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História Querido Limbo - Querido Limbo - Capítulo Único


Escrita por: TraumSchwester

Notas do Autor


Olá pessoal!!
Hoje eu estava com muitas caraminholas na cabeça. Eu sentia que precisava escrever alguma coisa que transmitisse um pouco do meu estado de espírito e, também, que pudesse envolver temas que realmente me inspiram.
Eis o resultado: A Oneshot "Querido Limbo"
Foi a primeira vez que escrevi uma fanfic oneshot. Por isso, espero do fundo do coração que gostem e que mexa com vocês de alguma forma.

Boa leitura!

Capítulo 1 - Querido Limbo - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Querido Limbo - Querido Limbo - Capítulo Único

"Querido Limbo"

        Eu não conseguia sentir minhas mãos, não importava o quanto mais eu as afundasse nos bolsos do meu casaco. Minhas pernas se moviam rapidamente, por causa do desespero incontrolável de chegar em casa. Fazia muito frio, mesmo já se passando das onze horas da manhã. O dia estava predominantemente cinza: no contraste das árvores com o céu, no asfalto molhado por causa da garoa fina, no meu estado de espírito e na cor dos meus cabelos, que começavam a desgrenhar por causa do mau tempo.

                Havia vapor saindo da minha boca e eu intensificava minha respiração, apenas para me divertir com a "fumaçinha" que subia e tornava-se visível por causa do frio. Parei para esperar o carros passarem e poder atravessar a rua, mas acabei de me distraindo com uma poça d'água. Ali, naquela água suja represada na sarjeta, eu via o meu reflexo e o reflexo do cenário a minha volta. Minha silhueta, as árvores, o céu, as nuvens... Tudo cinza. Mas era bonito, aconchegante, assim como um dia preguiçoso de domingo. Pena que hoje é uma segunda-feira, vinte e dois de agosto.

                Os carros passaram, o semáforo ficou verde e eu atravessei a rua - com os mesmos passos rápidos e largos que me ritmavam. No entanto, entre o pisar da pista para a calçada, na esquina, havia um rapaz parado. Ele parecia perdido. Perdido em sua localização e perdido em seus pensamentos. Apenas o olhei de canto de olho (devido a minha pressa), sem nem ao menos diminuir minhas passadas. Mas uma voz doce me chamou.

"Com licença, moço" - O rapaz parado na esquina me chamou com simpatia, todo vestido de preto, inclusive em seus cabelos.

"Pois não..." - E eu parei para lhe dar atenção, me aproximando.

"Bom dia..." - Ele sorriu, mostrando os dentes mais brancos e o sorriso mais lindo que já vi em minha vida.  

"Bom dia..." - Perdi o cinza dos meus olhos, o cinza da minha voz.

"Onde é a Rua Clélia? Eu continuo descendo esta rua ou vou na direção oposta?" - Sim, ele realmente estava perdido, apesar de ter um mapa em suas mãos.

"Você precisa ir para o lado oposto. São duas ruas para cima desta daqui" - Meus dedos desenhavam no mapa em suas mãos, mas meus olhos não saíam de seu rosto angelical e do piercing em seu septo.

"Entendi! Muito obrigado, moço" - Um outro sorriso se abriu e tive a sensação que o preto pôde me aquecer.

"Imagina" - Deixei um sorriso escapar e nossos olhos pausarem uns nos outros por alguns segundos.

                E aquele rapaz de preto e rosto cândido passou por mim, atravessando a mesma rua que antes eu atravessara. Eu apenas fiquei parado, vendo seus passos apressados e leves perfurarem aquele dia cinza e imaginando se havia alguma possibilidade - mesmo que remota- daquele sorriso me chamar novamente.

/*/*/*/*/*/*/*/

                Em alguns minutos eu já estava dentro de casa. Joguei minha mochila no chão do quarto e me atirei em minha cama, não me importando de ainda estar de tênis ou com a fome que judiava do meu estômago. Abri as cortinas da janela e permiti a claridade fria e cinza invadir o meu quarto. Tirei o celular do meu bolso e comecei a ver as fotos na minha galeria. Todas elas retratavam os muros da cidade, o cinza dos arranha-céus, o molhado do asfalto e o concreto frio das ruas. Não sei o porquê, mas aquele rapaz de beleza tão singela combinava tão bem com aquela deturpação. Era um contraste que chegava a ser harmônico. Aquele sorriso quente com uma cidade tão fria.

