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História Quero que você saiba - No controle


Escrita por: ClotsQueen

Notas do Autor


Oiee!!

Bem-vindos todos os leitores novos, espero que estejam aproveitando esta história!
Wow, faz tempo que eu não atualizo, ando ocupada com uma pá de coisas, mas eu tenho tantas ideias pra esta fic que quando peguei pra escrever o cap novo à partir das minhas anotações... ao final ele ficou com 7K D: resultado: Tenho dois capítulos prontos, porque obviamente eu dividi em dois, E ESTE AQUI FICOU ENORME DE QUALQUER JEITO... pena que tive que dividir uma cena que o povo está aguardando bastante... espero não decepcionar, hehehe!

Estou postando cedo (porque é sexta e estou livre e...)pra galera ler com calma, assim que eu receber os comentários de vocês já posso postar no novo capítulo ♥

*A capa da fic foi desenhada por kyuubikun, e eu editei um pouco*

Explicações de alguma coisa nas Notas Finais e BOA LEITURA!!

Capítulo 3 - No controle


Fanfic / Fanfiction Quero que você saiba - No controle

Kyle teve tempo de escrever uma mensagem antes de ser abraçado, ele ainda estava no ginásio e todos os outros colegas estavam saindo, apenas Butters e Bradley, o loiro tímido, estavam juntando os equipamentos e por mais que Kyle gostasse de Butters, não queria ajudar hoje, pois havia algo que precisava fazer.

Ele enviou a mensagem recém-escrita e assistiu por cima do ombro de Rebecca Stan apanhando o celular no bolso enquanto conversava com Cartman, Clyde e Tolkien.

— Kyle... — Rebecca sussurrou com um beicinho.

Kyle olhou para ela sorrindo levemente, segurando a mão dela com cuidado.

— Não fique assim, Rebecca, nós vamos fazer uma ótima apresentação nesse evento em North Park! Não ligue para o que as garotas de lá falaram!

Sí, preciosa... — David se aproximou alisando os cabelos ondulados dela, o sotaque mexicano fez a garota sorrir. — Temos o Kyle na nossa equipe! Esse debate está garantido!

Então os olhos chocolate de David encontraram os de Kyle, eles trocaram um sorriso confiante.

— Ah, garotos... desculpem, não sei o que me deu, acho que estou de TPM... — Ela se desvencilhou de David e abraçou Kyle ternamente.

O ruivo sentiu os seios pequenos e redondos pressionados contra seu peito e retribuiu o abraço rapidamente dando tapinhas nas costas dela, então segurou o ombro e afastou-a gentil e imperceptivelmente.

— Galera, preciso ir! — Kyle avisou se despedindo.

Nenhum dos amigos parecia feliz com a saída do ruivo, e os dois ficaram lá, agindo como se fossem estranhos, a única coisa que parecia os unir era Kyle.

O ruivo correu pelos corredores ainda vestindo o uniforme de Educação Física, indo direto à Biblioteca, chegando lá avistou Stan esperando-o no corredor de Literatura Europeia, o moreno parecia procurar algo, mas sorriu ao ver Kyle, abandonando sua busca simulada.

— Hey, cara! — Stan cumprimentou. — Recebi sua mensagem!

— Hey! — Kyle sorriu e se posicionou na frente dele. — Você vai lá pra casa hoje?

Era sexta-feira e este era o dia universal da Festa do Pijama dele e Stan, uma tradição raramente adiada, e por isso mesmo eles já haviam pré-combinado algo.

— Claro, cara, é a tradição! — Stan falou sorrindo. — Já comprei os salgadinhos, vou só passar em casa, tomar banho e apanhar uma roupa!

Kyle se aproximou, sua respiração bateu no rosto de Stan e o moreno se viu recuando para trás e piscando lentamente quando Kyle lambeu os lábios preparando-se para dizer algo, Stan sentiu, que era importante, ele tentou evitar de respirar fundo e sentir o cheiro de Kyle.

— Sabe... Meus pais vão para um evento em Denver, para arrecadar dinheiro para os imigrantes não registrados do Canadá hoje à noite, isso vai até tarde, então eles vão passar a noite em um hotel... Ike vai junto, então vou ficar sozinho...

