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História Quero que me transborde - Capitulo um


Escrita por: Cristalizada

Notas do Autor


(Considerações importantes)
Primeiro, a história está fora da cronologia da série, ou seja, acontecimentos da segunda temporada podem ser inseridos nos primeiros capítulos e por ai. Segundo, nem tudo que acontece aos personagens aconteceu na série, não apenas em relação aos shipps. Terceiro, este capítulo não ficou muito bom e poderia ser melhorado, mas infelizmente eu o reescrevi de várias maneiras e gostaria de deixar claro que os capítulos que irei escrever terão de 2 mil palavras para cima, okay? Quarto, se houver qualquer erro que infrinja as leis de conduta ou até mesmo erros ortográficos me avisem nos comentários, okay? Obg desde já!
E por último, mas não menos importante, se algo novo aparecer eu irei editar a fanfic e a classificação poderá ser mudada para +18, mas ainda não sei se algo irá acontecer.
Enfim, bom proveito e vejo vocês nas notas finais!

Capítulo 1 - Capitulo um


A tempestade estava me deixando nervoso.

Havia muitos motivos para explicar a minha ansiedade, por exemplo, Scott estava acorrentado a quilômetros de distância. Mas é a tempestade, os sons dos trovões e relâmpagos mais especificamente. Brilhante, Stiles. 

Eu deveria tentar dormir, fazer algo produtivo. Talvez caçar lobisomens com Allison, segurar vela vendo Lydia e Jackson se beijando no cinema, ou até mesmo fuçar nas coisas do meu pai. Qualquer coisa me parece melhor do que ficar preso em casa em uma noite de lua cheia. O quê é bem irônico. 

Cogitei a ideia de ir para a casa de Derek, o mesmo deveria estar sozinho já que Boyd e Erica se foram. Mas, de qualquer maneira, o alfa não iria gostar de me ver. Sorri ao pensar nisso, Derek já havia deixado claro diversas vezes que me achava um "humano estupidamente idiota".

Irritar Derek não era uma tarefa muito difícil, bastava fazer perguntas idiotas e em grande quantidade. Claro, eu me faço de sonso apenas ouvir o alfa gritar comigo, o quê me fazia rir e ter medo ao mesmo tempo. Em algumas ocasiões ele perdia o controle. 

Questiono o real motivo de estar sempre tentando o irritar, talvez seja por isto que ele me vê como alguém insuportável. Mesmo não querendo que este tivesse esta visão de mim.

Talvez, apenas talvez eu devesse pedir desculpas e começar a me aproximar dele de outra maneira. Descobrir o quê ele esconde por baixo de sua carranca. 

Com um motivo para ir para sua casa, pego as chaves do jipe e desço rapidamente. Respiro fundo antes de abrir a porta e correr até o carro, estacionado em frente a casa. Ligo as chaves na ignição e sigo em direção à rota que leva a estrada para a floresta. 

A casa parecia estar vazia.

Depois de bater inúmeras vezes na porta, apenas girei a maçaneta e a abri. Certamente, ninguém teria motivos para invadir uma casa destruída. 

Chamei por Derek, mas apenas recebi uma lufada de vento no rosto,  deixando-me arrepiado de frio. Onde o alfa poderia estar? 

Comecei a caminhar pela casa, pouco iluminada pela luz da lua. Conforme ia pisando no assoalho, novos rangidos iam tomando conta do lugar quase mal assombrado.

Um frio percorreu minha espinha, em meio ao silêncio, detectei uma respiração pesada.

– Derek? – chamei, enquanto olhava para trás.

 

A figura a minha frente não era humana. Derek estava parado na porta, entre as sombras e com um feixe de luz em seu rosto, denotando ainda mais seus olhos vermelho sangue. As garras roçavam na madeira da porta, arrepiando-me. Uma expressão séria permanecia em seu rosto, fitava-me nos olhos.

Sabia que se eu corresse, seria facilmente alcançado e não sobreviveria. Mas se eu permanecesse ali, o alfa iria avançar. Não havia saída. Eu iria morrer. 

Comecei a caminhar lentamente, sendo seguido pelo maior, no mesmo ritmo. Era quase como um jogo para Derek, eu via isto em seus olhos.

Assim que passei pela outra porta, comecei a correr em direção à entrada da casa. Puxo a maçaneta com força, vendo-a sair e ficando em minha mão. Olhei para trás, em desespero, deparando-me com Derek a poucos metros de mim. 