                Deixei meus olhos se fecharem e a imagem daquele rapaz tomara a minha mente por completo. Eu queria sonhar com ele. Queria saber quem ele era, quantos anos tinha, o que iria fazer na rua Clélia, porque estava todo vestido de preto, o que ele faria quando a noite chegasse, se ele gostava de dias cinzas e frios. Eu queria ouvir sua doce voz falar além de um "com licença". Eu queria, desesperadamente, saber qual era o seu nome e se nós iríamos nos ver de novo.

                Mas por que eu estava tão fascinado por alguém do mesmo sexo que eu? Por que, com apenas um "bom dia", eu simplesmente senti um presságio tão forte? Um arrepio percorrer minha espinha e um sorriso virar o meu vício em menos de um minuto? Por que alguém que eu nem conhecia me deixava tão curioso, tão intrigado? Por que eu queria tanto conhecer aquela pessoa?

                E eu me deixei levar por todos os pensamentos que rondavam aquele rapaz de cabelos e vestes negras. Fui sendo levado pela escuridão do meu sono, deixando minha mente ir se desligando aos poucos, de modo que a última coisa que pude enxergar foi aquele sorriso branco e puro como a neve. Ele era o meu calor, minha claridade naquela segunda-feira cinzenta.

/*/*/*/*/*/*/*/

                Quando abri meus olhos, vi que estava tudo escuro. Da minha janela, agora só entrava a luz proveniente dos postes das ruas. Nem a minha tão amada Lua podia dar o ar de sua graça, porque o nublado e o frio da manhã permaneciam ainda mais intensos com o cair da noite. Cocei meus olhos, baguncei meu cabelo (mais do que ele já estava) e, cambaleando por causa do sono, fui até a cozinha beber um copo d'água. Minha boca estava estranhamente seca e minha cabeça latejava, como se eu estivesse de ressaca.

                Olhei para o relógio do microondas e vi que marcava meio-dia e quinze. Provavelmente a luz deveria ter acabado enquanto eu dormia, atrasando assim os horários da minha casa. Tomei minha água e, mesmo assim, aquela sensação de porre não me deixava em paz. Decidi sair de casa para dar uma volta e tomar um pouco de ar fresco. Peguei uma jaqueta preta que estava pendurada atrás da porta, coloquei seu capuz e saí, sentindo o frio cortar a minha pele.

                Eu amava o ar noturno, principalmente quando eu podia aproveitá-lo andando pelas ruas arborizadas do meu bairro. Não havia ninguém caminhando além de mim, naquelas alamedas de asfalto molhado. Eu só escutava o som do meu tênis contra o chão e o vento frio balançando as árvores que permeavam meu caminho. Era silêncio absoluto naquela noite.

                Caminhei até o final da minha rua, onde havia uma grande praça. Eu gostava dali, principalmente pelo fato de ela estar na frente de um cemitério. Assim, as pessoas evitavam frequentar aquele lugar e ele se tornava mais pacífico. Sentei-me num banco de concreto que lá havia, não me importando em molhar ou sujar minhas roupas. Eu só precisava ficar ali, quieto e respirando o mais lentamente possível. Era como se eu estivesse num transe, ou muito bêbado. Minha cabeça ainda estava pesada e minha boca seca.

                Fazia muito frio e a garoa incessante parecia querer engrossar. Eu sentia meu corpo gelado e trêmulo, mas eu não conseguia ter ânimo e vontade de levantar daquele banco, eu estava preso. Mas, de repente, sinto uma coisa passar no vão entre as minhas pernas. Olho para baixo e percebo um gato preto, de olhos verdes, se esfregando no meu pé. Ele miava e ronronava, como se tentasse chamar a minha atenção.

