O corpo da mulher estava deitado na cama, ele já se encontrava em estágio de decomposição, o mal cheiro já era presente no quarto não era muito forte, mas o suficiente para fazer uma pessoa vomitar.
- M-meninos - Minha voz estava trêmula - Venham aqui no quarto da m-mãe do Ren.
Rapidamente os meninos vieram onde eu estava e quando viram a cena, reagiram da mesma forma do que eu.
- Não pode ser...- Jb fecha os olhos e vira a cabeça para o lado.
- MÃE! - Ren correu até o corpo de sua mãe, tentamos o segurar, mas foi inútil. - O que fizeram com você? Quem foi o desgraçado mãe?! ME RESPONDA! - Ren chorava muito, o medo, o desespero estavam presentes em seu corpo agora, estavam o denominando.
- Ren... Sua mãe se foi - Digo em um tom de voz baixo, tentando parecer calma, mas eu não estava. Tive que engolir seco para dizer essas palavras.
- NÃO! Ela não se foi, a pessoa que está não é minha mãe!
- Por favor Ren, não torne as coisas mais difíceis - Disse Hoseok.
Ren continuava no mesmo lugar, estava chorando debruçado na cama.
- Levem-no daqui - Digo baixo - Kwan por favor, tente acalmar o seu namorado.
- V-vou tentar omma.
- Faça isso - Coloco as mãos nas bochechas de Kwan e dou um beijo em sua testa - Sei qcamocê consegue.
Os garotos pegaram o Ren no colo de uma maneira que ele não conseguisse descer. Ren se debatia e gritava para o soltarem, mas o restante ignorava completamente o seu pedido. O garoto foi tirado do quarto e Kwan o seguiu.
- Jinyoung vemos analisar esse corpo, o restante fiquem e cuidem do quarto.
Todos Assentiram, eu e o Jinyoung colocamos nossas blusas de frio, que vinham até o pescoço, no nariz para podermos analisar com mais destreza, já que o cadáver não estava lá com o cheiro bom.
Começamos a nossa necropsia.
- Observe que nesse lado se encontram cortes profundos - Disse Jinyoung olhando o braço esquerdo da mulher.
- Mas esse não pode ser a causa da morte - Digo - Os cortes não pegaram em nenhuma veia vital.
- Oque leva uma pessoa se cortar? - Jinyoung indaga pensativo e eu também estava.
- Depressão! - Dissemos juntos.
- A minha teoria é que quando ela foi pegar a Sayu no colégio e recebeu a notícia que a filha desapareceu, ela entrou em estado de pânico. Capaz de ter contatado a polícia e pedido ajudar, mas não devem ter progresso e com o passar dos dias o estágio da depressão foi se tornando mais forte.
- Mas o que explica as marcas de unha na parede?
- Ela pode ter ficado louca - Abaixo a cabeça
- Não foi só isso mãe - Sophia disse chamado a minha e a atenção de Jinyoung - Há evidências de luta no quarto, observe esse jarro quebrado próximo à vocês, eu já vim nessa casa e o jarro ficava em cima dessa estante - Ela dá umas batidinhas em cima da estante.
- Para ele ter parado tão longe assim a só se for arremessado e certamente foi antes da Sana enlouquecer, foi a alternativa que ela encontrou para se defender. - continua Sophia.
- Se defender do que? - Chaerin pergunta.
- Os cachorrinhos de Laila talvez? - jinyoung pergunta.
- Com certeza - Sophia afirma.
- O vidro da janela também se encontra quebrado - Yoongi disse passando a mão com cuidado pelo vidro quebrado - Isso deve indicar que o capanga não entrou pela porta.
- Ok... - olho para o corpo de Sana - Jinyoung o que é isso? - Me aproximo do corpo e toco o seu pescoço.
- Isso são... Marcas de dedos?
- Enforcamento...
