História Raios de amor ! - Capítulo nove !

O vento gélido e forte batia em seus majestosos cabelos dourados, os jogando graciosamente para trás.

A face serena e cansada, suas bochechas ainda quentes e ruborizadas pelas recentes palavras de Laxus, lhe davam uma expressão fofa.

Não tinha como negar, estava muito ansiosa por terminar o que começou. Porém, a surpresa e excitação não a deixaram lhe responder a altura.

Aquele olhar predador e arrogante junto daquele sorriso sexy e provocante, eram com certeza sua ruína.

As palavras proferidas por ele, a jogaram em um mar de excitação. Agora estava ali, quente, envergonhada e mole.

Como pequenas palavras podiam ter tanta influência sobre sí ?

Maldito loiro sexy dos infernos !

O problema não era só Laxus e o desejo descomunal que sentia pelo mesmo. E sim, não entender seus sentimentos.

Depois de meses fora longe e  sozinha, chorando todas as noites pela traição de seus amigos e amado. Depois de ter uma minúscula certeza de tê-los esquecido, seria fácil os encarar agora, certo ?

Errado ! Aquela dor, aquele maldito tilintar lá no fundo de seu âmago, lhe avisava que algo a incomodava, lhe avisava que seria difícil superar a traição, com eles tão perto.

Ela sabia que o sentimento por Natsu ainda estava ali, escondido. E agora com essa maldita e excitante atração por Laxus, tudo se tornava ainda mais confuso e perturbador.

E oque ela faria, agarraria o loiro talvez ? Ainda não sabia.

Sua linha de raciocínio foi interrompida por uma mão tampando sua boca e lhe puxando para um beco escuro. Ouviu risadas e um forte cheiro de álcool atingir suas narinas, tremeu de medo quando sentiu mãos ásperas e gélidas passando por seu corpo junto de uma voz nojenta.

-Que gostosinha, até que você foi um bom negócio.

Negócio ?

-Tem certeza que é ela ? - perguntou, alguém na escuridão do beco.

-Claro que tenho, a tal Lissana nos deu a porra do endereço, está duvidando de mim ? - outro homem perguntou, irritado.

-N-Não - respondeu um trêmulo.

Ouviu uma risada, daquele que a apalpava subindo as mãos pelo corpo agora descoberto de Lucy.

-E se não for, que diferença faz ? Estamos sendo pagos para nos divertir, parem de falar merda e aproveitem !

-Vamos brincar gracinha ? - perguntou outro homem a tocando, sorrindo malicioso.

Eram ao todo seis homens

-Vai pro inferno - cuspiu na cara do mesmo.

-Vadia - recebeu um soco no rosto.

-Não se preocupe loirinha - uma voz grossa se pronunciou, que ela conhecia muito bem - Eu irei mandá-los pro inferno, para você.

Lucy sorriu enquanto caía, ouviu barulhos de alguma coisa batendo contra parede e em seguida silêncio, a última coisa que viu antes de desmaiar por completo, foi o olhar preocupado e penetrante sobre sí.

O loiro a pegou no colo com extrema delicadeza, a qual nem mesmo ele sabia que possuía. Sussurrava frases desconexas enquanto seu corpo se envolvia em raios e o deixava exatamente no apartamento da loira.

Preocupado, estava se remoendo em preocupação. Uma chuva intensa e bruta começava a cair.

Ótimo, era só isso que faltava!

Fez menção em colocar Lucy na cama, mas esta o segurou firmemente passando seus braços finos pelo pescoço do loiro que tremeu ao sentir os seios fartos da loira se espremerem contra seu peito.

Droga Laxus, concentre-se !

Um rosnado sôfrego percorreu sua garganta quando tentou tirar a loira de seus braços e ela mais uma vez, o apertou forte resmungando em reprovação.

Suspirou e sorriu desistindo e se deitou na cama com Lucy que se aconchegou em seus braços. Seu sorriso morreu quando sentiu o cheiro podre e azedo dos homens de agora pouco. Rosnou furioso apertando os olhos e se inclinou para frente tirando a camisa.

Tirou a calça e blusa de Lucy que tremeu de frio e colocou sua própria camisa na loira que sorriu se aconchegando de novo a ele.

Jogou as roupas impregnadas com o cheiro de álcool e sexo em qualquer canto do quarto e a abraçou prossessivamente afundando o nariz no pescoço alvo da loira que agora, continha o seu cheiro.

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Lucy acordou sentindo um peso em cima de sí, abriu os olhos fitando o "peso" e reprimiu um grito quando viu Laxus dormindo calmamente a seu lado. Respirou fundo tentando conter a ardência em seu rosto e tentou delicadamente sair do aperto do loiro.

Não adiantava, quanto mais tentava mais ele a puxava pra sí. Bufou irritada e observou a expressão serena e calma que o mesmo fazia, deslizou uma de suas mãos até os cabelos loiros e desgrenhados e fez um carinho calmo seguido de leves puxões que fizeram Laxus suspirar e Lucy prender a respiração parando com os movimentos.

