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História R u mine? - Being at home is better then anywhere.


Escrita por: youremystarligh

Notas do Autor


N-Não liguem se ficou uma merda, apenas não me matem sim?
Eu estava com vontade de escrever alguma coisa, e simplesmente saiu isso. De fato, decidi postar por ser algo de minha autoria que fez com que eu me sentisse bem escrevendo (algumas partes), embora outras eu tenha chora muito!
Bem, eu espero mesmo que gostem. Me desculpem também se houver erros, minha escrita não é maravilhosa. Mas eu já fico muito agradecida, sim? []

Capítulo 1 - Being at home is better then anywhere.


Fanfic / Fanfiction R u mine? - Being at home is better then anywhere.

Flashback’s on.

— N-Não me toque. — BaekHyun tampara as órbitas, escondendo seu a face entre as pequenas mãos. O rosto empalidecido exibia o quanto havia medo daquilo, seu pensamento era certo: fugir. As mãos frágeis empurravam o corpo sedento daquele homem que passara a apertar a epiderme clarinha deste entre as fortes mãos. Pressionara a carne com certa brutalidade.

— Não vai embora, até que eu acabe com você. Sabe em qual sentido estou falando, não sabe? — Seus olhos fuzilavam o do minúsculo BaekHyun, que encontrava-se encostado no canto da porta do próprio quarto; escuro e prontamente iluminado pelo abajur. Quanto mais sentira as mãos vagarem pelo seu corpo, sentira repulso, um ódio imerso, da qual nunca havia sentido por nenhum ser humano — até agora. Agora, as mãos do predador invadiam a intimidade alheia, como se o destroçasse em suas mãos. O menininho dera um grito fino, em um pedido mudo de ajuda. Desfizera-se de lágrimas, puras e inocentes que não compreendiam o porquê de tal dor.

A sua mãe, era nada menos uma promíscua. Vivia noites em bares, embebedando-se, até conhecer seu “agressor”. Onde agora residia sua casa, junto com a sua mãe. BaekHyun tomara uma vida pior a partir desse momento. Tampouco alimentava, os gastos eram muitos e aos seus seis anos já era atarefado com a casa; limpar, lavar. Enquanto seus pais o puniam da forma que achava que ele merecia. Havia dias de que Min Seohyun deixara sobras, por necessidade de mantê-lo vivo. E não por pena, aquilo não existia. Às vezes o deixava dormir duas horas por dia. Algumas vezes, o deixou ir para o colégio. Seus colegas de turma mantinham uma certa distância dele, por mais pequeno e lindo que fosse, o que contava era a proporção de dinheiro, que não havia muito de onde viera. As suas vestes eram fajutas, as condições das quais vivia era impossível de se acreditar. Sua vida, desde de menor, era um ciclo vicioso. Quando se lavava os pratos, e os quebrava, o castigo lhe deixava completamente enfraquecido para cumprir o resto das atividades diárias o que deixava Seohyun ainda mais com raiva e causava mais sofrimentos para BaekHyun. O resto das atividades eram mais fáceis ao seu ver. Haveria marcas por todo corpo de qualquer forma no dia seguinte. Ás seis, deveria estar sem trajes algum na cama do seu padrasto, onde era abusado todas as infelizes noites. Sua epiderme já não possuira a coloração pálida natural, agora, havia marcas arroxeadas e vergões que traçavam a pele ainda macia e antes, intocada. A submissão de BaekHyun eram apenas por dois motivos: sua mãe, e o medo de perde-la caso fugisse. Seohyun havia um ódio incomum de seu próprio filho. O estopim fora quando BaekHyun completara quatro anos, e o seu padrasto fora morar em sua casa, junto com sua mãe. Antes os cuidados de Seohyun com BaekHyun eram únicos. O cuidava como se ele lhe custasse a própria vida. Porém, com o passar do tempo, começara a notar a ausência de seu marido. Até que em um dia, seus olhos pairaram sob os do seu marido observando BaekHyun inocentemente despir-se. Retirando a camiseta que exibira o físico magrinho, logo em seguida prosseguira, retirando o short e exibindo as coxas espalhafatosamente sublimes. Aquilo não a amedrontava, a fizera tomar ódio de BaekHyun. As diferenças foram inferidas logo no dia seguinte. Passara a ser atarefado com a casa, aos seis anos, já cozinhava. BaekHyun por mais que notasse a diferença, sempre fora obediente e fazia de tudo o que lhe pedisse. Consequências maiores viriam se cogitasse em desacatar a uma ordem que lhe era dada.