Eles já haviam ficado por conta própria um milhão de vezes, isso não era uma novidade, mas o olhar de Kyle encarando Stan como se tentasse ler sua mente, a aura que emanava dele e o cheiro de gengibre que sobressaía ao suor e vinha do cabelo ruivo exposto pela falta da ushanka... isso tudo era um monte de novidades que o corpo de Stan não estava ignorando.

— Tudo bem, já fizemos isso muitas vezes, não é? — Stan respondeu um pouco sério demais.

— Você... está chateado comigo...? Por causa desses... treinos? — Kyle perguntou e Stan sentiu sua garganta apertar porque a voz do ruivo parecia triste.

— Não! Não, nada disso... eu só... queria poder ajudar mais... — Stan disse desviando o olhar.

Kyle deu um passo à frente, havia um espaço muito pequeno que os separava, Stan já tinha as costas coladas a uma prateleira e o ruivo precisava deixar seu amigo confortável outra vez.

— Stan... você é o único que pode me ajudar. Não confio em mais ninguém! — Kyle apanhou uma mecha de cabelo escuro entre os dedos, com a outra mão acariciou a bochecha de Stan. — Acha que estou melhorando?

O ruivo sentiu suas bochechas corarem e assistiu um crescente vermelho se instalando no rosto do moreno, ele queria beijar o amigo ali, agora mesmo.

— Parece que sim... — Stan respondeu baixinho, ele tinha os olhos azuis semifechados. — Mas você deve ter algo mais pra me mostrar.

Kyle seria estúpido se não tivesse entendido, ele podia ouvir seu coração batendo, mas mais do que isso, ele ouvia o coração de Stan.

— Eu tenho.

Kyle se empurrou contra o peito de Stan, a mochila do moreno bateu contra a estante, ele encontrou a boca do moreno aberta, esperando-o, e Kyle não decepcionaria seu Super Melhor Amigo, o beijo começou lento e cresceu vorazmente, Kyle se afastou milímetros e Stan sussurrou.

— Eu sei que você pode fazer melhor.

Stan queria jogar o jogo, se tinha que fazer isso, era melhor fazer direito, Kyle sorriu rente aos lábios dele e reiniciou um beijo faminto, o ruivo sentia que poderia comer a boca de Stan, e o moreno parecia se entregar gradualmente.

— Você tem tanta fé em mim.

Kyle queria ver mais, ele precisava saber que reações causaria em Stan, então pressionou sua ereção contra a coxa do moreno, esfregando-se ali alucinadamente, o moreno grunhiu.

— Kye...

O ruivo se empurrou mais uma vez, e beijou o pescoço suado de Stan, o gosto enviou uma corrente elétrica e ele sentiu seu pênis pulsar, Stan gemeu novamente, contido e baixo.

Quando Stan encontrou os olhos de Kyle, o verde era ilegível e quente.

— Espero você na minha casa, Stan.

 

 

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 

 

A neve já estava fofa e relativamente acumulada em pontos estratégicos e por toda a cidade, e da esquina Kenny viu uma cabeleira loira espetada, acompanhada de braços inusitadamente ágeis lutando contra a camada branca e espessa que se acumulava na frente da garagem dos Tweaks naquela tarde fria em South Park.

Kenny se aproximou sorrateiro, ele havia combinado de se encontrar com Tweek aqui depois da aula, hoje estavam livres dos clubes e Tweek estava ansioso para colocar seus planos em ação, ao pensar nisso Kenny sorriu maliciosamente.

— Sabe que você parece bem quente quando está todo concentrado e pegando no pesado assim? — Ele disse repentinamente.

— GAHHH!! FILHO DA PUTA!!! — Tweek gritou atirando a pá em direção ao amigo.

O loiro pulou apavorado com a chegada súbita, e Kenny se desviou da ferramenta que lhe foi atirada, mas teve a cara de pau de rir, no entanto Tweek o encarava como se pudesse cortá-lo com os olhos.

