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História Quero que você saiba - Divergências


Escrita por: ClotsQueen

Notas do Autor


Oieee!!

Ainda estou atrasada, mas agora já não me sinto mais tão atrasada nem nada, hehehe... 😊

Este capítulo ficou IMEEEENSO, ENOOOORME... leiam com calma, leiam em duas partes... mas leiam, devo dizer que até aquilo que parece BEM inútil vai ser usado de alguma forma... ou não... mas é provável que sim... ENFIM!!

O capítulo demorou mais para sair porque havia muitas informações e situações que eu precisava colocar aqui, tenho certeza que vocês — não — ficarão tão felizes com elas, mas são necessárias...

** A fanart de capa foi originalmente desenhada por koujiii (tumblr), eu apenas editei **

O cap é multi-ship, mas escolhi a capa porque pra mim representa o fator mais importante do cap... vocês verão! 🤩

Não me odeiem no final... 😓

BOA LEITURA!!

Capítulo 11 - Divergências


Fanfic / Fanfiction Quero que você saiba - Divergências

Pela janela envidraçada era possível observar pequenos flocos de neve que caíam ao chão naquele final de tarde, era mais como uma chuva congelada do que neve de fato, eles estavam protegidos no Salão Principal de Reuniões, onde uma vez por mês todos os Presidentes de Clubes da Escola se reuniam para trocar informações e prestar contas ao Diretor PC. Era uma reunião formal e chata, em uma tarde fria de terça-feira parecia ainda mais entediante, mas ainda assim, Kyle sentia o peito aquecido ao olhar para o lado e ver Stan aconchegado ao seu ombro, o moreno adormecera em algum momento da apresentação do Clube de Ciências Presidido por Kevin, eles estavam sentados na última fileira de cadeiras, Kyle fora o primeiro a apresentar-se falando sobre o Encontro com o Clube de Debates de North Park, e Stan não teve muito trabalho com suas declarações sobre o Time de Futebol.

Kyle olhou por cima do ombro e deliciou-se com os cabelos escuros de Stan que se enrolavam sutilmente na curva abaixo da nuca, os fios desordenados já estavam mais longos do que deveriam, e com o calor da sala Stan havia tirado o gorro e até mesmo suas orelhas adoráveis estavam à vista, Kyle sentiu uma vontade desesperadora de afundar a língua na pele morena e provar o gosto que ele já conhecia tão bem...

Ele pegou um flash loiro o encarando e pregou os olhos em Gary que estava sentado algumas fileiras na frente, era membro do Clube de Artes e acompanhava Tweek, o Presidente, que sentara entre Clyde e Tolkien, os três de diferentes Clubes, Gary sentava regiamente ao lado de Butters, que parecia feliz aplaudindo as observações do Time de Vôlei Feminino, onde a Presidente reclamava da falta de público nos jogos do ano passado, o ruivo sentiu o estômago sacudir quando Gary fechou a cara para ele e se juntou aos aplausos educados, Kyle aprofundou as sobrancelhas suspirando, algo naquele olhar de Gary o incomodava, havia uma perspectiva doentia de Stan acabar nos braços daquele loiro cheio de empáfia.

Kyle sentiu Stan se mover ao lado dele, e seu ombro esfriou com a ausência do calor do moreno, ele virou o rosto e encontrou olhos azuis sonolentos sendo esfregados por dedos frenéticos.

— Ah, cara, dormi demais? — Stan questionou parecendo perdido, Kyle queria beijá-lo na mesma hora, mas sorriu. — Porra, dormi pra caralho, a Lexus já fez o discurso despeitado dela!

— Cara! Despeitada é a única coisa que esta garota não é! — Kyle riu, Stan olhou bobamente, e Kyle sentiu seu rosto arder.

— Não fale assim, Bebe é bem mais provida... — Stan falou displicentemente. — Mas não vamos entrar nisso, Jesus, parecemos o Kenny e o Cartman.

Kyle encolheu os ombros.

— A convivência é uma merda, cara!

Trocaram um sorriso, Kyle ergueu a mão para tocar o rosto de Stan, hipnotizado pelo sorriso torto do moreno, mas o ato foi parado no meio do caminho quando notaram que todos estavam se levantando de suas cadeiras, eles seguiram a corrente se aproximando da saída, ninguém pareceu perceber o embaraço especialmente de Stan, que desviou os olhos de Kyle, e caminhou na frente, Kyle sentiu uma pequena pontada quando Gary atravessou as fileiras e alcançou o moreno antes da porta, o loiro puxou Stan para o lado, e Kyle apertou as mãos em punhos.

O ruivo chegou a saída da escola, a neve fina havia parado, ele olhou para trás em busca do Melhor Amigo, quando foi saudado por um abraço sufocante.

— Kyle!! Estava esperando você... — Rebecca se atirou à cintura do ruivo, desequilibrando-o totalmente, Wendy, que passava por ali, sorriu para a cena, divertido, o ruivo tocou os cabelos castanhos da menina.

— Hey, estava neste frio esperando...? — Kyle questionou.

Ele olhou procurando algo, um flash verde passou correndo, talvez fosse Tweek, precisava falar com ele, mas não antes de apanhar Stan, em seguida viu Kenny se afastando com Butters.

— Sim, ainda não anoiteceu, então tudo bem. — Rebecca respondeu com um suspiro.

— O David não estava com você?

Ela fez um beicinho e se afastou um pouco, mas apesar das grossas camadas de roupas, os seios pequenos continuavam pressionados contra as costelas de Kyle.

— Ele tinha algo no Restaurante da família dele... — Falou chateada, seus olhos castanhos encontraram os verdes de Kyle e ela estava sorrindo outra vez. — Perdi a hora com aquele painel... pensei em pedir que alguém me levasse em casa... papai vai brigar se eu chegar tarde sozinha...