                O felino miava, esfregava suas orelhas em minhas pernas e depois se afastava, como se estivesse pedindo para que eu levantasse dali e o seguisse. Eu me sentia meio morto, cansado e aquele gato insistia pela minha atenção. Fiz um esforço descomunal para sair daquele banco e, quando consegui me colocar de pé, o animal saiu correndo, em direção ao cemitério atrás de mim.

                "Ei, onde você está indo?" -  Segui o  gato e me senti ridículo por estar falando e fazendo as vontades de um animal, no meio da garoa gélida.

                Quando dei por mim, eu já estava no meio de uma das inúmeras e estreitas alamedas cercadas por túmulos, naquele cemitério. Ao meu redor, entre as escuras e densas árvores, estátuas e esculturas erguiam-se e pareciam querer enxergar dentro da minha alma. Elas tinham expressões tristes e, por causa da precipitação das nuvens, seus olhos pareciam chorar as lágrimas do céu.

                Apesar de à minha volta só existirem macabros mausoléus e pessoas mortas, eu não sentia medo. Eu me sentia curioso, mas ao mesmo tempo meio perdido. Era como se eu não soubesse ao certo como tinha ido parar ali, na escuridão dentro de um cemitério.

"Com licença, moço" - Eu tinha certeza que era aquela voz novamente. A doce voz, que eu tanto queria escutar de novo, chamava pela minha atenção.

                Olhei para onde vinha aquela voz angelical e lá estava ele. O mesmo sorriso branco e puro, os mesmos cabelos e roupas pretas. No entanto, o piercing em seu septo não estava mais ali. Como substituto, havia uma enorme corrente que vinha de seus róseos lábios até a gola de sua blusa. Seus olhos - que mais cedo haviam penetrado em minha alma - agora estavam pintados de preto.

                O rapaz estava sentado na entrada de um enorme mausoléu, enquanto fumava um cigarro e bebia um whiskey, direto da garrafa. Ele ainda tinha aquela áurea cândida e angélica, o mesmo sorriso brilhante e acolhedor, o mesmo olhar infantil e curioso. Mas suas vestimentas pesadas e góticas me causavam uma sensação exatamente oposta. Me deixavam intrigado de uma forma além da inocente, me deixavam com o corpo febril.

"O que faz no cemitério com esse frio e essa chuva?" - Ele sorria com inocência , após dar uma tragada em seu cigarro.

"Eu não sei direito o que estou fazendo aqui. Eu só vim parar aqui" - Minhas palavras simplesmente saíam de minha boca, sem a menor autorização. Eu não conseguia me controlar perto daquele rapaz. Em troca, ele me abriu aquele iluminado sorriso, o mais lindo que já vi na vida.

"Eu sabia que nós iríamos no encontrar novamente" - Sua voz doce era animada, me causando arrepios e até mesmo uma espécie de comoção.

"Então você lembra de mim?" - Soou como um urro de esperança.

"Como não lembrar de você?" - E ele me lançava um olhar travesso, me deixando cada vez mais maluco.

"Qual é o seu nome? Eu realmente preciso saber..."

"Byun BaekHyun"- Ele respondeu com simpatia e simplicidade - "E qual o seu nome?"

"Park ChanYeol"

"Bem, ChanYeol..." - Ele pausou para dar mais uma tragada em seu cigarro - "Já que estamos aqui, por que não aproveitamos a festa?" - Ele falava com a mesma inocência em sua voz, mas seus olhos eram cheios de luxúria. Eu estava enlouquecendo.

"Que festa?" - Eu não respondia mais por mim.

"Venha comigo e eu lhe mostrarei" - Ele me lançou um último sorriso (daqueles que me matavam) e entrou pela porta de vitrais coloridos do mausoléu.

                Eu apenas o segui, sem nem ao menos pestanejar. Quando entrei naquele mausoléu, mal pude acreditar no que meus olhos viam. Era realmente uma festa. Havia música tocando muito alto lá dentro, um rock pesado. Haviam luzes brancas, vermelhas e pretas piscando e fumaça para todo o lado, de modo que eu não conseguia enxergar nada a não ser as inúmeras silhuetas das pessoas naquele lugar.