— Okay, okay... desculpe! Não achei que você estava tão distraído! Sério, cara, você está aí há quanto tempo? E principalmente, pensando no quê? Estamos atrasados para o que combinamos. — Kenny se aproximou com as mãos para cima em sinal de trégua, ele observou que os cabelos de Tweek já tinham pontos úmidos de suor escorrendo pelas têmporas, então se afastou apanhando uma pá. — Vou ajudar você.

Tweek ergueu uma sobrancelha incrédulo.

— Já estou terminando. — Ele disse dando as costas para Kenny e continuando a remover a neve da entrada.

— Ah, vamos lá, Twinkie*... Eu posso fazer você chegar lá mais rápido assim... vai ser instantâneo, e você vai ficar todo trêmulo de cansaço! — Kenny disse cheio de malícia e, muito a contragosto, Tweek sentiu suas bochechas aquecidas.

— Não me chame disso e não fique falando desse jeito, não sou os protagonistas dos pornôs-gay que você assiste, pervertido filho da puta.

Tweek afundou a pá no chão e observou por baixo dos cílios Kenny apanhar a pá dele e trabalhar também, em poucos minutos eles haviam removido toda a neve acumulada, Tweek liderou o caminho para dentro da garagem e guardou as ferramentas, ele puxou as luvas com os dentes, expondo as mãos nuas assim que entrou na casa, fazendo um sinal com a cabeça para Kenny o acompanhar.

— Ahhh, o calor da calefação doméstica! A melhor invenção do homem, depois do sexo! — Kenny vibrou tirando a jaqueta velha e atirando-a junto ao casaco de Tweek, no cabideiro postado ao lado da porta.

— Na verdade, café foi a melhor invenção! — Tweek replicou sapiente, ele foi até a cafeteira elétrica que ficava na sala, e serviu-se com uma imensa caneca que havia ali, já o esperando. — Você quer...?

— Se você me der uma caneca desse tamanho, vou ficar pulando igual um canguru! — Kenny informou com olhos arregalados. — Não sei como você não entra em colapso ou algo assim!

— Meu organismo já está acostumado! Uma vez o Craig falou que nas minhas veias correm café, bombeando café para o resto do meu corpo! — Tweek contou sorrindo de leve.

— Hum... Craig disse isso é...? Imagino o quanto ele deve ter se divertido com toda essa cafeína espalhada no seu sistema nervoso! — Kenny se aproximou tocando uma mecha loira espetada de Tweek. — Você poderia me mostrar como é essa explosão de testosterona, huh?

— Corta essa, McCormick! — Tweek enfiou uma caneca de café na frente do rosto de Kenny, interceptando as investidas do outro loiro. — Vamos lá pra cima, você prometeu que ia fazer as coisas fáceis aqui.

— Certo, vamos ver o que você tem pra mim, Twinkie*...

— Já falei pra não me chamar assim, babaca.

Tweek girou os olhos entediado, apanhou uma térmica de um litro e meio de café e, mais uma vez saiu andando na frente, Kenny olhou para ele sorrindo na borda da caneca, bebericando lentamente.

Quando eles chegaram ao quarto, Tweek tirou o suéter, não que ali fosse mais calor e sim porque o café já estava fazendo o efeito esperado e o loiro sentia-se mais quente, Kenny caminhou até a escrivaninha e viu ali um desenho que chamou a sua atenção, ao lado havia anotações, ele sorriu satisfeito.

— Acha que precisamos de mais alguma coisa? — Tweek perguntou do outro lado do quarto, mostrando uma gaveta aberta com alguns objetos, que ele acabava de destrancar.

Kenny atravessou o quarto se posicionando atrás de Tweek, ele era alguns centímetros mais alto que o outro e por cima do ombro do amigo podia ver todo o conteúdo da gaveta secreta.

— Wooow... — Ele assoviou apanhando um tubo e uma caixa totalmente extasiado. — Acho que vamos nos divertir pra caralho até que precisemos de algo!

— Tenho certeza que vai faltar alguns desses. — Tweek virou de frente para Kenny, seus peitos quase colidiram e ele deu um passo para trás. — Estou louco pra usar isso, cara!

Kenny encarou os olhos aveludados, um sorriso animado de curiosidade despontava no rosto de Tweek e Kenny se viu ridiculamente corando por causa da expectativa que o outro loiro investia nele.