Ela o apertou, os cabelos cobriram o rosto emburrado e vermelho e Kyle não compreendeu a repentina timidez, ele achou muito cativante, então desviou os olhos de Rebecca e viu Stan se aproximando, com Gary segurando-o pelo ombro, Wendy vinha atrás discutindo com Cartman, que nem deveria estar nesta Reunião.  

— Hey, cara, você está pronto para ir? — O ruivo perguntou tentando ignorar o frio em sua barriga quando Gary puxou Stan pela mão, os dedos do outro entrelaçaram os do moreno e Stan não o afastou.

Mas quando Wendy encarou Stan, Gary de alguma forma soltou os dedos do moreno e começou a procurar algo em sua mochila.

— Stanley, já sabe o que vai fazer no seu aniversário? Está próximo, não é? — Ela lembrou, Cartman se postou ao lado com cara de poucos amigos.

— Os hippies gays tem algum tipo de ritual de passagem ou a porra que seja? — Cartman exibiu um esgar de desdém, na mesma hora foi fuzilado com olhares de Wendy e Kyle.

Stan parecia desconcertado, ele olhou aflito de Kyle para Gary, e por fim encarou Rebecca que soltara Kyle e agora observava Gary com cuidado, a pequena garota de repente sorriu, e deu um passo em direção a Gary.

— Ah, Gary, era exatamente você que eu preciso agora! — Ela declarou fazendo Gary voltar toda sua atenção a garota. — Preciso que alguém me leve em casa, ou então papai vai brigar...

Wendy bateu palmas, e todos a encararam.

— Gary, vamos levar a Rebecca em casa! Tenho certeza que o Sr. Cotswolds vai ficar encantado em ver a preciosa filha dele na sua companhia, e eu vou junto para garantir a honra intacta dela!

Cartman tinha os olhos castanhos arregalados em descrença.

— A porra que vai, ho! Você disse que íamos na cafeteria agora, cadela! — As mãos grandes de Cartman encontraram seu rosto e ele esfregou como que para limpar os olhos de alguma cena absurda. — Estou faminto, enjoado e já vi demais por hoje, quero só sentar e tomar um chocolate quente com biscoitos, é pedir demais, caralho?

Wendy não deu atenção à explosão do colega, e puxou Gary e Rebecca pelos braços, ela saiu pela frente da escola, o sol já se punha no horizonte enviando um brilho vitrificado pela extensão de neve que ocupava toda a vista.

— Se quiser venha junto e bole algum discurso envolvente para manipular o Sr. Cotswolds, gordão. — Wendy atirou por cima do ombro.

Cartman bufou.

— Ho, não sou gordo mais, sua vaca, agora tenho músculos de lutador, sua ignorante hiponga! — Ele respondeu furioso, as bochechas coradas e uma carranca assustadora e hilária.

Mesmo assim, Cartman se apressou e seguiu os outros, Clyde e Tolkien passaram por Kyle, alguns outros colegas atravessaram a porta e de repente todos saíram, só os dois estavam ali, parados encarando um ao outro.

— Cara... você tá bem? — Kyle questionou, o olhar perdido no rosto de Stan estava deixando o próprio ruivo preocupado.

Stan voltou os olhos azuis para ele, sorrindo timidamente.

— Tudo bem, sim... você... tenho uma coisa pra falar... ainda quer que eu vá lá na sua casa? — O moreno perguntou um pouco inseguro, dando as costas para o ruivo e vencendo o percurso até sair das dependências da escola.

Kyle sentiu uma revoada de borboletas em seu estômago, ele andou apertando o passo para estar novamente ao lado de Stan na calçada gelada que os levava para casa.

— Claro que eu quero! — Kyle respondeu sem hesitar, e isso pegou Stan de surpresa. — Só preciso pegar uma coisa com o Tweek.

Stan parou e olhou para Kyle, vira Tweek sair mais cedo sendo seguido por Kenny e Butters.

— Vamos até a casa dele, acho que eles foram para lá. — Stan ofereceu e Kyle acenou com a cabeça.

Silenciosamente eles atravessaram as calçadas, quando enxergaram a Gang do Craig, logo perguntaram por Tweek, era de se esperar que eles soubessem do loiro, porém, Kyle não podia estar mais surpreso com a reação de Craig, eles foram rapidamente despachados e Stan fez questão de arrastar um Kyle confuso de volta ao caminho de casa.

Kyle parou de repente.

— Cara, o que será que aconteceu com o Craig? Tá certo que ele não é o exemplo de trato, mas, cara... ele tava destruído!

Stan pensou um momento, não tiveram tempo de observar os outros, no entanto seus sentidos acusavam que havia algo errado com a Gang, e isso o fazia pensar.

— Não sei... só achei bem esquisito o Craig sendo agressivo, não é o feitio dele se incomodar com algo... mais estranho ainda aquela atitude dos outros... — O moreno ponderou.

— Protetores. — Kyle completou.

Stan acenou com a cabeça.

— Tudo bem, posso passar na casa do Tweek quando estiver indo a sua casa, certo?! —O moreno declarou.

Kyle o observou, seu peito encheu-se de felicidade.

— Oh, Stan... meu herói! — O ruivo disse abraçando o moreno, e riu quando as faces de Stan coraram.

— Cara, para com essas viadagens, Jesus.

No entanto, Kyle não conseguiu se separar de Stan quando tentou, o moreno o segurou rente a si e o apertou, os olhos verdes piscaram agitados.

— O que falo para meus pais? Não posso simplesmente ir na sua casa em plena terça-feira... — Ele questionou ainda retendo Kyle em seus braços.

Os olhos azuis de Stan estavam tão vidrados nos lábios de Kyle que o ruivo corou ardentemente, e Stan amou ver as sardas tão próximas, era raro deixar Kyle sem ação desta forma, e o moreno queria ter muito mais disso...

— Você... pode dizer que temos uma lição... de matemática...