— Seu presente ainda não acabou. Feliz aniversário BaekHyun. — Min Seohyun segurara em suas mãos um cinto de couro, especificamente, largo. Com um sorriso perverso aos lábios. Permanecera sentada na poltrona à frente do quarto de BaekHyun, a batendo levemente contra os dedos. Enquanto não fugira nenhum mero mísero detalhe daquela imagem, ver seu filho sendo agredido de certa forma lhe satisfazia.

Aquilo para BaekHyun, era apenas porque ele não era bom o suficiente, porque não fizera nada corretamente, embora fizesse tudo às devidas ordens. Não lhe faltava nada. 

Ouvira a campainha tocar, o agressor rapidamente retirou as mãos de BaekHyun, empurrando-o bruscamente contra parede, chocando a porta a porta e a trancando agilmente. Sem emitir nenhum ruído. Seohyun deixara o objeto de lado, dando passos longos e firmes até a porta. Antes de abrir, checou se seus cabelos compridos e pretos não lhe acusavam; se sua maquiagem permanecera intacta e se seu rosto inexpressivo estivesse, pelo menos, apresentável. Abrira a porta com um sorriso doce, ao ver um menininho vendendo biscoitos, uma roupa engraçada que lhe fazia parecer que fazia parte de algum convento. Havia ao seu lado, uma caixa que carregara e armazenara mais destes biscoitos.

— Sra. Seohyun! P-Pode me ajudar comprando esses biscoitos? — O menininho coçara os olhos, e bagunçaram os fios que resolviam cair sob sua face completamente enrusbecida.

Pela tranca, havia um mínimo de espaço onde BaekHyun conseguira enxergar o meninininho. BaekHyun sentira as bochechas enrusbecerem junto com as do menininho desconhecido, e seu coração acelerar com aquela imagem do semblante alinhado e tão bonito. As marcas arroxeadas já não doíam mais, já não sentia mais fome, nem mais sono. Por um momento, sentiu-se vivo. O rosto bonito do menininho parado na soleira da sua casa lhe proporcionava tudo isso. Seu coração disparara tão rapidamente, que retomou ao canto da porta. Após isso, não acompanhara mais a conversação alheia, apenas voltou a chorar, a sentir fome, e seu corpinho enfraquecido parecia doer novamente.

Por que ele não volta? Seria ele o primeiro amor de BaekHyun?

Os seus pensamentos eram dirigidos em apenas em encerrar com aquilo. Para ir para o colchão e dormir tranquilamente, apenas uma vez. Ouvira o barulho da tranca sendo desfeita, e fora diretamente com as mãos ao rosto. Seu coração batia estouvadamente, o sangue lhe ateava às veias como nunca havia acontecido antes. Deparou-se com seu agressor com uma espécie de objeto afiado, segurando-a em ambas mãos. Aquilo não seria seu fim. Não agora. A visão de BaekHyun tornara-se embaçada, as pernas já não haviam mais força. Concentrou-se o suficiente em correr enquanto a porta estava semiaberta, seus passos foram o suficiente para passar pela porta. Naquele momento, tudo parou, tudo mudou. Passara dias na frente de uma rodoviária, distante da casa dos agressores que nunca mais retomaria. Um bom idoso o ofereceu carona, logo que visualizou as marcas por mais que sua feição demonstrasse curiosidade, permaneceu em silêncio. Aquilo para BaekHyun foi reconfortante. E assim, chegara na velha casa dos seus avós. Mantivera da mesma forma que a viu pela primeira vez. Desta vez, a horta parecia estar mais firme e dando boas colheitas. O jardim permanecera com a beleza da última vez que a viu. A estrutura era a mesma. A fragrância das Astilbes, as rosas entalhadas em frente num médio jarro em frente a cadeira de balanço que BaekHyun costumava a se balançar, embora estivesse desgasto, ainda parecia divertido para os olhinhos do BaekHyun.