— Nah... vamos dar nosso jeito. Sabe que você me escolheu pra isso porque sou o mais experiente, não é? — Kenny disse se afastando.

— Você é experiente, mas eu sou o único que sabe o que vamos fazer e a implicância disso. — Tweek respondeu sério. — Kenny, quero que isso dê certo. Preciso que isso dê certo, entende?!

Já escurecia lá fora e Kenny meneou a cabeça, um calafrio percorreu sua espinha, ele sabia que Tweek confiava nele.

— Certo! Vamos botar pra foder. — Kenny declarou lambendo os lábios e sorrindo sensualmente, ele tirou a blusa de lã que vestia e atirou ao chão, seus mamilos estavam arrepiados de frio por baixo da camiseta branca surrada.

 

 

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

 

 

Naquela tarde de sexta-feira Kyle chegou em casa tirando as botas de neve e desesperado para tomar um banho, os beijos trocados com Stan ainda estavam presentes em sua pele e sua mente, assim que entrou pela porta da cozinha em busca de um copo de água um bilhete chamou-lhe a atenção. Ele apanhou o papel colado na geladeira enquanto tirava a jaqueta e pendurava na entrada, a letra ornamentada e redonda de sua mãe reiterava sobre sua ausência, e havia alguns lembretes.

Kyle tinha permissão para trazer até quatro amigos para sua casa durante a ausência dos pais, que se daria até a noite de sábado, mas ele não tinha permissão para bebidas alcoólicas (o ruivo girou os olhos para esse detalhe), e por fim, havia comida congelada e dinheiro para Kyle comprar o que precisasse.

 “... Fique seguro! Amamos você, Bubbeh!”

A assinatura cheia de curvas de Sheila terminava o bilhete, Kyle apanhou o celular do bolso e subiu as escadas digitando uma mensagem, enviou e esperou alguns segundos pela resposta, ele entrou no quarto jogando a mochila no canto e tirando a blusa de lã verde que usava, seu celular vibrou e ele destravou a tela e leu a resposta sorrindo.

Stan estava terminando de se aprontar.

Kyle desceu as escadas e foi até a cozinha investigar os armários e a geladeira, havia realmente comida para um pequeno exército, afinal Sheila sabia alimentar meninos adolescentes, ele sorriu satisfeito.

 

Há algumas quadras dali Stan estava olhando para Sharon Marsh com olhos azuis gigantes, nos últimos tempos ela se tornou mais cuidadosa sobre Stan passar a noite fora, ela tinha medo que ele ingerisse álcool como nos tempos remotos quando ele caiu em uma depressão repentina.

— Mas, mãe... ele vai ficar lá sozinho! Prometo vir amanhã pra casa! Só não posso deixar meu Super Melhor Amigo passar o dia abandonado!

Sharon suspirou, ela sabia que eles costumavam cuidar um do outro.

— Stanley... nem mesmo sei se vocês vão comer direito! Da última vez o Kyle teve uma crise de hipoglicemia porque vocês ficaram muitas horas jogando e ele não comeu nada!

— Mãe! Nós tínhamos 11 anos! Eu vou cuidar dele, okay? Não vamos exagerar.

— Não sei, Stan... Só você e o Kyle?

— Sim, apenas nós dois, videogames e comida que a Sra B. deixou! Vocês não iam amanhã visitar a Shelly? E eu não ia ficar aqui de qualquer maneira? — Stan apontou, e contrariada, Sharon balançou a cabeça afirmativamente. — Então, mãe! Eu volto aqui à noite, ou quando vocês chegarem me mandem uma mensagem!

— Ahhh! Tudo bem! — Ela disse vencida. — Mas fale com seu pai antes!

Stan se jogou nos braços dela, beijando o rosto com carinho.

— Você é a mãe mais linda de South Park, sabia? — Ele falou estalando um beijo em cada bochecha.

— Pensei que era a Laura... — Ela sorriu tímida.

— Não foi com ela que papai se casou! — Stan piscou charmoso, parecendo muito com Randy, Sharon riu alto.