Kyle declarou, sentia as pernas um pouco trêmulas por causa da forma como Stan o segurava, a mão espalmada na cintura e os olhos cravados nos dele, o ruivo não acreditava que depois de tudo o que fizeram um com o outro, o simples gesto de ser segurado tão possessivamente por Stan, e encarar seus olhos azuis causava-lhe todo esse frenesi.

O ruivo sorriu com o pensamento, tinha algo em mente para mais tarde, e este olhar de Stan já o estava deixando totalmente ofegante.

— Uma ótima ideia! — Stan sorriu, ele soltou Kyle e automaticamente sentiu seus braços vazios.

O ruivo se afastou meio passo e puxou o capuz do casaco, o vento passou por seus ouvidos aquecidos, o calor das bochechas de Kyle foi esvaindo, e ele sentiu-se frio assim que saiu dos braços de Stan, o moreno desviou o olhar e pegou um gorro do bolso enfiando-o na cabeça, eles andaram conversando sobre o dia, até que chegaram na frente da casa de Stan.

Eles ficaram parados um minuto inteiro, talvez mais, se encarando sem querer se separar.

— Cara... só preciso tomar um banho e trocar de roupa... mandarei uma mensagem quando estiver saindo! — Stan tirou as mãos dos bolsos e acenou para Kyle.

— Espere! Stan! — Kyle chamou, o moreno voltou, e como Kyle não falava, ele se aproximou.

— O que foi, Kyle?

Por um momento Stan achou que o rosto de Kyle ia explodir de tão vermelho, ele franziu as sobrancelhas escuras observando Kyle lamber os lábios parecendo tímido.

— Stan... você... quer brincar com aquele brinquedinho novo?

Corajosamente, Kyle não desviou o olhar, e Stan teve um momento insano onde tentou encontrar sua voz, as lembranças do orgasmo arrebatador da outra noite preencheram sua mente tão rápido que todo o sangue de seu corpo se concentrou no rosto.

— Eh... sim... com certeza...

O moreno observou o rosto de Kyle voltando a cor normal, um sorriso predatório enfeitou os lábios rosados do ruivo.

— Traga com você, então...

O coração de Stan quase saiu pela boca, a perspectiva de usar aquele objeto... com a ajuda de Kyle era demais para sua mente, seu próprio membro vibrou dentro das calças jeans, mas ele engoliu duro e voltou a encarar os olhos verdes impetuosos de Kyle.

— Okay. — Stan deu as costas, e alcançou a porta. — Nos vemos daqui a pouco!

 

 

 

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 

 

 

A noite estava mais escura que Kenny lembrava apesar do brilho surgido por trás das nuvens, ao deixar a casa de Tweek ele notou que a temperatura na rua havia caído muito quando uma rajada de vento e neve o apanhou desprevenido, Butters ao lado dele encarou o céu em busca de algo e Kenny se encolheu puxando a gola do casaco rente ao rosto de modo a se proteger do gélido ar que cortava sua pele.

— Ken... por que você simplesmente não se agasalha direito? Deixou sua jaqueta com o Tweek e olha só... está tremendo.

A voz meiga o atingiu no mesmo momento em que um calor o envolveu repentinamente.

Butters enrolava o próprio cachecol no pescoço de Kenny, com um movimento fluído o pequeno loiro enlaçou o tecido de lã protegendo o pescoço e queixo do outro.

— Ah... Leo... obrigado, cara...

— Foi legal, aquilo que você fez com o Tweek... ele estava tão chateado...

— Eu tento... — Kenny encolheu os ombros envaidecido.

Mas a presunção morreu quando todo o corpo dele aqueceu, não como um resultado da nova peça de roupa, o que fez seu corpo arder foi a boca de Butters colando-se a dele.

A língua de Butters era molhada, doce, e mais quente que Kenny jamais imaginara, de todas as bocas que provou, definitivamente Butters tinha a melhor de todas, aveludada e atenciosa, a língua de Kenny sentia-se acariciada, era mais do que um beijo, era como um toque de amor.

Amor.

Kenny empurrou Butters de leve, seu coração arremessando-se contra o peito, dava para ouvir as batidas mesmo com o vento zunindo em seu ouvido, ele arregalou os olhos azuis encarando Butters sob a luz de um poste, aquela sensação insuportável de afeto que sempre o assaltava quando estava observando o pequeno Stotch agora tomava conta de todo seu ser, o fato de saber, conscientemente disso deixou-o em pânico.

Amor?

Isso era algo complicado, Kenny não queria pensar a respeito, sempre foi tão bom em apenas seguir os próprios instintos... por que isso...

Por quê... Amor?

— Ken... Hey... você está bem? Está estranho...

Os olhos límpidos de Butters fitavam seu rosto, Kenny desviou, ele sabia que todos eram capazes de ler a luxúria nos olhos dele, mas essa nova emoção... essa emoção estranha, não queria expor... nem para os olhos azuis amáveis que o perscrutavam... nem para Butters, em sua imensa gentileza...

— Ah, tudo bem... você me pegou desprevenido... safadinho... — Kenny brincou, empurrando para o fundo de seu peito os sentimentos que acabara de descobrir. — As atividades na casa do Tweek te deixaram aceso, foi, Leo...?

Butters se afastou e sorriu, mas o peito de Kenny congelou de repente, as mãos pequenas encontraram as suas e o loiro a sua frente o puxou pela rua coberta de neve.

— Na verdade... — Butters corava fervorosamente, o que intrigou Kenny. — Meus pais não estão em casa... o que acha... de ir lá e tomar um chocolate quente...

Todos os dentes de Kenny surgiram, e Butters amou ver aquele sorriso completo, o cachecol caiu do arranjo que Butters fizera, expondo os cabelos loiros escuros e bagunçados, quando Kenny sacudiu a cabeça.

