História Química - 3

Era nove e meia quando consegui sair da delegacia. Aquele bando me deu um pouco de trabalho, o juizado demorou para buscar a garota, que fez escândalo a todo tempo e não parava de me ameaça.
Estava dirigindo minha caminhonete indo pra casa. Era o mesmo esquema dos outros dias, eu no meu carro e os meus seguranças atras em outro carro.
Eu estava bem cansada, mas eu não iria perder a oportunidade de aproveitar um pouco do meu gostoso, afinal ele estava todo empolgado pra ficar comigo e eu com ele.
Estacionei o carro na garagem e sai, me dirigi até o elevador e eles atrás.
- olá Rosa- Disse minha vizinha Ana.
- Oi Ana- a cumprimentei.- Quer ajuda com as bolsas ?- ela parecia estar chegando do mercado, estava com várias sacolas.
- Quero sim. - Peguei algumas sacolas.
- Como estão seus bebês?- Ana era mãe de gêmeos, umas fofuras, os via de vez em quando passeando com a babá pelo playgraund.
- Estão bem, Fernanda está começando a engatinhar, já o Flávio é mais preguiçoso.
- Aí que fofura.-O elevador chegou e entrou somente nós duas, os seguranças ficariam esperando, afinal eu estava conversando.
- Você uma garota tão linda não pensa em ter filhos?
- Sinceramente Ana, acho que meu tempo já passou, nem namorado eu tenho.
- Tempo? Você está jovem Ainda  e tenho certeza que pretendente e o que não falta.
- Quem sabe daqui a uns anos- falei meio sem graça. - Pra mim o meu tempo já tinha passado, eu sabia q nunca seria mãe, eu mal conseguia me apegar a alguém, como teria um filho.
- Vai ser quando você menos esperar.- O elevador chegou no andar Dela. - Obrigada pela ajuda- Ela pegou as bolsas que estavam comigo. - Boa noite querida.
- Boa noite Ana.- O elevador se fechou e subiu para o meu andar. Sai do elevador e os três já estavam me esperando na morta do meu apartamento. - Vieram de escada? 
- Sim, senhora- Respondeu Marta.
- Bem o mesmo esquema de ontem. Marta e S ficam aqui fora e D na sala.- Abri a porta D entrou. - Quer saber, Marta e S estão dispensados, não tem necessidade que fiquem.
- Mas senhora... - 
- Sem discutir, estão dispensados.- Entrei no meu apartamento e fechei a porta sem dar mais explicações.
- Se sente segura só comigo?- D veio até mim e colocou as mãos na minha cintura.
- Sim, só você pra mim basta.- Dei um beijo nele. -Fica a vontade, tudo está liberado.
- Tem certeza?
- Tenho, quero você a vontade enquanto estiver comigo.
- Mas eu sou seu subordinado.
- Da porta pra dentro do meu apartamento você é o meu Deus do sexo, não é um dos meus subordinados.- D olhou para mim com uma cara divertida.
- Deus do sexo ?
- Sim, tem título melhor?
- Acho que não.- ele me puxou para perto e selou nossos lábios, me beijando calmamente.
- Estou com fome você bem que poderia cozinhar algo.
- Claro, o que a minha deusa quer?
- Coisa leve, afinal eu já jantei.
- Salada não é jantar.
- Como sabe o que eu comi?
- Tem dois meses que eu estou naquela delegacia e eu presto atenção em você desde então.
- Que isso em.
- Diz o que você quer?
- Eu sou apaixonada por massa.
- Já sei então. Agora vai lá toma um banho fica bem cheirosa. - Dei um selinho nele e acabei ganhando um belo tapa na bunda.
- Aiiii.
- Me beija direito porra.- O puxei pela nuca com vontade e o beijei com toda vontade, desejo que eu tinha por ele. - Agora você pode ir.- Dei as costas e subi as escadas.
Entrei no meu quarto, retirei minha roupa e fui para o banheiro.
Liguei o chuveiro e deixei a água quente cair no meu corpo. Peguei a esponja coloquei sabonete líquido nela, fiz espuma e passei pelo meu corpo todo. Fiquei um tempo ali deixando a água cair pelo meu corpo. Sai do box me sequei, passei um hidratante no corpo e fui para o closet. Vesti uma calcinha preta de renda, coloquei minha camisola de seda rosa e Soltei o meu cabelo. Arrumei algumas coisas no quarto. Achei um bilhete no meu closet, da faxineira que vinha três vezes na semana limpar as coisas, falando os produtos de limpeza que eu teria que comprar.
- vou ter que ir no mercado amanhã - Eu detestava essas coisas de casa, mas agora não ia pensar nisso, agora só ia pensar no homem maravilhoso que está na minha cozinha.