O moreno correu até o quarto e esvaziou a mochila na cama espalhando os cadernos, apanhou uma calça de pijama e uma camiseta de dormir, jogou tudo lá dentro junto com o notebook e o controle para jogar com Kyle, ele tomou um banho às pressas, e vestiu-se correndo.

Ao descer a escada Stan foi até a garagem onde seu pai lia tranquilamente deitado num sofá que fora recentemente instalado ali, Randy ergueu os olhos encontrando-o

— Hey, Campeão! Está chegando?

— Não, na verdade estou indo para a casa do Kyle!

— Ah. É sexta-feira, não é?

— É sim... volto amanhã, já combinei com a mamãe! — Ele respondeu colocando as mãos nos bolsos. — Pai, posso perguntar uma coisa?

— Claro, filho, porque não? Pergunte!

— Pai... é... seria possível conquistar alguém que nunca olhou para você? Alguém que nunca considerou a possibilidade de dar uma chance?

Randy sentou, sua feição era solene.

— Meu filho. Um Marsh nunca se dá por vencido! Não pense que conquistei sua mãe facilmente, não! Tive que derrubar mais de mil hippies em uma competição de tiro livre de tequilas, mijo à distância e batalha de solos de guitarra! Você não pode desistir, Stanley! Mostre que você herdou minha capacidade de bater qualquer um no mijo à distância!

— Mijo...? — Stan franziu as sobrancelhas, depois balançou a cabeça. — Bem, você acha que devo tentar algum movimento?

Randy se aproximando do filho.

— Um movimento, huh? — Stan sentiu seu pai abraçando-lhe por cima de um ombro. — Não. Deixe as coisas andarem sozinhas.

Stan encarou o pai que emanava uma aura de Buda.

— Pai, você não está me ajudando.

— É. Eu sei. — Ele disse balançando a cabeça. — Nem pretendo, quando você fizer uma cagada, não quero ter parte nisso.

Ele sorriu e Stan girou os olhos.

— Que seja, tenho que ir, o Kyle está me esperando! Nos vemos amanhã!

Randy deu batidinhas no ombro do seu filho, e observou ele sair, seus olhos ficaram presos na porta por alguns instantes, até que ele respirou fundo.

— Quem disse que esse seu alguém nunca considerou a possibilidade, Stanny-boy? O menino Broflovski simplesmente gosta de estar no controle. É irritante!

 

Stan caminhou rápido na rua, ele avistou Kenny ajudando Tweek a retirar a neve da frente da casa dos Tweaks e estranhou a proximidade dos dois, que estavam tão distraídos a ponto de não ver Stan passando, o moreno puxou a touca azul da bola vermelha a fim de cobrir suas orelhas, a jaqueta marrom era quente embora parecesse uma fina peça pois o moreno tremia, seus cabelos escuros ainda estavam molhados.

O moreno tocou os lábios sentindo-os quentes, durante toda a semana Kyle continuara com seu “treino”, mas no geral isso consistia em ele fazer declarações exageradas e na maior parte das vezes, caricatas, mas cerca de uma hora atrás, na Biblioteca depois da aula de Educação Física, o beijo que eles trocaram parecia que os levaria para outro nível...

Stan acelerou os passos quando a frente da residência dos Broflovskis entrou no seu campo de visão, seus tremores não eram de frio, mas sim de inquietação pelo que viria, Kyle lhe mandara mensagens e Stan sabia que eles estariam sozinhos, ele sentia-se sinceramente um pouco inseguro sobre a situação toda, mas decidiu que antes de entregar Kyle para quem quer que fosse, iria aproveitar o que viria, deixaria Kyle definir o ritmo, mas não ficaria parado.

Quando Stan chegou à porta da casa, bateu, mas ninguém atendeu, ele girou a maçaneta e descobriu que estava destrancada, Stan colocou o casaco no cabideiro, tirou as botas, e subiu ao quarto de Kyle.

Ao passar pelo banheiro descobriu que o amigo estava no banho, seu coração acelerou com a ideia de que Kyle estava ali, molhado e nu, passando a mão no próprio corpo... talvez estivesse se masturbando por conta da ereção que Stan lembra bem que o ruivo tinha mais cedo.