— Acho maravilhoso... se tiver mais alguma coisa que eu possa tomar... — Ele brincou balançando as sobrancelhas sugestivamente.

Butters sorriu outra vez, e puxou Kenny pelo caminho, eles andaram rapidamente até que, ao dobrar a esquina e se aproximar da casa dos Stotchs, viram algo inesperado...

— Olá, Gatinho... estava esperando por você, lindinho... — Olhos perspicazes com cílios bem marcados voltaram-se para Kenny. — Hey, você.

O cumprimento foi extremamente vago, mesmo assim Kenny puxou o cachecol de volta para aquecer as orelhas e ergueu uma mão acenando.

— Oi, Gata... — Kenny cumprimentou sorrindo, no entanto, seu sorriso apagou quando ela se apertou contra Butters.

— Boa Noite, Querida... como foi seu dia? — Butters sorriu enquanto a ruiva se pendurava no pescoço dele, com um total alarme, Kenny viu quando ela afundou o nariz e falou algo rente a pele de Butters. — Oh, Linda, você não me falou nada mais cedo...

Butters a afastou, o sorriso dele era ofuscante, com olhos semiabertos e bochechas coradas, os lábios que alguns minutos antes haviam beijado Kenny tocaram na face da garota e ela soltou risinhos excitados se encolhendo, Butters a segurou pela cintura, e o coração de Kenny afundou no peito quando a ruiva colocou os dois braços sobre os ombros de Butters e jogou a cabeça para trás em um riso borbulhante.

Lexus não era apenas bonita, era envolvente, toda curvilínea, não tão cheia ou peituda quanto Bebe, ainda assim, o corpo era de uma atriz de cinema, com uma bunda impressionante e cintura maravilhosa. E ela cheirava bem, apesar do frio Kenny podia sentir de longe o cheiro sedutor dela.

O corpo feminino escorregou no de Butters, ela era quase da altura do pequeno loiro, apenas uns poucos centímetros mais baixa, talvez dois... os narizes deles quase se tocaram e Butters apanhou uma mecha de cabelos ruivos ondulados entre os dedos e ajeitou o cachecol dela, a imagem era perfeita de assistir, era como o encontro de um casal atencioso que não se vira o dia todo e, saudosos, se reconheciam.

Kenny deu um passo para trás, um sentimento absurdo de desamparo que ele não sentia desde os 9 anos, quando Stan parecia não se importar com a sua morte, e só ligava para Kyle... Bem, foi naquela época que ele entendeu que aqueles dois eram mais que amigos...

Mas Butters... sempre esteve ao seu lado, mesmo quando os outros o esqueciam, mesmo quando Cartman era um idiota e os intimidava, ou quando Stan e Kyle não tinham nada para dizer e ajudá-lo além de dar-lhe comida ou abrigo, Butters nunca fez com que Kenny se sentisse tão feliz, confuso, e triste ao mesmo tempo...

— Hmm... cara, vou nessa, nos vemos amanhã... na escola...

A despedida saiu baixa e Kenny se chutou mentalmente por ter gaguejado, ele virou-se e correu na neve, os olhos ardiam, talvez por causa do frio, talvez ele não quisesse saber o motivo, ele também não olhou para trás, para ver Butters perplexo o observando se afastar, o pequeno loiro foi puxado por Lexus, já não nevava mais, mas Kenny não viu nada disso, ele apenas correu, até chegar em casa.

“Eu gosto de pensar que o Ken é especial para mim, mesmo que ele goste de jogar ‘Onde está Wally’ com todo mundo.”

Butters dissera isso, e naquele momento Kenny sentiu como se o chão estivesse sumido sob seus pés, a frieza e o descomprometimento da declaração foi como um soco na cara de Kenny naquela noite, mas agora, com o frio o envolvendo e o coração acelerado, depois de ver Butters sorrindo carinhosamente para Lexus, talvez ele entendesse um pouco o que o outro havia dito...

 

 

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 

 

Depois de se despedir de Kyle, Stan entrou em casa dando um olá e um beijo rápido na bochecha de Sharon, sua mãe sorriu e brincou com os cabelos dele, da sala Randy acenou com uma cerveja na mão, era dia de jogo e o time dos Broncos enchia a tela de 60 polegadas da sala, portanto a atenção dada a Stan foi superficial, ele não se incomodou porque seria mais fácil de sair depois, no entanto...

Stan sentou na mesa e começou a comer um prato de sopa que Sharon colocou em sua frente, ela ainda estava com a roupa do trabalho, e acabava de assentar na mesa um prato com torradas apetitosas, o moreno alcançou algumas e deu uma colherada na sopa.

— Mãe, Shelly voltou para a faculdade? — Ele perguntou para puxar assunto, lembrando que a irmã viera passar alguns dias, e na outra noite ele teve o cuidado de não fazer barulho.

— Ah, sim, ela voltou no início da tarde, acabou o recesso. — Os olhos castanhos de Sharon ficaram macios provavelmente pensando na filha sozinha em seus últimos semestres.

— Ah, eu... preciso ir até a casa do Kyle para terminar uns exercícios de Matemática... não tivemos tempo de fazer por causa da Reunião...

Sharon tocou o rosto do filho, o polegar acariciando a pele morena, observando os olhos azuis e o queixo pronunciado tão idênticos ao de seu marido.

— Tudo bem, querido, mas volte antes das 22 horas, certo? — Sharon deliberou, Randy estava muito alheio para reclamar de qualquer coisa.

— Já disse que você é a mãe mais linda de South Park? — Stan deu um passo e se abaixou levemente aplicando um beijo no rosto da mãe.

Ele terminou a sopa e engoliu mais algumas torradas.

— Pensei que fosse a Liane... — Sharon falou com um olho fechado observando o filho rir.

— Não, definitivamente não é a Liane Cartman! — Stan gargalhou e correu escada acima.