"Bem-vindo  à minha festa" - BaekHyun disse, roçando os lábios no meu ouvido e me puxando pelo braço, como se estivesse me tirando para dançar.

"Como vocês fazem uma festa em um cemitério?!" - Aquilo tudo era insano demais e eu mesmo já estava perdendo a minha sanidade.

"Os mortos não reclamam, ChanYeol" - E essa foi a última coisa que BaekHyun me disse antes de me beijar.

                Eu sentia seus dedos suaves e frios se emaranharem em meus cabelos e os puxarem com força, como se ele quisesse me engolir. Já eu, deslizei minhas mãos por suas fartas coxas delineadas pela calça de couro e o fiz pular em meu colo, de modo que nossas intimidades pudessem sentir uma a outra, mesmo por cima de nossas roupas.

                Sua língua era extremamente curiosa e passeava por toda a minha boca, às vezes parando para sugar a minha língua ou para morder meus lábios. Seu piercing também não foi um empecilho para que eu pudesse aproveitar de seus lábios cheios e róseos. Na realidade, sentir aquele pedaço de ferro entre nossas bocas e línguas deixa tudo ainda mais excitante. Mesmo quando eu mordi seu lábio inferior e cortei sua boca, nem ele e nem eu nos importamos com o gosto de sangue que nosso beijo adquiriu. Pelo contrário, recebi um gemido de prazer de BaekHyun, como resposta.

                Eu nem precisava mais segura-lo em meu colo. Suas pernas já estavam mais do que trançadas em minha cintura e ele rebolava em cima de mim sem nenhum esforço ou pudor. Eu sentia meu membro latejar dentro da minha calça, de forma que eu precisava me controlar para não atingir o meu ápice.  Mas BaekHyun não parava, ele queria mais. Ele aumentava a pressão e a velocidade entre nossas virilidades, enquanto puxava meu cabelo e mordia forte meu pescoço, a ponto de me fazer gritar de dor e prazer. Eu estava prestes a explodir.

"Você está me deixando louco, ChanYeol" - Falou rente em minha orelha, mordendo o lóbulo logo em seguida, sem parar de se esfregar no meu colo.

"E você acha que você me deixa como?" - Eu arfava em seu pescoço.

"Eu te sinto pulsar contra mim" - Ele disse, pressionando ainda mais seu membro contra o meu, me fazendo soltar um gemido alto. As luzes frenéticas adornavam a expressão erótica que ele fazia, deixando BaekHyun ainda mais irresistível. Parecia que eu estava sob efeito de drogas, porque só haviam flashes daquele rapaz nos meus olhos e na minha mente.

"Eu estou me segurando para não te bagunçar inteiro" - Mordi seus lábio inferior, fazendo seu piercing cortar ainda mais sua boca.

"Eu é que vou te virar, te quebrar e te engolir. Eu vou desfrutar de você, ChanYeol" - BaekHyun lambeu todo o sangue que saía do corte em seu lábio e desceu do meu colo, me pegando pela mão e me guiando ainda mais para dentro daquele mausoléu.

                BaekHyun abriu uma porta de madeira maciça e pesada, que dava acesso a uma cripta. Ali dentro, a música ficava mais baixa e não havia nenhum flash de luz que me deixasse alucinado. Mas havia ele. Havia aquele jovem de pele alva, sorriso infantil e olhar devasso que desabotoava a minha calça e abaixava minha cueca.

                Sentado em cima de um túmulo de pedra e rodeado por esqueletos humanos, eu sentia BaekHyun sugar e lamber meu membro com maestria. Ele ia cada vez mais fundo, olhando-me diretamente nos olhos, não se importando em perder o ar. As luzes dos relâmpagos lá fora invadiam a cripta e iluminavam a cena mais venérea, lasciva e insultuosa que eu poderia presenciar. Mas aquilo me deixava louco, eu não me importava. Eu só queria gemer cada vez mais alto e explodir na boca daquele menino.

