História Ratos de laboratório (INTERATIVA) - As caixas da sala D.

- Bom, vocês já tinham sumido há quatro semanas e ninguém conseguia encontrar nada, o tio Jon já estava desesperado atrás de você. - disse James a Kevin - então eu fui investigar por mim mesmo e achei uns símbolos nos quartos de vocês.

- E descobriu algo? - Darwin perguntou ao amigo.

- Fiz umas pesquisas na Deep Weeb e achei umas histórias sobre o símbolo.

- Espera... mas você baixou os antivírus no seu computador antes de acessar a Deep Weeb né?? - questiona o ruivo.

- Nem precisei, eu entrei pelo seu pc.

- O QUÊÊÊ????

Darwin quase desmaia quando recebe a notícia, agora seu computador devia estar cheio de vírus na melhor das hipóteses. Ele se senta quando a força das pernas se esvai e fica paralisado tentando lembrar todas as coisas que com certeza perdeu do seu pc.

- E o que dizia essas histórias? - Kevin retomou o assunto.

- O símbolo pertencia a uma antiga empresa de pesquisas alemã. Eles eram patrocinados por milionários para fazer avanços na ciência e essas coisas, até que houve uma polêmica de que mantinham humanos em cativeiro para testes e a empresa faliu.

- Pelo visto ela continuou a manter humanos em cativeiros... - Kevin se revoltava com aquela situação, quem eles achavam que eram para sequestrar pessoas daquele jeito? E o que pretendiam fazer com eles?

- Acho que eles te rastrearam e como iram que você estava descobrindo te sequestraram também.. - Darwin se sentia culpado, seu amigo se meteu em tudo aquilo por eles, não era para ele estar ali.

- Enfim, estou meio cansado.. tem algum quarto extra aqui? – James.

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O dia estava quente naquela manhã. Tudo parecia tranquilo quando eles ouvem o soar do sino da porta D, o que era estranho pois o sino geralmente toca a noite. Mya, Mel e Simon correm para o local do barulho, vendo a luz verde que acendera na palavra “ON”.

- Isso nunca aconteceu, será que é um teste? – Mel pergunta receosa.

- Tanto faz. – Mya abre a porta de uma vez.

Dentro da sala, onde costumavam encontrar caixas cheias de mantimentos e roupas, eles veem doze caixas brancas, com os nomes de cada um ali na casa. A ruiva entra olhando para os lados, confirmando que não tinha nada mais além das caixas.

- O que tem dentro das caixas? – A morena pergunta sem entrar na sala.

Abrindo a caixa com seu nome, Mya encontra um belíssimo vestido vermelho, um delicado colar e um par de sapatos pretos. Ao fundo uma carta impressa onde dizia:

“Querida Mya, hoje uma festa alegrará sua noite e os sentimentos florescerão.

És como a fera de uma arena, dome o seu gladiador.

Dance como uma musa, seja quem você é, a noite do baile só termina quando o beijo for selado.”

“Que merda é essa?” a ruiva se perguntava ao ler o papel. Simon também parecia intrigado com o seu recado.

- Acho que vai ter um baile.. – ele disse para Mel, que entrou e pegou sua caixa.

Os três então levaram as outras para seus respectivos donos. Roupas de gala estavam em todas elas e sempre uma carta enigmática revelava a festa que o remetente pretendia fazer.

- Bom, vamos jogar o jogo dele, se quer um baile, terá um baile. – Kevin se mostrava determinado com aquilo tudo, queria descobrir as pretensões daquele que os havia sequestrado.

A tarde foi chegando e todos começaram a se preparar.

- CARA, EU NÃO VOU USAR ESSA MERDA! – Darwin estava furioso com a complexidade da gravata. Odiava roupas formais pois eram apertadas e desconfortáveis, achava tudo aquilo extremamente desnecessário.

- Você vai usar sim! Vem cá, eu te ajudo com isso! – Kevin se dividia em cinco para ajudar os colegas. – Pronto, agora para de ficar reclamando!

- Afs..

- Kevin. – Sayuri bate na porta do quarto onde os garotos se arrumavam.

O moreno abre a porta, todos já estavam prontos menos ele. A garganta de Sayuri fecha quando vê o rapaz apenas com a calça social e sem camisa. Seus cabelos ainda desgrenhados estavam molhados e pequenas gotas de água caíam na pele alva do garoto. Ela cora no mesmo momento e não consegue desviar o olhar do abdômen de Kevin.

- Oi?

- E-E-E-U SSSÓ IA P-P-PERG-GUNTA-TAR S-SE VO-CÊ P-P-PODIA AJUDAR C-COM O C-CABE-BELO!!!

- Ah! Ajudo sim, avise as meninas que já já estou indo – responde sorrindo e depois fecha a porta.

Sayuri demora um pouco tentando lembrar de como se respira, nunca havia notado como Kevin era tão bonito. Ela volta para o quarto perdida em seus pensamentos.

- Cara tu é muito viadão. – Darwin.

- Minhas irmãs precisavam de alguém para ajuda-las quando iam se arrumar para as festas, eu meio que fui obrigado a aprender. – ele responde vestindo a blusa.

- Ele que é esperto, vai ficar lá, sozinho com um monte de meninas no quarto. - James observa.

Darwin reflete a afirmação do amigo, ele tem razão, Kevin esta se dando é bem.

As horas se passam e a noite vem chegando, os rapazes esperavam na sala e as garotas já estavam terminando de se arrumas. Todos estavam nervosos com aquela festa, ninguém sabia o que poderia acontecer.