— Dê um beijo na Sheila por mim, Stan!

Ele acenou feliz, tomou banho, vestiu uma roupa limpa e quente, tirou e jogou várias coisas dentro da mochila, a noite já havia caído totalmente quando o moreno caminhou pela rua outra vez, antes de chegar ao parque que ficava entre as ruas deles, Stan pensou ter visto Tweek e Craig caminhando na calçada oposta, no entanto quando ergueu a mão para acenar, se questionou seriamente se eram mesmo Tweek e Craig, Stan guardou a mão que acenaria aos amigos imediatamente.

Como a casa de Tweek ficava no caminho de Kyle, não era estranho vê-lo ali, mas era um pouco anormal a forma como os dois se encaravam no centro do parque.

Ignorando isso, Stan correu até a casa de Kyle, ao bater na porta foi recebido com um sorriso brilhante da Sra. Broflovski.

— Boa Noite, Stanley! Entre, meu amor. — Ela deu o lado para Stan passar e ele sorriu para ela.

— Como vai, Sra. B? Está muito elegante hoje, fez um penteado novo? — Stan perguntou charmoso, Sheila sorriu corada, e automaticamente Stan reconheceu a covinha na bochecha direita que Kyle também tinha.

— Oh, notou, querido! É só uma coisinha que quero experimentar... Como vai a Sharon? — Ela perguntou desviando o assunto, mas as duas mãos correram para o rosto para abrandar o calor das faces.

— Está ótima, ela lhe mandou um beijo! — E Stan se abaixou dobrando as costas para tocar com os lábios o rosto macio dela.

Sheila se encolheu, ao seu ver Stan era o mesmo menino adorável, mas atualmente não conseguia deixar de pensar que ele, assim como Kyle, já eram quase adultos, isso a deixava sempre um pouco saudosa dos seus pequenos correndo por ali.

— Kyle falou que precisam estudar, fazem muito bem, os testes preliminares logo vão começar!

— Sim, Kyle vai me ajudar, não sou bom em Matemática! Espero não zerar todas as provas de cálculos... — Stan arregalou os olhos esperando alguma bronca da mãe de Kyle.

— Oh, garoto... não se preocupe, suas notas em Biologia e Línguas são espetaculares, Stanley, você vai conseguir algo muito bom! E, claro, meu Bubbeh vai ajudar, sim! Pode subir, ele estava terminando o banho, leve esses sanduíches quentes e comam bem depressa! Nós já jantamos, mas sei que vocês garotos precisam de muitas calorias.

— Obrigado, Sra. B! Kyle tem uma mãe tão atenciosa e elegante... — Stan piscou para ela.

— Não seja tolo, querido, Sharon também é muito charmosa. — Sheila declarou entre risinhos.

— Claro que sim, afinal, quem eu teria puxado, não é?

Ele subiu as escadas de dois em dois degraus.

Um bufo entediado surgiu da cozinha, e Gerald apareceu com as mãos na cintura.

— Não sei se gosto dessa proximidade dos dois, já não era hora de estarem saindo com garotas? — O pai de Kyle questionou.

Sheila perfurou ele com os olhos.

— Deixe-os, estão seguros dessas garotas que só sabem quebrar seus coraçõezinhos.

Gerald girou os olhos escuros.

— Oh, o Cavalheiro Galahad Marsh ataca novamente.

Ele saiu andando emburrado.

 

 

Quando Stan chegou a porta do quarto de Kyle, viu através da fresta que o ruivo já tomara banho, pois estava de pé no centro do cômodo, secando os cabelos cacheados em uma toalha branca, ele empurrou a porta sem fazer qualquer barulho, e apreciou por alguns instantes os ombros sarapintados de Kyle, expostos pela falta de camiseta.

— Hey... cara... — Stan chamou empurrando a porta, ele soltou o prato que a mãe de Kyle lhe deu sobre a escrivaninha e timidamente parou ali de pé, ao lado da porta ainda entreaberta, enfiando as mãos nos bolsos do casaco, sem saber o que fazer com elas.

Em todos esses anos de amizade nunca o moreno teve nenhuma cerimônia para entrar no quarto de Kyle, mas ver o amigo em um momento tão íntimo, fez com que Stan se sentisse pela primeira vez deslocado.

Kyle girou o pescoço e sorriu imensamente para o recém-chegado, ele puxou Stan pelo braço arrancando a mão do moreno do bolso, e fechou a porta, trancando-a.

— Cara, você demorou... — O ruivo falou e imediatamente ajudou Stan a tirar o casaco.

— Kyle, tá praticamente verão nesse quarto, ou é impressão minha? — Stan questionou em busca do termostato, ele estudou o dispositivo incrédulo. — Cara, tá 23ºC, pra que tão quente?

O moreno tirou a blusa de lã e a atirou na cadeira junto com o casaco recém largado por Kyle, e ficou só com a camiseta branca, Kyle sentou na cama com o prato de sanduíches na mão, ele deu uma dentada e observou curioso o amigo, ergueu a mão oferecendo um dos sanduíches e terminou de comer o dele.

— Acho que fiquei muito tempo na rua e tava morrendo de frio... vou diminuir um pouco, já que você vai ter que sair na rua outra vez. — Kyle reajustou o termostato para 18ºC. — Acho que vai melhorar agora, vou lá embaixo pegar um suco pra gente.

Stan meneou a cabeça e Kyle puxou uma camiseta de mangas compridas de um pijama e saiu pela porta, o moreno observou a cama bem arrumadinha de Kyle, tudo naquele quarto era familiar e agradável, até a imagem idiota de Einstein mostrando a língua, Stan comeu o sanduíche que Kyle lhe deu em duas mordidas e jogou um olhar para a mochila que trouxera, ele ainda tinha algo para dizer ao amigo, e sabia que Kyle queria alimentá-lo primeiro, para depois...

