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História RAP: Um amor, Duas vozes - Um sonho


Escrita por: NoraMartins

Notas do Autor


Nessa Fanfic irei contar a história de dois Idols, Ressalto de ante mão que conterá partes reais, vividas pelos idols Suga(BTS) e Bobby(iKON). Porém também contará com uma grande pitada de fantasia. Isso não é uma biografia, é apenas uma história inspirada na luta que tiveram para chegar aonde estão, não trabalharei com datas exatas, então elas em alguns casos não baterão com as reais.

PS: Algumas vezes vocês poderão encontrar referencias de outros livros.
PS²: Não conterá shipps nessa história.
PS³: Não haverá sexo.

Capítulo 1 - Um sonho


Fanfic / Fanfiction RAP: Um amor, Duas vozes - Um sonho

De repente toda tensão da ultima hora, das ultimas semanas, dos últimos anos cresceu dentro dele, grande de mais para ser contida, mas ainda assim ele reúne todas as forças que te resta para se manter frio, jogado ao chão por baixo da aba do boné via suas letras rasgadas e jogadas pela sala, seu rosto ardia, a pancada que levou de seu pai fora forte o suficiente para deixa-lo desnorteado, tentou se apoiar na parede e levantar, mas no caminho a mão pesada de seu pai foi de encontro o seu rosto novamente, suas mãos desabam como pesos, seus ombros se curvam e volta a cair de joelhos no chão mantendo a cabeça baixa. A dor era imensa, o gosto do sangue da boca era forte, um fio de sangue corria por sua pele alva saindo do pequeno corte em seu rosto causado pela aliança que o pai usava, parecia que algo dentro de si havia ruído, mas mantinha a frieza e não se permitia chorar, não na frente deles. Seu pai coloca um fim na conversa, ordenando que se levante e vá para o seu quarto, pensar no que queria da vida, se era orgulhar sua família, ou jogar seu nome no lixo. E assim ele o fez sem levantar o olhar para os pais.  

Já se passava das 22h da noite e Yoongi ainda permanecia em pé defronte ao espelho do banheiro encarando seu reflexo, a maçã do seu rosto ficava cada vez mais roxo, sua pele extremamente clara deixava o pequeno hematoma em grande evidência. Ele ainda tentava assimilar tudo oque aconteceu a algumas horas trás, seu corpo não doía tanto quanto sua alma estava doendo só de lembrar do seu trabalho todo rasgado, jogado no chão e que provavelmente foram parar dentro do fogo. Duas batidas na porta o fizeram sair daquele transe, lavou o rosto e colocou o capuz do moletom para cobrir o rosto, do outro lado da porta seu irmão mais velho esperava para entrar, havia acabado de chegar do trabalho. Yoongi passou por ele de cabeça baixa, dando espaço para que ele entrasse, mas ele não o fez, segurou o dongsaeng pelo braço não deixando se afastar, foi até ele e tirou o capuz, segurando em seu queixo olhando o hematoma em seu rosto. 

_ Vocês brigaram de novo, quantas vezes já te disse para não deixa-lo ver suas letras Yoongi?  - Diz o hyung 

_ Não será mais necessário dizer nada. - Rebate Yoongi, puxando o capuz voltando a esconder o rosto 

O irmão o solta e passa a mão na testa preocupado, Yoongi sabe que ele só quer seu bem, sabe que o hyung se controla para não enfrentar seu pai, ambos sabiam que não podia com ele, então apenas abaixa a cabeça e entra no banheiro. Yoongi da as costas e segue para o seu quarto, segue determinado a por um ponto final nisso tudo, naquela casa ele jamais viveria o seu sonho, a cada dia ele se afundava mais na tristeza e na depressão, a pressão para viver o sonho de seus pais chegou ao limite depois dessa noite, estava determinado que esse episodio jamais voltaria a acontecer.  

Bateu a porta do quarto e se trancou lá dentro, e ficou parado encostado na mesma olhando tudo oque tinha ali dentro, tantas coisa, tinha tudo, ali deveria ser seu refugio, seu lar feliz, mas cada centímetro do quarto o lembrava que era apenas um prisioneiro dos sonhos de outras pessoas. Decidido pegou sua mochila da escola e esvaziou em cima da cama, rodou o quarto pegando seu notebook, carregador, celular, caderno, canetas, documentos e algumas peças de roupas e enfiou tudo na mesma. Foi até a cadeira da mesinha e tirou dela uma caixinha onde guardava suas economias, não era muito, mas o suficiente para por em pratica seus planos, claro, se nada desse errado.  

Yoongi não pensou muito, se o fizesse iria desistir, ou era agora ou nunca. Pegou sua mochila, colocou os fones de ouvido e desceu as escadas e saiu pela porta de entrada, sem falar nada, assim no duro, saiu caminhando pela calçada sem olhar para trás, sem se certificar se seus pais o viram sair, ou se em algum momento gritaram para que ele voltasse, apenas seguiu seu caminho. Já era noite, estava escuro e as ruas vazias, já estava cansado de andar, perdido em pensamentos e mergulhado na musica que ouvia, perdeu a noção de quanto andou, estava muito frio, suas pernas doía, precisava de um lugar para descansar.  

