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História Quid Pro Quo - Prólogo


Escrita por: cryomancer

Notas do Autor


Estou iniciando mais uma fanfic. Essa ideia não deixava a minha cabeça há muito tempo e Deus (e a Pan) são testemunhas do quanto eu tentei resistir a postá-la. Mas eu estava, literalmente, querendo finalizar SKOM para só aí dar início a essa, e como já o fiz, resolvi postar.
Por favor leiam os avisos da fanfic, e se algum incomodar a vocês, pensem antes de prosseguir. No mais, é só isso.
Boa leitura!

Capítulo 1 - Prólogo


 

Konan se levanta de sua cama e alcança a cômoda de seu quarto em segundos. Eu a ouço fungar, e vi antes que seus olhos estavam ficando úmidos, então eu acho que ela quer chorar.

Eu estou tão ansiosa, você não faz ideia. Torça por mim.”, ela diz, enquanto encaro suas costas. Posso observar seus cotovelos se movendo, e sei que está limpando lágrimas.

Eu chorei como uma criancinha há pouco menos de trinta minutos atrás, ainda estou com os olhos inchados. Acho que não há mais lágrimas para derramar, por isso não estou chorando outra vez agora.

A minha melhor amiga passará os próximos seis meses longe de mim.

“Você sabe que eu vou, eu sempre torço por você.”

Ela se vira em minha direção, e lágrimas descem por suas bochechas. Ela sorri, e sei que está procurando em mim o estímulo para ir adiante.

O clima entre nós duas é tão depressivo agora que se eu a pedisse para ficar, ela provavelmente obedeceria. Mas é uma chance única para ela, eu presenciei a martírio que foram os doze meses de seleção, conseguir um intercâmbio para a África do Sul patrocinada pelo Rotary Club.

Eu iria sem hesitar, mas iniciei há pouco o sétimo período da faculdade, e não tenho o mesmo “nervo” que ela para trancar o curso e passar mais algum tempo estudando ao voltar para compensar o tempo perdido.

Pelo contrário, eu estou contando os segundos para me formar.

E ela também é solteira, isso ajuda bastante. Mas este não é o meu caso.

Me prometa que não esquecerá de entrar no Skype sempre que tiver tempo disponível.”, ela limpa as lágrimas, e começa a enrolar o cabo de seu secador de cabelos.

“Eu entrarei, ok? Me prometa também que não esquecerá da minha existência quando fizer novas amigas sul-africanas.”, eu a provoco, e seu rosto se contorce em uma careta.

“Eu não vou sequer responder isso.” Konan arremessa o secador em minha direção e eu o pego imediatamente, arranjando espaço suficiente para colocá-lo em sua mala já cheia.

É como jogar Tetris.

“Oh, antes que eu esqueça: conversei pessoalmente com o Teuchi. Eu quero relocar este apartamento. Todo dinheiro é bem-vindo, especialmente no exterior, nunca se sabe.”

“Eu não vejo o porquê de tudo isso, eu prometi que faria uma limpeza para não haver uma camada grossa de poeira quando voltar, mas se você quer, por mim tudo bem. Terei que me acostumar.”

“Sim, principalmente porque você está à cargo de tudo.” Ela sorri descaradamente, como se não houvesse acabado de colocar mais um peso em minhas costas. Eu não faria drama acerca disso se fosse qualquer outra pessoa além de Konan falando comigo.

Ela é o tipo de pessoa que, literalmente, bate no peito e diz: “odeio drama”, mas no segundo seguinte está chorando ao assinar petições referentes a maus tratos de animais no change.org.

“Você pode começar a se explicar.” Eu digo, cruzando os braços sobre o peito. Estou tentando posar de durona agora, e ao assisti-la ajoelhar-se em minha frente, com as duas mãos apoiadas nos meus joelhos, eu sei que acredita.

“Relocar é uma ótima ideia. A quitinete não precisa ficar abandonada por seis meses. A mensalidade é barata, já está mobiliada. Tudo o que você precisa fazer é depositar o valor mensalmente na minha conta, e pode até tirar um pouco para si mesma.”

“Não sei...”

Eu convenci o Teuchi. Aceitar ou não aceitar a pessoa está em suas mãos, terá seus próprios critérios. Ele não admitirá nenhum morador se você não concordar com isso. Eu juro.” ela junta as palmas das mãos, me encarando com veemência.

Observo seus olhos castanhos e arquejo, derrotada.

Qual foi a última vez que eu disse não a algo que Konan pediu? Nem mesmo eu posso me lembrar disso com clareza.

E eu estou, na semana seguinte, colando o aviso que escrevi à mão no mural dos alunos. Com todas as exigências comportamentais que pude pensar em exigir, ainda sentada na mesa da cantina. Se eu estou à cargo de tudo, será de acordo com meus critérios.

A verdade é que escrevi seis linhas do comportamento padrão que desejo, como se fossem mandamentos. Usufruí de meu recém-conquistado direito de exagerar, e na última linha finalizei com um “não beberás, afinal, não quero problemas”.

Não coloquei o preço, uma pechincha, afinal o prédio é ruim e está localizado em um bairro pior, por isso a mensalidade é barata.

Eu fiz tudo ao meu alcance para que ninguém jamais ouse ligar para mim em busca de informações sobre o imóvel.

 

 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.


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