— Suco de maçã serve? — Kyle interrompeu seus pensamentos. — Mamãe queria dar chá de gengibre, está preocupada, com medo que eu acabe ficando doente outra vez, mas chá não vai repor nutrientes.

— Pode ser suco, chá também seria bom. — Stan respondeu apanhando o copo que Kyle lhe alcançou.

O moreno bebeu de uma vez, em seguida acabou assistindo a garganta de Kyle movendo-se, o pomo de Adão subindo e descendo enquanto ele engolia o líquido, o show acabou muito rápido.

Kyle apanhou os dois copos e soltou na escrivaninha, em seguida em um movimento fluído que mais parecia uma finta de basquete, empurrou Stan contra a parede.

— Eu já disse hoje, que amo você?

A voz de Kyle era baixa e Stan se arrepiou por inteiro.

— Droga, Kyle... tem... tem uma coisa que eu queria falar. — Stan começou, mas Kyle o interrompeu.

— Você trouxe o brinquedinho? — O ruivo perguntou sorrindo.

— Sim. Mas, cara... — O moreno tentou outra vez, e Kyle o puxou parta a cama.

Os olhos verdes eram régios, brilhavam quando Kyle passou a língua nos lábios, ele puxou Stan para um beijo e tudo que Stan queria falar acabou morrendo com a força daquele beijo, Stan esquecia gradualmente que tinha algo importante para falar, esquecia até mesmo como respirar, seu coração em chamas e o membro começando a latejar dentro das calças jeans.

O moreno subiu os dedos tocando a pele de Kyle por baixo da blusa, os mamilos eriçaram-se em contato com seu toque e o ruivo tirou a peça de roupa, jogando-a ao chão, afastado dos lábios de Kyle, Stan foi carregado pela mão até a cama, eles sorriram um para o outro, Kyle tirou a cueca boxer e sentou-se com os joelhos dobrados e as pernas em forma de borboleta.

— Kyle...

Stan deslizou o dedo através da pele agradável das coxas do ruivo, Kyle o puxou pela nuca, seus lábios se tocaram em um beijo estalado.

— Quero que você use... em mim.

Stan parecia ter recebido uma tremenda bordoada no meio da cabeça, seus olhos estavam desfocados ao encarar o olhar desejoso de Kyle, o membro pálido e circuncidado do ruivo já estava erguido e ereto.

— Você... já tentou algo assim?

— Nunca com um desses, mas seria divertido experimentar... é uma experiência, não é? E uma experiência é sempre um aprendizado.

Stan ficou sério, ele puxou a mão afastando-se de Kyle, sim, tudo era um aprendizado, um treino para Kyle...

— Tenho uma coisa pra dizer antes. — Stan falou, seu olhar era sério, mas Kyle já tinha a boca na dele, beijando-o outra vez.

— Depois, Stan... também quero conversar, mas depois... — Kyle sussurrou no ouvido do moreno. — Por favor, Stan...

O moreno apertou os olhos quando a mão de Kyle tocou sua ereção por cima da calça jeans, ele gemeu quando a boca macia deslizou em seu pescoço e queixo, para finalmente morder-lhe o lábio.

— Certo... depois...

Esticando o braço Kyle pegou a mochila de Stan e entregou ao amigo, o moreno puxou um saco esportivo preto, e dali tirou o brinquedo, Kyle olhava estudando a peça, Stan segurou uma embalagem de lubrificante.

— Tem certeza, cara?

Kyle pegou a mão de Stan e levou-a até seu pênis inchado.

— Você não tem?

Stan mordeu os lábios encarando o membro de Kyle.

— Okay... deite-se...

Kyle deitou sobre as costas, e Stan o beijou para relaxar a si mesmo, sentia-se agitado observando o rosto corado e ansioso de Kyle, tinha medo de tantas coisas... temia se machucar com esta história, mas especialmente... não poderia suportar a ideia de machucar Kyle.

— Stan...

O moreno balançou a cabeça, espairecendo, ele encontrou um sorriso maravilhoso de Kyle, era quase tímido, mas extremamente confiante, tão Kyle que doeu seu peito...

— Vou preparar você primeiro...

— Stan. — As mãos de Kyle voaram para a calça do amigo. —Quero tocar você.

Kyle mordeu os lábios quando Stan apenas empurrou as calças e a cueca, ele lambuzou os dedos com lubrificante e tocou com calma a sua entrada, o ruivo separou as pernas, Stan o beijou para distraí-lo, e empurrou de leve, um dedo vagarosamente, Kyle gemeu dentro do beijo, e Stan lambeu seu pescoço pálido, não era nenhum sacrifício, o cheiro entorpecente de Kyle rapidamente agitou o membro ereto de Stan.

— Você... é tão lindo, Kyle...

O membro de Stan roçou a barriga de Kyle e o ruivo murmurou alcançando-o com a mão e quase gritou quando dois dedos deslizaram dentro dele, o moreno brincou um pouco, até que Kyle o mordeu direto no ombro.

— Coloque...

Stan queria negar, estava nervoso e excitado, queria continuar observando Kyle em sua expressão de entrega, mas atendeu ao pedido do amigo e sua mão encontrou cegamente o brinquedo, ele colocou mais uma camada de lubrificante, e puxou Kyle, se acomodou entre as pernas do ruivo e beijou o lado interno das coxas brancas e perfeitas.

Kyle mordeu os lábios assistindo o peito de Stan subir e descer enquanto ele colocava o vibrador aos poucos, o sentimento de ser preenchido era devastador, Kyle jogou um olhar suplicante.

— Stan... chupa meu pau... por favor...

Stan sorriu, e era um sorriso novo e enlouquecedor.

— Cara... ontem... não tinha nenhuma boca aqui para me chupar... sabe...? — Ele enterrou o brinquedo com mais força, e Kyle gemeu.

— Ahhhhnnnn... S-Staann... cara...