Desci as escadas e encontrei o meu policial  só de calça jeans arrumando à mesa.
- Amante,Policial, segurança, cozinheiro... mil e uma utilidades? -D me olhou com uma carinha safada.
- Nossa você tá tão sexy assim-Fui até ele.
- Sério... não tem nada de mais aqui.
- Tem sim, uma loira linda, toda sexy só pra mim.- D me dá um cheiro no pescoço. - Que cheirosa.
- Só pra você.- ele beijou meu pescoço.
- Fiz um macarrão ao molho branco. Queria fazer algo mais cheio de coisa só que...
- A dispensa tá vazia, eu sei. Tem quinze dias que não vou ao mercado. Amanhã eu vou.
- Você não curte coisas de casa né.
- Nenhum pouco.
- Percebi
- Vamos ficar de papinho ou você vai alimentar a sua deusa.
- Senta, vou trazer o jantar.
Me sentei e logo ele veio trazendo uma travessa com um macarrão que estava com um cheiro maravilhoso. Ele me serviu e se serviu. Comi igual uma doida.
- eita gostou tanto assim?
- Isso é maravilhoso, o que você quer pra cozinhar pra mim todo dia?
- Quero você
- Bobo- dei um sorriso sem graça.- Me conta um pouco de você, acho que eu mereço saber com quem eu estou dormindo.
- O que você quer saber?
- O que você quiser me contar.
- Desde criança eu queria ser policial, batalhei muito pra chegar até aqui.
- Conte mais...
- Deixa eu pensar... minha mãe criou eu e minha irmã sozinha, meu pai foi embora quando eu tinha uns dez anos e minha irmã três , desde então eu jurei que ia cuidar das duas é que eu iria realizar todos os sonhos da minha mãe.
- Você vai conseguir tenho certeza- Não sabia de nada do que ele estava me contando. Realmente na minha frente tinha um homem e não um muleque.
- Quer saber mais algo?
- Seu nome.
- Deixa no mistério, prefiro.
- Chato.
- Agora me fala sobre você.
- Bem... minha mãe morreu a dois anos, meu pai e ex militar, durão linha dura. Tenho uma irmã mais velha que é o meu oposto, publicitária, mãe de dois filhos. Tenho um irmão mais novo que é totalmente o oposto de tudo que o meu pai queria que ele fosse. O Murilo, só quer viajar pelo mundo, curti a vida como se não ouve-se amanhã é um excelente pintor. Tudo que o meu pai não queria.
- Deixa eu adivinhar, seu pai queria que ele fosse militar.
- Sim, mas ele nunca gostou e fora que o meu irmão é homossexual.
- Tudo que o seu pai não queria.
- No começo foi bem pesado lá em casa, mas ele acabou " aceitando"
- É complicado.
- Pro meu pai a filha perfeita e a minha irmã, pra ele lugar de mulher e em casa, por isso assim q eu tive um emprego estável eu logo arrumei um micro apartamento e me mudei.
- E hoje você mora aqui, nessa cobertura.
- Que eu consegui com muito suor tá.
- Como eu já disse, você é uma mulher incrível.- D pegou a minha mão.
- E você é um homem incrível.- segurei a mão dele firme.
- Me responde só mais uma coisa?
- Claro.
- Porque não acredita no amor?
- Coisas do passado.-Disse seca.
- Não vou insistir.
- Tudo bem, só não gosto de fala nisso.-dei um sorriso.
- Posso tirar os pratos?
- Pode, eu te ajudo.- levantamos e levamos a louça pra cozinha. Lavamos tudo.
Me sentei na beira da bancada da pia e fiquei o olhando. Ele era incrível, tinha um bom coração, era um cara trabalhador, um policial honesto, um ótimo amante, era o cara ideal pra qualquer garota.
- Terra pra minha Flor - D estalou os dedos a minha frente.- Tava viajando aí em.
- Estava sim.
- Pensando em que?
- Você.
- Em mim?
- Você é o pacote completo, o cara perfeito pra qualquer garota- Ele afastou as minhas pernas e ficou no meio delas, coloquei as mãos em seu ombro.
- Antes fosse.
- Me diz um defeito seu.
- Sou bem grosso, ignorante, irritado...
- Isso eu também sou.
- Concordo.- Dei um tampinha nele.
- Tá vendo.
- Eu sempre te tratei muito bem.
- Eu, mas algumas pessoas lá na delegacia te chamam de mulher ogra.
- Sério-Dei uma gargalhada. - Sou um amor.
- É sim, um docinho.
- Você gosta desse docinho.
- Adoro.