"Você vai gemer meu nome, não vai, ChanYeol?" - Ele dizia enquanto me olhava nos olhos e roçava seu piercing em meu falo.

"Vou. Quando eu estiver bem fundo, dentro de você" - E eu o puxei, jogando-o em cima do túmulo gélido.

                Perdi a minha sanidade, a minha consciência. Eu estava rasgando toda roupa daquele rapaz, sem o menor cuidado ou delicadeza. Eu estava cego de desejo. Eu só queria chegar no corpo perfeito que aquela pele branquinha cobria e abrigava. Em resposta, BaekHyun fazia as expressões mais lúbricas e devassas que eu nem sabia ser possível um humano fazer.  E ele não tirava os olhos de mim. Ele me olhava como se, me ter em cima dele, fosse melhor do que um orgasmo. Eu poderia gozar só de ver aquela feição em seu rosto.

                Arranquei toda a sua roupa e comprovei o que minhas mãos já desconfiavam pelo tato. Aquele corpo era perfeito. Não havia nenhuma imperfeição naquela pele alva; seus músculos eram ligeiramente definidos, mas ao mesmo tempo, incrivelmente delicados. Eu poderia dizer que BaekHyun era a personificação do Éden. Meus olhos não se cansavam de percorrer aquela visão, eu estava inebriado, viciado em Byun BaekHyun.

                Demorei tanto tempo apreciando a imagem de seu corpo, que fui surpreendido quando BaekHyun levantou seu troco e começou a me beijar novamente. Agora, era ele que rasgava o que sobrava das minhas roupas. Ele passeava seus longos e finos dedos por todo meu peito e minha barriga, como se quisesse gravar em sua pele cada pedaço do meu corpo.

"Você é extremamente gostoso, ChanYeol" - Ele dizia, enquanto passava a língua pelo meu peito e abdômen - "É tão delicioso que eu não consigo parar de te lamber e te beijar".

                Não aguentei escutar aquelas palavras. Neste momento, voltei a deitar as costas de BaekHyun na pedra fria daquele túmulo e nem me permiti me deliciar com a visão de seus pelos eriçarem pelo arrepio. Eu puxei suas pernas para cima, de modo que elas se enrolassem em minha cintura e o penetrei por inteiro, rasgando sua pele.

"AAAHHH" - Ele gritava, enquanto puxava seus cabelos e mordia seus lábios, tentando aliviar a dor que sentia.

                Já eu, recebia os primeiros espasmos ao sentir o corpo de BaekHyun se contrair junto ao meu. Era tão forte e me arrepiava tanto, que permiti meu tronco cair sobre o dele, de forma que nossos corpos ficavam colados. Estiquei meus braços e segurei com força a extremidade daquele túmulo, ganhando impulso para iniciar estocadas cada vez mais profundas e fortes contra seu corpo.

"Mais forte, mais forte" - Ele gemia em minha orelha, enquanto passava as unhas com força em minhas costas, como se me rasgasse.

                A cada estocada que eu desferia naquele corpo, um gemido era recebido em troca. Às vezes, BaekHyun aliviava sua excitação mordendo meu ombro com força ou cravando as unhas em meus braços. Mas eu percebia que ele estava inebriado em mim. Ele gostava de fechar os olhos e aspirar o cheiro da minha pele; Ele gostava de passear os dedos sobre os meus músculos e, mais ainda, gostava de repetir meu nome em sussurros no meu ouvido, me fazendo arrepiar. Eu já estava no meu limite.

"E-eu vou gozar" - Tentei falar de um modo normal, mas era impossível. Eu estava louco.

"Então goze pra mim, e chame o meu nome, ChanYeol. Vamos gravar esse momento para sempre" - Parecia mais uma súplica e aquilo me deixou ainda mais excitado.

Comecei a acelerar o ritmo, fazendo ele gemer mais alto.

"ChanYeol-aaaaah" - Ele revirava os olhos em prazer.

"BaekHy-aaaahhhh" - Eu ia tão forte e tão rápido, que o prazer não me deixava falar.  

"ChAn-AAAhhh" - Ele se desfez entre nossos corpos.