Os sussurros de Kyle eram quase altos o suficiente para chegarem ao quarto de Ike, sem saber se o irmão mais novo de Kyle já estava em casa ou não, Stan beijou os lábios semiabertos do ruivo para calá-lo, era tão maravilhoso ver o rosto de Kyle corado, o membro circuncidado gotejando e balançando conforme a excitação do amigo, Stan sentia uma absurda vontade de lamber limpando o líquido que escapava da ponta do pênis do amigo, porém se fizesse isso, acabaria dando a Kyle o que ele queria.

— Nem sempre podemos ter tudo o que queremos, não é... — Stan sussurrou rente ao ouvido de Kyle, recebendo um longo gemido de protesto quando se afastou.

Ancorado acima do corpo pálido e sardento, Stan sentiu seu peito aquecer ao encarar os olhos verdes de Kyle, que brilhavam à beira do orgasmo, ele era extremamente sedutor e estava fazendo uma força absurda para empurrar-se contra qualquer superfície disponível, Stan estava adorando apenas observá-lo.

— Jesus Cristo, Kye... — O moreno disse puxando o brinquedo e o empurrando novamente. — Você está tão lindo assim...

Kyle abriu brevemente os olhos observando Stan, o amigo tinha se acomodado entre suas pernas, totalmente vestido enquanto Kyle encontrava-se absolutamente nu, rebolando e implorando, ele tentaria tocar com seu próprio pênis em algo, sentia seu interior em chamas e necessitava de qualquer libertação, mas quando sentiu o membro de borracha, guiado por Stan, atingindo um ponto sensível dentro de si e arqueou-se sem saber se fugia ou se deixava tocar, era uma coisa louca e nova, que ele não sabia que poderia existir, lera sobre algo assim quando pesquisou a medida que queria oferecer prazer absoluto para Stan, mas nada que ele leu poderia definir o que sentiu quando mão esquerda de Stan tocou sua barriga, e em seguida recomeçou um ritmo, estocando dentro de Kyle com o brinquedo, os olhos azuis do moreno estavam vívidos de luxúria e ele sussurrava coisas que Kyle não estava mais ouvindo, totalmente concentrado em deixar-se tomar, permitindo que Stan fizesse o que bem entendia.

— S...taaaann... eu vou... ahhh, caralho... aaahh... Staaaaannn.... nnnhhhhg...

— Vamos, Kye... se você gozar para mim... prometo que te deixo me foder a sério... com o seu próprio e perfeito pau maravilhoso e circuncidado...

— Porra... cara... ahh... Staaann... preciso... te foder... quero você... — Kyle gemeu, seu rosto vermelho brilhante e cabelos ruivos úmidos e bagunçados.

Stan estava adorando ter o controle das sensações de Kyle, estava amando vê-lo mordendo os lábios, gritando, corado, jogando os quadris contra a mão de Stan, o moreno pressionou o abdômen sardento para evitar que Kyle saísse do lugar, e estocou com mais força, Kyle gritou outra vez e espalhou as pernas, empurrando a pélvis para o ar rompendo a retenção que Stan tinha imposto.

— AHHHHH, porra... S-Staaaaannn... Nnnnnnggg-ahh... puta merda... cara...

Então, Stan parou os movimentos do brinquedo porque estava maravilhado demais para continuar, na frente dele o ruivo era uma bagunça, o ápice parecia incrível quando o gozo de Kyle esguichou da ponta do membro circuncidado tão forte e rápido que um filete branco pousou na bochecha do moreno, ainda com o membro de borracha enfiado até o limite.

— Você... cara... você foi maravilhoso... Kye... — Mas o moreno não conseguiu terminar a frase, tocado com a beleza que era o orgasmo do amigo.

Kyle o encarou e riu, ele se ergueu puxando Stan para um beijo, o moreno sentiu o corpo do ruivo vibrando, estremecendo com o clímax, sentiu Kyle limpando o esperma de seu rosto e de repente a língua de Kyle  invadiu sua boca novamente, quando ele sentiu o gosto de porra e saliva de Kyle, sua mente ficou vazia, ele empurrou o ruivo na cama e começou a lamber todo e qualquer resquício de esperma que fosse capaz de encontrar, por fim lambeu e chupou o membro pálido ainda duro, enquanto puxava delicadamente o vibrador de dentro do ruivo.

Passou-se alguns minutos e Stan muniu-se de lenços de papel limpando toda a bagunça, ele forçou Kyle na cama para examiná-lo, um pouco constrangido Kyle acabou permitindo, depois o amigo o ajudou a arrumar tudo, com um sorriso pateta no rosto, o moreno pegou a camiseta de mangas longas que Kyle desprezara no chão e ajudou-o a se vestir, a boxer verde foi recolocada e Stan também se organizou, ele olhou o relógio e percebeu que já passava das 22:30.

— Preciso ir... — Stan disse ainda sentado na cama, observando as bochechas coradas de Kyle. — Você... me entrega tudo amanhã...

Mas Kyle o segurou pela mão.

— Hey, Stan. — Kyle pegou os dois copos e largou na escrivaninha. — Sabe, vai ter esse evento em North Park... haverá uma confraternização depois... você... quer vir comigo?

Stan ergueu as sobrancelhas, já tinha ouvido sobre isso no dia que conheceu a Presidente do Clube de Debates de North Park, e também...

— Eu... já recebi um convite. — Ele falou desviando o olhar. — E aceitei.

Kyle parecia ter murchado, mas seus olhos estava além de arregalados.

— Mas... é no dia do seu aniversário! — Kyle protestou, todo o cansaço desapareceu na mesma hora. — É... é uma data importante... pra nós!

Stan não conseguia olhar para os olhos verdes vítreos de Kyle.

— Desculpa, cara... não posso declinar o convite... foi feito primeiro... eu... não sabia o que você pretendia para este dia...