- Então a causa da morte dela não foi nem a depressão nem a loucura e sim enforcamento? -disse Jinyoung.
- Sim, mas não acho que foi Sana que se auto enforcou e sim o capanga De Laila - Digo.
- Então resolvemos o caso? - Pergunta Taehyung.
- Com certeza. A loucura fez Sana a quebrar tudo, ela entrou em depressão e passou a cortar os pulsos. Provavelmente quando estava dormindo ela ouviu a janela sendo quebrada, na tentativa de se defender do capanga ela jogou o vaso nele, mas isso foi em vão, o capanga a jogou na cama e lá ela morreu pela falta de ar.
~~ (S/n) off ~~~
~~ Kwan on ~~
- Por favor Ren, para! - Digo tentando segurar ele para não deixa-lo subir para o quarto de sua mãe.
- Eu quero ver minha mãe!
- Ren não complique as coisas!
- Me deixe ir.
- REN SUA MÃE ESTÁ MORTA ENTENDEU?!
Ren abaixou a cabeça e eu o abracei.
- Por favor Ren, é tão difícil te ver assim é não poder te ajudar - O abraço mais forte ainda, deixando minhas lágrima molharem sua blusa - Sei que é difícil aceitar a realidade, pois a mesma pode doer, mas eu sei que você é forte e eu estou aqui com você para o que der e vier. - Minha voz estava embargada pelo choro.
- Sei como é se sentir assim Ren, eu quase perdi minha mãe, eu também não queria aceitar a realidade que ela estava ferida, na minha cabeça ela estava bem. Lembre-se você nunca andará sozinho, pois o céu estará te acampanhando por onde for e agora sua mãe também.
- Kwan, eu estou com medo.
- Não fique, estamos com você para o que der e vier.
- Obrigado.
- Não me agradeça...
~~ Quebra de tempo ~~
- Não irmãozão, a mamãe não pode ter morrido - Sayu dizia dando leves passos para trás e com lágrimas nos olhos - Diga que é mentira! Isso é uma brincadeira de mal gosto, não tô gostando dela.
- Sayu essa... - Ele hesita e eu coloco a mão no ombro de Ren para dar força para prosseguir - Essa é a verdade, se eu pudesse eu esconderia de você, mas é uma verdade que você tem o direito de saber.
- Não! - Ela deixa o bichinho de pelúcia que Mirella a ensinou fazer no chão - A mãe não morreu! - Sayu corre para o seu quarto.
- Mana!
- Vou conversar com ela - Minha mãe disse indo em direção ao quarto de Sayu.
~~ Kwan off ~~
~~ (S/n) on ~~
- Sayu abra a porta - Digo escorada na porta que estava trancada. - Deixe-me conversar com você.
Ouvi pequenos passos até a porta e ela foi aberta, com o rostinho da Sayu completamente vermelho de tanto chorar.
- Sayu - Me abaixo para ficar na altura dela e a abraço - Vem vamos conversar.
A levo até a sua cama e peço para que Sayu deite sua cabeça em minha coxa, assim ela fez.
- O que Ren disse é a verdade meu anjo. - Digo acariciando os seus cabelos.
- Por que justamente a mamãe? - Ela disse entre soluços.
- Quando o papai do céu escolhe que é nossa hora, não podemos mudar isso querida. A única certeza que temos em nossa vida é a morte.
- Titia, como é morrer?
Paro de acariciar seus cabelos por um tempo e volto a falar.
- Morrer é como dormir, quando você fecha os seus olhos vê algo?
- Não, eu não vejo.
- Então, morrer é isso, mas é um sono que você nunca vai acordar.
- Como a bela adormecida?
- Quase isso, minha avó dizia que quando ela morresse ela se tornaria uma borboleta azul e você Sayu, o que quer que sua mamãe se transforme?
- Em nada Titia... Quero que ela leve alegria as pessoas lá no céu.
- Assim seja querida... Assim seja - Sorrio.
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