História Race of Life - Imagine J-hope - Sorriso

~~ (S/n) on ~~

O dia está chuvoso, as gotas descem do céu em forma de chuva grossa naquele cemitério. O céu chora a morte da mãe de Ren e Sayu e nós também. Para essas pobres crianças o mundo se tornou acinzentado como o céu dessa manhã, cabe a nós colorirmos ele novamente com todas as cores que existem. 

- Mamãe - A pequena Sayu coloca uma rosa em cima do caixão - Fique bem, sei que está me olhando nesse momento. Não quero ficar chorando mas... Mas é doloroso demais omma! Eu quero ser forte, mas eu sou fraca omma! - Ela disse com os olhos fechados, punhos cerrados e postura ereta na frente do caixão.

- Sayu - Vou até ela a cobrindo com meu guarda chuva preto - Chorar não é sinônimo de fraqueza e sim que você tem sentimentos! Não os guarde para sim mesma, chore quando precisar chorar, ria quando quiser, ame na hora certa, até ter ódio você pode ter. 

- Então eu posso chorar? - Ela se vira para mim com uma expressão de choro. 

- Claro que pode - assim que eu disse isso Sayu escondeu seu rosto em meu peito e começou a chorar. 

Enquanto eu a acalmava o caixão começou a descer. Ren estava gritava para pararem, mas era ignorado. Ele estava desesperado, não o julgo, pois quando Lian foi enterrado essa mesmo cena se repetiu, mas comigo sendo a protagonista. 

Olhei para o céu enquanto acariciava as costas de Sayu. 

- Você partiu cedo Sana... Muito cedo. Seus filhos precisam de você mais do que nunca, não se preocupe... Eles estão em boas mãos, cuidarei deles como se fossem meus filhos. 

(...)

- Como ela está? - Pergunta Hoseok olhando para Sayu dormindo em minha perna, eu já estava em casa.

- Ela se acalmou e depois acabou adormecendo... Coitadinha, tão jovem e já está sofrendo tanto. - Digo fazendo carinho em suas madeixas pretas. 

- A vida não é fácil para ninguém, nem mesmo uma criança ela perdoa. 

- Realmente. 

- E o Ren? 

- Kwan ficou com ele, ambos então no quarto, vamos ver se ele se acalma.- Digo olhando para o teto, onde o quarto de Kwan é acima.

- Vamos levar a Sayu para o quarto dela? - Hoseok pergunta e eu assento. Hobi pegou ela no colo, mas a pequena disse com a voz embargada de sono. 

- Posso dormir no quarto de vocês? - Ela disse coçando os olhinhos. 

- Claro que pode - Sorrio e levamos ela para o nosso quarto. Hoseok colocou ela suavemente na cama e a cercou com travesseiros já que Sayu já caiu da cama várias vezes. 

- Irei resolver sobre a guarda dos dois amanhã. Nenhum parente quis ficar responsável por eles. - Digo olhando Sayu rolar na cama. 

- Nessas horas é que nós vemos quem é família e que não é. 

- Uma dura realidade Hobi. 

~~ Kwan on ~~

- Meu amor olha para mim! - Pego o rosto de Ren o forçando olhar diretamente nos meus olhos - É duro eu sei, mas vamos nos acalmar! 

- Você não sabe como eu estou sofrendo Kwan!  O que será de mim e da minha irmã agora? - Ele disse tirando minha mão de seu rosto com certa força. 

- Minha mãe já está resolvendo isso! - Olho para ele que está andando de um lado para o outro no quarto.

- Eu sou um fardo na vida de sua mãe Kwan.

- Não você não é. 

- Sou sim - Ele vira para mim com os olhos lacrimejados. 

- Você... - Levanto da cama e fico na frente dele - Não é! - Espalmo as minhas mãos em seu peitoral e o empurro na cama, subo em cima dele e seguro seus braços - Agora você vai me ouvir por bem ou mal. 

- Ren, você deve pensar só porque tem 16 anos como eu é um fardo para minha mãe e meu pai e isso não é verdade. Os dois por livre e espontânea vontade irão pegar a guarda dos dois e vocês voltaram a ter uma vida normal como antes lembra?  Sobre sua mãe, eu não tenho palavras para expressar, eu amava muito minha sogra e ainda amo muito. Ela agora está em um lugar melhor sorrido junto com os anjos, não vamos estragar a alegria dela chorando. 

- Obrigado - Ele rouba um selinho. 

- Estou aqui para isso - O abraço escondendo meu rosto em seu pescoço - Não tinha reparado, você tem uma pinta aqui. 

- Não só eu, mas minha irmã também tem. 

- Ela é bonitinha, assim como o dono. 

- Sou bonitinha mesmo. - Ele disse.

- Ui bixa - Digo e nós dois rimos

~~ Quebra de tempo / 9:30 da manhã cartório ~~

Sayu, eu, Ren e Sophia estamos esperando minha mãe e meu pai saírem do escritório. Depois de quase uma hora lá dentro os dois saem e nós se levantamos do banco. 

- Então? - Sophia pergunta curiosa. 

- A partir de hoje Ren e Sayu serão membros da família - Meus pais sorriem e nós mais ainda. 

- Titia e titio eu amo vocês - Sayu corre até eles e os abraça com força. 

- Também amamos você pequena - os dois deixam cada um, um beijo na bochecha de Sayu. 

- Devemos comemorar? - Pergunto. 

- Sorvete! - Sayu bate palminhas - Mas... Não é certo eu está feliz depois da morte da mamãe. 

- O errado Sayu - Ren disse - É você ficar triste, coloque um sorriso nesse rostinho lindo. 

Sayu abre um grande sorriso e foi impossível não sorrir com aquilo. Foi muito divertido tomar sorvete com eles, meus pais parecem crianças um lambuzando o outro com sorvete e nós rindo. 

Deixamos a tristeza de lado e colocamos um sorriso no rosto