Um nó se formou em minha garganta, as lágrimas vieram a tona e ameaçavam sair. Tentei dizer algo, pensar em algo, mas não conseguia sair da posição em que estava.

–Derek, por favor, sou eu. Não faça isso. – Digo em tom de voz baixo, embargado por conta do choro. O alfa apenas continuou a se aproximar. – Não, por favor. – Insisto. 

 

O alfa agora estava a poucos centímetros de mim, sua respiração pesada se misturava com a minha. Tentei olhar em seus olhos, resgatar um fio de humanidade ali. As lágrimas percorriam por todo o meu rosto, seguindo por vários caminhos. 

Em uma tentativa inútil, tento o empurrar, o quê o faz avançar com os dentes amostra. Fecho os olhos com força ao sentir sua boca encostar-se a minha pele, mas ao invés de sentir a dor dilacerante de sua mordida, não senti nada. O alfa se afastou de mim em questão de segundos. O mesmo me fitava confuso, agora com os orbes verdes.

Solucei baixinho, desviando meus olhos para o chão. Eu quase havia morrido isto é de mais para mim. Escorei-me na porta, em choque. 

Observei o alfa ir embora a passos largos, que foram ficando cada vez mais distantes. Sem explicações, sem nem um pedido de desculpas.

Fiquei ali por um bom tempo, talvez tempo até de mais. Derek poderia perder o controle e os caçadores estavam por perto. 

Uma parte de mim sabia que eu precisava impedi-lo, mas a outra parte queria ir embora.  

Respirei fundo e sequei as lágrimas, estava na hora de fazer algo importante. Sempre digo a mim mesmo que nunca consigo ajudar ninguém, certo? Agora é a minha obrigação salvar Derek, antes que ele machuque outras pessoas. 

Levantei e coloquei a maçaneta de volta no lugar, abrindo a porta. A tempestade não havia parado, o quê dificulta minha procura pelo alfa. 

Os galhos arranhavam meu rosto, e eu estava completamente ensopado. 

Examinei uma árvore próxima, havia sinais de que alguém havia a arranhado. Derek passou por ali. Seria de grande ajuda se eu fosse um lobisomem agora. 

Continuei a andar pelo labirinto de árvores, sentindo frio e cansaço. Há quanto tempo estive andando? Uma hora? E mesmo assim apenas sinais aparecem nada mais. 

Depois de mais algum tempo andando, descubro um riacho. Sento-me na pedra próxima a ele, me sinto completamente exausto. 

Ouço um galho quebrar atrás de mim, me viro assustado. Derek estava de braços cruzados com uma face inexpressiva. 

– O quê está fazendo? - Questiona. 

– Brincando de caçar lobisomens.

– Bem engraçado, Stiles. – O alfa responde irritadiço. – Deveria ir para casa. 

– Eu sei. – Respondo com seriedade. Derek revira os olhos e começa a andar em direção a sua casa. 

– Você vem ou não?  

 

Segui Derek em silêncio, tentando evitar as memórias que haviam ocorrido quando o encontrei. O mesmo parecia estar indiferente em relação a isto, era como se não lembrasse o quê havia acontecido. Ou talvez simplesmente quisesse ignorar.

A tempestade em nenhum momento havia parado, embora eu a visse, já não sentia mais os pingos caindo. Pensei seriamente na probabilidade de pegar gripe, apesar de que agora este não é meu maior problema.

O alfa parecia não notar o fato de que eu não conseguia andar tão rápido, sinceramente, parecia acreditar que eu era um peso. E talvez eu fosse mesmo. Um alfa tendo de lidar com um humano teimoso, totalmente patético.

O caminho parecia não ter fim. Depois de um longo tempo caminhando, avistei a casa. Suspirei aliviado por saber que pelo menos não iria tomar mais chuva. Logo, estaria acorrentando Derek, afinal, não há nada melhor do que prender um lobisomem no fim de semana. 

Depois de ter posto todas as correntes no alfa, recebido patadas e resmungos, sentei-me no chão e me escorei na parede. 

Decidi ficar brincando de olhar para a cara zangada de Derek pelo resto da noite. Ele realmente estava irritado comigo, mas eu não tinha outra opção.

Levantei e fui procurar por algo que o distraísse um pouco, talvez um baralho para que pudéssemos jogar. Qualquer coisa era melhor do que nada.