"BaaAAAEK-AAAAAHHH" - Me desmanchei dentro dele, sentindo seus espasmos contra o meu corpo, enquanto meu líquido escorria por suas coxas.

                Deixei meu corpo pesar sobre o de BaekHyun mais uma vez. Eu sentia seu coração pulsando contra o meu peito, parecendo que iria pular de sua caixa torácica a qualquer momento. Ele arfava em meus ombros e seu corpo tremia no meu, fazendo com que aquela primeira visão pura e inocente viesse à tona, sem pedir licença. Eu o abracei com força, como se tentasse protegê-lo, como se tentasse mantê-lo gravado em meu coração para sempre. Eu queria eternizar aquele momento.

"Você é perfeito, BaekHyun...É o Paraíso em forma de gente" - Sussurrei contra o seu ouvido, enquanto acariciava com cuidado a sua pele de porcelana.

Mas ele riu soprado, como um lamento.

"Não... Você deveria me chamar de monstro" - Ele falou baixinho, aninhando-se no meu peito.

"O que?!Não há nada de monstruoso em você! Você é um anjo!"

"Não, ChanYeol... Você é o anjo da história. Eu sou apenas... um lindo pesadelo" - E um sorriso puro e singelo adornou seus lábios, antes que BaekHyun adormecesse.

                Eu não conseguia ver sentido nas palavras daquele rapaz. Não havia nada de ruim em BaekHyun, não havia nem uma única macha de maleficência naquele menino. Ele só era único e diferente. Uma pessoa misteriosa e intrigante, mas nunca ruim.

                Mas meus olhos também começaram a pesar, o sono também se apossava de mim, sem pedir licença. Eu dormiria junto de BaekHyun esta noite. Dormiria com seu corpo belo e alvo aninhado ao meu e, amanhã... Eu não fazia ideia.

/*/*/*/*/*/*/*/

                Meus olhos se abriam com dificuldade, por causa da claridade que invadia o ambiente. Minha visão estava turva por causa do sono mau-dormido, mas, aos poucos, ela ia voltando ao normal e eu ia reconhecendo o local que eu me encontrava. Meu quarto.

                Dei um pulo na cama. Como era possível eu estar ali? Eu me recordava bem da noite anterior. Era para eu estar dentro de uma cripta agora, nu e com BaekHyun em meus braços. Por que diabos eu estava no meu quarto, vestido com a mesma roupa de quando o vi pela primeira vez, perdido no meu bairro?!

                Olhei no meu celular e não acreditei no que vi.

12:15 - Segunda-feira, 22 de agosto de 2016

                Era impossível... Era tudo um sonho? Minha noite com BaekHyun não passava de um sonho?! Eu não conseguia acreditar. Eu tinha certeza de que tudo era real! Levantei da cama e fui correndo para o banheiro. Tirei minha camiseta e me olhei no espelho. Quando virei de costas, eu tive certeza de que BaekHyun era real. Eu estava todo arranhado, com marcas de unhas e de dentes em meus ombros.

                Mas o tempo não havia passado. Ainda era dia vinte e dois de agosto, ainda era meio-dia e quinze. Era fato que eu havia transado com BaekHyun, mas não na minha realidade. Era no meu querido limbo. Onde a minha loucura e a minha sanidade encontravam o seu limite.

                Neste momento, meu celular vibrou em cima da pia do banheiro. Era uma mensagem.

"Com licença, moço. Teve bons sonhos?"


Notas Finais


Oi, pessoal! E aí?
Gostaram desta oneshot?
Minhas referências criativas ficaram muito óbvias? hahahaha
A cena em que o BaekHyun entra com o ChanYeol no mausoléu, eu escrevi ouvindo essa música:
Marilyn Manson - Cupid Carries a Gun: https://www.youtube.com/watch?v=PSMj1C9B_JY

Se vocês conhecerem mais músicas que combine com a fanfic ou com alguma cena, é só indicar aqui nos comentários. Vou adorar saber como a cena foi construída na cabeça de vocês!^^

Obrigada por lerem e até a próxima!


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