~~ 

Achar um lugar para dormir não foi difícil, difícil foi dormir naquele frio. A claridade o fez acordar, já tinha amanhecido e pessoas e carros já estava por toda cidade, se levantou e olhou no celular, era muito cedo, o dia mal havia começado e no canto superior da tela, marcava varias chamadas perdidas de sua mãe, seu coração apertou, mas não podia voltar agora, seria como assinar seu atestado de perdedor. Desligou o celular e o guardou na mochila, era hora de dar tchau a Daegu e ganhar o mundo. Pelo menos esse era o seu plano. Não tinha dinheiro para pegar um taxi, o jeito era chegar ao aeroporto pelo metro e assim o fez, demorou mas chegou ao seu destino. Foi ao guichê mais próximo e com o resto do dinheiro que tinha comprou uma passagem para o próximo avião rumo aos Estados Unidos. O voo ainda ia demorar algumas horas para sair e a fome começava a apertar, tinha poucos wons no bolso, não podia gastar, até que uma ideia surgiu em sua cabeça. 

Yoongi caminhou para o meio do salão, um pouco afastado dos guardas, tirou o boné, colocou no chão, era a primeira vez que ele fazia isso em publico, a vergonha lhe tomava, seu rosto estava tão vermelho que quase não se via mais o hematoma, tomou folego e começou a improvisar, no freestyle começou seu rap brincando e chamando a atenção das pessoas, usava elementos dos presentes para compor sua letra, brincava com um e outro, aos poucos uma pequena roda fora se formando a sua volta, ele recitava seus versos sorrindo, brincando pela primeira vez se sentia livre para voar em palavras. Mas não durou muito, os guardas o fizeram parar, ele estava congestionando o lugar, todo sem jeito, ele agradeceu e reverenciou todos que lhe escutava, pegou seu boné e saiu. Já no portão de embarque, contava o quanto tinha ganhado, não muito, apenas 9.000w e um sanduiche, oque lhe alegrou muito, pois estava faminto.  

As horas se arrastaram lentamente, parecia que estava ali esperando a semanas, mas a hora de realmente ir embora chegou, foi para a fila de embarque e pegou seu passaporte, fazia anos que sua mãe o fez tirar, mas não sabia o porque, já que nunca saíram da Coreia, mas agora seria de grande ajuda. Dentro do avião, se ajeitou no seu lugar, uma poltrona pequena, bem econômica, tinha mais um monte de pessoas ao seu lado, fora oque seu dinheiro conseguiu pagar. Não se incomodava com isso, esta em parte feliz, tinha ciência que iria ser difícil, se quer falava inglês, não sabia nem para onde ir quando chegasse as terras americanas, mas não queria pensar nisso, logo pegou no sono. 

As 25 horas de viagem passaram no dorme e acorda constantemente, dessa vez ele acordou em terras americanas, estava maravilhado com o pouco que via da pequena janela do avião, se apressou em pegar sua única bagagem e saiu, queria explorar aquele lugar, queria fazer musica, queria viver, só que ele não contava com um pequeno detalhe.  

No aeroporto, na hora de passar pela a imigração fora barrado porque não tinha visto para entrar nos Estados Unidos. Frustrado ele engolia o choro, estava vermelho de raiva, como foi tolo de não lembrar disso, no calor do momento, abraçou a primeira ideia que veio a mente e se entregou, não parou para prestar atenção nos pequenos detalhes, detalhes esses que eram cruciais para seu plano funcionar. Caminhava de um lado para outro inquieto, iria ser deportado para casa e voltaria como um perdedor, agora mais do que nunca estava decidido morar  na rua, mas não voltaria para casa.  

Passado toda a vergonha, toda burocracia, oque restava era entrar no avião e voltar pra Coreia, quando entrou no avião, notou que quase não tinha coreanos nele, provavelmente muitos daqueles americanos iriam ficar por Dubai. Alguns deles olhava Yoongi, como se soubesse oque acabara de acontecer, parecia que reprovavam a tentativa frustrada dele de viver em terras americanas e isso incomodava e muito ele. Em silencio seguiu para seu acento, que pelo menos era melhor do que veio. Jogou a bolsa em cima de qualquer jeito e se jogou na sua cadeira, puxando o capuz para cobrir o rosto vermelho de raiva. Faltava pouco para decolar, atrasado um menino, entrou correndo pelo corredor, aparentava ser mais novo que Yoongi, ofegante parou ao lado da poltrona. 

_ É aqui. 

Falava animado, pedindo passagem para Yoongi para se sentar ao lado dele. Yoongi o olhou de cima a baixo "ótimo, o único coreano do avião vai sentar ao meu lado" revirava os olhos e se acomodava afastando ao máximo do menino, colocou seus fones e só queria que esse pesadelo acabasse logo.  

 


Notas Finais


Não sei com que frequência irei atualizar a história, mas prometo ser breve nas atualizações.


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