Entre os livros, encontro um tabuleiro de xadrez junto ás peças. Perfeito. Voltei rapidamente ao encontro de Derek com um sorriso, iria ser divertido.

– Achei um xadrez de licantropo. – Brinquei. 

– O quê? – Ah, claro que o alfa não conhece Harry Potter. 

– Deixa quieto. Sabe jogar xadrez?  

– No quê isto vai ajudar? - Resmungou. 

– Da pra parar de ser chato e vamos jogar? Estou apenas tentando te distrair.

 
 

Coloquei as peças no tabuleiro, deixei que ele começasse primeiro. Iria deixar o alfa ganhar para poder me zoar um pouco. Tentar esquecer o quê havia acontecido, e evitar que ele começasse a me questionar sobre isso. 

Mesmo dentro da casa, sentia um frio incontrolável. As roupas agora se encontravam úmidas, coladas em meu corpo. Derek parecia não sentir isto. 

Movi mais uma peça, mesmo facilitando o jogo, Derek era péssimo. Sorri levemente por isto. Ele me encarou por algum tempo, logo depois movendo sua dama, péssima ideia. Em combate, ele pode até ser bom, mas em raciocínio é como uma anta.

– Stiles, o quê aconteceu quando você veio pra cá?  

– Xeque. - Digo, movendo meu bispo,  comendo a torre que protegia o rei.

– Stiles. - Repreendeu. 

– Não aconteceu nada. Sua vez - Sorrio nervoso.

– Está mentindo. – Ele moveu seu rei para a lateral, encurralando-o.

– Estou? – Movo meu cavalo, xeque mate.

– Eu consigo ouvir seus batimentos. E sua cara denuncia isso, não consegue nem mesmo olhar nos meus olhos. - Alterou seu tom de voz. 

– Xeque mate. - Respondi em tom baixo. Encarei seus orbes verdes, por um segundo, vi seus olhos vermelhos novamente.

– Stiles, eu preciso saber se machuquei alguém. Pode me dizer isso? - Sua voz agora soava mansa. 

– Não machucou Derek. – Suspirei.

– Então porque está triste? 

– Não estou. – Afirmei. 

 

Jogamos mais algumas partidas, o quê me animou um pouco por ver o alfa tentar ganhar de todas as maneiras possíveis. Por alguns segundos, notei o sorriso de canto em seus lábios. Devo estar imaginando coisas. 

O sol iria nascer em algumas horas. E Derek estava começando a ficar com sono, assim como eu. A questão é que ele poderia dormir, eu ficaria vigiando.

*  

Assim que o sol nasceu, soltei Derek e o deixei dormindo ali, depois de ter jogado um cobertor em seu corpo e posto sua jaqueta como travesseiro.

Andei em direção ao jipe como um zumbi, o sono está me matando. Minha preocupação é como chegarei vivo em casa e ir para escola depois. 

Liguei as chaves na ignição e fui para casa o mais rápido que pude, tentando não ultrapassar os limites de velocidade.

Estacionei o carro, logo entro em casa e jogo as chaves na mesa. Subo as escadas e vou de encontro ao quarto, nada de escola hoje. Nada de Scott com suas loucuras de lobisomem, nada de Allison, Lydia e principalmente, nada de Derek. 

Irei descobrir o quê aconteceu depois, primeiro preciso dormir. Jogo-me na cama, adormecendo quase que instantaneamente. 

Acordei de sobressalto, a imagem vívida em minha mente de Derek me atacando. Olhei para o relógio ao lado da cama, em cima de alguns livros, não dormi nada. Deitei de novo, pegando o travesseiro e o abraçando. Desta vez, sem pesadelos.

O sol do fim de tarde batia em meu rosto, fazendo-me acordar. Dormi o dia inteiro, sorri satisfeito por ter descansado e ter feito algo muito produtivo hoje. Chequei o celular, vendo várias mensagens de Scott e Allison, respondendo-os rapidamente. Pensei em dormir mais um pouco.

Ouço a porta bater, provavelmente Scott veio ver se estou bem. Corro até a porta, abrindo-a. Para minha surpresa, não havia ninguém, apenas um tabuleiro de xadrez com uma nota.''Obrigado''  


Notas Finais


Bom, como eu disse este capítulo não ficou exatamente como eu queria, mas de qualquer forma eu espero que vocês tenham gostado e me digam o quê acharam! Sinto muito por qualquer erro que eu tenha cometido ao longo do capítulo e nos vemos no próximo.
Bjos!


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