BaekHyun correra até a porta, onde tocara a campainha alegremente. Olhou-se através do reflexo de um lago próximo a casa, observando os próprios olhos clarinhos brilharem e os cabelos caírem sob sua testa. Mais uma vez, permanecera de ponta de pés, para alcançar novamente o interruptor que acionava a campainha. Sua vó sorrira ao ver o menor, mas logo surpreendeu-se ao não vê-lo acompanhado.

— BaekHyun! — Surpreendeu-se com a clareza no olhar do menor. Ao vê-lo de pontinhas dos pés, acreditou que, por mais tempo que passasse, BaekHyun manteria aquele tamanho. Chegou a rir internamente por isso, e sentir-se feliz, não aguentaria vê-lo crescer em demasia. Ele não havia crescido, nem passado por uma fase transitória desde da última vez que o viu. Pelo menos, não fisicamente. BaekHyun por mais doce, sempre com a mesma airiosidade, seu olhar estava longe daquilo que se passava. Apenas por um suspiro, ela pôde perceber. Embora seus olhinhos claros brilhassem e seu sorriso ainda fosse o preferido dentre todas as pessoas do mundo, algo estava completamente errado. Ela deixara tudo aquilo que pensava, apenas para depositar toda a sua confiança naquilo que escutava, vindo do menor, era completamente puro e inocente.

Embora houvesse uma pele desgastada, havia cabelos pretos, embora curtos. Era saudável, sua alimentação por parte, deveria ser considerada a melhor. Bons frutos, boas verduras que coletava, servia também para sua alimentação, e a do seu esposo, que não se contentara em apenas observá-la plantar os grãos e colher o rendimento da horta sozinha. Sempre, por mais incapacitado, ajudava sem ao menos poder. Tudo mudou com a vinda de BaekHyun. Ele era um pequeno anjo, embora poucos notassem. BaekHyun só disse o suficiente. Dissera que não havia como sua mãe sustenta-lo, e que o havia enviado para morar com seus avós temporariamente. Mentiu de todas as formas possíveis. Nunca mais os encontraria.

Mais uma manhã se passava, era possível inferir tanto quanto inalar o cheiro agridoce das Astilbes logo pela manhã. BaekHyun levantou às pressas, retirando o traje que havia desenhos e listrinhas azuis, que puramente modelavam o corpinho minúsculo e aparentemente fraco devido aos dias que passara sem alimentar-se. Por vontade própria. Após o falecimento dos seus avós, o cuidado e a manutenção do jardim e da horta da qual vivia às custas, ficara sob suas mãos. Por menor e inexperiente que aparentasse, era de fato, um bom jardineiro. Suas mãozinhas eram pequenas, seus cabelos desalinhados porém lisos e macios, inebriavam uma fragrância de shampoo de tutti-frutti, seu cheiro era de certa forma vicioso.

BaekHyun viveu parte de sua vida com seus avós. Havia duas partes da sua vida. Aquela que ele vive na tentativa de esquecer todos os dias. E aquela que torce para que volte. 


Notas Finais


Obrigado por lerem até o final, sim? Espero que tenham gostado, tanto como eu gostei de escrever. Por favor, não esqueçam de comentar dizendo o que acharam! Bem, não espero que tenha um rendimento tão alto mas se eu conseguir algum, continuarei com toda certeza.


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