Ele apertou os olhos e sacudiu a cabeça, não deveria pensar nisso agora, ele mesmo não se masturbou mais cedo ao chuveiro, simplesmente ignorou o pau duro e idiota que zombava dele.

Exatamente como agora.

Stan respirou fundo e entrou no quarto, ele atirou a mochila ao chão junto à de Kyle e jogou-se na cama, o que foi um erro pois o cheiro de Kyle estava em todo o maldito lugar, tudo isso estava o enlouquecendo, ele tentou outra vez evitar o pensamento, ele fechou os olhos e adormeceu embalado pelo cheiro de Kyle.

 

Kyle terminou o banho, ele sentia-se leve e renovado, deixara a porta aberta e provavelmente Stan já estaria esperando por ele. O ruivo vestiu uma calça de pijama fina, a noite já começava a cair e o frio dentro da casa parecia dar as caras, ele saiu do banheiro secando o cabelo em uma toalha, ao chegar ao quarto deparou-se com Stan dormindo em sua cama, o cabelo do amigo estava úmido, e seus lábios levemente separados, seu rosto estava rosado do calor do edredom que o cobria até o peito, e Kyle sorriu quando notou que o amigo tinha um pé para fora da coberta e ele vestia um par de meias que o ruivo emprestou da última vez que Stan dormira ali.

Kyle puxou o edredom até o queixo de Stan e cobriu também seus pés, em seguida saiu do quarto em direção à cozinha, ele colocou uma pizza no micro-ondas, e mexeu nos armários em busca de guardanapos, pegou latas de refrigerante na geladeira, apanhou tudo e levou para o quarto, puxou uma mesinha baixa para apoiar o que seria o jantar deles.

Alguns minutos passaram e Stan continuava dormindo, Kyle não queria acordá-lo, mas o alarme do micro-ondas ecoou baixo na cozinha e a pizza estava pronta, então o ruivo desceu, apanhou a pizza e trouxe ao quarto, em seguida acomodou o jantar no centro da mesa.

Kyle se ajoelhou ao lado da cama, o rosto de Stan era sereno, ele dormia muito tranquilamente, o ruivo brincou com o cabelo escuro, um dedo dele escorregou na bochecha de Stan desenhando a mandíbula forte, Kyle apreciou tocar o queixo pronunciado do moreno uma das características que ele achava das mais marcantes naquele rosto.

Kyle puxou o edredom e a orelha de Stan surgiu, Kyle chegou mais perto e colocou o cabelo para o lado.

— Stan... — Ele chamou com a voz baixa, mas o moreno não vibrou nenhum músculo. — Stan, a pizza está... quente.

Ele acrescentou a última palavra com a voz sensual, seus dedos voaram para os lábios do moreno, ele tocou desenhando aquela superfície e lembrando do último beijo que eles trocaram.

— Eu amo você. — Kyle sussurrou rente ao ouvido de Stan, ele plantou um beijo casto na bochecha do amigo e isso definitivamente trouxe Stan à vida.

— Desculpe... eu meio que desmaiei... — Stan abriu os olhos ainda relutante, o ruivo o observou, talvez o cansaço da semana estava batendo nele mais duro que o normal.

— Temos pizza! — Kyle ofereceu, seus olhos brilhavam tão intensamente que Stan não conseguiu desviar deles.

Os dedos de Stan tocaram sua orelha, onde Kyle sussurrara alguns segundos atrás, estava aquecida e havia um arrepio percorrendo sua espinha.

Kyle foi até a escrivaninha e pegou o controle remoto, ele ligou a TV e eles sentaram-se confortavelmente assistindo alguma maratona de algum show que eles não poderiam se importar menos.

Eles começaram a comer e tudo caiu na normalidade de sempre, eles falaram sobre a semana e sobre alguns trabalhos entregues, eles terminaram de comer e Stan se ofereceu para levar tudo de volta à cozinha, ele era sempre esse cara doméstico e Kyle sempre achou providencial, uma vez que ele mesmo preferia rastejar para seu Xbox e colocar algum jogo, não demorou nada para Stan estar de volta com algumas latas de refrigerantes que ele apenas colocara na mesa que Kyle, em sua ausência, já posicionou num canto do quarto.