— Pretendia ficar com você como todos os benditos anos! — Kyle ficou de pé, a boxer verde fazia um lindo contraste com as coxas brancas.

Stan se afastou da cama e de Kyle, apanhou a mochila e o casaco, e tentou encarar o amigo, mas assim que deu uma boa olhada no rosto do ruivo, seu coração apertou.

— E se você for se confessar para essa pessoa que você gosta? — Stan falou sem emoção. — Não é melhor que eu já ache o que fazer quando você começar a transitar por aí com essa nova companhia?

— Que... porra é essa, Stan? — Kyle exigiu, mas o moreno apenas deu as costas para ele.

— Nos falamos amanhã, cara... não se preocupe, vou continuar te ajudando... ou seja o que for.

E Stan saiu pela porta, Kyle ficou parado olhando perplexo para o termostato, pensando que repentinamente, sem Stan, havia ficado muito frio naquele quarto.

 

 

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 

 

Na manhã do dia seguinte, Craig abriu a porta e seu corpo inteiro paralisou, não como resultado do frio cortante que o aguardava, pois estava devidamente bem agasalhado e protegido contra a baixa temperatura, mas seu choque veio da figura que o encarava postado de pé e solene no último degrau da entrada da casa dos Tuckers.

Com os pés atolados na neve macia da frente da casa de Craig, o portador de olhos verdes-avelãs fitou o moreno longamente, estava satisfeito com o impacto que causou, mas já estava ficando um pouco irritado com a expressão que o moreno o olhava.

— Bom dia, Craig. — Ele falou e assistiu o moreno sacudindo o rosto e esfregando os olhos. — Resolvi vir... não sabia se você iria querer me ver... sabe... depois de ontem e tudo...

Craig ajustou a mochila nas costas e fechou a porta, ele pisou na neve e observou que havia bolsas escuras embaixo dos olhos de Tweek.

— Claro que eu não ia deixar de buscá-lo, Tweek. — Craig falou enquanto caminhava fazendo sinal para o loiro o acompanhar. — Me... desculpe por ontem... eu... só...

Eles caminharam pela rua fria, era cedo o bastante para não haver quase crianças indo à escola, o silêncio era constrangedor, algo incomum para os dois, geralmente não se incomodavam com a falta de diálogo, no entanto, cada um estava se culpando por algo.

Craig pensou no beijo que Tweek lhe deu uma centena de vezes, era como um tipo de sonho acordado, ou algo conjurado pela sua própria mente perdedora que oferecia imagens que ele jamais recriaria em plena consciência, mas o que ficava indo e voltando em sua cabeça eram as palavras ofendidas de Tweek, gritadas a plenos pulmões em seu rosto.

Tweek olhou para Craig e viu que o moreno estava perdido em seus próprios pensamentos, havia aquele olhar com a sobrancelha franzida que Tweek vira tantas vezes quando o moreno tentava resolver um problema realmente difícil de Matemática ou Física, ou quando não conseguiam vencer algum chefe nos jogos de terror que jogavam juntos, o loiro apertou a alça da mochila, e mordeu o lábio.

Craig o olhou de soslaio, e observou que os lábios rosados pareciam bem mais saudáveis e estavam cobertos com o protetor labial que dera a Tweek.

— Tudo bem, também exagerei. — O loiro declarou repentinamente, ele fitou Craig, o moreno desviou o olhar, encabulado. — Vamos esquecer isso, não quero que as coisas fiquem estranhas.

— Nada vai ficar estranho. — Craig rebateu, mas não voltou a olhar para Tweek.

O loiro abriu a boca para dizer mais alguma coisa, no entanto mordeu a língua e aprofundou uma carranca, quando o braço de Craig foi puxado por alguém.

Surpreso, Craig tropeçou e quase caiu, se não fosse pela agilidade de Tweek.

— Hey, Craig [MERDA]. — Thomas chamou puxando o moreno para o seu lado. — Queria perguntar uma coisa [CARALHO].

Dois pares de olhos encaravam Thomas o que o deixou ainda mais nervoso.

— Eu... meio que estou indo com o Tweek.

Thomas olhou para Tweek e este ergueu as sobrancelhas.

— Vocês estão [PORRA], tipo... namorando? — Assim que perguntou, o rosto de Thomas ficou escarlate.

— Não!

Assim que a palavra saltou da boca de Craig, ele se arrependeu, Tweek ao seu lado tinha uma expressão vazia, e o moreno o olhou aflito, abriu e fechou a boca várias vezes, Tweek desviou o olhar, sentindo o coração quase parar, era extrema pressão uma pergunta dessas à queima-roupa, quando Craig ia falar algo mais, Tweek reencontrou sua voz e rompeu o momento de silêncio estranho.

— Claro que não, Craig só está acostumado a andar comigo. — Tweek falou e sua voz era desprovida de emoção, uma cópia absoluta e perfeita de Craig, ele deu as costas e continuou falando. — Não se preocupem comigo.

O loiro andou como se não pertencesse àquele corpo, como se aquela vida não fosse dele... pela primeira em sua existência sentiu-se sendo excluído da vida de Craig.

Eles eram só amigos, sempre foi assim até quando namoraram de mentirinha para ganhar dinheiro da cidade inteira... Tweek mesmo dissera que não queria um namorado, não foi?

Não foi?


Notas Finais


Oieee!!!

Gente... calma... algumas pessoas precisam crescer e perceber coisas... e este capítulo trata disso... dói, mas é necessário.

O que vocês acharam e o que imaginam que vai acontecer daqui pra frente?
Já mataram sobre o plano do Tweek?
O que acharam do Stan já ter sido convidado pra uma coisa que obviamente o Kyle o convidaria (mas não o fez)?
E... o Kenny?
Quanta confusão esse povo tá fazendo... 😋

COMENTEM E ME DEIXEM SABER O QUE ACHARAM!!


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