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História Rainha do repolho - Um boy desses


Escrita por: Areummie

Notas do Autor


Vou falar nada

Capítulo 2 - Um boy desses



—Sentiram saudade de mim?

Olhei pros meus repolhos que estavam cada vez mais bonitos e comecei a contar dos meus dias para eles. Tinha tantas reclamações que meus pobres repolhos já estavam fazendo cosplay de muro das lamentações, mas vejam bem, eu tinha ótimos motivos! O que acontece é: Meu casamento com Seungcheol está mais do que marcado – amém – e meu futuro marido está empenhado em ajudar na construção da nossa casa junto dos nossos pais e alguns homens da vila, até aí tudo bem né? Porra nenhuma! Aquele homem – vulgo dono da minha alma – fica transitando pela obra todo suado e sem camisa e a pobre Baezinha aqui tem que assistir tudo da onde? Exatamente, da plantação de repolhos. Não mereço, tô ligada, mas se reclamar apanho de vara verde, então continuemos a observar.

Outra das minhas reclamações era que minha mãe estava regulando o quanto de tempo eu passava com Cheollie, pois é, a mesma mãe que me jogou pra cima dele agora tá me puxando de volta. Na última vez, eu estava com as minhas mãozinhas naqueles braços dos deuses e quase com a minha boca colando na dele e ela me acertou com um balde d'água porque pensou que nossas galinhas estavam brigando! Galinhas! Sério mãe, para com esses vacilos que eu ainda quero te amar.

—Bae!

O berro me pôs de pé mais rápido que estudante quando ouve o sinal da hora de ir embora, olhei na direção da voz e o meu homem – não me julgue, ele é meu mesmo – vinha na minha direção com aquele tronco lindíssimo e despido, acenando e sorrindo e eu, por pura educação porque estava semi-desmaiada, acenei de volta. Seungcheol me abraçou rindo todo fofo e eu quase bati nele por ser tão cheiroso e lindo. Ele começou a me contar de como as obras estavam indo bem e eu me perdi olhando aquela boca linda se mexendo, claro que ele chamou minha atenção e me fez escutar direito todo o papo sobre tijolos, cimento e eu fingi que tava entendendo, até porque eu sou plantadora de repolhos não pedreira. Seungcheol continuou falando e eu me abaixei pra cuidar dos meus repolhos e fazer algo que prestasse pra não ser assassinada pelos meus pais mais tarde.

—Você tá desanimada demais, vou te ajudar.

Com ajuda, vocês imaginaram ele colhendo repolhos comigo, não é? Não sinto em informar-lhes que estão enganadas, Cheol começou a dançar pra mim no meio da plantação. Repetindo: o homem da minha vida está dançando pra mim sem camisa no meio de uma plantação de repolhos.

Já sabem, não é? Moon Bae está d-e-s-m-a-i-a-d-a.

No final da dança, ele me jogou um beijo e a galera – da onde essas velhas surgiram? – começou a aplaudir ele. Preciso nem dizer que levantei e arrastei ele pra longe daquele criadouro de papa-anjos, né? É importante saber proteger o que é seu, anotem aí.

Pois bem, levei Cheol pra minha casa – sem segundas intenções, ok? Ok então – na expectativa de pelo menos almoçarmos juntos, já que qualquer outra coisa só ia rolar depois do casamento. Me arrastei pela cozinha depois de largar Seungcheol no sofá da sala e quase soltei um berro ao ver que não tinha nem rastro do almoço pronto, muito pelo contrário, tinha um bilhetinho de mamãe – sintam a ironia – dizendo que os trabalhadores da minha casa juntaram-se com meus pais e foram todos almoçar fora. Poxa mãe, o que eu falei pra senhora sobre vacilos? Qual é!

—Cheol, o que você gosta de comer?

Tentei fazer minha melhor pose sedutora sem parecer que tinha acabado de levar um coice de mula e sorri para ele, tadinho, estava perto de presenciar minha falta de habilidade culinária resumida num belíssimo miojo – que eu estava torcendo pra não queimar –.

—Qualquer coisa que você faça.

Se você continuar a me atacar, eu vou estar morta e não vou poder fazer nada, benzinho. Voltei pra cozinha chorando e comecei a mexer nos armários, se minha mãe não tinha me deixado pelo menos um miojo eu ia assar ela no jantar do meu casamento! Brincadeira gente, sou quase freira de tão santa. Achei dois miojos que deviam ser do meu pai, pois eram apimentados do jeito que só ele gostava, sofrerei pra comer, mas botei pra cozinhar mesmo assim.

Enquanto eu esperava os ditos cozinharem, Seungcheol apareceu atrás de mim e bem quando eu achei que ia rolar aquele abraço por trás alá dorama, ele fechou a porta do armário que estava próxima de mim e me disse pra tomar cuidado pra não bater a minha cabeça, enquanto ia pegar água na geladeira. Ele que devia tomar cuidado com a cabeça dele, porque eu estou pra arrastá-la no chão até aquela beleza toda sumir dela.

Terminei de cozinhar e servi nos pratos sem a menor dignidade – e não é porque eu nasci sem ela! – já que a cara daquilo estava mais horrível que a minha quando acabo de acordar. Sentei e comecei a comer depois de ouvir ele me agradecer pela refeição, tão fofo esse homem que eu me sinto mal por ser inútil.

Santa Maria mãe de Deus – falei que eu era freira, a religiosa – como aquele miojo tão pequenino e inofensivo podia ser tão apimentado? Eu senti até meus dedos do pé ardendo com aquilo.

Juro pela minha própria morte – que, por causa daquele miojo, não ia demorar muito – que comecei a chorar igual a criança, era tão apimentado que meu nariz começou a escorrer e eu achava que isso era papo de dorama pra criar cena fofa!

Seungcheol levantou da cadeira num pulo e pegou lenços de papel pra limpar meu rosto – que horror, só eu mesmo pra ser vista assim pelo boy – e começou a fazer cafuné no meu cabelo e repetir “Não precisa chorar, não precisa chorar.” enquanto sorria pra mim. Me agarrei toda nele e finalmente ganhei meu tão esperado beijo; aí vocês podem imaginar que eu chorei ainda mais, tudo culpa da beleza daquele deus grego.

Obrigada por me arranjar um casamento com essa beldade, calças de vovó.



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