— O que vamos jogar hoje? — Stan pergunta sentando ao lado de Kyle depois de pegar seu próprio controle na mochila.

— Um jogo de tiros? Qualquer coisa mais relaxante! — Kyle respondeu jogando um olhar preguiçoso para Stan.

Eles jogaram por pouco mais de uma hora, Kyle venceu mais e isso deixou Stan frustrado, então Kyle resolve desligar o videogame e ligar a televisão, ele jogou uma lata de refrigerante para Stan.

— Law e Order, cara? Sério? Faz eras que não assisto nada além dos jogos dos Broncos! — Stan riu, mas ele já estava com um pouco de sono também.

— Sei lá, só vamos assistir um pouco, parece que tem uma série nova, Shooter, parece uma boa premissa!

— Okay, vamos com isso! — Stan disse aleatoriamente, então Kyle se aproximou tão rápido que o moreno quase engasgou com o refrigerante. — O... quê?

— Você... eu amo você, você é perfeito. — Kyle falou limpando uma gota que escorreu dos lábios de Stan.

Eles se encararam por um minuto, Stan estava congelado, o olhar de Kyle era predatório, o ruivo sentou-se ao lado de Stan, no chão junto à cama onde eles jogavam videogame alguns instantes atrás, na televisão um novo show começava, Stan desvia do olhar de Kyle e viu que não era o show que o amigo falou, na tela da TV dois rapazes andavam em uma moto, um deles desceu do veículo e começou a filmar o amigo fazendo manobras.

Stan respirou fundo, ele disse que ajudaria, disse para si mesmo que não ficaria parado... então era melhor agir.

— Kyle, você precisa treinar mais a parte da entrega, depois da declaração. — Stan disse e se virou de frente para Kyle, ele praticamente pulou em cima do amigo. — Vou te mostrar... Assim...

Stan sentou-se no colo de Kyle e segurou o rosto do amigo, seus olhos azuis vasculhando todos os sinais possíveis, então Stan lambeu os lábios, sorrindo, Kyle não disse nada pois não estava acostumado a não tomar as decisões.

— Cara... — Kyle sentiu uma revoada de borboletas sem senso de direção batendo asas dentro do seu estômago.

— Eu amo você. — Stan falou, e beijou-o de forma lenta e possessiva.

A língua dele entrou em contato rápido com a língua de Kyle, suas respirações aceleraram e Stan separou amplamente os lábios rodando a língua dentro da boca de Kyle, ele mordeu o lábio inferior e segurou fortemente na nuca de Kyle, puxando-o para si de um jeito que não havia como o ruivo fugir.

— S-Stan...

Não que Kyle pensara um único momento em sair dessa situação, ele até agora não havia trocado um beijo com este grau de entrega, e mesmo Stan se encontrava aturdido por protagonizar essa cena, Kyle rodou as mãos na cintura do moreno e começou a acariciar aleatoriamente a pele disponível entre a barra da blusa e a cintura da calça jeans.

Stan moveu seus quadris pra frente e pra trás, foi uma fricção inegável e inexplicável, Kyle resfolegou em seus lábios, ondulando todo seus corpo em busca de mais contato e Stan aumentou a força do beijo, rodando a língua e movendo o rosto, brincando de morder os lábios de Kyle enquanto começava a subir seus dedos por dentro da camiseta de pijama que o ruivo usava.

O beijo foi aumentando juntamente com o calor do quarto, Kyle apertou a cintura de Stan e puxou a blusa dele, deixando-o apenas com a camiseta, o moreno empurrou o ruivo para o chão, e ele continuou beijando sua boca e empurrando-se para frente e para trás sobre Kyle, o ruivo rosnou com o contato dos membros eretos, separados apenas por duas barreiras de tecidos, Kyle o segurou, tentando manter Stan no lugar, mas o moreno continuava se movendo erraticamente.