-Por que parou ?

-V-Você estava acordado ?

-Sim

Lucy estalou a língua irritada.

-E porque ficou me prendendo ?

-É bom ter você nos meus braços - falou simples.

A loira ruborizou arrancando risos do garoto.

-P-Porque eu estou com a sua camisa ? - perguntou receoso.

-Eu a coloquei em você.

Estreitou os olhos.

-Por que ?

-Era isso ou aquelas roupas ali - apontou para as roupas emburrado, cruzando os braços.

-Ué, e qual o problema dela ? - ela arqueou as sobrancelhas.

-Tem cheiro de .....- ele torceu o nariz - Outros homens.

-Eh, e qual o problema ?

Laxus bufou.

-Você é irritante, loirinha. Apenas me agradecer por ter salvo sua vida é o suficiente.

-Tudo bem - ela sorriu - Obrigado. Vou fazer o café para agradecer.

Ela levantou, sendo parada no caminho por Laxus que enlaçou sua cintura por trás a puxando com força fazendo-a bater as costas no peitoral desnudo do mesmo.

-E quem disse que eu quero isso ? - sussurrou no ouvido Lucy, que mordeu o lábio inferior.

-E...e oque v-você quer ?

E sorriu, a virando de frente pra ele. Segurou sua cintura com firmeza e se aproximou o bastante para Lucy sentir sua respiração se unindo com a sua.

-Você !

Ele a beijou, um beijo de intensidade e luxúria. A prensou na parede mais próxima e rosnou de satisfação quando a loira retribuiu seu beijo com a mesma precisão.

Sentiu os braços finos de Lucy envolver seu pescoço adentrando a mão em seu cabelo dando leves puxões e arranhadas em sua nuca. A segurou erguendo-a do chão fazendo-a entrelaçar as pernas ao seu redor e a carregou para a cama sentindo o beijo ficar mais quente.

Desceu uma de suas mãos até a cocha de Lucy a apertando enquanto a outra era apoiada na cama, sustentando seu peso. Seu corpo tremeu quando sentiu Lucy arranhar suas costas desnudas, com força o fazendo gemer.

Ouviu batidas na porta. Ignorou.

Se separou dos lábios rosas e inchados de Lucy, beijando o pescoço alvo e exposto da maga que arqueou as costas tombando a cabeça para o lado. Dando mais espaço a ele, Laxus grunhiu de irritação quando ouviu outra batida na porta.

-Tenho que atender - se esquivou dos braços fortes do loiro se botando de pé.

Ouviu um suspiro frustado seguido de alguns chingamentos inaudíveis. Sorriu da cara irritada do loiro e foi abrir a porta.

-Ever ?

-Lu-chan...espera, essa camisa é do Laxus ? - Evergreen peguntou.

-O-Oque ? N-Não, é do meu Pai hehe - sorriu nervosa.

-Sério ? Porque parece muito com a de...

-É sério hehe que coincidência - a interrompeu - Mais oque você veio fazer aqui ?

-Nossa que grossa - fingiu mágoa, Lucy bufou - Tudo bem, vim te chamar para uma missão.

-Anh sinto muito, eu prometi ao Natsu ir com ele hoje.

-Natsu ? - ela serrou os punhos, Lucy assentiu.

-Não se preocupe, mas agora se me der licença tenho que me arrumar.

-Ah sim, tudo bem. E tire a camisa do seu "pai".

Lucy sorriu nervosa e fechou a porta suspirando em alívio, adentrou o quarto vendo o loiro com uma carranca na cara e arqueou as sobrancelhas.

-Que foi ?

-Você vai mesmo ir na tal missão com o foguete ? - o loiro perguntou.

-Vou - Laxus bufou - Oque foi ?

-Nada, igual Mira falou. Só mais uma puta - sussurrou seco.

Mas Lucy ouviu, ela arregalou os olhos mordendo os lábios contendo as lágrimas e o olhou com raiva.

Ser chamada de puta por ele não era legal. Principalmente quando tinha Mira envolvida no meio.

-Oque ? - peguntou incrédula.

Laxus a olhou arrependido, viu seus olhos com rastros de lágrimas e seu coração parou.
A viu tirando a camisa, pouco se importando se estava nua ou não.

-Saia - jogou a camisa em sua cara.

-Lucy - ele sussurrou desesperado.

-S.a.i.a - a voz dela foi fria.

Laxus andou até a porta sentindo seu coração apertado pelo cheiro de lágrimas ainda fraco, vindo da loira.

Saiu pela porta com os olhos fechados.

Lucy fechou os olhos e bateu em suas bochechas fazendo-as se avermelharem, andou até o guarda roupa tirando uma saia azul e uma blusa branca soltinha. Tomou seu banho e se vestiu sem pressa, arrumou suas chaves e foi a cozinha aonde pegou uma maçã.

Se lembrou da noite anterior e do que os homens disseram;

A tal Lissana nos deu o endereço !

Estamos recebendo para nos divertir !

Saiu em direção a guilda, com um pensamento em mente:

Esguelar Lissana Strauss !