que não aguento mais. Venho aqui me despedir. A você que encontrou meu diário , por favor, lhe peço que entregue a minha mãe. Já escrevi uma despedida para minha mãezinha. Sinto saudades que não cabem no meu peito. Saudades da minha família e da minha antiga mente de criança. Eu não desejo essa experiência a ninguém. Dói muito saber que não é apenas eu que estou sofrendo nas mãos de um estuprador. Aqui tenho em minha companhia um caco de vidro no qual pretendo sujar com o sangue de minha artéria. O sangue que escorre pela luta da igualdade, e pela misericórdia do ser humano. Eu já tive muitas esperanças, bobas e frágeis. Eu lutei muito para me manter em pé e tentar achar a luz do dia e o canto do canário. Eu estou despedaçada.
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