Stan estava gostando de ver as reações de Kyle, ele nunca fora do tipo de cara que vai pra cima de uma menina, no geral Stan é o cara que se orgulha de deixar a outra pessoa levar na sua própria frequência, mas agora ele queria despertar toda a vermelhidão que surgia no rosto de Kyle, Stan queria ser o motivo dos cabelos bagunçados e da respiração pesada de Kyle... Stan queria mostrar que fosse quem fosse que Kyle se declararia em breve, esse alguém teria que se esforçar muito para superar Stan, em diversos níveis.

O moreno se afastou e lambeu a mandíbula de Kyle, com uma mão ele se apoiou no tapete e com a outra ele se esgueirou por dentro da camiseta encontrando um mamilo e roçando um dedo ali, Kyle praticamente chorou, era um som que Stan jamais ouvira vindo dele, e ele gostou.

Assim Stan continuou seus avanços lambendo o pomo de Adão de Kyle e mordendo de leve seu pescoço pálido, a pele do ruivo era deliciosa e Stan se perguntou como nunca havia tentado fazer isso antes.

Ele se afastou e encarou Kyle, os olhos desfocados de desejo, a ereção palpitante contra a dele deixava claro o bastante que o ruivo estava gostando, Stan desceu a mão e tocou o pênis de Kyle por cima do tecido, mas o ruivo o segurou com um aperto de aço.

— Stan... cara... Não...

O estômago de Stan apertou, Kyle poderia estar desistindo do treino, ou ele fora longe demais com esses amassos? Quando estavam no quarto ano, durante aquela onda dos PCs, eles aprenderam sobre o Consentimento, será que foi assim que Stan errou?

Ele recuou a mão e sentou-se pronto para se afastar, em sua mente Stan correu com um plano de inventar alguma desculpa para ir embora, ele jogou um olhar para sua mochila no canto do quarto. Kyle olhou para ele com olhos arregalados percebendo a ideia do amigo, afinal, eles liam um ao outro como se fossem livros conhecidos e decorados, o ruivo acirrou o aperto na cintura do moreno.

— O que eu quero dizer, é que há uma cama perfeitamente confortável bem ali. — Ele falou sentando-se ainda com Stan preso ao seu colo. — Se você quiser...

Stan sorriu, uma onda de alívio correu em seu rosto e Kyle o beijou por sua própria conta dessa vez, Stan se entregou ao beijo sentindo Kyle o erguer no colo, as mãos do ruivo fortes e acostumadas à bola de basquete estavam agora espalmadas em sua bunda, prendendo-o firme e com segurança.

— Não está satisfatório? — Stan perguntou rente aos lábios de Kyle, rodando seus braços em torno do pescoço do ruivo e cruzando as pernas nas costas dele.

— Está bom, mas na cama isso vai ser foda pra caralho, Stan.


Notas Finais


~continua~

Mhummmm... Kenny e Tweek, hein? O que vocês acham que eles estão fazendo? No que o Kenny se acha tão experiente a ponto de corar com a expectativa do Tweek? ( ͡° ͜ʖ ͡°)

*Twinkie ~> Vocês viram que o Kenny GOSTA de chamar o Tweek desse jeito, certo?
Pra quem não sabe TWINKY é um rapaz loiro e pequeno, magro, com pouco pelo no corpo ou nenhum, gay, meigo mas safado. É, não apenas um estereótipo (contrário aos "ursos"), mas inclusive uma categoria de vídeos em sites especializados (pornô)!
Vocês conseguem pensar em alguns personagens de South Park que preenchem este requisito?
E agora podem pensar em quais caras de South Park que provavelmente são fãs da categoria? Muahuahuahua~~

Randy Marsh sabe das coisas, certo? Sinceramente acredito que ele é o primeiro Style Shipper que existiu, talvez só perca pro Cartman! ;)
Eu ~AMO~ escrever as mães de South Park ♥

Galera, essa cena do Stan e do Kyle realmente vai continuar, no próximo capítulo, que aliás já está pronto (mas talvez eu acrescente alguma coisa), tem título, capa e tudo, vou simplesmente esperar os comentários de vocês para postar!!

Então é isso, espero que tenham gostado, deixem seus comentários, sugestões, reclamações, etc... Não deixem de dizer o que acharam, isso é importante pra criação da fic!


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